terça-feira, 12 de abril de 2011
CENSURA TUCANA EM NOVO FILME: CORTE DE CENAS DE DOAÇÕES DE MALUF A TANCREDO
[A “AUTOCENSURA” [sic] É JUSTIFICADA COMO “SUTILEZAS DA POLÍTICA”]
VERSÃO NÃO FINALIZADA MOSTRAVA QUE APORTE FORA REVELADO POR SOBRINHO DE TANCREDO
FRANCISCO DORNELLES, SOBRINHO DE TANCREDO, DIZIA QUE AJUDA ERA PARA A CAMPANHA DE 1982; MALUF CONFIRMAVA CASO
“O filme "Tancredo - A Travessia", cinebiografia de Tancredo Neves dirigida por Silvio Tendler, chegou aos cinemas sem as cenas que afirmam que o mineiro, que morreu antes de tomar posse como presidente, em 1985, recebeu 'doações' para a campanha do hoje deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).
O filme foi exibido na semana passada no festival de documentários "É Tudo Verdade", em São Paulo.
[PATRULHAMENTO TUCANO?]
Segundo a produção do filme, o neto de Tancredo, senador Aécio Neves (PSDB-MG), acompanhou a produção do filme 'de perto'. Tendler 'negou motivação política' para os cortes ou interferência de Aécio Neves. O tucano também negou ingerência.
Em dezembro do ano passado, reportagem da “Folha” mostrou, após ter acesso a uma versão não finalizada do filme, que 'as doações' foram reveladas pelo sobrinho de Tancredo e hoje senador Francisco Dornelles (PP-RJ).
Dornelles afirma que recorreu a Maluf após Tancredo lhe relatar situação financeira "caótica" em sua campanha para governador de Minas em 1982.
Maluf, em depoimento à versão não finalizada do filme, confirma: "Dei-lhe ajuda 'dentro da lei'" [sic].
Em 1985, Tancredo e Maluf eram adversários quando o mineiro foi eleito o primeiro presidente após a ditadura. Tancredo era do oposicionista MDB e Maluf, do PDS.
Tendler disse acreditar que Maluf fez 'a doação' para derrotar o adversário de Tancredo em Minas, Eliseu Resende. Assim, ele enfraqueceria Mário Andreazza, aliado de Resende, que disputava com Maluf a candidatura do PDS a presidente.
Questionado em 2010, Aécio disse que, se houve 'a doação', foi "nada que tenha sido significativo". A “Folha” [protege Aécio Neves e diz que] “apurou” [sic] que houve “autocensura” [sic] na equipe de Tendler para não incomodar a família.
A doação era um dos pontos que mostravam contradições do mineiro. Tendler rechaça a avaliação: "[A cena] não revelaria contraditório, mas 'sutilezas da política' [sic]".
CENA ERA "RUÍDO", NÃO INFORMAÇÃO, AFIRMA DIRETOR
O cineasta Silvio Tendler atribuiu os cortes das cenas que falam das doações de Paulo Maluf a Tancredo Neves à necessidade de “reduzir a duração do filme” e de não desviar o foco.
Tendler disse que, quando montou a versão anterior, considerava essas cenas importantes. "Com 'o tempo' [sic], compreendi que se tratava mais de 'ruído' que de informação."
A “Folha” não conseguiu localizar Paulo Maluf e Francisco Dornelles.”
FONTE: reportagem de Rodrigo Vizeu publicada na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1104201110.htm
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1104201111.htm) [título, subtítulos, aspas e trechos entre colchetes e imagem do Google adicionados por este blog].
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