domingo, 12 de outubro de 2008

ESTADO PUXA O COBERTOR E EXPÕE O PÉ DOS MEXICANOS

Esta semana, o blog “Vi o Mundo”, do jornalista Luiz Carlos Azenha, postou:

“Se a queda do muro de Berlim marcou o fim simbólico do império soviético, a atual crise financeira marca o fim do império de Wall Street.

Se o governo Bush, em sua arrogância, já tinha desperdiçado o prestígio político dos Estados Unidos, agora "entrega" o prestígio e o poder decorrentes da formulação dos modelos econômicos.

Você assiste, de camarote, ao fim de uma era.

Enquanto escrevo a bolsa de Tóquio está em queda de 10%.

E, em graus diversos, nos últimos dias já anunciaram intervenção estatal em bancos PRIVADOS, em maior ou menor escala, os governos dos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, Japão, Austrália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Islândia.

O mundo não vai acabar, é lógico.

Mas o mundo será diferente, com certeza, depois dessa crise, quando soubermos exatamente o tamanho do rombo na economia real.

Tudo indica que emergirá um mundo multipolar repleto de desafios, especialmente para um país como o Brasil.

Os Estados Unidos têm uma sociedade extremamente dinâmica e já saíram de muitos outros buracos antes. A diferença nesse caso é que parece cada vez mais claro que os banqueiros de Wall Street, os analistas de Wall Street, os jornalistas encarregados de vender ilusão, o Congresso, a Casa Branca ou -- o que é pior -- o Tesouro americano não dão conta de segurar a onda.

Com certeza milhões de norte-americanos terão uma aposentadoria pior. Com certeza milhões de mexicanos ficarão sem emprego. Na escala das coisas, a corda sempre arrebenta para o lado dos mais fracos.

Manchetes que a mídia corporativa não dará:

O REI ESTÁ NU
TESOURO, CASA BRANCA E WALL STREET FALAM E NINGUÉM ESCUTA
ESTADO PUXA O COBERTOR, EXPÕE O PÉ DOS DESGRAÇADOS E CHAMA A POLÍCIA”.

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