Conselho de Ética
"O Senado é virulentamente criticado por haver rejeitado denúncias contra José Sarney, baseadas unicamente em recortes de jornais. Nada se diz contra o fato de haver deixado de acolher denúncia contra o líder do PSD, Arthur Virgílio, réu confesso,da tribuna da Câmara. Claro,para a mídia,tucano pode.
Colega julga colega
Não tem sentido crime de militar ser julgado por militar que sempre absolve o colega. Da mesma maneira que quem devia julgar senador ou deputado era o Judiciário. O mais é apenas fator desgaste do Legislativo.
Corrupção gaúcha
O governador do PSDB,eleito para governar a Paraíba, foi afastado, sob acusação de corrupção. A governadora tucana do Rio Grande do Sul é alvo de CPI da Assembléia, por idênticas acusações . Tucano pode."
FONTE: notas do jornalista Lustosa da Costa em sua coluna no jornal "Diário do Nordeste" (sábado).
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
BRASIL RETALIARÁ OS EUA QUEBRANDO PATENTES DE REMÉDIOS
Brasil prepara-se para intensificar disputa comercial com os EUA
"O Brasil está se preparando para quebrar as patentes de produtos farmacêuticos norte-americanos se a Organização Mundial do Comércio decidir hoje que o país pode fazê-lo, em retaliação aos subsídios concedidos aos fazendeiros de algodão norte-americanos, informou a imprensa brasileira.
O Brasil desafiou os subsídios dos EUA ao algodão em 2002 e, dois anos depois, a OMC decidiu que os cerca de US$ 3 bilhões (R$ 5,6 bi) pagos aos fazendeiros de algodão dos EUA por ano distorciam os preços globais e violavam as regras de comércio.
Desde então, os EUA continuaram com os subsídios, argumentando que as medidas eram coerentes com as obrigações da OMC. Mas a OMC apoiou a posição do Brasil. Ela permitiu que o Brasil retaliasse em 2005, mas Brasília em vez disso tentou negociar um acordo para evitar prejudicar as relações com os EUA, até recentemente seu maior parceiro comercial.
Entretanto, o Brasil ficou cada vez mais frustrado com a recusa dos EUA em retirar os subsídios e, sob pressão de seus próprios produtores de algodão, deve se preparar para retaliar.
Uma opção seria aumentar as tarifas de importação contra os bens norte-americanos. Mas o Brasil é um mercado relativamente pequeno para os EUA, representando US$ 32 bilhões (R$ 60 bi) dos US$ 1,2 trilhões (R$ 2,2 trilhões) de exportações norte-americanas no ano passado.
Em vez disso, o país está se preparando para tomar medidas em relação à propriedade intelectual, uma área muito mais significativa para os EUA. A OMC deve incluir essa possibilidade em sua decisão de hoje. De acordo com uma matéria publicada num jornal brasileiro, o governo preparou uma medida provisória - um decreto presidencial que tem efeito imediato, que precisa ser mais tarde aprovado pelo Congresso - para permitir às indústrias farmacêuticas brasileiras copiarem medicamentos protegidos por patentes norte-americanas.
Em 2007 o Brasil seguiu o exemplo da Tailândia ao desconsiderar a patente para um remédio essencial contra o HIV, permitindo comprar equivalentes do Efavirenz, patenteado pela Merck, de fornecedores genéricos rivais, de acordo com as regras permitidas pela OMC.
A atitude veio depois de anos de pressão durante os quais o Brasil conseguiu descontos cada vez maiores nos medicamentos contra o HIV através de ameaças de violar as patentes.
A decisão esperada para hoje vem à tona num contexto de frustração crescente em Brasília em relação à relutância do governo Obama de agir sobre os subsídios à produção agrícola que afetam o algodão e outros setores do agrobusiness brasileiro, incluindo o açúcar e o etanol."
FONTE: reportagem do jornal inglês Financial Times publicada em 31/08/2009 no portal UOL (tradução de Eloise De Vylder).
"O Brasil está se preparando para quebrar as patentes de produtos farmacêuticos norte-americanos se a Organização Mundial do Comércio decidir hoje que o país pode fazê-lo, em retaliação aos subsídios concedidos aos fazendeiros de algodão norte-americanos, informou a imprensa brasileira.
O Brasil desafiou os subsídios dos EUA ao algodão em 2002 e, dois anos depois, a OMC decidiu que os cerca de US$ 3 bilhões (R$ 5,6 bi) pagos aos fazendeiros de algodão dos EUA por ano distorciam os preços globais e violavam as regras de comércio.
Desde então, os EUA continuaram com os subsídios, argumentando que as medidas eram coerentes com as obrigações da OMC. Mas a OMC apoiou a posição do Brasil. Ela permitiu que o Brasil retaliasse em 2005, mas Brasília em vez disso tentou negociar um acordo para evitar prejudicar as relações com os EUA, até recentemente seu maior parceiro comercial.
Entretanto, o Brasil ficou cada vez mais frustrado com a recusa dos EUA em retirar os subsídios e, sob pressão de seus próprios produtores de algodão, deve se preparar para retaliar.
Uma opção seria aumentar as tarifas de importação contra os bens norte-americanos. Mas o Brasil é um mercado relativamente pequeno para os EUA, representando US$ 32 bilhões (R$ 60 bi) dos US$ 1,2 trilhões (R$ 2,2 trilhões) de exportações norte-americanas no ano passado.
Em vez disso, o país está se preparando para tomar medidas em relação à propriedade intelectual, uma área muito mais significativa para os EUA. A OMC deve incluir essa possibilidade em sua decisão de hoje. De acordo com uma matéria publicada num jornal brasileiro, o governo preparou uma medida provisória - um decreto presidencial que tem efeito imediato, que precisa ser mais tarde aprovado pelo Congresso - para permitir às indústrias farmacêuticas brasileiras copiarem medicamentos protegidos por patentes norte-americanas.
Em 2007 o Brasil seguiu o exemplo da Tailândia ao desconsiderar a patente para um remédio essencial contra o HIV, permitindo comprar equivalentes do Efavirenz, patenteado pela Merck, de fornecedores genéricos rivais, de acordo com as regras permitidas pela OMC.
A atitude veio depois de anos de pressão durante os quais o Brasil conseguiu descontos cada vez maiores nos medicamentos contra o HIV através de ameaças de violar as patentes.
A decisão esperada para hoje vem à tona num contexto de frustração crescente em Brasília em relação à relutância do governo Obama de agir sobre os subsídios à produção agrícola que afetam o algodão e outros setores do agrobusiness brasileiro, incluindo o açúcar e o etanol."
FONTE: reportagem do jornal inglês Financial Times publicada em 31/08/2009 no portal UOL (tradução de Eloise De Vylder).
EVO MORALES É DECLARADO "HERÓI" PELA ONU
"Evo Morales é declarado pela ONU "Herói Mundial da Mãe Terra"
O presidente da Bolívia, Evo Morales, foi nomeado no sábado (30) pela Assembleia Geral da ONU "Herói Mundial da Mãe Terra". O reconhecimento foi entregue pelo presidente da entidade, o nicaraguense Miguel D'Escoto.
Em uma cerimônia realizada no Palácio Quemado, sede do governo boliviano, em La Paz, Morales recebeu de D'Escoto uma medalha e um pergaminho, no qual havia um texto que reconhece o presidente, primeiro indígena a governar o país, como "o máximo expoente e paradigma de amor à Mãe Terra".
Segundo o presidente da Assembleia da ONU, que também é sacerdote e já foi chanceler da Nicarágua, a distinção se deve ao trabalho do boliviano para preservar os valores dos povos originários.
"Sua mensagem tem um grande impacto. A mensagem que ele nos trouxe é a de que não devemos tratar a Terra como mercadoria, porque nós necessitamos dela e ela necessita de nós", afirmou.
A ideia de conceder a distinção a Morales, revelou D'Escoto, partiu de uma iniciativa do rei Abdullah da Arábia Saudita.
Após escutar um discurso do boliviano em defesa da Mãe Terra, o líder saudita sugeriu convocar uma reunião da Assembleia Geral da ONU para discutir maneiras de resgatar conceitos ancestrais a fim de combater a mudança climática.
Ao receber a medalha e o pergaminho, Morales agradeceu às Nações Unidas e dedicou o reconhecimento aos povos originários e antepassados, que segundo ele sempre defenderam os direitos da Mãe Terra.
"Este não é um reconhecimento para Evo Morales, mas a nossos antepassados, aos povos originários que sempre defenderam a Mãe Terra", disse.
Até hoje, somente dois outros líderes haviam sido designados "heróis mundiais" pela ONU. São eles o ex-presidente cubano Fidel Castro, "Herói Mundial da Solidariedade", e o falecido ex-presidente da Tanzânia Julius Nyerere, nomeado "Herói Mundial da Justiça Social".
"O que queremos fazer é apresentar ao mundo estas três pessoas e dizer que elas encarnam as virtudes e valores dignos de serem copiados por todos", ressaltou D'Escoto.
O presidente da Assembleia Geral da ONU lembrou que Morales "foi quem mais ajudou as Nações Unidas a declararem o 22 de abril como Dia Mundial da Mãe Terra".
Em janeiro, o mandatário boliviano conseguiu aprovar em referendo uma nova Constituição para o país, que estabelece um Estado "plurinacional" e contém uma série de artigos relacionados aos direitos dos povos ancestrais e à defesa da Mãe Terra, chamada pelos andinos de Pachamama."
FONTE: publicado em 31/08/2009 no portal "Vermelho", com informações da Agência Ansa.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, foi nomeado no sábado (30) pela Assembleia Geral da ONU "Herói Mundial da Mãe Terra". O reconhecimento foi entregue pelo presidente da entidade, o nicaraguense Miguel D'Escoto.
Em uma cerimônia realizada no Palácio Quemado, sede do governo boliviano, em La Paz, Morales recebeu de D'Escoto uma medalha e um pergaminho, no qual havia um texto que reconhece o presidente, primeiro indígena a governar o país, como "o máximo expoente e paradigma de amor à Mãe Terra".
Segundo o presidente da Assembleia da ONU, que também é sacerdote e já foi chanceler da Nicarágua, a distinção se deve ao trabalho do boliviano para preservar os valores dos povos originários.
"Sua mensagem tem um grande impacto. A mensagem que ele nos trouxe é a de que não devemos tratar a Terra como mercadoria, porque nós necessitamos dela e ela necessita de nós", afirmou.
A ideia de conceder a distinção a Morales, revelou D'Escoto, partiu de uma iniciativa do rei Abdullah da Arábia Saudita.
Após escutar um discurso do boliviano em defesa da Mãe Terra, o líder saudita sugeriu convocar uma reunião da Assembleia Geral da ONU para discutir maneiras de resgatar conceitos ancestrais a fim de combater a mudança climática.
Ao receber a medalha e o pergaminho, Morales agradeceu às Nações Unidas e dedicou o reconhecimento aos povos originários e antepassados, que segundo ele sempre defenderam os direitos da Mãe Terra.
"Este não é um reconhecimento para Evo Morales, mas a nossos antepassados, aos povos originários que sempre defenderam a Mãe Terra", disse.
Até hoje, somente dois outros líderes haviam sido designados "heróis mundiais" pela ONU. São eles o ex-presidente cubano Fidel Castro, "Herói Mundial da Solidariedade", e o falecido ex-presidente da Tanzânia Julius Nyerere, nomeado "Herói Mundial da Justiça Social".
"O que queremos fazer é apresentar ao mundo estas três pessoas e dizer que elas encarnam as virtudes e valores dignos de serem copiados por todos", ressaltou D'Escoto.
O presidente da Assembleia Geral da ONU lembrou que Morales "foi quem mais ajudou as Nações Unidas a declararem o 22 de abril como Dia Mundial da Mãe Terra".
Em janeiro, o mandatário boliviano conseguiu aprovar em referendo uma nova Constituição para o país, que estabelece um Estado "plurinacional" e contém uma série de artigos relacionados aos direitos dos povos ancestrais e à defesa da Mãe Terra, chamada pelos andinos de Pachamama."
FONTE: publicado em 31/08/2009 no portal "Vermelho", com informações da Agência Ansa.
A MÍDIA E AS BASES DOS EUA NA COLÔMBIA
"Emerson Leal: A mídia e as bases dos EUA na Colômbia
El País é o principal jornal da Espanha. Algo assim como o Estadão ou a Folha de S. Paulo. É o jornal da elite dominante espanhola. Para variar, conservador e de direita também. No seu número de 03/08 traz duas matérias sobre a segunda fase do Plano Colômbia e as bases militares que os EUA vão instalar no país. Até aí, ‘tudo bem’. O impressionante é que um jornal do peso do El País analisa o problema única e exclusivamente pela ótica do governo colombiano e do Departamento de Estado americano.
Ou seja, é parcial e, portanto, não informa de fato. O jornal, pura e simplesmente, não expressa o ponto de vista da oposição ao presidente narcoterrorista Álvaro Uribe.
por EMERSON LEAL*
El País, por exemplo, não comenta o posicionamento da coligação de centro-esquerda liderada pelo senador Gustavo Petro, orador de peso que não tem medo de, em seus discursos, chamar Uribe de “terrorista de paletó e gravata”. El País não diz nada também sobre outro político colombiano de destaque – Rafael Pardo – que, ao criticar seu presidente no jornal El Espectador, se expressou assim sobre o problema: “As bases americanas podem ser interpretadas como ato hostil a países vizinhos”; e faz silêncio absoluto sobre as posições da senadora Piedad Córdoba que denuncia organizações paramilitares que, sob a proteção de Uribe, já assassinaram e desapareceram com centenas de dirigentes sindicais e militantes de esquerda na Colômbia.
El País supervalorizou a (des)informação de Uribe sobre as armas suecas ‘ultramodernas’ que o presidente Chávez teria repassado aos guerrilheiros das Farc. Tão ‘modernas’ que, há quase vinte anos atrás, quando elas foram vendidas ao então presidente venezuelano, já eram consideradas obsoletas na Suécia. El País não se deu sequer ao trabalho de publicar a versão de Chávez sobre a questão [as armas foram roubadas de unidade venezuelana de fronteira na década passada]. Por outro lado, modernas mesmo são as armas que os EUA colocam à disposição de Uribe: são mais de US$ 5 bilhões, nessa segunda fase do Plano, grande parte para o maior exército da América latina – o colombiano.
Mas, não é só o jornalão espanhol que analisa o problema de forma tão parcial. Miriam Leitão, por exemplo, ao comentar a última reunião da Unasul – que Uribe boicotou – tentou justificar a atitude pusilânime do presidente colombiano. Começou por desvalorizar ao máximo o evento dizendo claramente que ele não serviu para nada e que os mandatários maiores da Região perderam seu tempo discutindo problemas ‘sem importância’, como o da instalação das bases. Pode?
A repórter da Globo ‘esquece’ de que a IV Frota norte-americana, cujo alcance chega ao Pré-Sal, foi reativada; que a Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e que os EUA assassinaram, direta ou indiretamente, dois milhões de iraquianos em duas invasões para roubar o petróleo do Iraque. Portanto, é imperioso que a Venezuela – que tem um exército inferior ao da Colômbia – se arme para evitar massacres semelhantes. Da mesma forma o Brasil, pois o Pré-Sal já está provocando a cobiça do Tio Sam.
Uribe tenta, agora, jogar na ofensiva. Diz que vai participar da próxima reunião da Unasul na Argentina em 28/08/2009 e que não admite ser questionado sobre as bases. Se o for – diz –, exigirá que se coloque na pauta da reunião três itens: “tráfico ilegal de armas; corrida armamentista na Região e terrorismo”. Tudo de acordo com a cartilha do Departamento de Estado dos EUA.
El País não disse nada também sobre a seguinte questão: o objetivo do Plano Colômbia seria combater as Farc e o tráfico de drogas. O levantamento feito por uma entidade européia independente contraria totalmente as informações de que, em sua primeira fase, o Plano teria sido “um êxito” na questão do tráfico – como afirmam Uribe e o Departamento de Estado norte-americano. Tudo mentira!
Os objetivos, como sempre, são geopolíticos. E Uribe, de ‘poodle’ de Bush que era, continua sendo um eficiente ‘poodle’ do Império Americano."
FONTE: artigo de Emerson Leal, Doutor em Física Atômica e Molecular e vice-prefeito de S. Carlos, publicado no portal "Vermelho" em 31/08/2009 [título e entre colchetes deste blog].
El País é o principal jornal da Espanha. Algo assim como o Estadão ou a Folha de S. Paulo. É o jornal da elite dominante espanhola. Para variar, conservador e de direita também. No seu número de 03/08 traz duas matérias sobre a segunda fase do Plano Colômbia e as bases militares que os EUA vão instalar no país. Até aí, ‘tudo bem’. O impressionante é que um jornal do peso do El País analisa o problema única e exclusivamente pela ótica do governo colombiano e do Departamento de Estado americano.
Ou seja, é parcial e, portanto, não informa de fato. O jornal, pura e simplesmente, não expressa o ponto de vista da oposição ao presidente narcoterrorista Álvaro Uribe.
por EMERSON LEAL*
El País, por exemplo, não comenta o posicionamento da coligação de centro-esquerda liderada pelo senador Gustavo Petro, orador de peso que não tem medo de, em seus discursos, chamar Uribe de “terrorista de paletó e gravata”. El País não diz nada também sobre outro político colombiano de destaque – Rafael Pardo – que, ao criticar seu presidente no jornal El Espectador, se expressou assim sobre o problema: “As bases americanas podem ser interpretadas como ato hostil a países vizinhos”; e faz silêncio absoluto sobre as posições da senadora Piedad Córdoba que denuncia organizações paramilitares que, sob a proteção de Uribe, já assassinaram e desapareceram com centenas de dirigentes sindicais e militantes de esquerda na Colômbia.
El País supervalorizou a (des)informação de Uribe sobre as armas suecas ‘ultramodernas’ que o presidente Chávez teria repassado aos guerrilheiros das Farc. Tão ‘modernas’ que, há quase vinte anos atrás, quando elas foram vendidas ao então presidente venezuelano, já eram consideradas obsoletas na Suécia. El País não se deu sequer ao trabalho de publicar a versão de Chávez sobre a questão [as armas foram roubadas de unidade venezuelana de fronteira na década passada]. Por outro lado, modernas mesmo são as armas que os EUA colocam à disposição de Uribe: são mais de US$ 5 bilhões, nessa segunda fase do Plano, grande parte para o maior exército da América latina – o colombiano.
Mas, não é só o jornalão espanhol que analisa o problema de forma tão parcial. Miriam Leitão, por exemplo, ao comentar a última reunião da Unasul – que Uribe boicotou – tentou justificar a atitude pusilânime do presidente colombiano. Começou por desvalorizar ao máximo o evento dizendo claramente que ele não serviu para nada e que os mandatários maiores da Região perderam seu tempo discutindo problemas ‘sem importância’, como o da instalação das bases. Pode?
A repórter da Globo ‘esquece’ de que a IV Frota norte-americana, cujo alcance chega ao Pré-Sal, foi reativada; que a Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e que os EUA assassinaram, direta ou indiretamente, dois milhões de iraquianos em duas invasões para roubar o petróleo do Iraque. Portanto, é imperioso que a Venezuela – que tem um exército inferior ao da Colômbia – se arme para evitar massacres semelhantes. Da mesma forma o Brasil, pois o Pré-Sal já está provocando a cobiça do Tio Sam.
Uribe tenta, agora, jogar na ofensiva. Diz que vai participar da próxima reunião da Unasul na Argentina em 28/08/2009 e que não admite ser questionado sobre as bases. Se o for – diz –, exigirá que se coloque na pauta da reunião três itens: “tráfico ilegal de armas; corrida armamentista na Região e terrorismo”. Tudo de acordo com a cartilha do Departamento de Estado dos EUA.
El País não disse nada também sobre a seguinte questão: o objetivo do Plano Colômbia seria combater as Farc e o tráfico de drogas. O levantamento feito por uma entidade européia independente contraria totalmente as informações de que, em sua primeira fase, o Plano teria sido “um êxito” na questão do tráfico – como afirmam Uribe e o Departamento de Estado norte-americano. Tudo mentira!
Os objetivos, como sempre, são geopolíticos. E Uribe, de ‘poodle’ de Bush que era, continua sendo um eficiente ‘poodle’ do Império Americano."
FONTE: artigo de Emerson Leal, Doutor em Física Atômica e Molecular e vice-prefeito de S. Carlos, publicado no portal "Vermelho" em 31/08/2009 [título e entre colchetes deste blog].
IBGE: SOBE A PRODUÇÃO INDUSTRIAL
"IBGE: produção industrial sobe pelo 7º mês consecutivo
A produção industrial brasileira teve alta de 2,2% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior, segundo informou nesta segunda-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Este é o sétimo avanço consecutivo do indicador na relação mensal.
Já ante o mesmo mês do ano passado, a produção industrial teve queda de 9,9% em julho de 2009. Esta é a menor retração anual desde abril. No acumulado do ano, o índice recuou 12,8% e, nos últimos 12 meses, a queda é de 8%. De acordo com a pesquisa, 23 dos 27 segmentos industriais monitorados avançaram em julho, quando comparado a junho.
O desempenho de maior importância para o resultado global veio de máquinas e equipamentos (8,9%), que após forte ajuste na produção, no final do ano passado, acumulou ganho de 11,6% entre abril e julho.
Também merece destaque o avanço de 4,5% na metalurgia básica, que mostra crescimento por quatro meses consecutivos, influenciado, neste mês, pelo retorno a operação de alguns alto fornos. Em seguida, aparecem os setores alimentos (1,9%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (12,1%), borracha e plástico (5,6%), minerais não metálicos (3,6%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (4,5%).
Influências negativas
Já as principais influências negativas foram Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,1%). A atividade de veículos automotores, após acumular um ganho de 69,2% de janeiro a junho, ficou praticamente estável em julho (0,1%).
Entre as categorias de uso, o setor de bens de consumo duráveis (4,6%) sustentou o maior ritmo de crescimento, na passagem de junho para julho, seguido por bens intermediários (2%) com ritmo próximo ao do total da indústria (2,2%), enquanto bens de capital (1,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (1%) cresceram abaixo da média".
FONTE: publicado no portal "Vermelho" em 31/08/2009.
A produção industrial brasileira teve alta de 2,2% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior, segundo informou nesta segunda-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Este é o sétimo avanço consecutivo do indicador na relação mensal.
Já ante o mesmo mês do ano passado, a produção industrial teve queda de 9,9% em julho de 2009. Esta é a menor retração anual desde abril. No acumulado do ano, o índice recuou 12,8% e, nos últimos 12 meses, a queda é de 8%. De acordo com a pesquisa, 23 dos 27 segmentos industriais monitorados avançaram em julho, quando comparado a junho.
O desempenho de maior importância para o resultado global veio de máquinas e equipamentos (8,9%), que após forte ajuste na produção, no final do ano passado, acumulou ganho de 11,6% entre abril e julho.
Também merece destaque o avanço de 4,5% na metalurgia básica, que mostra crescimento por quatro meses consecutivos, influenciado, neste mês, pelo retorno a operação de alguns alto fornos. Em seguida, aparecem os setores alimentos (1,9%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (12,1%), borracha e plástico (5,6%), minerais não metálicos (3,6%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (4,5%).
Influências negativas
Já as principais influências negativas foram Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,1%). A atividade de veículos automotores, após acumular um ganho de 69,2% de janeiro a junho, ficou praticamente estável em julho (0,1%).
Entre as categorias de uso, o setor de bens de consumo duráveis (4,6%) sustentou o maior ritmo de crescimento, na passagem de junho para julho, seguido por bens intermediários (2%) com ritmo próximo ao do total da indústria (2,2%), enquanto bens de capital (1,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (1%) cresceram abaixo da média".
FONTE: publicado no portal "Vermelho" em 31/08/2009.
NOTA DO PSDB/DEM/PPS A FAVOR DO MAIOR LUCRO DOS ESTRANGEIROS COM O PETRÓLEO BRASILEIRO
Oposição demonstra desespero diante do pré-sal
"Para tentar empanar o brilho da festa do governo e competir com o anúncio das novas regras para exploração do pré-sal, a oposição, leia-se PSDB, DEM e PPS, lançou uma nota acusando o governo de transformar o Pré-sal em bandeira eleitoral. O debate e as decisões sobre essa importante riqueza do Brasil merecem toda a atenção do governo e do povo brasileiro e, ao chamar atenção para o assunto, o governo é acusado de não tratar o assunto com transparência.
A oposição demonstra está desesperada com o fato de que a bandeira eleitoral hasteada por ela, com a criação da CPI da Petrobrás, demonstrou não ter o mesmo fôlego que o debate sobre o marco regulatório do Pré-sal.
“Trata-se de uma questão de Estado que pode definir o futuro do país, é assunto que deve ser tratado com transparência, e com participação de toda a sociedade. Sem rolo compressor”, declaram os oposicionistas, ignorando a participação do governador de São Paulo, o tucano José Serra, nas reuniões de negociação, neste domingo (30), com o Presidente Lula e sua equipe técnica.
Segundo relato do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao final da reunião, o presidente Lula foi bem sucedido na costura política com os governadores dos Estados produtores de petróleo: Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, Paulo Hartung (PMDB), do Espírito Santo, e José Serra (PSDB), de São Paulo.
Lula disse que vai propor ao Congresso uma distribuição diferenciada dos royalties, privilegiando os Estados produtores, mas alertou-os, contudo, que terão de enfrentar os representantes dos demais 24 Estados no Parlamento. Lula comprometeu-se, ainda, a estudar uma fórmula para manter a Participação Especial (PE) no regime de partilha de produção, que deverá substituir o atual modelo de concessões.
A oposição não pode impedir o orgulho do Presidente Lula diante da descoberta do Pré-sal e nem se opor a ideia dele de destinar maior parte das riquezas provenientes do pré-sal para área de educação e melhorias sociais. Lula defende que o Brasil tem de se apropriar da maior parte da renda do petróleo para sair da pobreza e ingressar na era da economia do conhecimento.
Mas a oposição fecha os olhos e os ouvidos à fala e à proposta do governo e diz que a cerimônia desta segunda-feira é uma "oba-oba palaciano”, que tem o objetivo explícito de transformar o tema em plataforma eleitoral para 2010. “No entanto, ao apresentar o modelo que considera mais conveniente para suas pretensões eleitorais de curto prazo, o governo também abre espaço para uma grande discussão nacional, que deveria estar acima de partidos e candidaturas”, afirmam contraditoriamente os partidos de oposição.
E anuncia que quando a proposta chegar ao Congresso, PSDB, DEM e PPS vão defender o atual marco legal, que surgiu em 1997, do então governo de FHC.
Esquecendo as críticas que fazem à Petrobrás na CPI, a oposição se derrama em elogios à empresa, destacando: " O peso do setor no PIB passou de 2% para 10%. Com a abertura, o País ganhou muito: suas reservas provadas de petróleo quase dobraram; a produção diária mais que duplicou; e a participação da União na renda gerada pelo setor multiplicou-se por oito".
Assinaram a nota os presidentes do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ) e do PPS, Roberto Freire".
FONTE: reportagem de Márcia Xavier publicada em 31/08/2009 no portal "Vermelho".
"Para tentar empanar o brilho da festa do governo e competir com o anúncio das novas regras para exploração do pré-sal, a oposição, leia-se PSDB, DEM e PPS, lançou uma nota acusando o governo de transformar o Pré-sal em bandeira eleitoral. O debate e as decisões sobre essa importante riqueza do Brasil merecem toda a atenção do governo e do povo brasileiro e, ao chamar atenção para o assunto, o governo é acusado de não tratar o assunto com transparência.
A oposição demonstra está desesperada com o fato de que a bandeira eleitoral hasteada por ela, com a criação da CPI da Petrobrás, demonstrou não ter o mesmo fôlego que o debate sobre o marco regulatório do Pré-sal.
“Trata-se de uma questão de Estado que pode definir o futuro do país, é assunto que deve ser tratado com transparência, e com participação de toda a sociedade. Sem rolo compressor”, declaram os oposicionistas, ignorando a participação do governador de São Paulo, o tucano José Serra, nas reuniões de negociação, neste domingo (30), com o Presidente Lula e sua equipe técnica.
Segundo relato do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao final da reunião, o presidente Lula foi bem sucedido na costura política com os governadores dos Estados produtores de petróleo: Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, Paulo Hartung (PMDB), do Espírito Santo, e José Serra (PSDB), de São Paulo.
Lula disse que vai propor ao Congresso uma distribuição diferenciada dos royalties, privilegiando os Estados produtores, mas alertou-os, contudo, que terão de enfrentar os representantes dos demais 24 Estados no Parlamento. Lula comprometeu-se, ainda, a estudar uma fórmula para manter a Participação Especial (PE) no regime de partilha de produção, que deverá substituir o atual modelo de concessões.
A oposição não pode impedir o orgulho do Presidente Lula diante da descoberta do Pré-sal e nem se opor a ideia dele de destinar maior parte das riquezas provenientes do pré-sal para área de educação e melhorias sociais. Lula defende que o Brasil tem de se apropriar da maior parte da renda do petróleo para sair da pobreza e ingressar na era da economia do conhecimento.
Mas a oposição fecha os olhos e os ouvidos à fala e à proposta do governo e diz que a cerimônia desta segunda-feira é uma "oba-oba palaciano”, que tem o objetivo explícito de transformar o tema em plataforma eleitoral para 2010. “No entanto, ao apresentar o modelo que considera mais conveniente para suas pretensões eleitorais de curto prazo, o governo também abre espaço para uma grande discussão nacional, que deveria estar acima de partidos e candidaturas”, afirmam contraditoriamente os partidos de oposição.
E anuncia que quando a proposta chegar ao Congresso, PSDB, DEM e PPS vão defender o atual marco legal, que surgiu em 1997, do então governo de FHC.
Esquecendo as críticas que fazem à Petrobrás na CPI, a oposição se derrama em elogios à empresa, destacando: " O peso do setor no PIB passou de 2% para 10%. Com a abertura, o País ganhou muito: suas reservas provadas de petróleo quase dobraram; a produção diária mais que duplicou; e a participação da União na renda gerada pelo setor multiplicou-se por oito".
Assinaram a nota os presidentes do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ) e do PPS, Roberto Freire".
FONTE: reportagem de Márcia Xavier publicada em 31/08/2009 no portal "Vermelho".
SERRA REVELA QUE, SE ELEITO, ENTREGARÁ O PRÉ-SAL PARA ESTRANGEIROS
"Serra deixa escapar que, se eleito, entregará boa parte do Pré-sal aos estrangeiros
Primeiro José Serra (PSDB/SP) considerou precipitado mudar regras para o pré-sal, alegando que a exploração comercial plena ainda leva alguns anos.
Ora, como precipitado? Se não muda agora, as descobertas irão a leilão com as regras atuais, e as petroleiras estrangeiras ficarão com mais da metade das riquezas.
Agora, José Serra, diz que as mudanças que Lula fizer, ele pode desfazer depois de 2010.
Ora, esse perigo a gente sabe que corre. O FHC vendeu a Vale a preço de banana, mudou as leis do petróleo e entregou descobertas da Petrobras para serem leiloadas a estrangeiros, vendeu satélites de uso militar. Serra pode fazer o mesmo. Pode até realizar o velho sonho demo-tucano de privatizar a PetrobraX.
Vejam só o que Kenedy Alencar, da Folha de São Paulo, publica sobre as intenções de Serra:
... José Serra, tem dito em conversas reservadas que as regras propostas por Lula poderão ser modificadas pelo próximo presidente da República. ...
O tucano chega a dizer que, aprovadas as regras propostas por Lula, elas poderiam ser alteradas por medida provisória pelo futuro presidente. Não há decisão tomada, mas Serra cogita mudar as regras, caso seja eleito.
O governador paulista tem simpatia pelo modelo atual ...
... Tucanos argumentam que a mudança do chamado marco regulatório poderá afugentar investidores privados e deixará a Petrobras com a faca e o queijo na mão ..."
Ora vejam... Serra e os tucanos acham ruim a Petrobras ficar com "a faca e o queijo na mão", e estão preocupados em atender investidores privados (em se tratando de petróleo, leia-se estrangeiros).
Não eleger Serra, nem demo-tucanos em 2010, passa a ser obrigação patriótica de qualquer brasileiro".
FONTE: publicado em 30/08/2009 no blog "Os amigos do Presidente Lula".
Primeiro José Serra (PSDB/SP) considerou precipitado mudar regras para o pré-sal, alegando que a exploração comercial plena ainda leva alguns anos.
Ora, como precipitado? Se não muda agora, as descobertas irão a leilão com as regras atuais, e as petroleiras estrangeiras ficarão com mais da metade das riquezas.
Agora, José Serra, diz que as mudanças que Lula fizer, ele pode desfazer depois de 2010.
Ora, esse perigo a gente sabe que corre. O FHC vendeu a Vale a preço de banana, mudou as leis do petróleo e entregou descobertas da Petrobras para serem leiloadas a estrangeiros, vendeu satélites de uso militar. Serra pode fazer o mesmo. Pode até realizar o velho sonho demo-tucano de privatizar a PetrobraX.
Vejam só o que Kenedy Alencar, da Folha de São Paulo, publica sobre as intenções de Serra:
... José Serra, tem dito em conversas reservadas que as regras propostas por Lula poderão ser modificadas pelo próximo presidente da República. ...
O tucano chega a dizer que, aprovadas as regras propostas por Lula, elas poderiam ser alteradas por medida provisória pelo futuro presidente. Não há decisão tomada, mas Serra cogita mudar as regras, caso seja eleito.
O governador paulista tem simpatia pelo modelo atual ...
... Tucanos argumentam que a mudança do chamado marco regulatório poderá afugentar investidores privados e deixará a Petrobras com a faca e o queijo na mão ..."
Ora vejam... Serra e os tucanos acham ruim a Petrobras ficar com "a faca e o queijo na mão", e estão preocupados em atender investidores privados (em se tratando de petróleo, leia-se estrangeiros).
Não eleger Serra, nem demo-tucanos em 2010, passa a ser obrigação patriótica de qualquer brasileiro".
FONTE: publicado em 30/08/2009 no blog "Os amigos do Presidente Lula".
MÍDIA TUCANA (GLOBO etc) É CONTRA O AUMENTO PARA OS APOSENTADOS
"Globo é contra aumento de aposentados
O Jornal "O Globo", das organizações Globo, em seu exercício diário de catastrofismo, faz editorial com o título "Rumo à Crise".
Segundo o jornal, a culpa desta vez é dos aposentados que recebem acima do salário mínimo, por fecharem acordo com o governo Lula que lhes dê um aumento real nas aposentadorias a partir de 2010.
À certa altura o jornal diz:
... O preço será pago pelos contribuintes. O aumento real para os aposentados com benefícios acima de um salário mínimo representará uma pressão adicional sobre um sistema que já acumula um déficit anual ...
Bons economistas tem demonstrado o contrário do que diz o jornal: que o aumento do poder aquisitivo, sobretudo nas faixas de renda dos aposentados do INSS, contribui para o desenvolvimento econômico, movimentando o mercado interno.
Independente de ideologia, os aposentados que ainda assinam O Globo, poderiam cortar a assinatura desse jornal que faz lobby contra a valorização de suas aposentadorias.
Assim é O Globo que prossegue "rumo à crise" moral, financeira e de credibilidade, que o jornal já vive".
FONTE: publicado em 31/08/2009 no blog "Os amigos do Presidente Lula".
O Jornal "O Globo", das organizações Globo, em seu exercício diário de catastrofismo, faz editorial com o título "Rumo à Crise".
Segundo o jornal, a culpa desta vez é dos aposentados que recebem acima do salário mínimo, por fecharem acordo com o governo Lula que lhes dê um aumento real nas aposentadorias a partir de 2010.
À certa altura o jornal diz:
... O preço será pago pelos contribuintes. O aumento real para os aposentados com benefícios acima de um salário mínimo representará uma pressão adicional sobre um sistema que já acumula um déficit anual ...
Bons economistas tem demonstrado o contrário do que diz o jornal: que o aumento do poder aquisitivo, sobretudo nas faixas de renda dos aposentados do INSS, contribui para o desenvolvimento econômico, movimentando o mercado interno.
Independente de ideologia, os aposentados que ainda assinam O Globo, poderiam cortar a assinatura desse jornal que faz lobby contra a valorização de suas aposentadorias.
Assim é O Globo que prossegue "rumo à crise" moral, financeira e de credibilidade, que o jornal já vive".
FONTE: publicado em 31/08/2009 no blog "Os amigos do Presidente Lula".
PSDB e DEM LUTAM A FAVOR DAS PETROLEIRAS ESTRANGEIRAS NO PRÉ-SAL
"Oposição recorre à vadiagem, para fazer o jogo de lobbys estrangeiros no pré-sal
O nova guerra da oposição é atrasar a votação do marco regulatório do petróleo, que resgata o pré-sal para os brasileiros.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse:
"Temos uma lei do petróleo, que tem dado bons resultados. Se ela vai ser modificada, é preciso que toda a sociedade discuta. Vamos pensar nisso juntos."
Bons resultados? Para quem? Para as petroleiras estrangeiras.
A oposição boicotou a discussão do pré-sal até aqui, porque são contra o "Pré-sal é nosso".
O marco regulatório já vem sendo discutido na sociedade há mais de um ano. É claro que o governo precisava fazer a parte dele com discrição. Qualquer descuido faria ações da Petrobras subir ou cair, provocando especulações nas Bolsas.
Mas a oposição poderia ter feito suas propostas à respeito. O tucano Marconi Perillo foi presidente da Comissão de Infra-estrutura no Senado, que deveria ter feito audiências na comissão. Cada parlamentar tem funções legislativas. Todos já deveriam ter estudo a fundo as questões sobre o pré-sal nesta hora. É uma das nossas maiores riquezas naturais, que gerará prosperidade para as próximas décadas. A questão é se essa prosperidade será dos brasileiros, ou será dos estrangeiros.
Os tucanos não se mexeram, porque querem que tudo continue como está, com a lei lesa-pátria de FHC, que entrega de mão beijada para petroleiras estrageiras, via leilão, das descobertas da Petrobras.
Em vez disso, passaram o tempo na vadiagem das arruaças, ocupando-se com uma CPI lesa-pátria da PetrobraX (inclusive com o objetivo de paralisar mudanças na lei do petróleo), com futricas e fofocas, charuteiras, linagate, o falso dossiê roubado da Casa Civel e receptado no gabinete de Álvaro Dias, grampos sem audio, atos secretos que todos os senadores sabiam e usufruíam.
Ao rebater críticas da oposição sobre o recurso da urgência constitucional para o marco regulatório do pré-sal, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), contra-atacou: "Nós vamos aprovar, com ou sem a oposição". Com certeza conta com ampla aprovação popular"."
FONTE: publicado em 31/08/2009 no blog "Os amigos do Presidente Lula".
O nova guerra da oposição é atrasar a votação do marco regulatório do petróleo, que resgata o pré-sal para os brasileiros.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse:
"Temos uma lei do petróleo, que tem dado bons resultados. Se ela vai ser modificada, é preciso que toda a sociedade discuta. Vamos pensar nisso juntos."
Bons resultados? Para quem? Para as petroleiras estrangeiras.
A oposição boicotou a discussão do pré-sal até aqui, porque são contra o "Pré-sal é nosso".
O marco regulatório já vem sendo discutido na sociedade há mais de um ano. É claro que o governo precisava fazer a parte dele com discrição. Qualquer descuido faria ações da Petrobras subir ou cair, provocando especulações nas Bolsas.
Mas a oposição poderia ter feito suas propostas à respeito. O tucano Marconi Perillo foi presidente da Comissão de Infra-estrutura no Senado, que deveria ter feito audiências na comissão. Cada parlamentar tem funções legislativas. Todos já deveriam ter estudo a fundo as questões sobre o pré-sal nesta hora. É uma das nossas maiores riquezas naturais, que gerará prosperidade para as próximas décadas. A questão é se essa prosperidade será dos brasileiros, ou será dos estrangeiros.
Os tucanos não se mexeram, porque querem que tudo continue como está, com a lei lesa-pátria de FHC, que entrega de mão beijada para petroleiras estrageiras, via leilão, das descobertas da Petrobras.
Em vez disso, passaram o tempo na vadiagem das arruaças, ocupando-se com uma CPI lesa-pátria da PetrobraX (inclusive com o objetivo de paralisar mudanças na lei do petróleo), com futricas e fofocas, charuteiras, linagate, o falso dossiê roubado da Casa Civel e receptado no gabinete de Álvaro Dias, grampos sem audio, atos secretos que todos os senadores sabiam e usufruíam.
Ao rebater críticas da oposição sobre o recurso da urgência constitucional para o marco regulatório do pré-sal, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), contra-atacou: "Nós vamos aprovar, com ou sem a oposição". Com certeza conta com ampla aprovação popular"."
FONTE: publicado em 31/08/2009 no blog "Os amigos do Presidente Lula".
SERRA (PSDB) É CONTRA A AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO DE CAMPINAS
"NASCENTES E CÓRREGOS SERÃO SOTERRADOS..."
Governo veta ampliação de Viracopos
SP veta nova pista de Viracopos
"A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) adiou de setembro deste ano para junho de 2011 o início das obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos. Aposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser a porta de entrada do País na Copa do Mundo de 2014, o terminal, a 90 km da capital, deve receber R$ 2,8 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos. A licença ambiental para as obras, porém, não foi concedida pelo governo estadual, que questiona o estudo e relatório de impacto ambiental (EIA-Rima) entregue em janeiro.
Pelo cronograma original, a construção da segunda pista de Viracopos deveria começar no mês que vem e ser concluída em novembro de 2011. Agora, a estatal planeja entregá-la apenas em abril de 2013, um ano antes da Copa. As dificuldades na obtenção da licença ambiental e nas desapropriações, contudo, colocam em xeque uma das maiores obras de infraestrutura do País, financiada por recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Há duas semanas, em evento em Americana, o governador José Serra (PSDB) afirmou que o EIA-Rima de Viracopos “não se sustenta”. Os primeiros questionamentos sobre a obra foram apresentados em junho por Serra ao ministro da defesa, Nelson Jobim. A pedido do governo estadual, a Infraero criou um grupo de estudo para discutir com técnicos da Companhia de Tecnologia Ambiental (Cetesb) alternativas para reduzir os impactos ambientais e sociais nas cercanias do aeroporto. A segunda pista, por exemplo, vai cortar uma área predominantemente rural, de 27,4 milhões de m², onde nascentes e córregos serão soterrados.
Na região moram cerca de 3,7 mil pessoas, mas o levantamento social das famílias que serão removidas não foi concluído. A Infraero afirma ter ajuizado o processo de desapropriação na Justiça Federal. O projeto inicial, alterado em janeiro de 2006, previa a remoção de 16.002 famílias de 12 ocupações no entorno do aeroporto. Em 2006, porém, o presidente Lula anunciou que as famílias não seriam mais removidas e que o aeroporto cresceria do outro lado da Rodovia Santos Dumont, onde há chácaras, fazendas, dois haras e um clube de polo. O EIA-Rima, encomendado pela Infraero à Walm Engenharia e Tecnologia Ambiental, lista 37 impactos da ampliação (lei na página. C3).
Embora digam aceitar as críticas vindas do governo paulista, dirigentes da estatal defendem a posição de que a discussão seja travada apenas no campo técnico e dizem estranhar manifestações contrárias feitas publicamente por Serra. A Infraero afirma que o adiamento das obras não afetará o cronograma para a Copa, pois a construção será feita em dois turnos. Segundo a assessoria da estatal em Campinas, as obras devem durar 24 meses".
FONTE: reportagem de TATIANA FÁVARO publicada no "Estadão" do fim-de-semana.
Governo veta ampliação de Viracopos
SP veta nova pista de Viracopos
"A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) adiou de setembro deste ano para junho de 2011 o início das obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos. Aposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser a porta de entrada do País na Copa do Mundo de 2014, o terminal, a 90 km da capital, deve receber R$ 2,8 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos. A licença ambiental para as obras, porém, não foi concedida pelo governo estadual, que questiona o estudo e relatório de impacto ambiental (EIA-Rima) entregue em janeiro.
Pelo cronograma original, a construção da segunda pista de Viracopos deveria começar no mês que vem e ser concluída em novembro de 2011. Agora, a estatal planeja entregá-la apenas em abril de 2013, um ano antes da Copa. As dificuldades na obtenção da licença ambiental e nas desapropriações, contudo, colocam em xeque uma das maiores obras de infraestrutura do País, financiada por recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Há duas semanas, em evento em Americana, o governador José Serra (PSDB) afirmou que o EIA-Rima de Viracopos “não se sustenta”. Os primeiros questionamentos sobre a obra foram apresentados em junho por Serra ao ministro da defesa, Nelson Jobim. A pedido do governo estadual, a Infraero criou um grupo de estudo para discutir com técnicos da Companhia de Tecnologia Ambiental (Cetesb) alternativas para reduzir os impactos ambientais e sociais nas cercanias do aeroporto. A segunda pista, por exemplo, vai cortar uma área predominantemente rural, de 27,4 milhões de m², onde nascentes e córregos serão soterrados.
Na região moram cerca de 3,7 mil pessoas, mas o levantamento social das famílias que serão removidas não foi concluído. A Infraero afirma ter ajuizado o processo de desapropriação na Justiça Federal. O projeto inicial, alterado em janeiro de 2006, previa a remoção de 16.002 famílias de 12 ocupações no entorno do aeroporto. Em 2006, porém, o presidente Lula anunciou que as famílias não seriam mais removidas e que o aeroporto cresceria do outro lado da Rodovia Santos Dumont, onde há chácaras, fazendas, dois haras e um clube de polo. O EIA-Rima, encomendado pela Infraero à Walm Engenharia e Tecnologia Ambiental, lista 37 impactos da ampliação (lei na página. C3).
Embora digam aceitar as críticas vindas do governo paulista, dirigentes da estatal defendem a posição de que a discussão seja travada apenas no campo técnico e dizem estranhar manifestações contrárias feitas publicamente por Serra. A Infraero afirma que o adiamento das obras não afetará o cronograma para a Copa, pois a construção será feita em dois turnos. Segundo a assessoria da estatal em Campinas, as obras devem durar 24 meses".
FONTE: reportagem de TATIANA FÁVARO publicada no "Estadão" do fim-de-semana.
AVIÕES RUSSOS DE PASSAGEIROS OPERARÃO NO BRASIL
Brasília ganha sua primeira companhia aérea
"A partir de dezembro de 2009, começarão a pousar nas pistas do Aeroporto Internacional de Brasília os aviões da Clean Air Transportes Aéreos, primeira companhia tipicamente brasiliense.
Com voos diários, a empresa fará três rotas, ligando Brasília a Natal, Porto Alegre e Manaus. As operações aéreas da empresas começarão com aeronaves L410 de fabricação tcheco-russa com 19 assentos, dois Tu-204 [russos] com capacidade de até 210 passageiros e um cargueiro. Mas tudo indica que já a partir dos primeiros meses de 2010 a Clean Air pode alçar voos mais altos. O diretor comercial da nova empresa, Mohamad Said, guarda a sete chaves algumas novidades, que segundo ele, serão repassadas no seu devido tempo.
"Dois novos aviões da Ilyshin Finance Corporation (IFC), companhia russa, serão entregue a cada ano", explicou Said. Um pré- contrato assinado entre a Clean Air e a IFC já garantiu oito aeronaves a nova empresa. São dois IL96-300 que utilizará até 310 assentos que serão utilizados em vôos internacionais, quatro Tu-240 (modelos CE e CME) com até 210 assentos, para os vôos domésticos.
Grande parte dos assentos serão destinados à classe executiva. A Clean Air também comprou dois cargueiros da companhia russa. Não foram revelados os valores do contrato, mas Said informou que os aviões russos estão com preços 35% mais barato que os encontrados no mercado internacional.
Treinamento russo
Em novembro, uma equipe de pilotos e demais tripulantes partirão para Moscou para serem treinados nas aeronaves compradas pela Clean Air.
Após o treinamento, a equipe retornará ao Brasil trazendo os aviões que serão utilizados nos primeiros vôos da nova empresa. Em fevereiro de 2010, uma outra equipe receberá treinamento no IL 96-300, que estará operando no Brasil no mês seguinte, provavelmente em voos internacionais".
FONTE: reportagem de Daniel Gonçalves, especial para o Correio Braziliense.
"A partir de dezembro de 2009, começarão a pousar nas pistas do Aeroporto Internacional de Brasília os aviões da Clean Air Transportes Aéreos, primeira companhia tipicamente brasiliense.
Com voos diários, a empresa fará três rotas, ligando Brasília a Natal, Porto Alegre e Manaus. As operações aéreas da empresas começarão com aeronaves L410 de fabricação tcheco-russa com 19 assentos, dois Tu-204 [russos] com capacidade de até 210 passageiros e um cargueiro. Mas tudo indica que já a partir dos primeiros meses de 2010 a Clean Air pode alçar voos mais altos. O diretor comercial da nova empresa, Mohamad Said, guarda a sete chaves algumas novidades, que segundo ele, serão repassadas no seu devido tempo.
"Dois novos aviões da Ilyshin Finance Corporation (IFC), companhia russa, serão entregue a cada ano", explicou Said. Um pré- contrato assinado entre a Clean Air e a IFC já garantiu oito aeronaves a nova empresa. São dois IL96-300 que utilizará até 310 assentos que serão utilizados em vôos internacionais, quatro Tu-240 (modelos CE e CME) com até 210 assentos, para os vôos domésticos.
Grande parte dos assentos serão destinados à classe executiva. A Clean Air também comprou dois cargueiros da companhia russa. Não foram revelados os valores do contrato, mas Said informou que os aviões russos estão com preços 35% mais barato que os encontrados no mercado internacional.
Treinamento russo
Em novembro, uma equipe de pilotos e demais tripulantes partirão para Moscou para serem treinados nas aeronaves compradas pela Clean Air.
Após o treinamento, a equipe retornará ao Brasil trazendo os aviões que serão utilizados nos primeiros vôos da nova empresa. Em fevereiro de 2010, uma outra equipe receberá treinamento no IL 96-300, que estará operando no Brasil no mês seguinte, provavelmente em voos internacionais".
FONTE: reportagem de Daniel Gonçalves, especial para o Correio Braziliense.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
EMIR SADER: ESTADO, GOVERNO, PARTIDOS, DEMOCRACIA
"O Estado brasileiro é hoje mais forte, não porque menos democrático, mas porque muito mais democrático, mais integrador, mais provedor de direitos, mais reconhecido no exterior e dentro do Brasil...Dispõe de mais pessoal e mais qualificado, melhor remunerado, depois de ter passado pela sua demonização, pela desqualificação do servidor público e diminuição pelas políticas de Estado mínimo do governo da tucanalhada-demoníaca.
por Emir Sader
A campanha eleitoral da oposição - tendo sua comissão de frente nas empresas privadas da mídia - concentra seu foco de supostas denúncias em um tema central: o governo confundiria o Estado com o governo, apropriando-se do Estado em função dos partidos que o apóiam. O jornal da família Frias chegou a colocar como manchete na sua primeira página que “O governo se reserva tal porcentagem do pré-sal”, como se se tratasse de uma apropriação por parte de governo de receitas de um projeto de enorme transcendência, que mobiliza grande quantidade de recursos, para seu proveito, em lugar de fazê-lo para o Estado brasileiro.
Confusão faz essa imprensa despreparada teoóricamente e mesquinha politicamente, ao não se dar conta de como os destinos do Estado brasileiro estão em jogo na repartição dos recursos do pré-sal, não se tratando apenas de um problema de um governo de turno. Mas quando se trata de manter de pé campanha sistemática de acusações a um governo que, apesar disso ou talvez até mesmo também por isso, goza de mais de 80% de apoio da população, vale de tudo, pelo próprio desespero de não ver refletir nas pesquisas de opinião, o tempo, os espaços e o papel gasto na até aqui inglória luta contra o governo.
Para começar: o Estado brasileiro, no governo Lula, é muito mais democrático do que antes, em qualquer outro governo. Em primeiro lugar, porque atende as reivindicações de um numero incomparavelmente maior de pessoas do que qualquer outro governo. Atende seus direitos a emprego formal, a acesso a bens fundamentais, a escola, a habitação, a saneamento básico, a créditos, a energia elétrica, entre outros direitos elementares, mas que foram sempre negados à maioria da população.
Como conseqüência, o Estado integra a setores majoritários do povo, que nunca antes tinham se sentido participantes do Estado, do que é expressão o fato de mais de 80% da população apoiar o governo, não ocasionalmente, no momento de um plano econômico qualquer – como em momentos do Plano Cruzado do governo Sarney ou do Plano Real do governo FHC – mas estavelmente, no sétimo ano do governo, quando FHC tinha apenas 18% de apoio e Sarney algo similar.
O Estado dispõe de mais pessoal e mais qualificado, melhor remunerado, depois de ter passado pela sua demonização, pela desqualificação do servidor público e diminuição pelas políticas de Estado mínimo do governo da tucanalhada-demoníaca.
As empresas estatais são mais fortes e mais eficientes hoje. Tome-se o exemplo da Petrobrás no governo atual, em comparação com ao que tinha sido reduzida – “Petrobrax” – no governo FHC. Os levantamentos do IPEA revelam como o serviço publico é mais eficiente que as empresas privadas, como mostra da melhoria do Estado no governo atual.
A diminuição significativa do superávit fiscal, o freio nos processos de privatização – que previam a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da Eletrobras, nos acordos assinados com o FMI na última das três crises com que o governo FHC vitimizou o Brasil fortaleceram o Estado.
Ao contrário dos governos tucanos, como o de Serra, que seguiu adiante as privatizações e, não fosse o Banco do Brasil ter comprado a Nossa Caixa, a teria vendido ao capital privado, como os tucanos tinham feito com o Banespa vendido a um banco estrangeiro, o Santander.
O Estado brasileiro é muito mais forte, porque muito mais respeitado no exterior, tanto na América Latina, como no conjunto do mundo, como se vê pelo prestígio de Lula, em comparação com a penosa imagem projetada por FHC e seus tristes ministros de Relações Exteriores.
O Estado é mais forte porque recuperou sua capacidade de indução do crescimento econômico, como se viu muito claramente na capacidade do governo e dos bancos públicos de promover a recuperação econômica do país na atual crise, muito maior do que qualquer uma que o governo FHC tenha vivido e, no entanto, o Brasil sai dela mais forte, ao contrário das anteriores, em que – como no caso da crise de 1999 – o país saiu enfraquecido – com as taxas de juros próximas de 50%, com o desemprego em níveis altíssimos, com um descontrole inflacionário, com um aumento exponencial da divida pública, com uma recessão de que somente o governo Lula pôde fazer com que saíssemos da crise.
O Estado é mais forte justamente porque o governo não confundiu governo e Estado. O governo é um instrumento de fortalecimento do Estado, mediante políticas de interesse nacional – como as políticas sociais, educativas, culturais, econômicas, a política externa independente, entre tantas outras – e não para atender interesses privados – como as escandalosas privatizações de FHC, que dilapidaram o patrimônio público ou como a privataria educacional que promoveu as faculdades e universidades privadas em detrimento da educação publica, universal e gratuita.
O Estado é mais forte, porque arrecada mais e melhor, canalizando recursos para o crescimento econômico e as políticas sociais. Porque diminuiu as taxas de juros, diminuindo a remuneração ao capital especulativo e a transferência de renda ao capital financeiro.
Assim, o Estado brasileiro é mais forte, não porque menos democrático, mas porque muito mais democrático, mais integrador, mais provedor de direitos, mais reconhecido no exterior e dentro do Brasil.
O Estado governa com os partidos que apóiam o governo Lula, um governo submetido pelos dois maiores plebiscitos públicos – as eleições de 2002 e 2006 -, em que, mesmo tendo a ditadura das empresas privadas da mídia contra, contou com o imenso apoio popular, que só cresceu desde então. Governa, portanto, com a delegação da grande maioria do povo. A oposição queria que ele governasse, como no governo FHC, com representantes diretos do grande capital, dos bancos, das corporações privadas, da mídia oligárquica, do capital estrangeiro.
Os governos estaduais dos outros partidos – como o de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul – foram sistematicamente sabotados pelo governo FHC, ao contrário do governo Lula, que compartilha os recursos federais com governos da oposição, como os governos tucanos de São Paulo e de Minas Gerais, com governadores pré-candidatos à presidência pela oposição ao governo.
O Estado é mais forte no Brasil no governo Lula, a democracia é mais forte, porque o governo as promove como seus objetivos centrais. Passado o circo midiático, fica claro que foram os tucanalhas-demoníacos, que debilitaram o papel de controle tributário, favorecendo a sonegação fiscal como nunca no Brasil.
Um Estado forte é um Estado democrático, reconhecido e apoiado pela grande maioria da população. É um Estado que implementa políticas de caráter nacional, de interesse público, promovendo a prioridade das questões sociais e não a ditadura econômico-financeira de Malan-FHC-Serra.
O Brasil precisa ser mais democrático e não menos, como quer a oposição, adepta do Estado mínimo e dos cortes dos direitos sociais. O Brasil precisa reformar profundamente o Estado, não como quer a oposição, para deixar mais espaços para o mercado, mas para torná-lo efetivamente um Estado de todos e para todos.
FONTE: artigo do sociólogo e cientista político Emir Sader postado no "Blog do Emir" e reproduzido em 27/08/2009 no site "Vermelho".
por Emir Sader
A campanha eleitoral da oposição - tendo sua comissão de frente nas empresas privadas da mídia - concentra seu foco de supostas denúncias em um tema central: o governo confundiria o Estado com o governo, apropriando-se do Estado em função dos partidos que o apóiam. O jornal da família Frias chegou a colocar como manchete na sua primeira página que “O governo se reserva tal porcentagem do pré-sal”, como se se tratasse de uma apropriação por parte de governo de receitas de um projeto de enorme transcendência, que mobiliza grande quantidade de recursos, para seu proveito, em lugar de fazê-lo para o Estado brasileiro.
Confusão faz essa imprensa despreparada teoóricamente e mesquinha politicamente, ao não se dar conta de como os destinos do Estado brasileiro estão em jogo na repartição dos recursos do pré-sal, não se tratando apenas de um problema de um governo de turno. Mas quando se trata de manter de pé campanha sistemática de acusações a um governo que, apesar disso ou talvez até mesmo também por isso, goza de mais de 80% de apoio da população, vale de tudo, pelo próprio desespero de não ver refletir nas pesquisas de opinião, o tempo, os espaços e o papel gasto na até aqui inglória luta contra o governo.
Para começar: o Estado brasileiro, no governo Lula, é muito mais democrático do que antes, em qualquer outro governo. Em primeiro lugar, porque atende as reivindicações de um numero incomparavelmente maior de pessoas do que qualquer outro governo. Atende seus direitos a emprego formal, a acesso a bens fundamentais, a escola, a habitação, a saneamento básico, a créditos, a energia elétrica, entre outros direitos elementares, mas que foram sempre negados à maioria da população.
Como conseqüência, o Estado integra a setores majoritários do povo, que nunca antes tinham se sentido participantes do Estado, do que é expressão o fato de mais de 80% da população apoiar o governo, não ocasionalmente, no momento de um plano econômico qualquer – como em momentos do Plano Cruzado do governo Sarney ou do Plano Real do governo FHC – mas estavelmente, no sétimo ano do governo, quando FHC tinha apenas 18% de apoio e Sarney algo similar.
O Estado dispõe de mais pessoal e mais qualificado, melhor remunerado, depois de ter passado pela sua demonização, pela desqualificação do servidor público e diminuição pelas políticas de Estado mínimo do governo da tucanalhada-demoníaca.
As empresas estatais são mais fortes e mais eficientes hoje. Tome-se o exemplo da Petrobrás no governo atual, em comparação com ao que tinha sido reduzida – “Petrobrax” – no governo FHC. Os levantamentos do IPEA revelam como o serviço publico é mais eficiente que as empresas privadas, como mostra da melhoria do Estado no governo atual.
A diminuição significativa do superávit fiscal, o freio nos processos de privatização – que previam a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da Eletrobras, nos acordos assinados com o FMI na última das três crises com que o governo FHC vitimizou o Brasil fortaleceram o Estado.
Ao contrário dos governos tucanos, como o de Serra, que seguiu adiante as privatizações e, não fosse o Banco do Brasil ter comprado a Nossa Caixa, a teria vendido ao capital privado, como os tucanos tinham feito com o Banespa vendido a um banco estrangeiro, o Santander.
O Estado brasileiro é muito mais forte, porque muito mais respeitado no exterior, tanto na América Latina, como no conjunto do mundo, como se vê pelo prestígio de Lula, em comparação com a penosa imagem projetada por FHC e seus tristes ministros de Relações Exteriores.
O Estado é mais forte porque recuperou sua capacidade de indução do crescimento econômico, como se viu muito claramente na capacidade do governo e dos bancos públicos de promover a recuperação econômica do país na atual crise, muito maior do que qualquer uma que o governo FHC tenha vivido e, no entanto, o Brasil sai dela mais forte, ao contrário das anteriores, em que – como no caso da crise de 1999 – o país saiu enfraquecido – com as taxas de juros próximas de 50%, com o desemprego em níveis altíssimos, com um descontrole inflacionário, com um aumento exponencial da divida pública, com uma recessão de que somente o governo Lula pôde fazer com que saíssemos da crise.
O Estado é mais forte justamente porque o governo não confundiu governo e Estado. O governo é um instrumento de fortalecimento do Estado, mediante políticas de interesse nacional – como as políticas sociais, educativas, culturais, econômicas, a política externa independente, entre tantas outras – e não para atender interesses privados – como as escandalosas privatizações de FHC, que dilapidaram o patrimônio público ou como a privataria educacional que promoveu as faculdades e universidades privadas em detrimento da educação publica, universal e gratuita.
O Estado é mais forte, porque arrecada mais e melhor, canalizando recursos para o crescimento econômico e as políticas sociais. Porque diminuiu as taxas de juros, diminuindo a remuneração ao capital especulativo e a transferência de renda ao capital financeiro.
Assim, o Estado brasileiro é mais forte, não porque menos democrático, mas porque muito mais democrático, mais integrador, mais provedor de direitos, mais reconhecido no exterior e dentro do Brasil.
O Estado governa com os partidos que apóiam o governo Lula, um governo submetido pelos dois maiores plebiscitos públicos – as eleições de 2002 e 2006 -, em que, mesmo tendo a ditadura das empresas privadas da mídia contra, contou com o imenso apoio popular, que só cresceu desde então. Governa, portanto, com a delegação da grande maioria do povo. A oposição queria que ele governasse, como no governo FHC, com representantes diretos do grande capital, dos bancos, das corporações privadas, da mídia oligárquica, do capital estrangeiro.
Os governos estaduais dos outros partidos – como o de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul – foram sistematicamente sabotados pelo governo FHC, ao contrário do governo Lula, que compartilha os recursos federais com governos da oposição, como os governos tucanos de São Paulo e de Minas Gerais, com governadores pré-candidatos à presidência pela oposição ao governo.
O Estado é mais forte no Brasil no governo Lula, a democracia é mais forte, porque o governo as promove como seus objetivos centrais. Passado o circo midiático, fica claro que foram os tucanalhas-demoníacos, que debilitaram o papel de controle tributário, favorecendo a sonegação fiscal como nunca no Brasil.
Um Estado forte é um Estado democrático, reconhecido e apoiado pela grande maioria da população. É um Estado que implementa políticas de caráter nacional, de interesse público, promovendo a prioridade das questões sociais e não a ditadura econômico-financeira de Malan-FHC-Serra.
O Brasil precisa ser mais democrático e não menos, como quer a oposição, adepta do Estado mínimo e dos cortes dos direitos sociais. O Brasil precisa reformar profundamente o Estado, não como quer a oposição, para deixar mais espaços para o mercado, mas para torná-lo efetivamente um Estado de todos e para todos.
FONTE: artigo do sociólogo e cientista político Emir Sader postado no "Blog do Emir" e reproduzido em 27/08/2009 no site "Vermelho".
SUCURSAL DA MÍDIA
"Os meios de comunicação viram que era fácil mudar o comando do Senado quando quisessem. Os senadores depunham quem haviam escolhido, sob qualquer pretexto, tal qual ocorreu a Renan Calheiros. E, agora, quase acontece com José Sarney. Tudo porque os meios de comunicação decidiram tisnar de corrupto o PMDB que oferece solidariedade a Lula e apóia Dilma Rousseff, e endeusar como puro, imaculado, o PMDB de Orestes Quércia, outrora "bête noire" dos tucanos, porque apoiou o candidato de José Serra à Prefeitura de São Paulo e porque é entusiasmado eleitor do atual governador para suceder a Lula. Aí a casa virou palco de molecagens que a tv e os jornais mostram a todo o País.
E os senadores não têm pejo de adotar brincadeiras de colegiais contra colegas, como se viu esse estranho senador de São Paulo erguer cartão vermelho para o presidente da Casa que ela elegeu três vezes e que devia merecer respeito até por seu papel na democratização do País. O Senado é hoje abrigo de pessoas que não se respeitam nem podem pedir respeito aos eleitores.
Como se sofresse nostalgia do Doi-Codi e quisesse ser, de novo, por ele substituído".
FONTE: nota do jornalista Lustosa da Costa em sua coluna no Diário do Nordeste em 27/08/2009.
E os senadores não têm pejo de adotar brincadeiras de colegiais contra colegas, como se viu esse estranho senador de São Paulo erguer cartão vermelho para o presidente da Casa que ela elegeu três vezes e que devia merecer respeito até por seu papel na democratização do País. O Senado é hoje abrigo de pessoas que não se respeitam nem podem pedir respeito aos eleitores.
Como se sofresse nostalgia do Doi-Codi e quisesse ser, de novo, por ele substituído".
FONTE: nota do jornalista Lustosa da Costa em sua coluna no Diário do Nordeste em 27/08/2009.
E ACM NA PRESIDÊNCIA DO SENADO?
Dessacralização do Senado
"A dessacralização do Senado teve início com a primeira presidência de Antonio Carlos Magalhães que, antes de assumir o posto, não fez segredo de que iria, ali, tentar destruir o líder do PMDB Humberto Lucena e um de seus próceres mais influentes, Jáder Barbalho. Contra o primeiro, nada pôde fazer porque sua honradez era conhecida e se tratava de homem público da velha escola que nada vendia, nada comprava. Limitou-se a utilizar colunistas amestrados para dar notinhas, amesquinhando, menosprezando o senador paraibano. Como Barbalho tivesse negócios com a Sudam e se dispusesse a montar grupo de comunicação no Pará, como ACM fizera na Bahia, foi seu alvo fácil. Porque ACM inoculou, nos grandes veículos de comunicação, a mais intensa má vontade contra o político paraense.
Mais fácil
Barbalho foi alvo mais fácil, inclusive de mobilizar contra ele os grandes veículos de comunicação do País em que ACM exercia notória e ostensiva influência.
De repente, a mídia transformou um miúdo projeto de criação de rãs na Amazônia, financiado pela Sudam, em escândalo de bilhões de euros, capaz arruinar os cofres públicos brasileiros para todo o sempre. Em televisão, revistas, jornais, não se falava noutra coisa. E Jáder terminou sendo proscrito.
Quem era o rico
ACM morreu e aí se viu que o bilionário era ele. Sua fortuna, construída na vida pública, é de mais de 600 milhões de reais. Agora, as preciosas coleções de imagens de santos, arrecadadas nas igrejas de toda a Bahia, ao longo de três governos, sem falar nos depósitos em bancos estrangeiros, cujo vulto se ignora, claro que a mídia nunca mais cogitou de levar às manchetes a fortuna de Barbalho, se ele a teve algum dia, por não poder esconder a de seu ídolo baiano cujo patrimônio deixou claro que os puritanos são muito mais vorazes que os chamados "corruptos" pela mídia".
FONTE: notas do jornalista Lustosa da Costa na sua coluna no Diário do Nordeste, em 27/08/2009.
"A dessacralização do Senado teve início com a primeira presidência de Antonio Carlos Magalhães que, antes de assumir o posto, não fez segredo de que iria, ali, tentar destruir o líder do PMDB Humberto Lucena e um de seus próceres mais influentes, Jáder Barbalho. Contra o primeiro, nada pôde fazer porque sua honradez era conhecida e se tratava de homem público da velha escola que nada vendia, nada comprava. Limitou-se a utilizar colunistas amestrados para dar notinhas, amesquinhando, menosprezando o senador paraibano. Como Barbalho tivesse negócios com a Sudam e se dispusesse a montar grupo de comunicação no Pará, como ACM fizera na Bahia, foi seu alvo fácil. Porque ACM inoculou, nos grandes veículos de comunicação, a mais intensa má vontade contra o político paraense.
Mais fácil
Barbalho foi alvo mais fácil, inclusive de mobilizar contra ele os grandes veículos de comunicação do País em que ACM exercia notória e ostensiva influência.
De repente, a mídia transformou um miúdo projeto de criação de rãs na Amazônia, financiado pela Sudam, em escândalo de bilhões de euros, capaz arruinar os cofres públicos brasileiros para todo o sempre. Em televisão, revistas, jornais, não se falava noutra coisa. E Jáder terminou sendo proscrito.
Quem era o rico
ACM morreu e aí se viu que o bilionário era ele. Sua fortuna, construída na vida pública, é de mais de 600 milhões de reais. Agora, as preciosas coleções de imagens de santos, arrecadadas nas igrejas de toda a Bahia, ao longo de três governos, sem falar nos depósitos em bancos estrangeiros, cujo vulto se ignora, claro que a mídia nunca mais cogitou de levar às manchetes a fortuna de Barbalho, se ele a teve algum dia, por não poder esconder a de seu ídolo baiano cujo patrimônio deixou claro que os puritanos são muito mais vorazes que os chamados "corruptos" pela mídia".
FONTE: notas do jornalista Lustosa da Costa na sua coluna no Diário do Nordeste, em 27/08/2009.
PAULO NOGUEIRA BATISTA JR: A PIORA DAS CONTAS PÚBLICAS
O deficit fiscal brasileiro está entre os menores, quando se consideram os países do G20; não há motivos para alarme
"As contas públicas sofreram deterioração marcada em 2009. Já existe quem levante dúvidas sobre a solidez da política fiscal e a sustentabilidade das finanças do governo brasileiro.
De fato, os dados disponíveis mostram nítida piora do ano passado para cá. O superávit primário diminuiu significativamente, o deficit nominal aumentou e cresceu a razão dívida líquida/PIB (Produto Interno Bruto).
O que está por trás dessa piora dos resultados fiscais? Em primeiro lugar, a recessão do final do ano passado e do início deste ano. A queda da atividade econômica aumenta de modo automático o déficit público, principalmente via redução das receitas.
Além disso, houve afrouxamento da política fiscal, isto é, decisões deliberadas de aliviar a carga tributária e ampliar os gastos públicos. O principal objetivo dessas decisões parece ter sido contra-arrestar o movimento recessivo provocado pela abrupta contração da demanda privada. É o que os economistas chamam de "medidas discricionárias" de estímulo fiscal.
O aumento da dívida líquida do governo reflete também a valorização do câmbio. O setor público consolidado é credor em moeda estrangeira. Em dezembro último, o crédito externo líquido do setor público representava o equivalente a 11,1% do PIB. A valorização do real contribuiu para aumentar a razão dívida líquida/PIB em 1,7 ponto percentual no primeiro semestre deste ano, segundo o Banco Central.
É motivo de preocupação a deterioração das contas públicas? Em alguma medida, sim. É preciso estar sempre atento à evolução do déficit fiscal e da dívida do governo (desculpe, leitor, a homenagem ao conselheiro Acácio).
Mas a questão precisa ser colocada em perspectiva. Primeiro, não teria sido recomendável responder à queda das receitas associada à recessão com corte equivalente dos gastos públicos. A tentativa de manter o deficit fiscal no nível anterior teria agravado a pressão recessiva decorrente da crise mundial.
Em outras palavras, era preciso deixar os estabilizadores automáticos funcionarem.
Mais do que isso: o governo precisava recorrer a uma política fiscal ativa, de caráter antirrecessivo. Se isso não tivesse sido feito, a recessão teria sido mais profunda e mais demorada.
De qualquer maneira, o Brasil parece estar entre os mais cautelosos em matéria de política fiscal anticíclica. Segundo estimativas do FMI, baseadas em medidas anunciadas pelos governos até meados de julho, entre os países do G20 só a Itália aplicou um estímulo fiscal discricionário inferior ao do Brasil como proporção do PIB.
Projeções publicadas pela revista "The Economist" indicam que o deficit fiscal brasileiro está entre os menores, quando se considera os países do G20 e outras 23 economias desenvolvidas e em desenvolvimento. Em 2009, o deficit brasileiro chegará a cerca de 3% do PIB, segundo essas projeções. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a 14% do PIB. No Japão, na França, na Rússia e na Índia, a 8% do PIB.
O quadro fiscal brasileiro requer cuidados, mas não dá motivos para alarme. A própria recuperação da economia tenderá a produzir alguma melhora da arrecadação tributária e das contas públicas. Mesmo assim, quando a recuperação estiver consolidada, seria recomendável que o governo desativasse gradualmente os mecanismos de desoneração e de estímulo fiscal criados durante a crise".
FONTE: artigo de PAULO NOGUEIRA BATISTA JR., diretor-executivo no FMI, onde representa um grupo de nove países (Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Haiti, Panamá, República Dominicana, Suriname e Trinidad e Tobago). Publicado na Folha de São Paulo em 27/08/2009.
"As contas públicas sofreram deterioração marcada em 2009. Já existe quem levante dúvidas sobre a solidez da política fiscal e a sustentabilidade das finanças do governo brasileiro.
De fato, os dados disponíveis mostram nítida piora do ano passado para cá. O superávit primário diminuiu significativamente, o deficit nominal aumentou e cresceu a razão dívida líquida/PIB (Produto Interno Bruto).
O que está por trás dessa piora dos resultados fiscais? Em primeiro lugar, a recessão do final do ano passado e do início deste ano. A queda da atividade econômica aumenta de modo automático o déficit público, principalmente via redução das receitas.
Além disso, houve afrouxamento da política fiscal, isto é, decisões deliberadas de aliviar a carga tributária e ampliar os gastos públicos. O principal objetivo dessas decisões parece ter sido contra-arrestar o movimento recessivo provocado pela abrupta contração da demanda privada. É o que os economistas chamam de "medidas discricionárias" de estímulo fiscal.
O aumento da dívida líquida do governo reflete também a valorização do câmbio. O setor público consolidado é credor em moeda estrangeira. Em dezembro último, o crédito externo líquido do setor público representava o equivalente a 11,1% do PIB. A valorização do real contribuiu para aumentar a razão dívida líquida/PIB em 1,7 ponto percentual no primeiro semestre deste ano, segundo o Banco Central.
É motivo de preocupação a deterioração das contas públicas? Em alguma medida, sim. É preciso estar sempre atento à evolução do déficit fiscal e da dívida do governo (desculpe, leitor, a homenagem ao conselheiro Acácio).
Mas a questão precisa ser colocada em perspectiva. Primeiro, não teria sido recomendável responder à queda das receitas associada à recessão com corte equivalente dos gastos públicos. A tentativa de manter o deficit fiscal no nível anterior teria agravado a pressão recessiva decorrente da crise mundial.
Em outras palavras, era preciso deixar os estabilizadores automáticos funcionarem.
Mais do que isso: o governo precisava recorrer a uma política fiscal ativa, de caráter antirrecessivo. Se isso não tivesse sido feito, a recessão teria sido mais profunda e mais demorada.
De qualquer maneira, o Brasil parece estar entre os mais cautelosos em matéria de política fiscal anticíclica. Segundo estimativas do FMI, baseadas em medidas anunciadas pelos governos até meados de julho, entre os países do G20 só a Itália aplicou um estímulo fiscal discricionário inferior ao do Brasil como proporção do PIB.
Projeções publicadas pela revista "The Economist" indicam que o deficit fiscal brasileiro está entre os menores, quando se considera os países do G20 e outras 23 economias desenvolvidas e em desenvolvimento. Em 2009, o deficit brasileiro chegará a cerca de 3% do PIB, segundo essas projeções. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a 14% do PIB. No Japão, na França, na Rússia e na Índia, a 8% do PIB.
O quadro fiscal brasileiro requer cuidados, mas não dá motivos para alarme. A própria recuperação da economia tenderá a produzir alguma melhora da arrecadação tributária e das contas públicas. Mesmo assim, quando a recuperação estiver consolidada, seria recomendável que o governo desativasse gradualmente os mecanismos de desoneração e de estímulo fiscal criados durante a crise".
FONTE: artigo de PAULO NOGUEIRA BATISTA JR., diretor-executivo no FMI, onde representa um grupo de nove países (Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Haiti, Panamá, República Dominicana, Suriname e Trinidad e Tobago). Publicado na Folha de São Paulo em 27/08/2009.
AGRADECIMENTO À RÁDIO GLOBO NO DIA DO SUICÍDIO DE VARGAS
"Quero ressaltar o extraordinário papel que a Rádio Globo, a serviço da imprensa falada, da verdade e da justiça, desempenhou nesta revolução branca que hoje tem a sua noite de glória...
(Carlos Lacerda, horas antes do suicídio de Vargas, festeja boatos sobre a renúncia do Presidente na emissora líder da campanha golpista de 1954)"
FONTE: cabeçalho do site "Carta Maior" em 27/08/2009.
(Carlos Lacerda, horas antes do suicídio de Vargas, festeja boatos sobre a renúncia do Presidente na emissora líder da campanha golpista de 1954)"
FONTE: cabeçalho do site "Carta Maior" em 27/08/2009.
"FOLHA": MANIPULAÇÃO E OMISSÃO
"Caleiro: Folha, manipulação e omissão
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=7415
Por Maurício Caleiro
Três episódios de extrema gravidade, analisados em detalhes neste Observatório, marcaram a conduta do jornal Folha de S.Paulo este ano: o emprego do neologismo "ditabranda" em editorial, para se referir ao regime militar que vigorou de 1964 a 1989; o ataque verbal do diretor de Redação Otavio Frias Filho aos professores Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato; e, pior, a utilização de ficha policial falsa da ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, em matéria sobre um sequestro que nunca ocorreu – resultando no que a professora de Jornalismo Sylvia Moretzsohn, neste mesmo OI, classificou como "um dos casos mais graves da história recente do nosso jornalismo – ou, pelo menos, um dos casos mais graves tornados públicos".
Nascido como denúncia nas próprias páginas da Folha, o "caso Lina Vieira" talvez mereça figurar nessa lista que documenta a decadência de um dos órgãos de imprensa que um dia encarnou as esperanças de aprimoramento das posturas jornalísticas no país. Tal dúbia glória deve-se não apenas aos detalhes do caso, que pouco a pouco vão sendo revelados e suscitam suspeitas de que se trate de uma grande armação, mas, de forma indubitável, à cobertura que o jornal vem dispensando ao assunto.
A edição da Folha de terça-feira (19/8), que abordou o depoimento da ex-secretária da Receita Federal à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, foi particularmente questionável, por apresentar omissões gritantes e por adotar, uma vez mais, uma série de procedimentos jornalísticos inaceitáveis num órgão que se pretende pluralista.
"Não me senti pressionada"
"Não é o primeiro episódio na história recente do país em que um clima de escândalo sobe a uma temperatura máxima, alimentado por fatos que são o centro das atenções políticas por semanas até que sumam no ar como fumaça. Nesse caso, depois do depoimento de Lina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, anteontem, e de inúmeros indícios apontados por apoiadores e detratores, a pergunta que vem à cabeça dos acompanhantes mais atentos da cena política é: qual é mesmo o crime?" – perguntou, no jornal Valor, a editora de opinião Maria Inês Nassif.
É precisamente o que ocorre não apenas com o "caso Lina", mas com a cobertura a ele dispensada: atingiram um ponto tal que, antes de mais nada, convém lembrar qual é exatamente a acusação que paira sobre Dilma Rousseff. Ela teria se encontrado com a ex-secretária da Receita e pedido agilidade em inquérito contra Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney, este então sob a ameaça de ser deposto pela Comissão de Ética da presidência do Senado. Segundo declarara inicialmente, Lina interpretou o pedido como uma senha para arquivar o processo. Essa era a acusação inicial.
Porém, em seu depoimento ao Senado, a ex-secretária, não obstante ter confirmado o encontro – sem, no entanto, apresentar qualquer prova material ou indício incontestável de que este ocorrera –, negou ter interpretado o pedido de agilidade alegadamente feito por Dilma como senha para encerrar o caso: "Eu entendi, das palavras da ministra, que resolvesse logo as pendências, que desse celeridade ao processo, não me senti pressionada pela ministra"; e "a ministra disse para agilizar a fiscalização do procedimento contra o filho de Sarney, mas, de forma alguma, o pedido foi para não investigar o filho de Sarney. Foi apenas para dar agilidade", declarou ela.
Mas o leitor da Folha de S.Paulo no dia seguinte ao depoimento simplesmente não teve acesso a essa declaração. Todos os textos relativos ao caso – um editorial, uma coluna de opinião e a matéria jornalística em si – são apresentados sem levar em conta esse momento-chave do depoimento.
Omissão e distorções
Os problemas começam já no editorial, intitulado "Persiste a dúvida", que produz uma pérola de humor involuntário ao afirmar contraditoriamente que "o depoimento da ex-secretária da Receita, ontem no Senado, manteve todas peças no tabuleiro. Lina Vieira não trouxe elementos que provassem o encontro reservado que alega ter mantido com Dilma Rousseff, para tratar de uma investigação fiscal contra familiares de José Sarney".
O texto não deixa de trazer, no entanto, embutido em sua argumentação, as consequências dos desdobramentos do dia anterior e, significantemente, a impossibilidade de encaminhar a acusação pelo caminho anteriormente adotado – de alegada interferência de Dilma para ajudar Sarney: "A prática de realizar encontros reservados de governo não pode ser condenada por princípio (...). Pode-se argumentar, do mesmo modo, que um pedido feito por um ministro para `agilizar´ – desde que o sentido implícito não seja o de `encerrar´ – certo processo não configuraria falta grave". Então, em que resultaria o problema? Segundo o editorialista – em outro ato falho revelador – na "acusação, esta politicamente grave, de [Dilma] ter mentido".
Na outrora nobre página A2, a coluna de Fernando Rodrigues afirma que "quem acusa é Lina Vieira, integrante dos quadros do próprio governo. Não se trata de alguém da oposição, um de fora". Do ponto de vista jornalístico, há um problema gravíssimo nesse "argumento": ele não informa o leitor que o tal "quadro" fora demitido de uma alta função – a mais alta que alcançara em sua carreira – e que dera demonstrações públicas de contrariedade pela demissão. Omissão ainda mais grave, deixa de noticiar que Lina fora demitida alegadamente por ninguém menos do que a pessoa que ela agora acusa, Dilma Rousseff. Ou seja, a argumentação de Rodrigues depende da sonegação de uma informação essencial, que explicitaria motivação para uma vingança de Lina contra Dilma.
"Ou mentiu à Folha ou mentiu aqui"
O colunista também não foi capaz de – ou não quis – apurar outra suspeita de primeira ordem, contrária à tese que desenvolve na coluna, e que viria a público na mesma quarta-feira, sendo confirmada no dia seguinte no blog Entrelinhas, de Luiz Antonio Magalhães: a revelação de que o marido de Lina, Alexandre Firmino de Melo Filho, fora ministro da Integração Nacional durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso por quase um ano e, como sócio da agência de marketing político dois.a, tem ligações de longa data com a prefeita de Natal, Wilma de Faria (PV-RN) e com o senador Agripino Maia (DEM-RN), um dos líderes da ofensiva denuncista da oposição contra José Sarney (PMDB-AP) e, agora, contra Dilma. Convenhamos, para quem convive há tempos com o poder brasiliense e já foi um dos melhores repórteres investigativos do país, é uma sequência e tanto de "barrigas" – que põem por terra sua alegação de isenção funcional de Lina.
E há, por fim, o que deveria ser a matéria jornalística relativa ao depoimento na CCJ, intitulada "Lina vê `pedido descabido´ de Dilma e detalha reunião" e assinada por três repórteres. A única concessão que fazem é reconhecer que "a ex-secretária não levou provas nem forneceu a data da audiência". O resto da matéria reproduz falas de impacto de Lina – como "Não mudo a verdade no grito. Nem preciso de agenda para dizer a verdade. A mentira não faz parte de minha biografia" –, relata detidamente a atuação da bancada governista (mas se omite em relação à da oposição) e comete o ato falho de "entregar" que Lina reconhece que, no depoimento que dera ao jornal em 9/8, "apenas confirmou informações que a Folha apresentou a ela".
Utiliza-se, ainda, do pior truque empregado pelo jornal na cobertura: publica uma declaração que Lina dera anteriormente como se se tratasse de parte de seu depoimento ao Senado: "Na minha interpretação, o pedido de agilizar a fiscalização do filho do presidente Sarney foi para encerrar a fiscalização." Ou seja, exatamente o contrário do que ela afirmou aos senadores. Na CCJ, essa mesma contradição entre o que ela havia dito ao jornal antes e o que declarou aos parlamentares foi sublinhada pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que interveio: "A senhora já disse a vários senadores que não entendeu [a ordem de Dilma] como pressão. Ou a senhora mentiu para a Folha ou a senhora mentiu aqui."
Acusação sem bases
Porém, esse é um caso em que, desde o início, foi invertido o princípio básico do Direito segundo o qual o ônus da prova cabe ao acusador. Mesmo Lina tendo sido incapaz, em cinco horas de depoimento à CCJ, de produzir uma prova sequer de que o encontro ocorrera, a personagem suspeita de mentir, é, para a Folha, Dilma. Não só o já citado editorial explicita isso, mas o título da coluna de Fernando Rodrigues faz ilusão à ministra: "A mentira como imagem". O colunista Elio Gaspari, em outra ocasião, vai mais longe e, proclama, baseado em não se sabe em quê, que "a ministra Dilma Rousseff tem uma relação agreste com a verdade". Se o caro leitor entendeu o que o historiador revisionista quis dizer, por favor, nos informe.
O governo, por seu lado, nega de forma peremptória a ocorrência do encontro. Não só o de ordinário recluso secretário de Comunicação Social, Franklin Martins, deixou-se entrevistar por jornalistas em Rio Branco (AC) para renegá-lo, uma vez mais, mas o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a liturgia do cargo e desafiou Lina a provar o contrário. Para Ricardo Kotscho, que precedeu Martins na função, o maior erro cometido pelo governo até agora teria sido "entrar na da mídia" e sair a público para desmentir o encontro – e não só porque, como já citado, caberia aos acusadores provar que ele de fato ocorreu, mas porque a atitude defensiva do governo lançou suspeitas e reinflamou o debate.
Luis Nassif, no entanto, vê o caso por outro ângulo e recoloca uma questão essencial: "E se o encontro não ocorreu? Dilma deveria endossar metade da mentira [de Lina] para desqualificar a segunda metade, de que teria feito pedidos indevidos à ex-secretária?" Figuras-chave do governo se exporiam dessa maneira e viriam a público asseverar a inexistência do encontro e desafiar Lina a provar sua ocorrência se não tivessem a certeza de que ele não ocorreu? Não se sabe a resposta para estas perguntas, mas é importante registrar que o leitor da Folha não as encontra no jornal, a não ser na forma de acusação afirmativa e unilateral sem bases que a comprovem.
Tratamento diferenciado
Como se vê, o "caso Lina" tem ramificações várias e é mais complexo do que à primeira vista aparenta. Outra questão essencial que permanece sem resposta é por que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nomeou para secretária da Receita Federal – um cargo de confiança e estratégico, inclusive do ponto de vista da segurança institucional – a esposa de um ex-ministro de FHC e político ligado ao DEM, contra o qual a Procuradoria da União move ação por suposto desvio na Sudam, cujo rombo total chega a R$2 bilhões?
Uma consulta ao banco de dados da Folha de S.Paulo revela que Lina Vieira recebeu, durante sua gestão de menos de um ano à frente da Receita Federal – e notadamente logo após ser demitida –, tratamento diferenciado por parte do jornal em relação ao que o diário comumente dispensa ao segundo escalão do atual governo: criou-se a imagem de uma secretária eficiente, diligente na defesa de interesses corporativos e disposta a combater, como nunca antes neste país, os grandes sonegadores.
Interrogar a razão de tal tratamento face às práticas jornalísticas questionáveis que marcam a cobertura que a Folha faz do "caso Lina" pode vir a ser uma linha de investigação interessante sobre as ligações entre o jornal, o poder e a oposição".
FONTE: publicado originalmente no "Observatório de Imprensa" e reproduzido em 27/08/2009 no site "Vi o mundo", do jornalista Luiz Carlos Azenha.
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=7415
Por Maurício Caleiro
Três episódios de extrema gravidade, analisados em detalhes neste Observatório, marcaram a conduta do jornal Folha de S.Paulo este ano: o emprego do neologismo "ditabranda" em editorial, para se referir ao regime militar que vigorou de 1964 a 1989; o ataque verbal do diretor de Redação Otavio Frias Filho aos professores Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato; e, pior, a utilização de ficha policial falsa da ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, em matéria sobre um sequestro que nunca ocorreu – resultando no que a professora de Jornalismo Sylvia Moretzsohn, neste mesmo OI, classificou como "um dos casos mais graves da história recente do nosso jornalismo – ou, pelo menos, um dos casos mais graves tornados públicos".
Nascido como denúncia nas próprias páginas da Folha, o "caso Lina Vieira" talvez mereça figurar nessa lista que documenta a decadência de um dos órgãos de imprensa que um dia encarnou as esperanças de aprimoramento das posturas jornalísticas no país. Tal dúbia glória deve-se não apenas aos detalhes do caso, que pouco a pouco vão sendo revelados e suscitam suspeitas de que se trate de uma grande armação, mas, de forma indubitável, à cobertura que o jornal vem dispensando ao assunto.
A edição da Folha de terça-feira (19/8), que abordou o depoimento da ex-secretária da Receita Federal à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, foi particularmente questionável, por apresentar omissões gritantes e por adotar, uma vez mais, uma série de procedimentos jornalísticos inaceitáveis num órgão que se pretende pluralista.
"Não me senti pressionada"
"Não é o primeiro episódio na história recente do país em que um clima de escândalo sobe a uma temperatura máxima, alimentado por fatos que são o centro das atenções políticas por semanas até que sumam no ar como fumaça. Nesse caso, depois do depoimento de Lina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, anteontem, e de inúmeros indícios apontados por apoiadores e detratores, a pergunta que vem à cabeça dos acompanhantes mais atentos da cena política é: qual é mesmo o crime?" – perguntou, no jornal Valor, a editora de opinião Maria Inês Nassif.
É precisamente o que ocorre não apenas com o "caso Lina", mas com a cobertura a ele dispensada: atingiram um ponto tal que, antes de mais nada, convém lembrar qual é exatamente a acusação que paira sobre Dilma Rousseff. Ela teria se encontrado com a ex-secretária da Receita e pedido agilidade em inquérito contra Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney, este então sob a ameaça de ser deposto pela Comissão de Ética da presidência do Senado. Segundo declarara inicialmente, Lina interpretou o pedido como uma senha para arquivar o processo. Essa era a acusação inicial.
Porém, em seu depoimento ao Senado, a ex-secretária, não obstante ter confirmado o encontro – sem, no entanto, apresentar qualquer prova material ou indício incontestável de que este ocorrera –, negou ter interpretado o pedido de agilidade alegadamente feito por Dilma como senha para encerrar o caso: "Eu entendi, das palavras da ministra, que resolvesse logo as pendências, que desse celeridade ao processo, não me senti pressionada pela ministra"; e "a ministra disse para agilizar a fiscalização do procedimento contra o filho de Sarney, mas, de forma alguma, o pedido foi para não investigar o filho de Sarney. Foi apenas para dar agilidade", declarou ela.
Mas o leitor da Folha de S.Paulo no dia seguinte ao depoimento simplesmente não teve acesso a essa declaração. Todos os textos relativos ao caso – um editorial, uma coluna de opinião e a matéria jornalística em si – são apresentados sem levar em conta esse momento-chave do depoimento.
Omissão e distorções
Os problemas começam já no editorial, intitulado "Persiste a dúvida", que produz uma pérola de humor involuntário ao afirmar contraditoriamente que "o depoimento da ex-secretária da Receita, ontem no Senado, manteve todas peças no tabuleiro. Lina Vieira não trouxe elementos que provassem o encontro reservado que alega ter mantido com Dilma Rousseff, para tratar de uma investigação fiscal contra familiares de José Sarney".
O texto não deixa de trazer, no entanto, embutido em sua argumentação, as consequências dos desdobramentos do dia anterior e, significantemente, a impossibilidade de encaminhar a acusação pelo caminho anteriormente adotado – de alegada interferência de Dilma para ajudar Sarney: "A prática de realizar encontros reservados de governo não pode ser condenada por princípio (...). Pode-se argumentar, do mesmo modo, que um pedido feito por um ministro para `agilizar´ – desde que o sentido implícito não seja o de `encerrar´ – certo processo não configuraria falta grave". Então, em que resultaria o problema? Segundo o editorialista – em outro ato falho revelador – na "acusação, esta politicamente grave, de [Dilma] ter mentido".
Na outrora nobre página A2, a coluna de Fernando Rodrigues afirma que "quem acusa é Lina Vieira, integrante dos quadros do próprio governo. Não se trata de alguém da oposição, um de fora". Do ponto de vista jornalístico, há um problema gravíssimo nesse "argumento": ele não informa o leitor que o tal "quadro" fora demitido de uma alta função – a mais alta que alcançara em sua carreira – e que dera demonstrações públicas de contrariedade pela demissão. Omissão ainda mais grave, deixa de noticiar que Lina fora demitida alegadamente por ninguém menos do que a pessoa que ela agora acusa, Dilma Rousseff. Ou seja, a argumentação de Rodrigues depende da sonegação de uma informação essencial, que explicitaria motivação para uma vingança de Lina contra Dilma.
"Ou mentiu à Folha ou mentiu aqui"
O colunista também não foi capaz de – ou não quis – apurar outra suspeita de primeira ordem, contrária à tese que desenvolve na coluna, e que viria a público na mesma quarta-feira, sendo confirmada no dia seguinte no blog Entrelinhas, de Luiz Antonio Magalhães: a revelação de que o marido de Lina, Alexandre Firmino de Melo Filho, fora ministro da Integração Nacional durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso por quase um ano e, como sócio da agência de marketing político dois.a, tem ligações de longa data com a prefeita de Natal, Wilma de Faria (PV-RN) e com o senador Agripino Maia (DEM-RN), um dos líderes da ofensiva denuncista da oposição contra José Sarney (PMDB-AP) e, agora, contra Dilma. Convenhamos, para quem convive há tempos com o poder brasiliense e já foi um dos melhores repórteres investigativos do país, é uma sequência e tanto de "barrigas" – que põem por terra sua alegação de isenção funcional de Lina.
E há, por fim, o que deveria ser a matéria jornalística relativa ao depoimento na CCJ, intitulada "Lina vê `pedido descabido´ de Dilma e detalha reunião" e assinada por três repórteres. A única concessão que fazem é reconhecer que "a ex-secretária não levou provas nem forneceu a data da audiência". O resto da matéria reproduz falas de impacto de Lina – como "Não mudo a verdade no grito. Nem preciso de agenda para dizer a verdade. A mentira não faz parte de minha biografia" –, relata detidamente a atuação da bancada governista (mas se omite em relação à da oposição) e comete o ato falho de "entregar" que Lina reconhece que, no depoimento que dera ao jornal em 9/8, "apenas confirmou informações que a Folha apresentou a ela".
Utiliza-se, ainda, do pior truque empregado pelo jornal na cobertura: publica uma declaração que Lina dera anteriormente como se se tratasse de parte de seu depoimento ao Senado: "Na minha interpretação, o pedido de agilizar a fiscalização do filho do presidente Sarney foi para encerrar a fiscalização." Ou seja, exatamente o contrário do que ela afirmou aos senadores. Na CCJ, essa mesma contradição entre o que ela havia dito ao jornal antes e o que declarou aos parlamentares foi sublinhada pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que interveio: "A senhora já disse a vários senadores que não entendeu [a ordem de Dilma] como pressão. Ou a senhora mentiu para a Folha ou a senhora mentiu aqui."
Acusação sem bases
Porém, esse é um caso em que, desde o início, foi invertido o princípio básico do Direito segundo o qual o ônus da prova cabe ao acusador. Mesmo Lina tendo sido incapaz, em cinco horas de depoimento à CCJ, de produzir uma prova sequer de que o encontro ocorrera, a personagem suspeita de mentir, é, para a Folha, Dilma. Não só o já citado editorial explicita isso, mas o título da coluna de Fernando Rodrigues faz ilusão à ministra: "A mentira como imagem". O colunista Elio Gaspari, em outra ocasião, vai mais longe e, proclama, baseado em não se sabe em quê, que "a ministra Dilma Rousseff tem uma relação agreste com a verdade". Se o caro leitor entendeu o que o historiador revisionista quis dizer, por favor, nos informe.
O governo, por seu lado, nega de forma peremptória a ocorrência do encontro. Não só o de ordinário recluso secretário de Comunicação Social, Franklin Martins, deixou-se entrevistar por jornalistas em Rio Branco (AC) para renegá-lo, uma vez mais, mas o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a liturgia do cargo e desafiou Lina a provar o contrário. Para Ricardo Kotscho, que precedeu Martins na função, o maior erro cometido pelo governo até agora teria sido "entrar na da mídia" e sair a público para desmentir o encontro – e não só porque, como já citado, caberia aos acusadores provar que ele de fato ocorreu, mas porque a atitude defensiva do governo lançou suspeitas e reinflamou o debate.
Luis Nassif, no entanto, vê o caso por outro ângulo e recoloca uma questão essencial: "E se o encontro não ocorreu? Dilma deveria endossar metade da mentira [de Lina] para desqualificar a segunda metade, de que teria feito pedidos indevidos à ex-secretária?" Figuras-chave do governo se exporiam dessa maneira e viriam a público asseverar a inexistência do encontro e desafiar Lina a provar sua ocorrência se não tivessem a certeza de que ele não ocorreu? Não se sabe a resposta para estas perguntas, mas é importante registrar que o leitor da Folha não as encontra no jornal, a não ser na forma de acusação afirmativa e unilateral sem bases que a comprovem.
Tratamento diferenciado
Como se vê, o "caso Lina" tem ramificações várias e é mais complexo do que à primeira vista aparenta. Outra questão essencial que permanece sem resposta é por que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nomeou para secretária da Receita Federal – um cargo de confiança e estratégico, inclusive do ponto de vista da segurança institucional – a esposa de um ex-ministro de FHC e político ligado ao DEM, contra o qual a Procuradoria da União move ação por suposto desvio na Sudam, cujo rombo total chega a R$2 bilhões?
Uma consulta ao banco de dados da Folha de S.Paulo revela que Lina Vieira recebeu, durante sua gestão de menos de um ano à frente da Receita Federal – e notadamente logo após ser demitida –, tratamento diferenciado por parte do jornal em relação ao que o diário comumente dispensa ao segundo escalão do atual governo: criou-se a imagem de uma secretária eficiente, diligente na defesa de interesses corporativos e disposta a combater, como nunca antes neste país, os grandes sonegadores.
Interrogar a razão de tal tratamento face às práticas jornalísticas questionáveis que marcam a cobertura que a Folha faz do "caso Lina" pode vir a ser uma linha de investigação interessante sobre as ligações entre o jornal, o poder e a oposição".
FONTE: publicado originalmente no "Observatório de Imprensa" e reproduzido em 27/08/2009 no site "Vi o mundo", do jornalista Luiz Carlos Azenha.
MONTENEGRO: DILMA JÁ GANHOU
"Seria demais pedir que eu comprasse a Veja duas semanas seguidas. Não comprei. Portanto, o que escrevo abaixo é baseado em um e-mail que reproduz parte da entrevista com Carlos Augusto Montenegro, o dono do Ibope, publicada na revista. Será que ele disse mesmo o que foi publicado? Não me responsabilizo.
O e-mail veio acompanhado do título "A Luta Continua". Ou seja, a direita brasileira se apropriou até mesmo dos slogans da esquerda. Não saio mais com o meu boné do Che Guevara. Perigas de um bacana aqui do Higienópolis furtá-lo para usar na próxima manifestação "Fora Sarney".
O PT, como se sabe, acabou. Nas palavras de Montenegro, "o partido deu um passo a mais na direção de seu fim. O PT passou vinte anos dizendo que era sério, que era ético, que trabalhava pelo Brasil de uma maneira diferente dos outros partidos. O mensalão minou todo o apelo que o PT havia acumulado em sua história. Ali acabou o diferencial. Ali acabou o charme. Todas as suas lideranças foram destruídas. Estrelas como José Dirceu, Luiz Gushiken e Antonio Palocci se apagaram. Eu não diria que o partido está extinto, mas está caminhando para isso."
Uau! É lógico que o PT se desgastou no poder. Que, como partido do poder, se aprofundou nos grotões e perdeu base nas regiões metropolitanas. É um processo que sempre se deu na política brasileira. Foi assim com a Arena, com o MDB, com o PSDB. Mas acho meio arriscado dizer que o PT está caminhando para a extinção. E arriscado especialmente para alguem que dirige um instituto de opinião. É natural que o eleitor se pergunte: será que o sr. Montenegro vai distorcer pesquisas com o objetivo de garantir que sua entrevista não seja desmentida pelos fatos? Sim, eu sei que ele está falando para o público interno. As últimas semanas foram marcadas por isso: José Serra tentando convencer José Serra de que ele está eleito.
Mas o repórter poderia ter notado que Lula se reelegeu em 2006 depois do mensalão. E que o PT fez uma bancada respeitável. Posso estar enganado, mas acho que o PT foi o partido mais votado nas eleições municipais de 2008. Será que o PT está tão morto assim?
Diz o analista Montenegro que, "tudo indica que agora ele [Lula] não fará o sucessor justamente por causa da mesmice na qual o PT mergulhou."
Qual é a "mesmice" a que ele se refere? O PAC? O pré-sal? A resposta à crise econômica? Acho muito vago falar em "mesmice", especialmente para se decretar que o PT está liquidado e que não tem chance em 2010.
"A transferência de votos ocorre apenas no eleitorado mais humilde", diz Montenegro. O que ele quis dizer com isso? Só os ignorantes votarão em Dilma? Ainda que ele esteja certo, não seria o caso de notar que "os mais humildes" são maioria no Brasil?
Uma observação óbvia, que o repórter poderia ter feito.
Finalmente, ele fala sobre a corrupção dos eleitores:
"Uma pesquisa do Ibope constatou que 70% dos entrevistados admitem já ter cometido algum tipo de prática antiética e 75 % deles afirmaram que cometeriam algum tipo de corrupção política caso tivessem oportunidade. Isso, obviamente, acaba criando um certo grau de tolerância com o que se faz de errado. Talvez esteja aí uma explicação para o fato de alguns políticos do PT e outros personagens muito conhecidos ainda não terem sido definitivamente sepultados."
Isso vale também para os políticos do PSDB, do DEM, do PMDB, do PCdoB, do PSB ou só para os do PT?
Se 70% dos entrevistados admitem ter cometido algum tipo de prática antiética e se boa parte deles vota no PT -- além dos "mais humildes", que são maioria e obedecerão ao Lula -- então a Dilma já ganhou em 2010. Com os votos de pobres, corruptos e pobres corruptos, já que corruptos pobres quase não existem.
Estou apenas aplicando a lógica do Montenegro. Uma pena que o entrevistador não tenha seguido o raciocínio do homem do Ibope.
No Brasil de hoje, esperar que um repórter faça as perguntas lógicas é pedir muito".
FONTE: publicado em 26/08/2009 no site "Vi o Mundo", do jornalista por Luiz Carlos Azenha.
O e-mail veio acompanhado do título "A Luta Continua". Ou seja, a direita brasileira se apropriou até mesmo dos slogans da esquerda. Não saio mais com o meu boné do Che Guevara. Perigas de um bacana aqui do Higienópolis furtá-lo para usar na próxima manifestação "Fora Sarney".
O PT, como se sabe, acabou. Nas palavras de Montenegro, "o partido deu um passo a mais na direção de seu fim. O PT passou vinte anos dizendo que era sério, que era ético, que trabalhava pelo Brasil de uma maneira diferente dos outros partidos. O mensalão minou todo o apelo que o PT havia acumulado em sua história. Ali acabou o diferencial. Ali acabou o charme. Todas as suas lideranças foram destruídas. Estrelas como José Dirceu, Luiz Gushiken e Antonio Palocci se apagaram. Eu não diria que o partido está extinto, mas está caminhando para isso."
Uau! É lógico que o PT se desgastou no poder. Que, como partido do poder, se aprofundou nos grotões e perdeu base nas regiões metropolitanas. É um processo que sempre se deu na política brasileira. Foi assim com a Arena, com o MDB, com o PSDB. Mas acho meio arriscado dizer que o PT está caminhando para a extinção. E arriscado especialmente para alguem que dirige um instituto de opinião. É natural que o eleitor se pergunte: será que o sr. Montenegro vai distorcer pesquisas com o objetivo de garantir que sua entrevista não seja desmentida pelos fatos? Sim, eu sei que ele está falando para o público interno. As últimas semanas foram marcadas por isso: José Serra tentando convencer José Serra de que ele está eleito.
Mas o repórter poderia ter notado que Lula se reelegeu em 2006 depois do mensalão. E que o PT fez uma bancada respeitável. Posso estar enganado, mas acho que o PT foi o partido mais votado nas eleições municipais de 2008. Será que o PT está tão morto assim?
Diz o analista Montenegro que, "tudo indica que agora ele [Lula] não fará o sucessor justamente por causa da mesmice na qual o PT mergulhou."
Qual é a "mesmice" a que ele se refere? O PAC? O pré-sal? A resposta à crise econômica? Acho muito vago falar em "mesmice", especialmente para se decretar que o PT está liquidado e que não tem chance em 2010.
"A transferência de votos ocorre apenas no eleitorado mais humilde", diz Montenegro. O que ele quis dizer com isso? Só os ignorantes votarão em Dilma? Ainda que ele esteja certo, não seria o caso de notar que "os mais humildes" são maioria no Brasil?
Uma observação óbvia, que o repórter poderia ter feito.
Finalmente, ele fala sobre a corrupção dos eleitores:
"Uma pesquisa do Ibope constatou que 70% dos entrevistados admitem já ter cometido algum tipo de prática antiética e 75 % deles afirmaram que cometeriam algum tipo de corrupção política caso tivessem oportunidade. Isso, obviamente, acaba criando um certo grau de tolerância com o que se faz de errado. Talvez esteja aí uma explicação para o fato de alguns políticos do PT e outros personagens muito conhecidos ainda não terem sido definitivamente sepultados."
Isso vale também para os políticos do PSDB, do DEM, do PMDB, do PCdoB, do PSB ou só para os do PT?
Se 70% dos entrevistados admitem ter cometido algum tipo de prática antiética e se boa parte deles vota no PT -- além dos "mais humildes", que são maioria e obedecerão ao Lula -- então a Dilma já ganhou em 2010. Com os votos de pobres, corruptos e pobres corruptos, já que corruptos pobres quase não existem.
Estou apenas aplicando a lógica do Montenegro. Uma pena que o entrevistador não tenha seguido o raciocínio do homem do Ibope.
No Brasil de hoje, esperar que um repórter faça as perguntas lógicas é pedir muito".
FONTE: publicado em 26/08/2009 no site "Vi o Mundo", do jornalista por Luiz Carlos Azenha.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
DILMA PODE VIRAR LULA
"A esta altura do campeonato, em minha opinião é prematuro fazer qualquer previsão sobre o resultado da eleição presidencial do ano que vem. Contudo, nada nos impede de buscar indícios sobre para onde caminham as coisas.
A tentativa de racionalizar friamente alguma coisa que envolva política já é, por si só, um enorme desafio intelectual, ainda que alguns o tratem como se fosse a tarefa mais simples do mundo. Por isso, acredito que vale a pena tentar.
Primeiro, explico o título e a imagem que encimam o texto.
Trata-se de um processo ao qual a mídia está submetendo Dilma Rousseff que dispensa a Lula há pelo menos vinte anos ininterruptos. De 1989 a 2009, o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi atacado de todas as formas e por todos os meios diariamente.
Muitos vêem nesse fato a explicação para a popularidade inquebrantável do presidente da República. Aliás, trata-se de um fenômeno que já beneficiou Paulo Maluf. Nem é nada tão novo.
De tanto ser atacado, um político conseguiria cristalizar em torno de si uma descrença pétrea da população naquelas acusações incessantes contra ele, pois o tempo vai passando e tais acusações jamais chegam a lugar algum.
Só neste ano, Dilma já sofreu mais ataques da mídia que a grande maioria dos políticos mais eminentes jamais sofreu numa vida inteira. Os ataques sucedem-se em velocidade vertiginosa, sem pausa de uma mísera semana. E, depois, nada acontece.
A tentativa aparentemente desesperada de dar sobrevida a qualquer preço a escândalos como esse dessa funcionária pública ligada ao senador pefelista Agripino Maia que fez acusações sem qualquer prova ou maiores detalhes concretos contra Dilma, é possível que seja só desespero mesmo. A ver.
Contudo, há que se ter em mente que esse processo de fustigação de Dilma não tem o tempo aparentemente necessário para ter causado o tal “efeito teflon” na ministra, política neófita, sem qualquer experiência eleitoral na vida e que concorre contra o maior tubarão da política brasileira contemporânea.
Mais uma vez, volto ao outro lado do ringue para lembrar que Dilma pode estar exposta há pouco tempo, mas as acusações contra ela também têm sido extremamente fracas, sendo talvez o ápice dessa fragilidade denuncista esse episódio Lina Vieira.
Como já disse aqui, esse jogo tem cheiro e jeito de tudo ou nada. Tanto a oposição e sua mídia quanto a situação entraram num embate que não terá meio termo. A proporção do ataque mobilizado contra a ministra-chefe da Casa Civil, se não destruí-la poderá transformá-la num Lula de saias".
FONTE: escrito por Eduardo Guimarães no seu blog "Cidadania.com", em 26/08/2009
A tentativa de racionalizar friamente alguma coisa que envolva política já é, por si só, um enorme desafio intelectual, ainda que alguns o tratem como se fosse a tarefa mais simples do mundo. Por isso, acredito que vale a pena tentar.
Primeiro, explico o título e a imagem que encimam o texto.
Trata-se de um processo ao qual a mídia está submetendo Dilma Rousseff que dispensa a Lula há pelo menos vinte anos ininterruptos. De 1989 a 2009, o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi atacado de todas as formas e por todos os meios diariamente.
Muitos vêem nesse fato a explicação para a popularidade inquebrantável do presidente da República. Aliás, trata-se de um fenômeno que já beneficiou Paulo Maluf. Nem é nada tão novo.
De tanto ser atacado, um político conseguiria cristalizar em torno de si uma descrença pétrea da população naquelas acusações incessantes contra ele, pois o tempo vai passando e tais acusações jamais chegam a lugar algum.
Só neste ano, Dilma já sofreu mais ataques da mídia que a grande maioria dos políticos mais eminentes jamais sofreu numa vida inteira. Os ataques sucedem-se em velocidade vertiginosa, sem pausa de uma mísera semana. E, depois, nada acontece.
A tentativa aparentemente desesperada de dar sobrevida a qualquer preço a escândalos como esse dessa funcionária pública ligada ao senador pefelista Agripino Maia que fez acusações sem qualquer prova ou maiores detalhes concretos contra Dilma, é possível que seja só desespero mesmo. A ver.
Contudo, há que se ter em mente que esse processo de fustigação de Dilma não tem o tempo aparentemente necessário para ter causado o tal “efeito teflon” na ministra, política neófita, sem qualquer experiência eleitoral na vida e que concorre contra o maior tubarão da política brasileira contemporânea.
Mais uma vez, volto ao outro lado do ringue para lembrar que Dilma pode estar exposta há pouco tempo, mas as acusações contra ela também têm sido extremamente fracas, sendo talvez o ápice dessa fragilidade denuncista esse episódio Lina Vieira.
Como já disse aqui, esse jogo tem cheiro e jeito de tudo ou nada. Tanto a oposição e sua mídia quanto a situação entraram num embate que não terá meio termo. A proporção do ataque mobilizado contra a ministra-chefe da Casa Civil, se não destruí-la poderá transformá-la num Lula de saias".
FONTE: escrito por Eduardo Guimarães no seu blog "Cidadania.com", em 26/08/2009
SUPLICY É SONSO
Suplicy não ensandeceu: ele mudou de lado
Falta muito para o senador merecer o cartão verde da Folha
O espetáculo patético e constrangedor que o senador Eduardo Matarazzo Suplicy ofereceu ontem aos espectadores de televisão seria facilmente interpretado como uma manifestação de sandice.
Não é.
O senador Matarazzo há muito tempo pareceu ao Conversa Afiada um tucano infiltrado no PT.
O senador Matarazzo mal se elegeu da última vez, exatamente por causa dessa dupla militância.
Assim como o senador Aloízio Mercadante, também do PT de São Paulo, o senador Matarazzo é escravo do PiG(*) e teme e reza pelo PUM (**).
O gesto de dar um “cartão vermelho” ao presidente Sarney é mais ou menos como querer expulsar o jogador depois que o jogo acabou.
A questão do presidente Sarney no Conselho de Ética do Senado acabou.
Ela sobrevive apenas no PiG(*).
Logo o gesto aparentemente ensandecido do senador Matarazzo é apenas uma operação de marketing no PiG(*).
O Mino Carta sempre me disse que o senador Matarazzo não tem nada de tolo.
Ele é sonso.
O que faz agora é o que fazem outros petistas: Cristóvam Buarque e Marina Silva.
É um traíra.
Por quê ?
Porque ele quer ter todos os benefícios de ser um Matarazzo dos trabalhadores sem lambuzar as mãos nas safadezas do PT.
Clique aqui para ler “O PiG(*) descobriu que o Sarney é o Sarney”
Além de traíra, o senador Matarazzo é incompetente.
Porque levou uma rasteira do líder da Bancada Dantas no Senado, o senador Heráclito Fortes, que articula a Língua Portuguesa com tanta dificuldade quanto o senador Matarazzo.
A diferença é que Heráclito é um provocador profissional, como demonstra, em registro histórico, a forma como desconstruiu no Senado o depoimento de Daniel Dantas com o objetivo escancarado de proteger o passador de bola apanhado no ato de passar bola.
Heráclito fez o que queria do senador Matarazzo.
O malandro engoliu o parvo.
O senador Matarazzo tem ainda muito o que fazer para merecer o respeito de quem cultiva: o PiG(*).
Ainda falta agachar-se um pouco mais.
Paulo Henrique Amorim
(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) PUM – Programa Unificado de Mídia".
FONTE: publicado em 26/08/2009 no site "Conversa Afiada"
Falta muito para o senador merecer o cartão verde da Folha
O espetáculo patético e constrangedor que o senador Eduardo Matarazzo Suplicy ofereceu ontem aos espectadores de televisão seria facilmente interpretado como uma manifestação de sandice.
Não é.
O senador Matarazzo há muito tempo pareceu ao Conversa Afiada um tucano infiltrado no PT.
O senador Matarazzo mal se elegeu da última vez, exatamente por causa dessa dupla militância.
Assim como o senador Aloízio Mercadante, também do PT de São Paulo, o senador Matarazzo é escravo do PiG(*) e teme e reza pelo PUM (**).
O gesto de dar um “cartão vermelho” ao presidente Sarney é mais ou menos como querer expulsar o jogador depois que o jogo acabou.
A questão do presidente Sarney no Conselho de Ética do Senado acabou.
Ela sobrevive apenas no PiG(*).
Logo o gesto aparentemente ensandecido do senador Matarazzo é apenas uma operação de marketing no PiG(*).
O Mino Carta sempre me disse que o senador Matarazzo não tem nada de tolo.
Ele é sonso.
O que faz agora é o que fazem outros petistas: Cristóvam Buarque e Marina Silva.
É um traíra.
Por quê ?
Porque ele quer ter todos os benefícios de ser um Matarazzo dos trabalhadores sem lambuzar as mãos nas safadezas do PT.
Clique aqui para ler “O PiG(*) descobriu que o Sarney é o Sarney”
Além de traíra, o senador Matarazzo é incompetente.
Porque levou uma rasteira do líder da Bancada Dantas no Senado, o senador Heráclito Fortes, que articula a Língua Portuguesa com tanta dificuldade quanto o senador Matarazzo.
A diferença é que Heráclito é um provocador profissional, como demonstra, em registro histórico, a forma como desconstruiu no Senado o depoimento de Daniel Dantas com o objetivo escancarado de proteger o passador de bola apanhado no ato de passar bola.
Heráclito fez o que queria do senador Matarazzo.
O malandro engoliu o parvo.
O senador Matarazzo tem ainda muito o que fazer para merecer o respeito de quem cultiva: o PiG(*).
Ainda falta agachar-se um pouco mais.
Paulo Henrique Amorim
(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) PUM – Programa Unificado de Mídia".
FONTE: publicado em 26/08/2009 no site "Conversa Afiada"
PRESIDENTE RESPONDE
Presidente Responde - Coluna semanal de 25/08/2009
"Célio Borba, 39 anos, aposentado de Curitiba (PR) – Em propaganda que o elegeu, o sr. anunciou que o programa “Brasil Sorridente” seria um serviço odontológico com várias especializações. Em Curitiba, percorri vários postos e todos negaram a existência do serviço. Como posso beneficiar-me deste projeto?
Presidente Lula – Eu cansei de ver jovens de 15, 16 anos já sem os dentes. Pobre não tinha tratamento de canal, restauração, só podia arrancar os dentes. Além da questão da saúde, os dentes são importantes para a autoestima, sobretudo na hora de procurar emprego. Por isso, criamos o Brasil Sorridente, formado por Centros de Especialidades Odontológicas, os Laboratórios de Prótese Dentária e as Equipes de Saúde Bucal. O município solicita a implantação dos centros e cede o terreno. O governo federal fornece os equipamentos e recursos para as obras. Após a implantação, o município ou o Estado passam a receber repasses federais e operam as unidades. Hoje, já existem 675 CEO’s em 574 municípios. Já são 18.305 Equipes de Saúde Bucal no País. Entre janeiro de 2005 e setembro de 2008, foram realizados 17 milhões de procedimentos nos CEO’s. Desde 2003, deixaram de ser arrancados mais de 3 milhões de dentes. Em Curitiba, onde você mora, existem 143 Equipes de Saúde Bucal, 3 CEO’s e 2 laboratórios. Para se informar sobre o programa, ligue para o 0800-611997, do Ministério da Saúde. Para informações da sua cidade, ligue para a Secretaria Municipal de Saúde.
Ricardo Ribeiro dos Santos, 50 anos, desempregado de Ribeirão Preto (SP) - Já que os juros estão caindo, por que não revisar os financiamentos em andamento para a compra da casa própria para reduzir o valor das prestações para milhares de famílias?
Presidente Lula - O governo tem reduzido o custo dos financiamentos da casa própria para as famílias de baixa renda por meio dos subsídios, que são até mais vantajosos que a redução dos juros. Até porque o governo não pode alterar unilateralmente as condições de contratos de financiamentos. No caso da Habitação de Interesse Social, reduzir as taxas de juros implicaria reduzir as taxas que são pagas aos que possuem conta do FGTS. Por isso a opção pela política de subsídios. Um bom exemplo é o programa Minha Casa, Minha Vida, para a construção de 1 milhão de moradias populares. Famílias que ganham até três salários mínimos pagam pelas moradias apenas 10% da renda, durante dez anos. Ou seja, não desembolsam um centavo de juros, pagam apenas uma pequena parte do valor do imóvel e o restante é subsidiado. Para famílias com renda entre três e seis salários mínimos, a taxa é de apenas 5% ao ano. Além disso, contam com um subsídio que pode chegar a R$ 23 mil.
Rodrigo Garcia da Costa, 30 anos, produtor rural de Belo Horizonte (MG) – Peço seu empenho para acelerarmos a abertura do mercado internacional para a carne de frango brasileira. Produzimos um excelente produto. Só a China tem potencial para importar toda nossa produção.
Presidente Lula – Em relação ao setor de carne de frango, o Brasil está marcando um gol atrás do outro. Em 2003, os EUA eram líderes em exportação e o Brasil ocupava o segundo lugar. Em 2004, nosso País tornou-se o maior exportador do produto e se mantém na liderança até hoje. Uma das razões do sucesso é, além da competitividade brasileira, a diversificação dos destinos das exportações. Em 2003, 124 países eram importadores do produto brasileiro e, em 2008, esse número chegou a 143. Essa ampliação é fruto da ação governamental eficiente quanto aos acordos e disputas comerciais. Recentemente, a China abriu seu mercado para o Brasil com resultados excepcionais. Em junho, enviamos ao país 373,5 toneladas de carne de frango, um crescimento de 401% sobre o mês anterior e de 423% sobre o mesmo mês de 2008. Com a abertura do mercado chinês, agora é que nenhum país consegue tirar a liderança do Brasil".
FONTE: publicado em vários jornais. Li no blog "Os amigos do Presidente Lula" em 26/08/2009.
"Célio Borba, 39 anos, aposentado de Curitiba (PR) – Em propaganda que o elegeu, o sr. anunciou que o programa “Brasil Sorridente” seria um serviço odontológico com várias especializações. Em Curitiba, percorri vários postos e todos negaram a existência do serviço. Como posso beneficiar-me deste projeto?
Presidente Lula – Eu cansei de ver jovens de 15, 16 anos já sem os dentes. Pobre não tinha tratamento de canal, restauração, só podia arrancar os dentes. Além da questão da saúde, os dentes são importantes para a autoestima, sobretudo na hora de procurar emprego. Por isso, criamos o Brasil Sorridente, formado por Centros de Especialidades Odontológicas, os Laboratórios de Prótese Dentária e as Equipes de Saúde Bucal. O município solicita a implantação dos centros e cede o terreno. O governo federal fornece os equipamentos e recursos para as obras. Após a implantação, o município ou o Estado passam a receber repasses federais e operam as unidades. Hoje, já existem 675 CEO’s em 574 municípios. Já são 18.305 Equipes de Saúde Bucal no País. Entre janeiro de 2005 e setembro de 2008, foram realizados 17 milhões de procedimentos nos CEO’s. Desde 2003, deixaram de ser arrancados mais de 3 milhões de dentes. Em Curitiba, onde você mora, existem 143 Equipes de Saúde Bucal, 3 CEO’s e 2 laboratórios. Para se informar sobre o programa, ligue para o 0800-611997, do Ministério da Saúde. Para informações da sua cidade, ligue para a Secretaria Municipal de Saúde.
Ricardo Ribeiro dos Santos, 50 anos, desempregado de Ribeirão Preto (SP) - Já que os juros estão caindo, por que não revisar os financiamentos em andamento para a compra da casa própria para reduzir o valor das prestações para milhares de famílias?
Presidente Lula - O governo tem reduzido o custo dos financiamentos da casa própria para as famílias de baixa renda por meio dos subsídios, que são até mais vantajosos que a redução dos juros. Até porque o governo não pode alterar unilateralmente as condições de contratos de financiamentos. No caso da Habitação de Interesse Social, reduzir as taxas de juros implicaria reduzir as taxas que são pagas aos que possuem conta do FGTS. Por isso a opção pela política de subsídios. Um bom exemplo é o programa Minha Casa, Minha Vida, para a construção de 1 milhão de moradias populares. Famílias que ganham até três salários mínimos pagam pelas moradias apenas 10% da renda, durante dez anos. Ou seja, não desembolsam um centavo de juros, pagam apenas uma pequena parte do valor do imóvel e o restante é subsidiado. Para famílias com renda entre três e seis salários mínimos, a taxa é de apenas 5% ao ano. Além disso, contam com um subsídio que pode chegar a R$ 23 mil.
Rodrigo Garcia da Costa, 30 anos, produtor rural de Belo Horizonte (MG) – Peço seu empenho para acelerarmos a abertura do mercado internacional para a carne de frango brasileira. Produzimos um excelente produto. Só a China tem potencial para importar toda nossa produção.
Presidente Lula – Em relação ao setor de carne de frango, o Brasil está marcando um gol atrás do outro. Em 2003, os EUA eram líderes em exportação e o Brasil ocupava o segundo lugar. Em 2004, nosso País tornou-se o maior exportador do produto e se mantém na liderança até hoje. Uma das razões do sucesso é, além da competitividade brasileira, a diversificação dos destinos das exportações. Em 2003, 124 países eram importadores do produto brasileiro e, em 2008, esse número chegou a 143. Essa ampliação é fruto da ação governamental eficiente quanto aos acordos e disputas comerciais. Recentemente, a China abriu seu mercado para o Brasil com resultados excepcionais. Em junho, enviamos ao país 373,5 toneladas de carne de frango, um crescimento de 401% sobre o mês anterior e de 423% sobre o mesmo mês de 2008. Com a abertura do mercado chinês, agora é que nenhum país consegue tirar a liderança do Brasil".
FONTE: publicado em vários jornais. Li no blog "Os amigos do Presidente Lula" em 26/08/2009.
PIG E OPOSIÇÃO DESMORALIZADOS ATÉ POR MEMBRO DO GOVERNO FHC
Até Everardo Maciel desmoraliza PIG e oposição com a farsa de Lina Vieira e da CPI da Petrobrax
"Everardo Maciel foi secretário da Receita Federal nos governos de FHC. Em debate no canal GloboNews sobre a Receita Federal e gestão de Lina Vieira, fica claro que ela e quem ela nomeou foram demitidos por incompetência. Houve queda de arrecadação acima do normal. Ao contrário do que ela diz, grandes contribuintes não tiveram maior fiscalização, pelo contrário, programas de computador para grandes contribuintes fazerem declarações atrasou pela primeira vez. E nem plano de arredação que era feito todo ano até outubro ficou pronto no ano passado.
Everardo ainda atestou que a Petrobras agiu corretamente, e é absurdo falar em manobra contábil.
Também considerou oportunistas e sem fundamento as acusações contra a Ministra Dilma, feitas por Lina Vieira;
Por ter vínculos com partidos de oposição, apesar de ser um técnico, Everardo não pode ser apontado como suspeito de tentar favorecer o governo Lula.
Foi uma desmoralização total para Lina Vieira, para a oposição e para o PIG".
FONTE: publicado no blog "Os amigos do Presidente Lula"
"Everardo Maciel foi secretário da Receita Federal nos governos de FHC. Em debate no canal GloboNews sobre a Receita Federal e gestão de Lina Vieira, fica claro que ela e quem ela nomeou foram demitidos por incompetência. Houve queda de arrecadação acima do normal. Ao contrário do que ela diz, grandes contribuintes não tiveram maior fiscalização, pelo contrário, programas de computador para grandes contribuintes fazerem declarações atrasou pela primeira vez. E nem plano de arredação que era feito todo ano até outubro ficou pronto no ano passado.
Everardo ainda atestou que a Petrobras agiu corretamente, e é absurdo falar em manobra contábil.
Também considerou oportunistas e sem fundamento as acusações contra a Ministra Dilma, feitas por Lina Vieira;
Por ter vínculos com partidos de oposição, apesar de ser um técnico, Everardo não pode ser apontado como suspeito de tentar favorecer o governo Lula.
Foi uma desmoralização total para Lina Vieira, para a oposição e para o PIG".
FONTE: publicado no blog "Os amigos do Presidente Lula"
BRASIL CRESCE AO RITMO PRÉ-CRISE
Brasil cresce ao ritmo pré-crise, afirma Meirelles
"O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem que tanto o crescimento anualizado da economia brasileira como o do crédito ao consumo já voltaram aos níveis pré-agravamento da crise, em setembro de 2008.
Em palestra a investidores e empresários, em Nova York, Meirelles disse que o país elevou as reservas internacionais de US$ 205,1 bilhões para US$ 214,8 bilhões entre agosto do ano passado e agora.
O presidente do BC não antecipou a expectativa de crescimento para 2009, mas afirmou que há projeções dando conta que o Brasil já cresce a uma taxa anualizada entre 4% e 8%. "Creio que estamos mais perto dos 8%", disse. No último trimestre antes da explosão da crise (de julho a setembro de 2008) o PIB evoluiu 6,3%.
Para 2010, Meirelles disse que o comportamento da inflação (a meta do BC é de 4,5%) poderá abrir espaço para novos cortes na taxa básica de juros, atualmente em 8,75% ao ano.
Em sua apresentação, organizada pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, Meirelles mostrou números dando conta de que, dos US$ 39 bilhões em financiamentos em dólar injetados no pior da crise no mercado de dólar "spot" (à vista) e para o financiamento a exportações, cerca de US$ 28 bilhões já voltaram aos cofres do BC.
Meirelles foi enfático ao dizer que a crise entrou no Brasil pelo mercado de crédito, principalmente em moeda estrangeira para exportadores e empresas. E que o Brasil foi rápido na resposta ao que comparou a um "ataque cardíaco".
Ele afirmou que o fato de o Brasil exigir que os bancos mantenham depósitos compulsórios no Banco Central foi fundamental no combate à falta de liquidez no agravamento da crise. No total, o BC disponibilizou R$ 99,8 bilhões para o sistema financeiro em dinheiro que era do compulsório.
Meirelles destacou o aumento da participação dos bancos estatais nos financiamentos.
Os bancos públicos concederam 33% mais crédito a partir de setembro de 2008. O aumento foi de 9,1% nas grandes instituições privadas.
Questionado se o Brasil manteria ou ampliaria medidas de ajuda ao mercado financeiro e ao consumo (como corte de impostos no setor automotivo), Meirelles afirmou que o PAC e os aumentos recentes ao funcionalismo público não fazem parte do programa, mas que ajudarão a dar fôlego para a economia".
FONTE: reportagem de Fernando Canzian, de Nova York, publicada na Folha de São Paulo em 26/08/2009.
"O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem que tanto o crescimento anualizado da economia brasileira como o do crédito ao consumo já voltaram aos níveis pré-agravamento da crise, em setembro de 2008.
Em palestra a investidores e empresários, em Nova York, Meirelles disse que o país elevou as reservas internacionais de US$ 205,1 bilhões para US$ 214,8 bilhões entre agosto do ano passado e agora.
O presidente do BC não antecipou a expectativa de crescimento para 2009, mas afirmou que há projeções dando conta que o Brasil já cresce a uma taxa anualizada entre 4% e 8%. "Creio que estamos mais perto dos 8%", disse. No último trimestre antes da explosão da crise (de julho a setembro de 2008) o PIB evoluiu 6,3%.
Para 2010, Meirelles disse que o comportamento da inflação (a meta do BC é de 4,5%) poderá abrir espaço para novos cortes na taxa básica de juros, atualmente em 8,75% ao ano.
Em sua apresentação, organizada pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, Meirelles mostrou números dando conta de que, dos US$ 39 bilhões em financiamentos em dólar injetados no pior da crise no mercado de dólar "spot" (à vista) e para o financiamento a exportações, cerca de US$ 28 bilhões já voltaram aos cofres do BC.
Meirelles foi enfático ao dizer que a crise entrou no Brasil pelo mercado de crédito, principalmente em moeda estrangeira para exportadores e empresas. E que o Brasil foi rápido na resposta ao que comparou a um "ataque cardíaco".
Ele afirmou que o fato de o Brasil exigir que os bancos mantenham depósitos compulsórios no Banco Central foi fundamental no combate à falta de liquidez no agravamento da crise. No total, o BC disponibilizou R$ 99,8 bilhões para o sistema financeiro em dinheiro que era do compulsório.
Meirelles destacou o aumento da participação dos bancos estatais nos financiamentos.
Os bancos públicos concederam 33% mais crédito a partir de setembro de 2008. O aumento foi de 9,1% nas grandes instituições privadas.
Questionado se o Brasil manteria ou ampliaria medidas de ajuda ao mercado financeiro e ao consumo (como corte de impostos no setor automotivo), Meirelles afirmou que o PAC e os aumentos recentes ao funcionalismo público não fazem parte do programa, mas que ajudarão a dar fôlego para a economia".
FONTE: reportagem de Fernando Canzian, de Nova York, publicada na Folha de São Paulo em 26/08/2009.
THE ECONOMIST: BRASIL SAIRÁ DA CRISE "RELATIVAMENTE ILESO"
Brasil sairá da crise 'relativamente ileso', diz consultoria
"A economia brasileira deve sair da crise global "relativamente ilesa" graças às reformas feitas nesta década e o impacto "altamente benéfico" dos preços mais altos das commodities, segundo afirma um relatório divulgado nesta terça-feira pela consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), braço de pesquisas da revista Economist.
A EIU revisou para cima sua projeção para o crescimento do PIB brasileiro em 2010, para 3,3%. No mês passado, a empresa havia estimado em 2,7% o crescimento da economia brasileira no próximo ano.
A EIU manteve, porém, sua previsão de retração de 1% no PIB do Brasil para este ano.
Segundo o relatório, o crescimento da demanda da China por commodities e o estímulo ao consumo interno devem impulsionar a economia brasileira a partir do ano que vem.
"Muitos países da América Latina foram gravemente atingidos pela crise financeira e econômica global, mas alguns sinais de recuperação já começam a aparecer, particularmente entre aquelas economias (principalmente na América do Sul) que têm uma maior exposição aos mercados asiáticos", afirma o documento.
Recuperação
A EIU vê o Brasil como "uma das economias mais resistentes da região em 2009-2010, graças a uma base industrial e exportadora altamente diversificada e um grande mercado interno".
Segundo o relatório, "há indícios claros de que a economia está se recuperando do choque externo, ajudada pela força do sistema financeiro doméstico, baixa inflação e programas antipobreza efetivos".
"A recuperação relativamente rápida deve ser considerada um grande feito, já que choques externos anteriores eram frequentemente amplificados pela fragilidade financeira doméstica", diz a EIU.
Para o relatório, as eleições presidenciais de 2010 não devem trazer instabilidade financeira ao Brasil, já que "ambos os principais partidos estão comprometidos com a solidez financeira".
Previsões
As previsões da EIU sobre o PIB brasileiro são próximas às de vários organismos internacionais, muitos dos quais também revisaram para cima suas previsões recentemente.
Em junho, o Banco Mundial previu que a economia brasileira deve se contrair 1,1% neste ano e crescer 2,5% em 2010, enquanto a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) previu 0,8% de retração em 2009 e 4% de crescimento em 2010.
No mês passado, o FMI (Fundo Monetário Internacional) previu uma retração de 1,3% em 2009 e um crescimento de 2,5% no próximo ano.
Também em julho, a Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) previu uma queda de 0,8% no PIB brasileiro em 2009 e um crescimento de 3,5% no ano que vem.
O relatório semanal Focus, do Banco Central do Brasil, que reúne a média das previsões de cerca de cem instituições financeiras instaladas no país, mostra nesta semana uma expectativa de queda de 0,3% no PIB neste ano e um crescimento de 4% em 2010".
FONTE: divulgado pela agência britânica de notícias BBC e publicado pelo portal UOL em 26/08/2009.
"A economia brasileira deve sair da crise global "relativamente ilesa" graças às reformas feitas nesta década e o impacto "altamente benéfico" dos preços mais altos das commodities, segundo afirma um relatório divulgado nesta terça-feira pela consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), braço de pesquisas da revista Economist.
A EIU revisou para cima sua projeção para o crescimento do PIB brasileiro em 2010, para 3,3%. No mês passado, a empresa havia estimado em 2,7% o crescimento da economia brasileira no próximo ano.
A EIU manteve, porém, sua previsão de retração de 1% no PIB do Brasil para este ano.
Segundo o relatório, o crescimento da demanda da China por commodities e o estímulo ao consumo interno devem impulsionar a economia brasileira a partir do ano que vem.
"Muitos países da América Latina foram gravemente atingidos pela crise financeira e econômica global, mas alguns sinais de recuperação já começam a aparecer, particularmente entre aquelas economias (principalmente na América do Sul) que têm uma maior exposição aos mercados asiáticos", afirma o documento.
Recuperação
A EIU vê o Brasil como "uma das economias mais resistentes da região em 2009-2010, graças a uma base industrial e exportadora altamente diversificada e um grande mercado interno".
Segundo o relatório, "há indícios claros de que a economia está se recuperando do choque externo, ajudada pela força do sistema financeiro doméstico, baixa inflação e programas antipobreza efetivos".
"A recuperação relativamente rápida deve ser considerada um grande feito, já que choques externos anteriores eram frequentemente amplificados pela fragilidade financeira doméstica", diz a EIU.
Para o relatório, as eleições presidenciais de 2010 não devem trazer instabilidade financeira ao Brasil, já que "ambos os principais partidos estão comprometidos com a solidez financeira".
Previsões
As previsões da EIU sobre o PIB brasileiro são próximas às de vários organismos internacionais, muitos dos quais também revisaram para cima suas previsões recentemente.
Em junho, o Banco Mundial previu que a economia brasileira deve se contrair 1,1% neste ano e crescer 2,5% em 2010, enquanto a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) previu 0,8% de retração em 2009 e 4% de crescimento em 2010.
No mês passado, o FMI (Fundo Monetário Internacional) previu uma retração de 1,3% em 2009 e um crescimento de 2,5% no próximo ano.
Também em julho, a Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) previu uma queda de 0,8% no PIB brasileiro em 2009 e um crescimento de 3,5% no ano que vem.
O relatório semanal Focus, do Banco Central do Brasil, que reúne a média das previsões de cerca de cem instituições financeiras instaladas no país, mostra nesta semana uma expectativa de queda de 0,3% no PIB neste ano e um crescimento de 4% em 2010".
FONTE: divulgado pela agência britânica de notícias BBC e publicado pelo portal UOL em 26/08/2009.
CAPITALISTAS INGLESES QUEREM DAR LIÇÕES A LULA
Revista The Economist quer dar lições a Lula
"A “bíblia” do capitalismo, a revista semanal The Economist, editada em Londres desde setembro de 1843, resolveu semana passada dar orientações e prescrever uma linha política e econômica ao governo Lula. A capa da edição com data de 15 a 21 de agosto, pergunta: “De que lado está o Brasil?” e estampa uma foto de corpo inteiro de Lula – feliz da vida -- vestindo uma camisa vermelha, tentando dominar uma bola de futebol num campo verde, sob um fundo amarelo ouro.
No editorial, a revista passa a idéia de que os brasileiros e Lula em particular -- vivem um grande momento em sua história – onde o “gigante adormecido” passou a ser citado como um dos cinco ou seis países do mundo que têm protagonismo para o século 21. Diz a Economist que nenhuma reunião de cúpula que se realize hoje no mundo poderia prescindir da presença do Brasil e do seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Afinal de contas, cita a revista, “Ele é o cara” já disse Barack Obama numa reunião do G-20, enquanto Fidel Castro se referiu ao presidente brasileiro como “meu irmão Lula”.
Esta situação privilegiada é debitada pela revista ao período de “estabilização” econômica colocada em prática por Lula e – pasmem – por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Os editores esquecem que FHC deixou o país em 2002 à beira do abismo econômico. “O Brasil foi entre as dez principais economias do Planeta a última a entrar em recessão, e aparece agora como uma das primeiras a sair dela”...
Afirma o editorial, para depois lembrar que foi a Goldman Sachs que caracterizou o grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China como o BRIC – que segundo eles dominarão o mundo por volta de 2050. Nesta ocasião, lembra a revista, houve quem desconfiasse que o Brasil tivesse musculatura para pertencer a tal grupo.
A coragem de Lua, segundo a Economist
Lula ao tomar posse em 2003, continua a revista inglesa, “mostrou coragem política assumindo políticas responsáveis, ignorando posições à esquerda de seu próprio partido para suspender o pagamento da dívida externa, por exemplo. Seu instinto de racionalidade econômica o teria transformado de “protecionista” em “campeão do livre-mercado”. Por outro lado a revista reconhece que sua política social foi ousada e que com isso retirou cerca de 13 milhões de pessoas da pobreza, diminuindo as desigualdades de renda. Aqui o editorial passa a atacar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, dizendo que apesar de Lula ostentar altíssimos índices de aprovação da opinião pública – não tentou mudar a Constituição da república para concorrer a um terceiro mandato.
O sucesso em casa, garante a Economist, deu oxigênio a Lula de estruturar uma ambiciosa política externa – que pretende projetar o Brasil como grande potência, liderando a América latina e se articulando com outras potências médias como a África do Sul e os BRICs, assim chamados. Neste ponto a revista tenta dar um cheque-mate nas pretensões de Lula, perguntando com quem o país quer efetivamente se aliar, afirmando que o Brasil tem posição ambígua por exemplo em sua atuação no âmbito da Organização Mundial do Comércio, quando perdeu o apoio importante da Índia na tentativa de retomar a Rodada de Doha. Mesmo assim, a revista acaba elogiando Lula quando propõe uma reestruturação das instituições internacionais, para que se adapte às novas condições de poder mundial. Mas em seguida critica a posição brasileira sobre direitos humanos e democracia – acusando o país de se alinhar sistematicamente com Cuba e China, países que segundo a revista se desrespeita os direitos humanos. E mais ainda, continua o ataque, lembrando que Lula foi um dos primeiros dirigentes mundiais a parabenizar o presidente do Irã, Mahamoud Ahmadinejad, pela sua vitória eleitoral.
“Contradições” de uma grande potência
Por fim, a revista londrina se mostra admirada que uma potência como o Brasil tenha renunciado à utilização de armas nucleares, apesar segundo ela de os brasileiros não terem assinado o Tratado de Não Proliferação Nuclear, impedindo que inspetores de um organismo internacional de controle visitassem as instalações onde se constrói o submarino nuclear brasileiro. A revista alerta Lula que se o país passar a compor o Conselho de Segurança da ONU rotativamente em janeiro próximo, terá que decidir entre apoiar ou condenar as pretensões nucleares do Irã.
A Economist afirma que em todos estes aspectos contraditórios existe subliminarmente um “anti-americanismo” na posição do Brasil, numa região do mundo onde os “Ianques” estão em declínio em matéria de influência política. Novamente passam a acusar Hugo Chávez de ser o mentor da instauração de uma “Nova Guerra Fria” no subcontinente, ao acusar a Colômbia de permitir a instalação de bases militares em seu território.
Seria o caso de perguntar aos editores ingleses se não são exatamente os Estados Unidos -- que com a reativação da Quarta Frota, com as bases na Colômbia e com a derrubada do presidente eleito de Honduras (onde se poderiam instalar outras bases) - os maiores interessados em desestabilizar governos democráticos e populares em quantidade e qualidade como nunca se viu na história da América Latina?"
FONTE: reportagem de Pedro de Oliveira publicada no portal "Vermelho" em 26/08/2009.
"A “bíblia” do capitalismo, a revista semanal The Economist, editada em Londres desde setembro de 1843, resolveu semana passada dar orientações e prescrever uma linha política e econômica ao governo Lula. A capa da edição com data de 15 a 21 de agosto, pergunta: “De que lado está o Brasil?” e estampa uma foto de corpo inteiro de Lula – feliz da vida -- vestindo uma camisa vermelha, tentando dominar uma bola de futebol num campo verde, sob um fundo amarelo ouro.
No editorial, a revista passa a idéia de que os brasileiros e Lula em particular -- vivem um grande momento em sua história – onde o “gigante adormecido” passou a ser citado como um dos cinco ou seis países do mundo que têm protagonismo para o século 21. Diz a Economist que nenhuma reunião de cúpula que se realize hoje no mundo poderia prescindir da presença do Brasil e do seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Afinal de contas, cita a revista, “Ele é o cara” já disse Barack Obama numa reunião do G-20, enquanto Fidel Castro se referiu ao presidente brasileiro como “meu irmão Lula”.
Esta situação privilegiada é debitada pela revista ao período de “estabilização” econômica colocada em prática por Lula e – pasmem – por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Os editores esquecem que FHC deixou o país em 2002 à beira do abismo econômico. “O Brasil foi entre as dez principais economias do Planeta a última a entrar em recessão, e aparece agora como uma das primeiras a sair dela”...
Afirma o editorial, para depois lembrar que foi a Goldman Sachs que caracterizou o grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China como o BRIC – que segundo eles dominarão o mundo por volta de 2050. Nesta ocasião, lembra a revista, houve quem desconfiasse que o Brasil tivesse musculatura para pertencer a tal grupo.
A coragem de Lua, segundo a Economist
Lula ao tomar posse em 2003, continua a revista inglesa, “mostrou coragem política assumindo políticas responsáveis, ignorando posições à esquerda de seu próprio partido para suspender o pagamento da dívida externa, por exemplo. Seu instinto de racionalidade econômica o teria transformado de “protecionista” em “campeão do livre-mercado”. Por outro lado a revista reconhece que sua política social foi ousada e que com isso retirou cerca de 13 milhões de pessoas da pobreza, diminuindo as desigualdades de renda. Aqui o editorial passa a atacar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, dizendo que apesar de Lula ostentar altíssimos índices de aprovação da opinião pública – não tentou mudar a Constituição da república para concorrer a um terceiro mandato.
O sucesso em casa, garante a Economist, deu oxigênio a Lula de estruturar uma ambiciosa política externa – que pretende projetar o Brasil como grande potência, liderando a América latina e se articulando com outras potências médias como a África do Sul e os BRICs, assim chamados. Neste ponto a revista tenta dar um cheque-mate nas pretensões de Lula, perguntando com quem o país quer efetivamente se aliar, afirmando que o Brasil tem posição ambígua por exemplo em sua atuação no âmbito da Organização Mundial do Comércio, quando perdeu o apoio importante da Índia na tentativa de retomar a Rodada de Doha. Mesmo assim, a revista acaba elogiando Lula quando propõe uma reestruturação das instituições internacionais, para que se adapte às novas condições de poder mundial. Mas em seguida critica a posição brasileira sobre direitos humanos e democracia – acusando o país de se alinhar sistematicamente com Cuba e China, países que segundo a revista se desrespeita os direitos humanos. E mais ainda, continua o ataque, lembrando que Lula foi um dos primeiros dirigentes mundiais a parabenizar o presidente do Irã, Mahamoud Ahmadinejad, pela sua vitória eleitoral.
“Contradições” de uma grande potência
Por fim, a revista londrina se mostra admirada que uma potência como o Brasil tenha renunciado à utilização de armas nucleares, apesar segundo ela de os brasileiros não terem assinado o Tratado de Não Proliferação Nuclear, impedindo que inspetores de um organismo internacional de controle visitassem as instalações onde se constrói o submarino nuclear brasileiro. A revista alerta Lula que se o país passar a compor o Conselho de Segurança da ONU rotativamente em janeiro próximo, terá que decidir entre apoiar ou condenar as pretensões nucleares do Irã.
A Economist afirma que em todos estes aspectos contraditórios existe subliminarmente um “anti-americanismo” na posição do Brasil, numa região do mundo onde os “Ianques” estão em declínio em matéria de influência política. Novamente passam a acusar Hugo Chávez de ser o mentor da instauração de uma “Nova Guerra Fria” no subcontinente, ao acusar a Colômbia de permitir a instalação de bases militares em seu território.
Seria o caso de perguntar aos editores ingleses se não são exatamente os Estados Unidos -- que com a reativação da Quarta Frota, com as bases na Colômbia e com a derrubada do presidente eleito de Honduras (onde se poderiam instalar outras bases) - os maiores interessados em desestabilizar governos democráticos e populares em quantidade e qualidade como nunca se viu na história da América Latina?"
FONTE: reportagem de Pedro de Oliveira publicada no portal "Vermelho" em 26/08/2009.
LULA: "SÓ HÁ CRISE POLÍTICA PORQUE NÃO HOUVE COLAPSO ECONÔMICO
"Agora intentam, artificialmente, substituir o colapso econômico que não aconteceu por uma crise política que só a eles interessa e a ninguém mais nesta nação", afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento no ABC Paulista. Sem citar nomes, Lula defendeu ponto por ponto sua política econômica, inclusive as expressões "espetáculo do crescimento" e "marolinha", e alfinetou a imprensa brasileira.
Lula: cobrança dos R$ 1,2 bilhão do Rodoanel
"Eu fico orgulhoso porque não sou só eu que falo mais, não. É só ler... Se vocês lerem a imprensa brasileira, vocês vão ver pouco. Mas leiam a imprensa estrangeira especializada em economia para vocês verem o que falam do Brasil a Alemanha, a França, a Espanha, a Inglaterra, os Estados Unidos, todo o mundo. Só aqui uns poucos aprenderam a vender só desgraça. Mas os números desmentem qualquer invenção teórica", polemizou.
"Miudezas estéreis e, não raro, desrespeitosas"
O longo discurso abordou diversos aspectos da política econômica, dos impostos às exportações, as reservas, a inovação tecnológica. Criticou "os meninos do Sindicato" por "querer que baixe os juros toda hora", dizendo que "estou com o olho no juro, como o olho na criação de emprego, mas estou com o olho na inflação também". E criticou a "cautela exagerada" ("Vejam a minha delicadeza: cautela exagerada") dos "empresários brasileiros de alguns setores", responsável pela " brecada que nós demos nos meses de novembro, dezembro e janeiro", que comparou a um cavalo de pau".
Sem citar nomes de políticos nem partidos, Lula distribuiu várias contestações a seus opositores. Atacou "a política pequena", "o engajamento em miudezas estéreis e, não raro, desrespeitosas, mas em torno das quais, infelizmente, se agarram num abraço de afogados certas esferas da vida nacional".
"A síntese da diferença entre nós e esses críticos é que mais de 500 mil brasileiros deixaram a linha da pobreza desde outubro de 2008, quando fervilhava o colapso do subprime nos Estados Unidos", disse o presidente.
A "singularidade" do Brasil do pré-sal
O pré-sal, cujo marco regulatório deve ser anunciado na próxima segunda-feira (31), ficou para o fim. "O meu compromisso é que parte do fundo que nós vamos criar com o dinheiro do petróleo seja destinada a recuperar o atraso educacional deste país, a recuperar o atraso tecnológico deste país e utilizar uma boa parte para acabar com a pobreza deste país", disse Lula.
Ele destacou que "não existe nenhuma empresa no mundo" com invetimentos como os previstos pela Petrobras, de US$ 174 bilhões até 2012. "Só navios, nós vamos ter que contratar mais de 200 navios. Só sondas serão 38. E nós queremos é que o valor, que os componentes nacionais sejam maioria em toda essa produção", defendeu.
Para o presidente, o Brasil é "uma economia destinada a ser uma das grandes exportadoras de derivados do petróleo do século 21. Com uma singularidade em relação a todas as demais: trata-se de uma economia industrializada, de um mercado de consumo de massa com mais de 100 milhões de pessoas e de uma democracia forte, sólida e sustentada pela consciência política do seu povo e cada vez menos tutelada pelo interesse elitista", sublinhou.
Cobrança sobre a propaganda de Serra
Em outra passagem, Lula se queixou de que "nem sempre" a ajuda federal aparece nas propagandas de televisão de prefeitos e governadores. Exemplificou que "poderia pegar o Rodoanel aqui [a grande obra dos governos tucanos de São Paulo, que passa pelo ABC], que de R$ 3,6 milhões que custa esse Rodoanel, R$ 1,2 bilhão foram dinheiro do Orçamento Geral da União".
O presidente mencionou em seu discurso o líder do PT no Senado, Aloízio Mercadante (veterano frequentador de portas de fábrica do ABC). Presente no encontro, Mercadante vwm sendo esquartejado pela mídia por não ter a ajudado a derrubar José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. Lula pediu para "o Aloizio colocar no Twitter dele" uma retificação sobre como serão distribuidos os recursos do pré-sal".
FONTE: publicado no portal "Vermelho" em 25/08/2009, com informações da Presidência da República e agências de notícias.
Lula: cobrança dos R$ 1,2 bilhão do Rodoanel
"Eu fico orgulhoso porque não sou só eu que falo mais, não. É só ler... Se vocês lerem a imprensa brasileira, vocês vão ver pouco. Mas leiam a imprensa estrangeira especializada em economia para vocês verem o que falam do Brasil a Alemanha, a França, a Espanha, a Inglaterra, os Estados Unidos, todo o mundo. Só aqui uns poucos aprenderam a vender só desgraça. Mas os números desmentem qualquer invenção teórica", polemizou.
"Miudezas estéreis e, não raro, desrespeitosas"
O longo discurso abordou diversos aspectos da política econômica, dos impostos às exportações, as reservas, a inovação tecnológica. Criticou "os meninos do Sindicato" por "querer que baixe os juros toda hora", dizendo que "estou com o olho no juro, como o olho na criação de emprego, mas estou com o olho na inflação também". E criticou a "cautela exagerada" ("Vejam a minha delicadeza: cautela exagerada") dos "empresários brasileiros de alguns setores", responsável pela " brecada que nós demos nos meses de novembro, dezembro e janeiro", que comparou a um cavalo de pau".
Sem citar nomes de políticos nem partidos, Lula distribuiu várias contestações a seus opositores. Atacou "a política pequena", "o engajamento em miudezas estéreis e, não raro, desrespeitosas, mas em torno das quais, infelizmente, se agarram num abraço de afogados certas esferas da vida nacional".
"A síntese da diferença entre nós e esses críticos é que mais de 500 mil brasileiros deixaram a linha da pobreza desde outubro de 2008, quando fervilhava o colapso do subprime nos Estados Unidos", disse o presidente.
A "singularidade" do Brasil do pré-sal
O pré-sal, cujo marco regulatório deve ser anunciado na próxima segunda-feira (31), ficou para o fim. "O meu compromisso é que parte do fundo que nós vamos criar com o dinheiro do petróleo seja destinada a recuperar o atraso educacional deste país, a recuperar o atraso tecnológico deste país e utilizar uma boa parte para acabar com a pobreza deste país", disse Lula.
Ele destacou que "não existe nenhuma empresa no mundo" com invetimentos como os previstos pela Petrobras, de US$ 174 bilhões até 2012. "Só navios, nós vamos ter que contratar mais de 200 navios. Só sondas serão 38. E nós queremos é que o valor, que os componentes nacionais sejam maioria em toda essa produção", defendeu.
Para o presidente, o Brasil é "uma economia destinada a ser uma das grandes exportadoras de derivados do petróleo do século 21. Com uma singularidade em relação a todas as demais: trata-se de uma economia industrializada, de um mercado de consumo de massa com mais de 100 milhões de pessoas e de uma democracia forte, sólida e sustentada pela consciência política do seu povo e cada vez menos tutelada pelo interesse elitista", sublinhou.
Cobrança sobre a propaganda de Serra
Em outra passagem, Lula se queixou de que "nem sempre" a ajuda federal aparece nas propagandas de televisão de prefeitos e governadores. Exemplificou que "poderia pegar o Rodoanel aqui [a grande obra dos governos tucanos de São Paulo, que passa pelo ABC], que de R$ 3,6 milhões que custa esse Rodoanel, R$ 1,2 bilhão foram dinheiro do Orçamento Geral da União".
O presidente mencionou em seu discurso o líder do PT no Senado, Aloízio Mercadante (veterano frequentador de portas de fábrica do ABC). Presente no encontro, Mercadante vwm sendo esquartejado pela mídia por não ter a ajudado a derrubar José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. Lula pediu para "o Aloizio colocar no Twitter dele" uma retificação sobre como serão distribuidos os recursos do pré-sal".
FONTE: publicado no portal "Vermelho" em 25/08/2009, com informações da Presidência da República e agências de notícias.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
POR QUE A GLOBO PRECISA DERRUBAR O LULA?
Publicidade do governo federal: por que a Globo precisa derrubar o Lula
"O passarinho pousou na janela lá de casa e contou o seguinte:
No governo Fernando Henrique, 90% da verba publicitária do governo federal e das estatais iam para a Rede Globo.
No governo Lula, o ponto mais alto foi 70%.
No momento, a Globo fica com 52% da verba de publicidade do governo federal e das estatais.
Isso ainda é imerecido.
A Globo tem 50% da audiência e, portanto, o governo Lula deveria retirar dois pontos percentuais da verba hoje destinada à Rede Globo.
É por isso que as Organizações (?) Globo precisam desesperadamente derrubar o Presidente Lula e substitui-lo por um demo-tucano.
A fúria da Globo e do Ali Kamel se mede pela distância que vai entre 90% e 52%".
FONTE: publicado em 25/08/2009 no site "Conversa Afiada", do jornalista Paulo Henrique Amorim.
"O passarinho pousou na janela lá de casa e contou o seguinte:
No governo Fernando Henrique, 90% da verba publicitária do governo federal e das estatais iam para a Rede Globo.
No governo Lula, o ponto mais alto foi 70%.
No momento, a Globo fica com 52% da verba de publicidade do governo federal e das estatais.
Isso ainda é imerecido.
A Globo tem 50% da audiência e, portanto, o governo Lula deveria retirar dois pontos percentuais da verba hoje destinada à Rede Globo.
É por isso que as Organizações (?) Globo precisam desesperadamente derrubar o Presidente Lula e substitui-lo por um demo-tucano.
A fúria da Globo e do Ali Kamel se mede pela distância que vai entre 90% e 52%".
FONTE: publicado em 25/08/2009 no site "Conversa Afiada", do jornalista Paulo Henrique Amorim.
A "ÉTICA" CARA-DE-PAU DE CRISTOVAM BUARQUE
AGORA, QUE ESTÁ COLABORANDO COM O PSDB, TAMBÉM ESQUECEU QUE FHC ASSUMIU O SENADO COMO SUPLENTE
"A "ética" de Cristovam Buarque e sua cara-de-pau sem limites
O senador Cristovam Buarque (PDT/DF), em aparte a um discurso na segunda-feira a respeito de suplentes, disse defender que senadores renunciem ao mandato quando assumirem Ministérios, para dar maior legitimidade aos suplentes, e não retomarem mais o mandato se forem exonerados.
Sua alegação é de que o suplente ficaria obrigado a votar sempre a favor do Presidente da República, pois senão o Presidente poderia exonerar o ministro retirando o mandato do suplente.
O argumento tem lógica, mas ... o próprio Cristóvam foi eleito Senador em 2002. Nem ocupou a cadeira do Senado, e entregou-a ao suplente, para assumir o Ministério da Educação, por pouco mais de um ano, de 01/01/2003 a 27/01/2004.
Pela "ética" de Cristóvam, ele deveria ter renunciado ao mandato de Senador, ao assumir o Ministério da Educação, e não ter voltado mais Senado.
A "ética" de Cristóvam, e daquelas que só vale para outros, não se aplica si mesmo".
FONTE: publicado no blog "Os amigos do Presidente Lula" em 25/08/2009 (exceto o título e o subtítulo)
o
"A "ética" de Cristovam Buarque e sua cara-de-pau sem limites
O senador Cristovam Buarque (PDT/DF), em aparte a um discurso na segunda-feira a respeito de suplentes, disse defender que senadores renunciem ao mandato quando assumirem Ministérios, para dar maior legitimidade aos suplentes, e não retomarem mais o mandato se forem exonerados.
Sua alegação é de que o suplente ficaria obrigado a votar sempre a favor do Presidente da República, pois senão o Presidente poderia exonerar o ministro retirando o mandato do suplente.
O argumento tem lógica, mas ... o próprio Cristóvam foi eleito Senador em 2002. Nem ocupou a cadeira do Senado, e entregou-a ao suplente, para assumir o Ministério da Educação, por pouco mais de um ano, de 01/01/2003 a 27/01/2004.
Pela "ética" de Cristóvam, ele deveria ter renunciado ao mandato de Senador, ao assumir o Ministério da Educação, e não ter voltado mais Senado.
A "ética" de Cristóvam, e daquelas que só vale para outros, não se aplica si mesmo".
FONTE: publicado no blog "Os amigos do Presidente Lula" em 25/08/2009 (exceto o título e o subtítulo)
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LINAGATE: UMA HISTÓRIA MAL CONTADA
Linagate: "Observatório de Imprensa" cobra informações "ocultas"
Linagate é alusão ao caso Watergate, porém no Brasil com Lina Vieira.
"O jornalista Luciano Martins Costa, fez o seguinte comentário para o programa radiofônico do "Observatório da Imprensa", de 24/8/2009:
LINA & DILMA Uma história mal contada
Há muito mais informações ocultas do que explícitas na controvérsia que se desenrola em função da acusação da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que afirmou à Folha de S.Paulo ter recebido recomendação da ministra Dilma Rousseff para "agilizar" a fiscalização das empresas da família Sarney. A ministra afirma que simplesmente nunca houve a reunião na qual supostamente teria feito tal recomendação.
Lina Vieira foi ouvida no Senado e não conseguiu se lembrar de dados importantes para dar verossimilhança a sua acusação. Por outro lado, não há registros oficiais de um encontro entre Lina Vieira e Dilma Rousseff no qual poderia ter havido a conversa citada praticamente todos os dias pelos jornais nas últimas semanas.
A imprensa tem investido muito de sua reputação nesse caso, claramente induzindo o leitor a acreditar na versão da ex-secretária da Receita. Mas cresce na internet uma avalancha de informações e especulações que podem dar outra direção a essa história.
Tudo começa no depoimento de Lina Vieira aos senadores. Sentado ao seu lado, um suposto assessor era visto dando dicas ao pé do ouvido da ex-secretária. Jornalistas curiosos e leitores de blogs o identificaram como o publicitário Alexandre Firmino de Melo Filho, marido da depoente.
Mais: revela-se que Alexandre Firmino é assessor do senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), foi ministro interino no governo de Fernando Henrique Cardoso e é um dos acusados num processo que envolve a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
Falta reportagem
A Folha de S.Paulo publicou no sábado (22/8) uma pequena nota, no meio do noticiário sobre a controvérsia entre a ex-secretária da Receita e a ministra da Casa Civil, informando resumidamente sobre a circunstância que torna o marido de Lina Vieira, e ela própria, partes interessadas nas encrencas da família Sarney com a Justiça.
Se existe um processo contra Roseana Sarney e Alexandre Firmino é um dos denunciados, observam alguns blogueiros, quem teria supostamente interesse em melar a fiscalização seria a própria ex-secretária da Receita, e não a ministra. Portanto, a história pode vir a ter um desfecho oposto ao entendimento que os jornais vêm dando ao caso.
Se realmente tem interesse em esclarecer a controvérsia, a imprensa deve aos seus leitores uma reportagem completa sobre as relações do marido de Lina Vieira com o clã Sarney".
FONTE: publicado blog "Os amigos do Presidente Lula", em 25/08/2009
Linagate é alusão ao caso Watergate, porém no Brasil com Lina Vieira.
"O jornalista Luciano Martins Costa, fez o seguinte comentário para o programa radiofônico do "Observatório da Imprensa", de 24/8/2009:
LINA & DILMA Uma história mal contada
Há muito mais informações ocultas do que explícitas na controvérsia que se desenrola em função da acusação da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que afirmou à Folha de S.Paulo ter recebido recomendação da ministra Dilma Rousseff para "agilizar" a fiscalização das empresas da família Sarney. A ministra afirma que simplesmente nunca houve a reunião na qual supostamente teria feito tal recomendação.
Lina Vieira foi ouvida no Senado e não conseguiu se lembrar de dados importantes para dar verossimilhança a sua acusação. Por outro lado, não há registros oficiais de um encontro entre Lina Vieira e Dilma Rousseff no qual poderia ter havido a conversa citada praticamente todos os dias pelos jornais nas últimas semanas.
A imprensa tem investido muito de sua reputação nesse caso, claramente induzindo o leitor a acreditar na versão da ex-secretária da Receita. Mas cresce na internet uma avalancha de informações e especulações que podem dar outra direção a essa história.
Tudo começa no depoimento de Lina Vieira aos senadores. Sentado ao seu lado, um suposto assessor era visto dando dicas ao pé do ouvido da ex-secretária. Jornalistas curiosos e leitores de blogs o identificaram como o publicitário Alexandre Firmino de Melo Filho, marido da depoente.
Mais: revela-se que Alexandre Firmino é assessor do senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), foi ministro interino no governo de Fernando Henrique Cardoso e é um dos acusados num processo que envolve a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
Falta reportagem
A Folha de S.Paulo publicou no sábado (22/8) uma pequena nota, no meio do noticiário sobre a controvérsia entre a ex-secretária da Receita e a ministra da Casa Civil, informando resumidamente sobre a circunstância que torna o marido de Lina Vieira, e ela própria, partes interessadas nas encrencas da família Sarney com a Justiça.
Se existe um processo contra Roseana Sarney e Alexandre Firmino é um dos denunciados, observam alguns blogueiros, quem teria supostamente interesse em melar a fiscalização seria a própria ex-secretária da Receita, e não a ministra. Portanto, a história pode vir a ter um desfecho oposto ao entendimento que os jornais vêm dando ao caso.
Se realmente tem interesse em esclarecer a controvérsia, a imprensa deve aos seus leitores uma reportagem completa sobre as relações do marido de Lina Vieira com o clã Sarney".
FONTE: publicado blog "Os amigos do Presidente Lula", em 25/08/2009
DEPOIS DE SALVAREM ARTHUR VIRGÍLIO DA PRISÃO, PSDB e DEM QUEREM ACABAR COM CONSELHO DE ÉTICA PARA OS OUTROS
Demo-tucanos deixam conselho de ética só depois de salvarem Artur Virgílio de condenação pelo artigo 171 do código penal
"Os senadores demo-tucanos inventaram a "ética" imoral.
Depois de salvarem a cabeça de Arthur Virgílio Neto (PSBD/AM) de uma provável condenação pelo artigo 171 do código penal (1 a 5 anos prisão), fingem que não reconhecem legitimidade no conselho de ética do Senado, e, por serem minoria, renunciam. Já vão tarde.
Esse conselho de ética sempre foi "para inglês ver".
A ética passa longe, e os julgamentos são meramente políticos. Quem tem uma maioria de senadores amigos se salva, outros fazem acordão, só dança quem fica isolado, em minoria.
O tucano Eduardo Azeredo (PSDB/MG) quando foi denunciado pelo mensalão tucano, sofreu representação e foi arquivada.
Marconi Perillo (PSDB/GO), aquele que queriam colocar no lugar do Sarney, quando foi denunciado pelo Procurador Geral da República por:
- Formação de quadrilha
- Peculato
- Caixa Dois
- Uso da máquina pública
- Utilização de notas frias
- Laranjas para fraudar a eleição de 2006
Também sofreu representação no conselho de ética e foi arquivada.
No passado eu pensava que o PSDB era um partido melhorzinho do que o PMDB. Hoje eu vejo o contrário.
Obviamente que o PMDB não é nossa preferência porque é um partido de centro-direita, com programa de governo diverso do que sempre pregamos, e também porque abriga muitos oligarcas, fisiológicos e pessoas envolvidas em corrupção que sempre combatemos e combateremos nas próximas eleições. Tem alguns bons quadros como Paulo Hartung no Espírito Santo, o ministro Temporão, e outros, muito melhores do que do PSDB.
As alianças com o PMDB pela governabilidade, depois de eleitos, são como o terceiro turno. Após as eleições, as opções são entre os que sobraram, para formar uma maioria no Congresso que garanta a govenabilidade.
Mas, voltando à comparação, o PMDB mostra-se ao eleitor com a cara que tem, vota quem quer. Quem vota em Sarney sabe quem é Sarney. Quem vota em Renan sabe quem é Renan.
O PSDB e o DEMos são partidos mentirosos e tem duas caras. Age de um jeito pelas costas, e de outro em frente as câmaras, tudo para enganar o eleitor.
São iguais produtos falsificados, onde a embalagem vem com informações enganosas sobre o conteúdo."
FONTE: blog "Os amigos do Presidente Lula", em 25/08/2009.
"Os senadores demo-tucanos inventaram a "ética" imoral.
Depois de salvarem a cabeça de Arthur Virgílio Neto (PSBD/AM) de uma provável condenação pelo artigo 171 do código penal (1 a 5 anos prisão), fingem que não reconhecem legitimidade no conselho de ética do Senado, e, por serem minoria, renunciam. Já vão tarde.
Esse conselho de ética sempre foi "para inglês ver".
A ética passa longe, e os julgamentos são meramente políticos. Quem tem uma maioria de senadores amigos se salva, outros fazem acordão, só dança quem fica isolado, em minoria.
O tucano Eduardo Azeredo (PSDB/MG) quando foi denunciado pelo mensalão tucano, sofreu representação e foi arquivada.
Marconi Perillo (PSDB/GO), aquele que queriam colocar no lugar do Sarney, quando foi denunciado pelo Procurador Geral da República por:
- Formação de quadrilha
- Peculato
- Caixa Dois
- Uso da máquina pública
- Utilização de notas frias
- Laranjas para fraudar a eleição de 2006
Também sofreu representação no conselho de ética e foi arquivada.
No passado eu pensava que o PSDB era um partido melhorzinho do que o PMDB. Hoje eu vejo o contrário.
Obviamente que o PMDB não é nossa preferência porque é um partido de centro-direita, com programa de governo diverso do que sempre pregamos, e também porque abriga muitos oligarcas, fisiológicos e pessoas envolvidas em corrupção que sempre combatemos e combateremos nas próximas eleições. Tem alguns bons quadros como Paulo Hartung no Espírito Santo, o ministro Temporão, e outros, muito melhores do que do PSDB.
As alianças com o PMDB pela governabilidade, depois de eleitos, são como o terceiro turno. Após as eleições, as opções são entre os que sobraram, para formar uma maioria no Congresso que garanta a govenabilidade.
Mas, voltando à comparação, o PMDB mostra-se ao eleitor com a cara que tem, vota quem quer. Quem vota em Sarney sabe quem é Sarney. Quem vota em Renan sabe quem é Renan.
O PSDB e o DEMos são partidos mentirosos e tem duas caras. Age de um jeito pelas costas, e de outro em frente as câmaras, tudo para enganar o eleitor.
São iguais produtos falsificados, onde a embalagem vem com informações enganosas sobre o conteúdo."
FONTE: blog "Os amigos do Presidente Lula", em 25/08/2009.
TROPAS DE OCUPAÇÃO ISRAELENSES CRIAM "TRIBUNAL MILITAR" PARA JULGAR MENORES NAS REGIÕES INVADIDAS
"Israel cria tribunal militar para ... menores palestinos
As Forças de Defesa de Israel — eufemismo para as tropas de ocupação — irão estabelecer um tribunal militar especial destinado a julgar menores de 16 anos na Cisjordânia, o primeiro desde o início da ocupação deste território palestino na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
A alteração foi ordenada em 29 de Julho pelo Major General Gadi Shamni.
A Instrução Militar 132 define "um tribunal militar de primeira instância para menores, presidido por um juiz de menores, ou por um coletivo de juízes de menores"
Atualmente, os menores palestinos são submetidos a julgamento no mesmo tribunal militar que os adultos e sujeitos de responsabilidade criminal a partir dos 12 anos.
No entanto, Khaled Kuzmar, assessor legal da secção palestina da ONG Defence For Children International (DCI) destacou que o projeto não "representa nenhuma verdadeira melhoria" e evita "resolver o verdadeiro problema: a ocupação israelense".
"Para começar, trata-se de um tribunal militar para menores, e não de um tribunal civil, como no resto do mundo".
A Instrução requer que as sessões do tribunal militar de menores sejam " tão separadas quanto possível" das sessões regulares do tribunal militar e permite que o tribunal militar de menores solicite à Administração Civil um relatório social sobre a família do acusado" se o tribunal o entender necessário para determinar a sentença do menor."
Khaled Kuzmar declarou ao jornal Haaretz, "A nova Instrução é uma clara, ainda que tardia, confissão de uma falha sistêmica", mas que "um estudo aprofundado da Instrução sugere que as alterações não são fundamentais. Permitindo assim um espaço significativo para a acusação militar intervir ".
Acrescentando: "A raiz do problema não é a criminalidade dos menores, mas a ocupação sobre a qual vivem. Por outro lado a Instrução não altera a definição de "palestino de menor idade", afirmou Kuzmar.
Enquanto a idade mínima para a responsabilidade criminal é de 12 anos, quer para israelenses, quer para palestinos, no âmbito do sistema de justiça israelita, uma pessoa é menor até aos 18 anos de idade, mas sob o sistema de justiça militar que vigora para os palestinos, nos territórios ocupados, uma pessoa é considerada menor apenas até aos 16 anos.
A Instrução Militar 132 sobre "julgar" delinquentes juvenis" enumera três categorias de menores: "Criança" com idade inferior a 12 anos; "Jovem" entre os 12 e os 14 anos, e "Jovens adulto" entre os 14 e os 16 anos.
De acordo com a legislação militar, não existe o estatuto da prescrição para delitos cometidos por palestinos, mesmo que o suspeito tenha cometido o crime quando ele ou ela eram menores.
Kuzmar afirmou já ter representado um jovem de 17 anos que estava a ser julgado por ter atirado um coquetel molotov quando tinha menos de doze anos.
Embora a nova Instrução introduza ostensivamente o estatuto da prescrição após o prazo de dois anos para delitos cometidos por menores, também permite que o acusador militar o possa revogar, o que "representa dar um grande poder" a quem é "juiz e parte", declarou Kuzmar.
Kuzmar, que tem defendido menores em tribunais militares israelitas há mais de 11 anos, disse que pela sua experiência, a acusação militar, como instrumento de uma potência ocupante, não deixa escapar uma oportunidade de julgar palestinos.
A Instrução também não altera como o tribunal formula as sentenças, que são estabelecidas com base na idade da pessoa no momento do julgamento, e não no momento do delito.
A Instrução Militar 132 estabelece que "os jovens" entre as idades de 12-14 anos, no momento da sentença podem ser condenados a penas de prisão não superiores a seis meses, enquanto os "jovens adultos", podem ser condenados a penas até um ano.
No entanto, a mesma Instrução abre uma excepção para "delitos puníveis com mais de cinco anos de prisão." Kuzmar diz que esta excepção abrange um amplo leque de delitos, incluindo apedrejamento (10 a 20 anos) e associação a uma organização proibida (10 anos).
O relatório "Backyard Trials" sobre tribunais militares realizado pelo Yesh Din, uma organização de apoio e assistência jurídica em 2007, afirma que extensas inspeções a esses tribunais têm mostrado que "na maioria das sessões documentadas, nem a acusação nem os juízes parecem ter dado especial consideração à idade dos réus. "
A Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança apela para que os seus signatários, incluindo Israel, definam os 18 anos como idade mínima para se ser responsabilizado criminalmente como adulto.
O relatório da Yesh Din constatou que a Instrução Militar 132 define o limite dos 18 anos, apenas na determinação de sanções financeiras ou condições para o pagamento de fiança. Ou seja os pais ou na sua falta os seus legais representantes são obrigados a pagar as multas ou a fiança para suspeitos menores de 18 anos".
FONTE: portal "Vermelho" em 25/08/2009.
As Forças de Defesa de Israel — eufemismo para as tropas de ocupação — irão estabelecer um tribunal militar especial destinado a julgar menores de 16 anos na Cisjordânia, o primeiro desde o início da ocupação deste território palestino na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
A alteração foi ordenada em 29 de Julho pelo Major General Gadi Shamni.
A Instrução Militar 132 define "um tribunal militar de primeira instância para menores, presidido por um juiz de menores, ou por um coletivo de juízes de menores"
Atualmente, os menores palestinos são submetidos a julgamento no mesmo tribunal militar que os adultos e sujeitos de responsabilidade criminal a partir dos 12 anos.
No entanto, Khaled Kuzmar, assessor legal da secção palestina da ONG Defence For Children International (DCI) destacou que o projeto não "representa nenhuma verdadeira melhoria" e evita "resolver o verdadeiro problema: a ocupação israelense".
"Para começar, trata-se de um tribunal militar para menores, e não de um tribunal civil, como no resto do mundo".
A Instrução requer que as sessões do tribunal militar de menores sejam " tão separadas quanto possível" das sessões regulares do tribunal militar e permite que o tribunal militar de menores solicite à Administração Civil um relatório social sobre a família do acusado" se o tribunal o entender necessário para determinar a sentença do menor."
Khaled Kuzmar declarou ao jornal Haaretz, "A nova Instrução é uma clara, ainda que tardia, confissão de uma falha sistêmica", mas que "um estudo aprofundado da Instrução sugere que as alterações não são fundamentais. Permitindo assim um espaço significativo para a acusação militar intervir ".
Acrescentando: "A raiz do problema não é a criminalidade dos menores, mas a ocupação sobre a qual vivem. Por outro lado a Instrução não altera a definição de "palestino de menor idade", afirmou Kuzmar.
Enquanto a idade mínima para a responsabilidade criminal é de 12 anos, quer para israelenses, quer para palestinos, no âmbito do sistema de justiça israelita, uma pessoa é menor até aos 18 anos de idade, mas sob o sistema de justiça militar que vigora para os palestinos, nos territórios ocupados, uma pessoa é considerada menor apenas até aos 16 anos.
A Instrução Militar 132 sobre "julgar" delinquentes juvenis" enumera três categorias de menores: "Criança" com idade inferior a 12 anos; "Jovem" entre os 12 e os 14 anos, e "Jovens adulto" entre os 14 e os 16 anos.
De acordo com a legislação militar, não existe o estatuto da prescrição para delitos cometidos por palestinos, mesmo que o suspeito tenha cometido o crime quando ele ou ela eram menores.
Kuzmar afirmou já ter representado um jovem de 17 anos que estava a ser julgado por ter atirado um coquetel molotov quando tinha menos de doze anos.
Embora a nova Instrução introduza ostensivamente o estatuto da prescrição após o prazo de dois anos para delitos cometidos por menores, também permite que o acusador militar o possa revogar, o que "representa dar um grande poder" a quem é "juiz e parte", declarou Kuzmar.
Kuzmar, que tem defendido menores em tribunais militares israelitas há mais de 11 anos, disse que pela sua experiência, a acusação militar, como instrumento de uma potência ocupante, não deixa escapar uma oportunidade de julgar palestinos.
A Instrução também não altera como o tribunal formula as sentenças, que são estabelecidas com base na idade da pessoa no momento do julgamento, e não no momento do delito.
A Instrução Militar 132 estabelece que "os jovens" entre as idades de 12-14 anos, no momento da sentença podem ser condenados a penas de prisão não superiores a seis meses, enquanto os "jovens adultos", podem ser condenados a penas até um ano.
No entanto, a mesma Instrução abre uma excepção para "delitos puníveis com mais de cinco anos de prisão." Kuzmar diz que esta excepção abrange um amplo leque de delitos, incluindo apedrejamento (10 a 20 anos) e associação a uma organização proibida (10 anos).
O relatório "Backyard Trials" sobre tribunais militares realizado pelo Yesh Din, uma organização de apoio e assistência jurídica em 2007, afirma que extensas inspeções a esses tribunais têm mostrado que "na maioria das sessões documentadas, nem a acusação nem os juízes parecem ter dado especial consideração à idade dos réus. "
A Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança apela para que os seus signatários, incluindo Israel, definam os 18 anos como idade mínima para se ser responsabilizado criminalmente como adulto.
O relatório da Yesh Din constatou que a Instrução Militar 132 define o limite dos 18 anos, apenas na determinação de sanções financeiras ou condições para o pagamento de fiança. Ou seja os pais ou na sua falta os seus legais representantes são obrigados a pagar as multas ou a fiança para suspeitos menores de 18 anos".
FONTE: portal "Vermelho" em 25/08/2009.
URIBE IMITA O BRASIL DA ERA FHC/PSDB/DEM
Uribe é acusado de comprar votos pró re-reeleição
"Na véspera da data prevista para a votação na qual a Câmara dos Representantes colombiana decidirá se aprova ou não o referendo sobre a segunda reeleição presidencial, a oposição acusou o governo do presidente Álvaro Uribe de subornar congressistas para obter apoio ao projeto.
A denúncia foi feita por Rafael Pardo, pré-candidato presidencial pelo Partido Liberal, e o procurador-geral da Colômbia, Alejandro Ordóñez, prometeu investigá-la. Segundo Pardo, nos últimos três meses o governo liberou US$ 100 milhões para obras em 52 municípios cujos contratos teriam sido negociados por congressistas e incluiriam comissões ilegais.
"O Ministério do Interior ordenou a construção de 52 Câmaras de Vereadores com a intenção de mudar os votos dos congressistas. Sobre isso não há dúvidas", disse Pardo. Na semana passada, o também pré-candidato à presidência Germán Vargas Lleras, do partido Cambio Radical, disse que vários congressistas estariam sendo "seriamente pressionados a votar" a favor do referendo.
A consulta popular é impulsionada por partidários de Uribe para permitir que ele possa se candidatar ao terceiro mandato em 2010. O projeto passou no Senado na semana passada e se for aprovado pela Câmara dos Representantes na votação prevista para hoje, ainda terá de obter o aval da Corte Constitucional - o que pode levar até três meses.
Para passar na Câmara, o referendo precisa de 84 votos - a maioria dos 166 deputados. Segundo Edgar Gómez, presidente da Casa, se não houver o quórum necessário para a votação, ela será reconvocada para quarta-feira, "até que uma decisão seja tomada"."Não me atrevo a prognosticar o resultado. Há muita incerteza e não vejo essa convicção (dos deputados em votarem sim)", disse Pedro Pereira, do Partido Conservador, oficialista, que pretende votar a favor do projeto.
Apego ao poder
Uribe foi eleito pela primeira vez em 2002. No ano seguinte, promoveu um referendo para permitir a primeira reeleição e foi derrotado, mas não desistiu. Com folgada maioria no Congresso, ele conseguiu que os deputados e senadores aprovassem em 2004 uma reforma constitucional introduzindo a mudança. A medida foi validada em 2005, após 18 contestações na Corte Constitucional, o que permitiu a Uribe obter seu segundo mandato com 62% dos votos em 2006.
No ano passado, porém, a ex-deputada Yidis Medina foi presa e dezenas de congressistas e ex-congressistas começaram a ser investigados por suspeitas de que teriam vendido seus votos para aprovar a primeira reeleição. E com base nesse precedente, a Corte Suprema de Justiça também já abriu um processo para avaliar se houve irregularidades na recente aprovação do referendo sobre o terceiro mandato no Senado.
Apesar de Uribe nunca ter confirmado se será candidato em 2010, nos últimos meses ele tem destacado a necessidade de dar continuidade à sua política de "segurança democrática", que teria reduzido o número de sequestros, assassinatos e a área de influência da guerrilha na Colômbia.
Entre os obstáculos para o seu terceiro mandato está a pressão internacional contra o projeto. Em junho, durante uma visita de Uribe aos EUA, o presidente americano, Barack Obama, disse que "oito anos no poder são suficientes para um presidente".
FONTE: portal "Vermelho" em 25/08/2009.
"Na véspera da data prevista para a votação na qual a Câmara dos Representantes colombiana decidirá se aprova ou não o referendo sobre a segunda reeleição presidencial, a oposição acusou o governo do presidente Álvaro Uribe de subornar congressistas para obter apoio ao projeto.
A denúncia foi feita por Rafael Pardo, pré-candidato presidencial pelo Partido Liberal, e o procurador-geral da Colômbia, Alejandro Ordóñez, prometeu investigá-la. Segundo Pardo, nos últimos três meses o governo liberou US$ 100 milhões para obras em 52 municípios cujos contratos teriam sido negociados por congressistas e incluiriam comissões ilegais.
"O Ministério do Interior ordenou a construção de 52 Câmaras de Vereadores com a intenção de mudar os votos dos congressistas. Sobre isso não há dúvidas", disse Pardo. Na semana passada, o também pré-candidato à presidência Germán Vargas Lleras, do partido Cambio Radical, disse que vários congressistas estariam sendo "seriamente pressionados a votar" a favor do referendo.
A consulta popular é impulsionada por partidários de Uribe para permitir que ele possa se candidatar ao terceiro mandato em 2010. O projeto passou no Senado na semana passada e se for aprovado pela Câmara dos Representantes na votação prevista para hoje, ainda terá de obter o aval da Corte Constitucional - o que pode levar até três meses.
Para passar na Câmara, o referendo precisa de 84 votos - a maioria dos 166 deputados. Segundo Edgar Gómez, presidente da Casa, se não houver o quórum necessário para a votação, ela será reconvocada para quarta-feira, "até que uma decisão seja tomada"."Não me atrevo a prognosticar o resultado. Há muita incerteza e não vejo essa convicção (dos deputados em votarem sim)", disse Pedro Pereira, do Partido Conservador, oficialista, que pretende votar a favor do projeto.
Apego ao poder
Uribe foi eleito pela primeira vez em 2002. No ano seguinte, promoveu um referendo para permitir a primeira reeleição e foi derrotado, mas não desistiu. Com folgada maioria no Congresso, ele conseguiu que os deputados e senadores aprovassem em 2004 uma reforma constitucional introduzindo a mudança. A medida foi validada em 2005, após 18 contestações na Corte Constitucional, o que permitiu a Uribe obter seu segundo mandato com 62% dos votos em 2006.
No ano passado, porém, a ex-deputada Yidis Medina foi presa e dezenas de congressistas e ex-congressistas começaram a ser investigados por suspeitas de que teriam vendido seus votos para aprovar a primeira reeleição. E com base nesse precedente, a Corte Suprema de Justiça também já abriu um processo para avaliar se houve irregularidades na recente aprovação do referendo sobre o terceiro mandato no Senado.
Apesar de Uribe nunca ter confirmado se será candidato em 2010, nos últimos meses ele tem destacado a necessidade de dar continuidade à sua política de "segurança democrática", que teria reduzido o número de sequestros, assassinatos e a área de influência da guerrilha na Colômbia.
Entre os obstáculos para o seu terceiro mandato está a pressão internacional contra o projeto. Em junho, durante uma visita de Uribe aos EUA, o presidente americano, Barack Obama, disse que "oito anos no poder são suficientes para um presidente".
FONTE: portal "Vermelho" em 25/08/2009.
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