segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A ESTRATÉGIA DO OTIMISMO

Li no blog do jornalista Noblat a seguinte reportagem de Daniel Pereira do Correio Braziliense::

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu um piso para o desempenho da economia diante da crise financeira mundial. Não aceita um crescimento inferior a 4% no ano que vem. Esse percentual é menor do que a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008, de 5%. Mesmo assim, avalia Lula, será suficiente para manter o aumento do emprego formal e do consumo das famílias, além do alto nível de avaliação positiva do governo, os quais são considerados trunfos eleitorais para 2010. “Crescer 4,5% numa crise como essa, a mais grave desde 1929 (Depressão americana), será um sinal de força”, diz um ministro.

Pela proposta de Orçamento da União em tramitação no Congresso, o PIB subirá 4,5% em 2009. Nos bastidores, o governo admite rever para baixo a meta, que chegaria, no pior cenário, a 4%. Nesse contexto, o fundamental para o próximo ano seria manter a casa em ordem, atravessar o turbilhão financeiro e pavimentar o caminho para uma nova arrancada econômica em 2010. Se tal roteiro for executado, Lula está certo de que terá condições de eleger a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, presidente do país, com um nome indicado pelo PMDB na vice. “Não haverá seqüelas graves na economia brasileira”, afirma um ministro. “Imagine a força que o governo terá se o país atravessar sem sobressaltos a crise”, acrescenta.

Governistas sustentam o discurso otimista em dois pilares. Um deles é a alegada solidez do país, que seria fruto de decisões combatidas pela oposição e pelo mercado, mas acertadas. Caso do acúmulo de reservas internacionais, que superavam US$ 200 bilhões no início da semana passada, da diversificação do comércio com países estrangeiros, e não apenas os desenvolvidos, e da formação de uma nova massa de consumidores no país. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a classe média é hoje maioria em todas as regiões metropolitanas”.

Nenhum comentário: