BRIC (para atualizar a foto, Dilma substituirá Lula)
Economista do banco Goldman Sachs afirma que é "patético" batizar grandes economias de "mercados emergentes"
JENNIFER HUGHES, do "FINANCIAL TIMES"
“Jim O'Neill, que cunhou o termo BRIC, vai redefinir os mercados emergentes e vai explicar o novo método a seus clientes neste mês.
O presidente do “Goldman Sachs Asset Management” planeja adicionar México, Coreia do Sul, Turquia e Indonésia a um novo grupo com os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), que ele chama de "mercados de crescimento".
"É simplesmente patético chamar esses quatro de mercados emergentes", disse O'Neill.
"Alguns mercados emergentes devem ser negociados como emergentes -eles são pequenos e pouco líquidos e os investidores devem se lembrar disso. Mas qualquer economia que já tem 1% do Produto Interno Bruto global ou mais e tem o potencial de aumentar pode ser levada a sério", afirmou ele.
MARKETING
Os BRICs já foram chamados de truque de marketing, mas o termo, criado há nove anos, deu origem a encontros de líderes, fundos de investimentos, estratégias comerciais e fez países ficarem afoitos para entrar no grupo.
O'Neill, que era economista-chefe do Goldman Sachs até quatro meses atrás, disse que o termo "mercados emergentes" não era mais útil porque englobava países de perspectivas econômicas diversas.
PIB MUNDIAL
México e Coreia do Sul têm 1,6% do PIB global cada um, em termos nominais. Turquia e Indonésia têm 1,2% e 1,1%, respectivamente.
A China é a segunda maior economia do mundo, com 9,3% do PIB do mundo (os EUA têm 23,6%). Brasil, Índia e Rússia juntos têm 8%.
O conceito de mercados emergentes foi criado há 30 anos por Antoine van Agtmael, na época economista do Banco Mundial e agora presidente da firma de investimento “Emerging Markets Management”.
O objetivo dele era substituir termos como "Terceiro Mundo".
Assim como Agtmael, O'Neill e o Goldman Sachs têm pouco controle sobre o termo BRIC. No mês passado, a China convidou a África do Sul para participar de uma cúpula de líderes dos países do BRIC neste ano.
O'Neill vinha resistindo a pedidos para adicionar países à sua lista, incluindo a África do Sul. O critério dele para o grupo inclui o tamanho do país, sua demografia e seu potencial de crescimento.
A África do Sul tem hoje 0,6% do PIB mundial. "A África do Sul pode ter sucesso, mas não vai ser grande", disse O'Neill.”
FONTE: reportagem de Jennifer Hughes, do jornal inglês "Financial Times", publicada na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me1801201130.htm) [imagem do Google adicionada por este blog].
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário