domingo, 19 de outubro de 2008

MINISTRO ALEMÃO DEFENDE G8 AMPLIADO E COM BRASIL COMO INTEGRANTE

Li ontem no portal UOL a seguinte matéria da agência espanhola de notícias EFE.

Antes, um detalhe sobre a EFE. A Wikipédia informa: “A agência EFE é um serviço de notícias internacional fundado em 1939 na Espanha. É o principal provedor de serviços informativos para os meios de comunicação nos países de idioma espanhol. No ano 2001 lançou um serviço em português. É uma sociedade anônima da qual o estado espanhol é o principal acionista”.

Vejamos a notícia da EFE:

“O ministro de Relações Exteriores da Alemanha e vice-presidente do SPD (Partido Social-Democrata), Frank-Walter Steinmeier, defendeu neste sábado uma "globalização política" que conte com um G8 ampliado a países emergentes como o Brasil, e na qual haja uma cooperação profunda entre todas as nações.

"Após a globalização dos mercados, precisamos agora de uma globalização política. O G8 [grupo dos sete países mais ricos e a Rússia) foi bem, mas já não é suficiente. Precisamos de novos poderes na Ásia, no Oriente, do Brasil ao México, e a Europa deve assumir uma maior responsabilidade e impor suas idéias sociais", disse.

Steinmeier fez a afirmação durante seu discurso no congresso extraordinário do SPD, no qual se apresenta como candidato à Chancelaria da Alemanha nas eleições legislativas do ano que vem.

O ministro ressaltou que, em tempos de "crise financeira" e "no Cáucaso", a Europa demonstrou ter o modelo político ocidental "que mais goza de confiança no mundo", pois "soube aliar bem-estar e justiça social".

Referindo-se à crise financeira, Steinmeier reiterou que a evolução dos últimos meses evidenciou que o capitalismo descontrolado requer a resposta de uma democracia social.

"A democracia demonstrou nestes dias que funciona, ao contrário de muita gente alimentada pela cobiça que pôs todo o sistema em jogo", disse.

O ministro defendeu como necessário o pacote de resgate de 500 bilhões de euros (US$ 670 bilhões) lançado pela grande coalizão governista para ajudar os bancos privados, mas ressaltou que "não haverá prestações sem contraprestações".

Com isso, disse que os bancos que precisarem de socorro só obterão auxílio se, durante o período do crédito, limitarem o salário de seus diretores e abrirem mão do pagamento de prêmios e dividendos a acionistas.

Steinmeier admitiu que, devido à desaceleração da economia, é possível que as medidas aprovadas até agora pelo governo, como o aumento das ajudas às famílias, não serão suficientes para evitar a estagnação do consumo.

Por isso, anunciou que o governo está preparando medidas adicionais para impulsionar principalmente o setor das pequenas e médias empresas”.

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