O veterano jornalista Lustosa da Costa, em sua coluna no Diário do Nordeste, com a sua maneira simples e comunicativa, homenageou Santos-Dumont sábado:
“Quando vejo antes de embarcar, rumo a Lisboa, a imponência e a grandiosidade do Boeing que me transportará ao outro lado do Atlântico, quedo-me admirado ante a genialidade de Santos Dumont e de quantos o seguiram e imitam.
Ao entrar no aparelho e perceber que ele abrigará mais de 250 passageiros, com suas bagagens, seus teréns, passo a ficar com medo.
Está certo que Santos Dumont provou era possível subir o mais pesado que o ar. Mas o inventor era baixinho, magro e se não era, era sozinho, não uma multidão. Isto é tripulação para navio.
Que as naus bóiam e cobrem grandes distâncias por água já o aprendemos com chineses, vikings, fenícios e portugueses. Agora um bichão deste tamanho, com as dimensões de um transatlântico, subir aos céus, manter-se lá em cima e ainda lá nos transportar pelo mundo, é algo em que não consigo acreditar direito. E que temo. Temo nada. Morro é de medo. Ainda assim não posso ver porta de avião aberta em que não entre, segundo minha mulher”.
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