quinta-feira, 5 de novembro de 2009

OS "LOCAIS" NÃO ACREDITAVAM QUE O BRASIL FOSSE UM BRIC

Os “locais” não acreditavam que o Brasil fosse um BRIC. E será o melhor deles

Para O’Neill, Lula é o melhor dos líderes do G20


"Dois anos atrás, quando visitei o Brasil, os locais simplesmente não entendiam por que incluí o Brasil (na lista dos BRICs, Brasil, Rússia, Índia e China) que, em 2015, somados, serão maiores do que os países do G7."

Essa frase estarrecedora consta do anexo em texto da exposição que o economista-chefe do banco americano Goldman & Sachs, o inglês Jim O’Neill, fez aqui em São Paulo, em meados de outubro.

O’Neill foi o responsável pelo estudo que deu origem ao acrônimo BRIC.

Um amigo navegante me enviou alguns slides e um resumo do texto da palestra que ele pronunciou.

O’Neill continua a afirmar que a recuperação do crise na crise de 2008 foi significativa.

Outras afirmações de O’Neill a líderes empresariais brasileiros:

-- Os juros reais vão cair, a inflação continuará baixa e estável.

-- A valorização do Real não deve assustar ninguém.

-- Os investidores estrangeiros tem um apetite “gigantesco” pelo Brasil.

-- 45% das necessidades energéticas do Brasil são “renováveis” – o que é excelente.

-- O sistema financeiro do Brasil é o melhor dos BRICs.

-- Na próxima década o Brasil vai crescer à base de 5% ao ano. Aliás, o Brasil é o único dos BRICs que vai na próxima década crescer mais do que na última.

-- E o presidente Lula é o melhor administrador público de todos os líderes do G20
.

O’Neill é autor também da tese do “decoupling”, ou “descasamento”.

Foi ele quem disse, logo depois da quebra do banco Lehamnn, em Nova York, que os BRICs iam descasar dos países ricos e não iam afundar na crise.

A urobóloga Miriam Leitão liderou a reação à tese do “descasamento”.

E pregou que o Brasil ia afundar e o Presidente Lula ia submergir junto.

Alguns empresários acreditaram nela e perderam market-share.

Jim O’Neill, portanto, confia mais no Brasil do que a elite branca (e, no caso de São Paulo, separatista)

Para a elite branca (e separatista, no caso da elite de São Paulo), o Brasil não passa de uma colônia com um mercadinho de 30 milhões de habitantes, para os quais deve dirigir seus produtos.

É essa a elite que vai convocar as Assembléias Gerais e proclamar Fernando Henrique Rei, num jantar no Fasano."

FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e postado em seu portal "Conversa Afiada".

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