sábado, 21 de março de 2015

CRIME DE LESA-PÁTRIA !!! PSDB INSISTE EM TIRAR PETROBRAS DO PRÉ-SAL COM NOVO PROJETO DE LEI




[OBSERVAÇÃO deste blog 'democracia&política':

DESESPERO E URGÊNCIA PARA ATENDER INTERESSES DAS PETROLEIRAS DOS EUA

"Desculpem-me os prezados leitores por tocar novamente neste assunto. É porque os entreguistas estão atacando com maior frequência e força. O
 PSDB e a mídia estão perpetrando crime de lesa-pátria. Há três meses (17 dez), o senador Aloysio Nunes/PSDB formalizou Projeto de Lei para diminuir a participação da Petrobras e enfraquecer o controle estatal brasileiro sobre o pré-sal, abrindo espaço e lucros para as petroleiras estrangeiras. Esta semana, quinta-feira (19), o senador José Serra/PSDB apresentou também Projeto de Lei revogando a obrigatoriedade de 30% da participação da Petrobras em licitações para a exploração e produção de petróleo nas camadas do pré-sal, bem como o "enxugamento" da companhia.

Esse tipo de ação criminosa já era concreto e evidente desde os governos PSDB/FHC nos anos 90. Na época, a meta tucana era "fatiar" a Petrobras e privatizá-la para petroleiras estrangeiras. Conseguiram parcialmente, mas a ação lesiva ao Brasil foi interrompida quando perderam a eleição para Lula. 

Não desistiram. Em 2009, veio a ser descoberto que o então pré-candidato favorito à Presidência em 2006, José Serra (PSDB), assumiu secretamente, com representante norte-americano, a promessa de que o modelo de partilha do pré-sal seria eliminado caso ele fosse eleito Presidente da República, de modo a obrigar a Petrobras a ceder a exploração às petrolíferas estrangeiras, no caso à norte-americana Chevron.

É isso que mostraram sigilosos telegramas diplomáticos dos EUA, de dezembro de 2009, descobertos e revelados ao mundo pelo site WikiLeaks. 

A estarrecedora e antinacional revelação chegou a ser publicada no jornal tucano 
(!) "Folha de São Paulo" em reportagem de 13/12/2010 http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1312201002.htm

O dono do WikiLeaks, Julian Assange, por suas incômodas revelações sobre as ações secretas dos Estados Unidos, há muitos anos tem sido caçado pelos EUA e seus aliados, e somente tem conseguido sobreviver porque o Equador desde então lhe concedeu asilo em sua embaixada em Londres.

As cínicas explicações e justificativas tucanas e da mídia brasileira para acabar com o regime de partilha e com a obrigação de conteúdo nacional, têm sido cada vez mais intensas, mais hipócritas, risíveis ("salvar a Petrobras", "combater a corrupção" blá, blá).

Não é de estranhar. A nossa mídia, os partidos da direita e grande parcela da "elite"
, como sempre antinacionais, há muitas décadas defendem e pautam a luta pelo alcance dos objetivos do grande capital internacional, especialmente o norte-americano e europeu, em detrimento dos interesses brasileiros. Nessa linha, sempre tentaram impedir a criação da Petrobras e, depois de criada, tentam destruí-la ou vendê-la. Getúlio morreu por criá-la, contrariando a campanha golpista da imprensa e do PSDB de então, a UDN.

Se Serra (em 2002 e 2006), Alkmin (em 2010) ou Aécio Neves (em 2014) fossem eleitos, os tucanos certamente cumpririam o prometido aos norte-americanos (
será que gratuitamente, somente por idolatria e amor?)

Mas a cobrança dos EUA e da sua Chevron deve estar mais forte nos últimos meses. Provavelmente porque, depois das repetidas derrotas tucanas nas urnas, já cansaram de esperar, muito menos até 2018, e não mais acreditam na história de retorno do PSDB ao poder por meio de eleições normais. Os EUA querem medidas urgentes e devem estar cobrando "os investimentos" já feitos.

Em 17/12/2014, o senador Aloysio Nunes [ex-pretenso vice do ex-pretenso presidente Aécio Neves], "coincidindo" com os interesses das petroleiras estrangeiras, propôs Projeto de Lei do Senado para diminuir e enfraquecer o controle estatal brasileiro sobre o pré-sal.



O PLS 417/2014 do PSDB pretende eliminar da legislação brasileira o modelo 
criado pelo PT de partilha de produção, que rege com maior benefício para o Brasil e para a Petrobras toda a atividade extrativista no pré-sal.

Mas não foi suficiente para acalmar os cobradores. A cada dia mais desesperados pela cobrança dos EUA e da Chevron, a mídia, o PSDB e outros setores nos três poderes e na sociedade a eles aliados ou simpatizantes estão deixando de ser sutis e têm sido cada vez mais abertamente ferozes batalhadores em prol dos interesses da petroleira americana e dos EUA sobre o nosso petróleo. Vale tudo: criar agitação e convulsão social (como as manifestações aparentemente sem sentido do dia 15, onde os manifestantes até hoje não sabem que foram induzidos, manipulados por essa agenda oculta), induzir sensação de caos econômico e político, impor renúncia à Dilma, golpe branco, golpe militar ou lá o que seja.

Agora, o PSDB, desesperado, apresenta outro projeto de lei. O dadivoso para a Chevron Senador José Serra (PSDB-SP) apresentou quinta-feira (19) projeto de lei para revogar a obrigatoriedade de 30% da participação da estatal em licitações para a exploração e produção de petróleo nas camadas do pré-sal. Hipocritamente, diz que é para "salvar a Petrobras". Parece que ele e o PSDB não vivem no mundo real. A Petrobras cresce rápido, firme e forte apesar de todos os ataques que sofre. Ontem
, ela anunciou mais um novo recorde no pré-sal: 737 mil barris por dia. 

Vejamos a notícia da nova demonstração da generosidade 
tucana (para a Chevron) e os grotescos e cínicos pretextos que apresentam para retirar a Petrobras do pré-sal e reduzir a operação da empresa nacional]: 

SERRA APRESENTA PROJETO PARA ENCOLHER PETROBRAS

Do "Brasil 247" 

"O Senador José Serra (PSDB-SP) apresentou um projeto de lei visando revogar a obrigatoriedade de 30% da participação da estatal em licitações para a exploração e produção de petróleo nas camadas do pré-sal. Segundo o tucano, a revisão nos contratos do pré-sal e o "enxugamento" da companhia ajudariam em sua recuperação. "A Petrobras tem que voltar a crescer e a recuperar sua eficiência. Para isso, é preciso retirar a obrigatoriedade da empresa de estar presente em todos os poços, ser operadora única dos consórcios e assumir os altos custos das operações", disse. Para ele, a empresa tem excesso de atividades e deveria "se concentrar mais na atividade que é sua razão de existir: prospecção e extração de petróleo".


O senador José Serra (PSDB-SP) abriu fogo contra a Petrobras. O parlamentar tucano apresentou um projeto de lei visando revogar a obrigatoriedade de 30% da participação da estatal em licitações para a exploração e produção de petróleo nas camadas do pré-sal. 

[HIPOCRISIA E CINISMO ENTREGUISTA]

Segundo ele, a revisão nos contratos do pré-sal e o "enxugamento" da empresa "ajudariam em sua recuperação neste momento de crise".

"A Petrobras tem que voltar a crescer e a recuperar sua eficiência. Para isso, é preciso retirar a obrigatoriedade da empresa de estar presente em todos os poços, ser operadora única dos consórcios e assumir os altos custos das operações", disse Serra. Segundo ele, a companhia foi alvo de uma programação de investimentos "absurda", além de atuar em várias frentes, como distribuição de combustíveis no varejo, produção de fertilizantes e fios têxteis, dentre outras atividades.

"A Petrobras tem que se concentrar mais na atividade que é sua razão de existir: prospecção e extração de petróleo. Em qualquer circunstância, mesmo que não houvesse o 'Petrolão', estaria em dificuldades", afirmou. Para ele, o excesso de atividades resultou em erros de estratégias e possibilitaram que a corrupção permeasse aos mais variados setores da estatal." [risos]

FONTE: notícia do portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/174033/Serra-apresenta-projeto-para-encolher-Petrobras.htm). [Título e trechos entre colchetes em azul acrescentados por este blog 'democracia&política'].


COMPLEMENTAÇÃO

Há Judas que não esperam nem a Aleluia: Serra, fiel à Chevron, já quer tirar Petrobras do pré-sal

Por Fernando Brito



Da Folha, em 13 de dezembro de 2010:

Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse (José) Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama" (da embaixada americana no Brasil, vazado no escãndalo do Wikileaks).

Pois, avisado pelo "Brasil 247", de que o senhor José Serra queria “encolher” a Petrobras, com aquela lenga-lenga de “fios têxteis” fui conferir lá no Senado e está, fresquinho, o Projeto de Lei n° 131, apresentado ontem [quinta-feira] pelo de novo Senador, que não tem nada de “fios têxteis” ou fertilizantes, como ele alegou ser necessário tirar da Petrobras.

O projeto trata só, “somente só” de entregar o pré-sal, abolindo não apenas a condição de operadora exclusiva de poços no pré-sal pela Petrobras como, até mesmo, a sua participação mínima de 30% em consórcios de exploração ali localizados.

Não é preciso mais que um parágrafo da justificativa apresentada por Serra para que se veja o que ele quer:

Torna-se imprescindível (…) a revogação da participação obrigatória da estatal no modelo de exploração de partilha de produção, bem como da condicionante de participação mínima da estatal de, ao menos, 30% da exploração e produção de petróleo do pré-sal em cada licitação, disposições constantes da Lei n° 12.351, de 22 de dezembro de 2010. Tal revogação atende aos interesses nacionais e, portanto, deve ser adotada pelo governo.

Atende aos interesses "nacionais" de quem, José Serra?

Dos norte-americanos?

A conversinha sórdida de que “a Petrobras está sobrecarregada" é sua maneira finória de, em um mês e meio de mandato, cumprir as suas juras de fidelidade aos interesses das petroleiras estrangeiras, que não querem a Petrobras – e o Brasil – com o controle nem econômico nem operacional dos poços gigantes do pré-sal.

Nem os sheikes da Arábia Saudita entregam diretamente suas reservas de petróleo aos americanos, Senador.

O roubo que isso fará ao Brasil é, num dia, tudo o que um Barusco roubou, nos anos e anos em que, desde FHC, se corrompeu na Petrobras. Em uma semana, mesmo com o petróleo baratinho como está, deixa no chinelo toda a caterva dele, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef à frente.

Reconheço-lhe a coerência e a honestidade: cumpriu o que prometeu.

Apresentou-se como Judas ao Império.

Haverá o dia em que, nos bonecos que se malham aos Sábados de Aleluia, será aposto um cartaz com o seu nome."


FONTE da complementação: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço"  (http://tijolaco.com.br/blog/?p=25646).

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