sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
POSTE OU NÃO POSTE?
“A campanha da mídia contra a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República começou por total desvalorização de sua personalidade, com ampla e intensa atuação na administração pública federal e no Estado do Rio Grande do Sul. Seria ela um poste, de tão inexpressiva que o presidente Lula imporia ao eleitorado.
COMPETÊNCIA
Ao longo da campanha, verificou-se o ledo e quedo engano da comunicação. Essa, então, passou a pintá-la de maneira totalmente inversa, como mandona, autoritária, sempre pronta a repreender colegas de ministério que não cumprissem os prazos marcados pelo presidente para cumprimento de suas tarefas. Aí viu que ela saiu ganhando na troca de imagem, intentada.
E AGORA?
No começo, os meios de comunicação timbraram em mostrar que Dilma escolhera ministros indicados por Lula, como se ela devesse ter pedido nomes e indicações a José Serra e FHC. Afinal, ela foi eleita em nome da continuidade do programa dos oito anos do operário nordestino e pelo mesmo eleitorado que o guindou ao poder. Nem poderia pedir indicações ao PSDB. Muito menos, promover concurso para nomear auxiliares.
DISCORDÂNCIA
Aí os meios de comunicação decidiram partir para a intriga. Para a tentativa de incompatibilizar a presidente da República com o antecessor, insistindo em apontar as naturais divergências de personalidades deles. Não podem ser iguais, a partir do sexo que os distingue. Muito menos agir e reagir [igualmente] ante os fatos. Enfim, Lula é um político, treinado na escola do sindicalismo, que dali saiu para comandar um novo partido, o PT, sobre o qual continua a ter total ascendência.
TÉCNICA
Já Dilma Rousseff nunca foi candidata, não era propriamente militante partidária, nem tem cintura política. Seus discursos são propostas de governo, sem floreios, nem enfeites. Ela não usa o tom chocarreiro, bem humorado de Lula, que tanto desagradava os intelectuais e a classe média mais sofisticada quanto agradava e cativava o povão. Essa diferença continuará por maior que seja o esforço da mídia para apontá-la como dissonância, divergência entre o presidente e sua sucessora”.
FONTE: escrito por Lustosa da Costa em sua coluna no Diário do Nordeste (http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=913454).
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