O ESCÂNDALO DAS CONTAS SECRETAS NO HSBC
SWISSLEAKS FISGA BARÕES DA MÍDIA E JORNALISTAS
"Entre os personagens que mantêm ou mantiveram contas numeradas no HSBC da Suíça estão nomes como Otávio Frias, que fundou a a "Folha de S. Paulo", Johnny Saad, dono do grupo "Bandeirantes", Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, do "Globo", José Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da "Abril", Ratinho, apresentador do "SBT", e Mona Dorf, jornalista que atua na "Joven Pan" ao lado de Reinaldo Azevedo. Todos alegam que não cometeram irregularidades. A presença de barões da mídia na lista também revela seletividade do jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, que foi escolhido pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, do qual faz parte, para divulgar o material. Afinal, seu empregador, Otavinho Frias, não teve o nome divulgado por ele.
Do "Brasil 247"
O escândalo "Swissleaks", das contas numeradas secretas mantidas na Suíça, fisgou alguns dos mais poderosos barões da mídia brasileira, assim como influentes jornalistas da imprensa nacional.
Na lista vazada por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC, estão nomes poderosos como Otávio Frias, fundador já falecido da "Folha de S. Paulo", e João Jorge Saad, o Johnny Saad, dono do "grupo Bandeirantes" – ambos tinham contas zeradas em 2007, ano dos registros obtidos por Falciani. A conta de Otávio Frias, depois, passou a apontar seu filho Luís Frias, um dos donos do "UOL", como beneficiário.
Outro personagem curioso que aparece na lista é José Roberto Guzzo, ex-diretor de "Veja" e "Exame" e hoje conselheiro editorial da "Abril", além de um dos colunistas mais mal-humorados da imprensa brasileira.
Na lista vazada por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC, estão nomes poderosos como Otávio Frias, fundador já falecido da "Folha de S. Paulo", e João Jorge Saad, o Johnny Saad, dono do "grupo Bandeirantes" – ambos tinham contas zeradas em 2007, ano dos registros obtidos por Falciani. A conta de Otávio Frias, depois, passou a apontar seu filho Luís Frias, um dos donos do "UOL", como beneficiário.
Outro personagem curioso que aparece na lista é José Roberto Guzzo, ex-diretor de "Veja" e "Exame" e hoje conselheiro editorial da "Abril", além de um dos colunistas mais mal-humorados da imprensa brasileira.
A lista também fisgou Carlos Massa, o Ratinho, do "SBT", com US$ 12,4 milhões, e Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da "Globo", com US$ 750,2 mil.
A maior soma na lista é a de Aloysio de Andrade Faria, dono da "Rede Transamérica", com US$ 120,5 milhões. Depois dele, aparecem Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson Queiroz Filho, do "grupo Verdes Mares", afiliado da "Globo" no Ceará, com US$ 83,9 milhões. Fernando João Pereira dos Santos, da "Rádio Tribuna", do Espírito Santo, mantinha US$ 9,9 milhões.
Além deles, aparece ainda Luiz Fernando Levy, que quebrou a "Gazeta Mercantil", deixando um rastro de dívidas tributárias e trabalhistas.
Entre os jornalistas assalariados, além de Guzzo, destaque para Mona Dorf, que apresenta um programa na "Joven Pan" ao lado de Reinaldo Azevedo, com US$ 310 mil. Arnaldo Bloch, colunista do "Globo", também foi correntista do HSBC de Genebra, assim como a família Dines, que, à época manteve US$ 1,3 milhão no banco suíço.
Todos os personagens citados alegam manter contas regulares e declaradas – o que deve ser verificado pela Receita Federal. A divulgação da lista de barões da mídia, no entanto, coloca em xeque o trabalho de Fernando Rodrigues, jornalista do UOL que foi escolhido pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos para receber o material. Não foi Rodrigues quem divulgou o nome de seu patrão, Luís Frias, mas sim os repórteres Chico Otávio, Cristina Tartáguila e Ruben Berta, do jornal O Globo."
FONTE: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/173221/Swissleaks-fisga-bar%C3%B5es-da-m%C3%ADdia-e-jornalistas.htm).
COMPLEMENTAÇÃO
Swiss Leaks: Globo prefere entregar barões da mídia mortos a entregar tucanos
A maior soma na lista é a de Aloysio de Andrade Faria, dono da "Rede Transamérica", com US$ 120,5 milhões. Depois dele, aparecem Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson Queiroz Filho, do "grupo Verdes Mares", afiliado da "Globo" no Ceará, com US$ 83,9 milhões. Fernando João Pereira dos Santos, da "Rádio Tribuna", do Espírito Santo, mantinha US$ 9,9 milhões.
Além deles, aparece ainda Luiz Fernando Levy, que quebrou a "Gazeta Mercantil", deixando um rastro de dívidas tributárias e trabalhistas.
Entre os jornalistas assalariados, além de Guzzo, destaque para Mona Dorf, que apresenta um programa na "Joven Pan" ao lado de Reinaldo Azevedo, com US$ 310 mil. Arnaldo Bloch, colunista do "Globo", também foi correntista do HSBC de Genebra, assim como a família Dines, que, à época manteve US$ 1,3 milhão no banco suíço.
Todos os personagens citados alegam manter contas regulares e declaradas – o que deve ser verificado pela Receita Federal. A divulgação da lista de barões da mídia, no entanto, coloca em xeque o trabalho de Fernando Rodrigues, jornalista do UOL que foi escolhido pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos para receber o material. Não foi Rodrigues quem divulgou o nome de seu patrão, Luís Frias, mas sim os repórteres Chico Otávio, Cristina Tartáguila e Ruben Berta, do jornal O Globo."
FONTE: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/173221/Swissleaks-fisga-bar%C3%B5es-da-m%C3%ADdia-e-jornalistas.htm).
COMPLEMENTAÇÃO
Swiss Leaks: Globo prefere entregar barões da mídia mortos a entregar tucanos
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania
"Quando você pensa que viu de tudo, por mais que já tenha vivido descobre que, da missa que é a vida, ainda não sabe um terço. A mídia é tão tucana, mas tão tucana que prefere entregar a si mesma do que entregar aqueles que precisa preservar em nome dos “bons serviços” que lhe prestam.
A divulgação por "O Globo" de nomes de proprietários de meios de comunicação ou de jornalistas que já morreram ou que ainda estão vivos e tiveram conta no HSBC suíço e não têm mais, ou que têm contas há muito tempo na instituição que hoje estão inativas, não passa da velha estratégia de entregar os anéis para preservar os dedos.
A divulgação desses nomes causou furor na mídia alternativa, mas, a rigor, a descoberta de que barões da mídia como o velho Octavio Frias – morto há quase uma década – mantinham recursos em contas no exterior não significa muita coisa, apesar de ser tentador dizer “Está vendo, eles tiveram dinheiro na Suíça”.
Primeiro, porque não se sabe se essas contas foram ou não declaradas ao fisco brasileiro. Se foram – e este Blog suspeita de que foram –, o máximo que se poderá questionar é por que um “respeitável empresário” mantém dinheiro fora do país.
Nos próximos dias ou semanas, não será surpresa se for anunciado que as contas em questão foram declaradas ao fisco brasileiro, afastando parte da suspeita que ter conta na Suíça gera automaticamente.
Em seguida, os citados que estão vivos ou os descendentes dos que morreram argumentarão que grandes empresários terem dinheiro no exterior declarado ao fisco “não tem nada demais”, porque empresários como esses vivem no exterior e podem precisar ter dinheiro à mão para negócios ou lazer.
Escreva aí, leitor, o que acaba de ler…
Ao fim e ao cabo, esses “empresários de mídia” que O Globo “denunciou” acabarão com um atestado de probidade.
Ocorre que boatos sobre “novidades” que o compartilhamento da lista de correntistas do HSBC com o jornal carioca "O Globo" iria gerar já vinham circulando. Na noite da última sexta-feira, por exemplo, mais de 12 horas antes de "O Globo" se autodenunciar, o autor desta página divulgou nas redes sociais que estavam chegando “novidades” sobre o Swiss Leaks.
"Quando você pensa que viu de tudo, por mais que já tenha vivido descobre que, da missa que é a vida, ainda não sabe um terço. A mídia é tão tucana, mas tão tucana que prefere entregar a si mesma do que entregar aqueles que precisa preservar em nome dos “bons serviços” que lhe prestam.
A divulgação por "O Globo" de nomes de proprietários de meios de comunicação ou de jornalistas que já morreram ou que ainda estão vivos e tiveram conta no HSBC suíço e não têm mais, ou que têm contas há muito tempo na instituição que hoje estão inativas, não passa da velha estratégia de entregar os anéis para preservar os dedos.
A divulgação desses nomes causou furor na mídia alternativa, mas, a rigor, a descoberta de que barões da mídia como o velho Octavio Frias – morto há quase uma década – mantinham recursos em contas no exterior não significa muita coisa, apesar de ser tentador dizer “Está vendo, eles tiveram dinheiro na Suíça”.
Primeiro, porque não se sabe se essas contas foram ou não declaradas ao fisco brasileiro. Se foram – e este Blog suspeita de que foram –, o máximo que se poderá questionar é por que um “respeitável empresário” mantém dinheiro fora do país.
Nos próximos dias ou semanas, não será surpresa se for anunciado que as contas em questão foram declaradas ao fisco brasileiro, afastando parte da suspeita que ter conta na Suíça gera automaticamente.
Em seguida, os citados que estão vivos ou os descendentes dos que morreram argumentarão que grandes empresários terem dinheiro no exterior declarado ao fisco “não tem nada demais”, porque empresários como esses vivem no exterior e podem precisar ter dinheiro à mão para negócios ou lazer.
Escreva aí, leitor, o que acaba de ler…
Ao fim e ao cabo, esses “empresários de mídia” que O Globo “denunciou” acabarão com um atestado de probidade.
Ocorre que boatos sobre “novidades” que o compartilhamento da lista de correntistas do HSBC com o jornal carioca "O Globo" iria gerar já vinham circulando. Na noite da última sexta-feira, por exemplo, mais de 12 horas antes de "O Globo" se autodenunciar, o autor desta página divulgou nas redes sociais que estavam chegando “novidades” sobre o Swiss Leaks.
Vale dizer que esse não chega a ser nenhum segredo de Estado. Até a mídia e os tucanos sabem que os malabarismos do antes guardião exclusivo dos segredos sobre o braço brasileiro do Swiss Leaks, Fernando Rodrigues, do UOL, se devem ao potencial explosivo dessa lista para a direita midiática.
Porém, as informações que circulam mui em off, como se lê nos posts no Twitter e no Facebook reproduzidos acima, teoricamente são mais do que boatos. Há informações de que as surpresas com nomes de correntistas do HSBC suíço não vão se esgotar com os anéis que os barões da mídia entregaram.
Mais do que proprietários de grandes veículos de mídia e dos rottweilers que os servem, há nomes que não podem aparecer na mídia neste momento em que a mídia leva a cabo sua decisão de derrubar Dilma mesmo que o PSDB e o empresariado não queiram.
E vale a digressão: sim, o PSDB não quer que Dilma caia agora porque herdará um pepino. Terá que adotar medidas duras e arcar com as consequências pelos próximos quatro anos. Aí vem Lula, com todo seu recall de bem-estar social, e se elege de novo.
Já os empresários não querem perder dinheiro e uma mudança brusca de governo por certo agravará ainda mais os problemas da economia.
Só quem quer derrubar Dilma e destruir o PT já, para ontem, é a mídia. Globos, Folha, Estadão e Veja, entre outros, não querem – ou não podem – mais esperar para assumir o Poder. Para assumir o poder, vão precisar dos seus despachantes tucanos intactos, ou não assumem.
Se os tucanos não assumem o poder, os barões da mídia tampouco assumem, pois os joysticks que esses manejam funcionam muito melhor quando usados no PSDB.
Desse modo, leitor, você não se surpreenda se, em breve, nomes de tucanos graúdos – ou “graudíssimos”, como prefere quem sabe das coisas – aparecerem como correntistas do HSBC suíço, com suas contas sem declaração ao fisco brasileiro."
Porém, as informações que circulam mui em off, como se lê nos posts no Twitter e no Facebook reproduzidos acima, teoricamente são mais do que boatos. Há informações de que as surpresas com nomes de correntistas do HSBC suíço não vão se esgotar com os anéis que os barões da mídia entregaram.
Mais do que proprietários de grandes veículos de mídia e dos rottweilers que os servem, há nomes que não podem aparecer na mídia neste momento em que a mídia leva a cabo sua decisão de derrubar Dilma mesmo que o PSDB e o empresariado não queiram.
E vale a digressão: sim, o PSDB não quer que Dilma caia agora porque herdará um pepino. Terá que adotar medidas duras e arcar com as consequências pelos próximos quatro anos. Aí vem Lula, com todo seu recall de bem-estar social, e se elege de novo.
Já os empresários não querem perder dinheiro e uma mudança brusca de governo por certo agravará ainda mais os problemas da economia.
Só quem quer derrubar Dilma e destruir o PT já, para ontem, é a mídia. Globos, Folha, Estadão e Veja, entre outros, não querem – ou não podem – mais esperar para assumir o Poder. Para assumir o poder, vão precisar dos seus despachantes tucanos intactos, ou não assumem.
Se os tucanos não assumem o poder, os barões da mídia tampouco assumem, pois os joysticks que esses manejam funcionam muito melhor quando usados no PSDB.
Desse modo, leitor, você não se surpreenda se, em breve, nomes de tucanos graúdos – ou “graudíssimos”, como prefere quem sabe das coisas – aparecerem como correntistas do HSBC suíço, com suas contas sem declaração ao fisco brasileiro."
FONTE: escrito por Eduardo Guimarães, no seu "Blog da Cidadania" (http://www.blogdacidadania.com.br/2015/03/swiss-leaks-globo-prefere-entregar-baroes-da-midia-mortos-a-entregar-tucanos/).
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