domingo, 9 de outubro de 2011

PETROBRAS: PERSPECTIVAS AOS 58 ANOS DE IDADE



PETROBRAS COMPLETA 58 ANOS COM PERSPECTIVAS DE DOBRAR A PRODUÇÃO NA PRÓXIMA DÉCADA

“A Petrobras completou 58 anos na segunda-feira (03/10), com muito a comemorar e, também, a esperar do futuro. Nesse período, a Companhia criada por Getúlio Vargas com objetivo de trazer “independência econômica” ao País foi além de seu desígnio original. Hoje, a Petrobras é responsável pela produção na mais nova fronteira exploratória mundial, que mudará o papel do Brasil no cenário geopolítico: de atual coadjuvante no mercado global de petróleo e gás, o País passará a ser um de seus protagonistas.

Com o maior plano de investimentos de sua história –US$ 224,7 bilhões (R$ 389 bilhões) previstos para o período entre 2011 e 2015-, a Petrobras prevê instalar 19 grandes projetos de produção até 2015, adicionando 2,3 milhões de barris por dia (bpd) à sua capacidade de produção. Serão adicionados, em cinco anos, volume superior ao que a empresa conseguiu produzir em 58 anos.

O crescimento da Petrobras foi construído por sua força de trabalho que, para conduzir o desenvolvimento projetado no Plano de Negócios 2011–2015, será aumentada dos atuais 58 mil empregados diretos da controladora, para 74.400 em 2015. Para trabalhar na cadeia de suprimento do setor, o ‘Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural’ (PROMINP), do qual a Petrobras é a principal financiadora, qualificará 213 mil pessoas.

A Companhia almeja, também, perfurar mais de 1.000 poços offshore ao longo desses cinco anos e chegar à produção de 4,9 milhões bpd de petróleo em 2020 no Brasil, sendo 1,9 milhão oriundos do Pré-Sal. Hoje, a Petrobras já produz 129 mil bpd no Pré-Sal e as moléculas de gás do campo de Lula abastecem, desde setembro, o mercado brasileiro, através do gasoduto Lula-Mexilhão. Com 216 quilômetros de extensão, é o gasoduto com maior profundidade e comprimento de duto rígido submarino já instalado no Brasil.

Esses números tornam-se ainda mais significativos quando se coloca em perspectiva o curto espaço de tempo entre a descoberta do Pré-Sal (2006) e a entrada em produção do primeiro Teste de Longa Duração (TLD), em 2009, bem como as características da região onde essa riqueza está localizada. A nova fronteira fica a 300 km da costa, em profundidades de até 7 mil metros (altura do Himalaia) e sob camada de sal, plástica, de 2 quilômetros de espessura, ou cinco vezes a altura do Pão de Açúcar.

Seria difícil acreditar que a produção da Companhia seria duplicada na próxima década (4,9 milhões bpd em 2020), não fosse o histórico dos últimos 30 anos. Em 1980, a Petrobras produzia apenas 187 mil bpd, sendo a maior parte da produção em terra. Em 1990, a Companhia mais que triplicou sua produção, atingindo 653 mil bpd. A aposta da exploração em águas profundas fez a Petrobras alcançar, em 2000, produção de 1,2 milhão bpd e 2 milhões em 2010.

Essa história de conquistas traz benefícios não apenas para a Companhia, seus funcionários e acionistas: beneficia cadeia de fornecedores e subfornecedores estimada em mais de 200 mil empresas e milhões de trabalhadores. O maior exemplo desse benefício é a inédita construção de 28 sondas de perfuração no País. Se, em 2000, a indústria naval brasileira contava com 1.900 trabalhadores, hoje (dado de 2010) um exército de 56.112 pessoas está a serviço dos estaleiros e de seus fornecedores.

DERIVADOS PARA ATENDER UM GIGANTE EM CRESCIMENTO

O Brasil já é o sétimo maior consumidor mundial de petróleo e a perspectiva é de crescimento contínuo. Para atender essa população que cresce e distribui renda, a Companhia construirá quatro novas refinarias no País. Vamos acrescentar, com essas unidades, volume correspondente à metade de nossa capacidade atual de refino. Para se ter idéia, sem esses investimentos no parque de refino, a fatia da importação de derivados pelo Brasil passaria dos atuais 5% para 40%, o que teria grande impacto na balança comercial brasileira. E se o País cresce em ritmo acelerado, as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste crescem ainda mais rápido.

Sem investimentos nas refinarias de Pernambuco (Abreu e Lima), Maranhão (Premium I) e Ceará (Premium II), o déficit entre produção de derivados e consumo nessas regiões seria de 416 mil bpd em 2020. Com investimentos, ainda haverá déficit, mas bem menor (23 mil bpd).

FERTILIZANTES: PERSPECTIVA DE AUTOSSUFICIÊNCIA EM AMÔNIA

Na área de gás natural, a Companhia comemora a conclusão do ciclo de investimentos bilionários na ampliação da malha de transporte. A nova fase da área de Gás e Energia visa a construção de novos pontos de entrega de gás natural, investimento em geração de energia termelétrica e produção de fertilizantes. Nesse último segmento, se hoje o País importa 53% do volume da amônia consumida, em 2015, será autossuficiente no produto. A dependência da ureia também cairá dos atuais 53% para 22% em 2020.

METAS AMBICIOSAS NO ETANOL

A Petrobras poderá se tornar a maior produtora de etanol do País até 2015. Após ingressar nesse segmento via aquisição de ativos e de parcerias, a Companhia planeja alcançar produção total de 5,6 milhões de m³ de etanol em 2015, incluindo a participação de parceiros. O volume permitiria à Petrobras participação de 12% do mercado brasileiro de etanol.

A Companhia prevê investimentos de US$ 4,1 bilhões no segmento de biocombustíveis entre 2011 e 2015, dos quais US$ 1,9 bilhão no negócio e US$ 1,3 bilhão na logística de distribuição.

PESQUISA & DESENVOLVIMENTO: PARCERIAS PARA CRESCER

Com tecnologia tão sofisticada quanto a espacial, o segmento de petróleo e gás demanda investimentos robustos. A Petrobras investe US$ 1,3 bilhões por ano em pesquisa e desenvolvimento. Os recursos são injetados em 50 redes temáticas, que reúnem pesquisadores e laboratórios com objetivos de desenvolver tecnologia aplicada. Essas redes abarcam 80 instituições em todo o País, entre universidades e centros de pesquisa. Os trabalhos são coordenados pelo CENPES (Centro de Pesquisas da Petrobras), maior centro de pesquisa da América Latina, localizado na Ilha do Fundão, já conhecida como um pólo de desenvolvimento de tecnologia de exploração e produção em águas profundas. Atualmente, estão sendo construídos quatro grandes centros de P&D de fornecedores da Petrobras na ilha do Fundão.”

Vídeo histórico (do blog “Projeto Nacional” http://blogprojetonacional.com.br/):



FONTE: blog “Fatos e Dados”, da Petrobras (exceto o vídeo do blog “Projeto Nacional”)  (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2011/10/03/petrobras-completa-58-anos-com-perspectivas-de-dobrar-a-producao-na-proxima-decada/#more-45034) [vídeo adicionado por este blog ‘democracia&política’]

2 comentários:

Fluxo disse...

Algo que nós Brasileiros não sabemos é como são feitos esses contratos de exploração de petróleo e gás com empresas estrangeiras. Não sabemos o quanto desses bilhões de barris podem explorar, como é paga se em petróleo/gás ou dinheiro, qual o preço do barril, já que o nosso petróleo e diferente daquele do OM. Nesse blogue saiu a informação de que a British Gas venderá a sua parte para uma empresa chinesa. Por quanto comprou? Por quanto venderá? São dez por cento do quê? Dos 8 bilhões de barris ou se esses 8 bilhões já correspondem a 10% de alguma coisa?

Fluxo disse...

Em vez de citar o Himalaia, poderia ter sido citado pico mais alto das Américas, o Aconcágua, na América do Sul, com QUASE 7.000 metros,pois, assim, estaria mais próximo da verdade.Este ficaria coberto pela profundidade alcançada no oceano para a exploração do pré-sal. Ao contrário, no Himalaia, há muitos picos com mais de 7.000 metros de altitude, culminando com o Monte Everest, com cerca de 8.900 metros e o K2, com quase 8.700 metros, que formariam ilhas se estivessem no local do pré-sal.