quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

ÓTIMO 2015 !



Desejo a todos os seguidores, colaboradores e leitores deste blog, e suas famílias, ÓTIMO 2015!

Agradeço a todos a participação e o estímulo, durante o ano que passou, na prazerosa atividade de compartilhamento de assuntos que julgamos relevantes. 

Maria Tereza

PETROBRAS DIVULGA NOVAS BOAS NOTÍCIAS DO PRÉ-SAL





[OBS deste blog 'democracia&política': 

Aumenta a já grande decepção na mídia, nos partidos da direita-PSDB, DEM, PPS e na elite [!] americanófila presente em vários setores da nossa sociedade, inclusive em cooptados na Justiça, na Polícia e nas Forças Armadas

Por quê? Mais uma vez, com intervalo de poucos dias, os bons resultados da Petrobras causam raiva e frustração nas petroleiras estadunidenses e estrangeiras em geral e nos seus instrumentos no BrasilAinda não deu certo a sua custosa, intensa e longa campanha contra a Petrobras para enfraquecê-la, reduzir o seu valor e para poder privatizá-la (estrangeirizá-la) por valor ínfimo (fórmula muito adotada na privataria tucana).

Também, esses persistentes sucessos da nossa empresa causam insatisfação e desapontamento nos megaespeculadores internacionais que, por meio de dispendiosíssima campanha na mídia internacional e brasileira, vêm comandando a destruição da imagem e do valor da empresa para comprar suas ações na baixa e, mais adiante, as venderem, quando os fatos alvissareiros e a continuação dos sucessivos recordes mundiais da Petrobras calarem a boca dos destruidores.  (Vide nesta página, em outra postagem, a campanha do "Financial Times" contra a Petrobras e as vantagens que dela o multibilionário especulador George Soras está usufruindo)

Não nos iludamos com esses sucessos da Petrobras. Há enormes interesses geopolíticos das grandes potências, especialmente dos EUA, e bilhões de dólares em jogo. Eles não desistirão. Insistirão com maior empenho].

PETROBRAS DECLARA COMERCIALIDADE DE OUTRA ÁREA DO PRÉ-SAL

"Em 'fato relevante' divulgado na segunda-feira, a Petrobras trouxe uma boa notícia aos investidores: os "campos de Iara" do entorno de Iara, no pré-sal, são viáveis e podem aumentar a produção do pré-sal, que já se situa acima de 700 mil barris/dia. Além disso, foi descoberto ainda mais petróleo no megacampo de Libra.

Do "Brasil 247" 


Em "fato relevante" divulgado na segunda-feira, a Petrobras trouxe boa notícia aos investidores: os campos de Iara do entorno de Iara, no pré-sal, são viáveis e podem aumentar a produção do pré-sal, que já se situa acima de 700 mil barris/dia. Além disso, foi descoberto ainda mais petróleo no megacampo de Libra (confira aqui reportagem do jornal "Valor Econômico").

Leia abaixo o comunicado da Petrobras:

A Petrobras declara comercialidade das áreas de Iara e Entorno de Iara, no pré-sal da Bacia de Santos

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2014 – Petróleo Brasileiro S.A. – A Petrobras comunica que apresentou hoje (29/12/2014) à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) as declarações de comercialidade das acumulações de petróleo e gás das áreas de Iara (Plano de Avaliação da Descoberta – PAD - do poço 1-BRSA-618-RJS – Consórcio BM-S-11), e Entorno de Iara (Bloco 4, do contrato de Cessão Onerosa), localizadas no pré-sal da Bacia de Santos.

Na área do Plano de Avaliação de Iara, sob regime de concessão, os trabalhos realizados pelo Consórcio BM-S-11 começaram em setembro de 2008 e consistiram na aquisição de dados sísmicos 3D, na perfuração e avaliação de sete poços e na realização de um Teste de Longa Duração (TLD). Como resultado, foram identificadas duas jazidas com a perfuração dos poços 1-BRSA-618 RJS e 3-BRSA-1032 RJS, cujos limites se estendem para o bloco Entorno de Iara (Cessão Onerosa).

No bloco Entorno de Iara (Cessão Onerosa), durante a execução do Programa de Exploração Obrigatório (PEO), a Petrobras adquiriu dados sísmicos 3D e perfurou três poços com o objetivo de descobrir, delimitar e caracterizar os reservatórios. Além disso, foram realizados três testes de formação e um TLD para avaliar a produtividade dos reservatórios. Foi identificada uma jazida com a perfuração do poço 1-BRSA-1146 RJS, cujo limite se estende para a área de Concessão do BM-S-11.

Dessa maneira, a atividade exploratória no PAD e no bloco 4 da Cessão Onerosa resultou na delimitação de três acumulações. Por força da regulação vigente e por se tratar de contratos distintos (Concessão e Cessão Onerosa) foram declaradas as comercialidades de oito campos, que serão objeto de Acordos de Individualização da Produção (AIP).

Em razão da extensão das jazidas entre a Concessão BM-S-11 e a área Entorno de Iara, a ANP foi formalmente comunicada na forma da regulação vigente.

Os volumes recuperáveis estimados totais desses campos superam 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), comprovando o alto potencial das acumulações.

Foram sugeridas as seguintes denominações à ANP:

Acumulação do poço 3-BRSA-1032-RJS:

Nome do Campo: 


Berbigão (Concessão BM-S-11) 
Norte de Berbigão (Cessão Onerosa)
Sul de Berbigão (Cessão Onerosa)

• Acumulação do poço 1-BRSA-618-RJS:

Nome do Campo:

Sururu (Concessão BM-S-11)
Norte de Sururu (Cessão Onerosa)
Sul de Sururu (Cessão Onerosa)

• Acumulação do poço 1-BRSA-1146-RJS:

Nome do Campo
Atapu (Cessão Onerosa)
Oeste de Atapu (Concessão BM-S-11)

Desenvolvimento da Produção:

Os campos estão localizados a cerca de 230 km da costa do Rio de Janeiro, em profundidade d'água entre 2.000 e 2.300 metros. Todos os campos são portadores de óleo de boa qualidade (24 a 30º API).

Para esses campos, a Petrobras e seus parceiros planejam o desenvolvimento inicial da produção por meio de três FPSO.

Os projetos de engenharia para drenagem dos campos serão detalhados quando houver a apresentação dos respectivos Planos de Desenvolvimento à ANP.

O desenvolvimento da produção nos campos descobertos na área de Iara se soma ao desenvolvimento da produção do campo de Lula (áreas de Tupi e Iracema), também no BM-S-11, onde serão instalados dez FPSO.

O Consórcio BM-S-11 é operado pela Petrobras (65%), em parceria com a BG E&P Brasil (25%) e Petrogal Brasil (10%).

Revisão do contrato da Cessão Onerosa

Com a declaração de comercialidade do Entorno de Iara, encerra-se a fase exploratória do contrato de Cessão Onerosa e assim terá continuidade o processo formal de revisão do contrato a ser realizado bloco a bloco, levando-se em consideração as premissas técnicas e econômicas de cada área. A expectativa é de que a revisão do contrato da Cessão Onerosa seja concluída em 2015.

O bloco do Entorno de Iara é operado pela Petrobras (100%), como cessionária do contrato de Cessão Onerosa.

FONTE: do jornal digital "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/relacoes_com_investidores/165030/Petrobras-declara-comercialidade-de-outra-%C3%A1rea-do-pr%C3%A9-sal.htm).

CONLUIO ENTRE SOROS E "FINANCIAL TIMES" PARA COMPRAR PETROBRAS BARATO




FT ATACA PETROBRAS: 'VERGONHA NACIONAL'

"O jornal britânico 'Financial Times' (FT) aumenta o tom da campanha de ataques à Petrobras. Reportagem de terça-feira afirma que a empresa brasileira se tornou uma 'vergonha nacional', o que jamais foi dito por eles da BP, responsável por um dos maiores desastres ambientais da história, no Golfo do México. A publicação prevê até 'calote técnico' da companhia. 


Enquanto isso, [muito suspeita e coincidentemente] o bilionário especulador George Soros compra ações [agora mais baratas devido a esses ataques coordenados da imprensa estrangeira e nacional] e reforça sua posição na Petrobras...

Do "Brasil 247" 


A imprensa britânica aumentou o tom de suas críticas contra a Petrobras. Reportagem de terça-feira do "Financial Times" classifica a empresa brasileira, que segunda-feira anunciou a viabilidade de novos campos do pré-sal (leia aqui), como uma 'vergonha nacional' – algo que jamais foi dito, diga-se de passagem, da britânica BP, responsável por um dos maiores desastres ambientais da história, no Golfo do México.

Enquanto prossegue a [capciosa] campanha de desqualificação da Petrobras, o bilionário investidor George Soros [coincidentemente] compra ações na baixa e se consolida como um dos maiores minoritários da estatal (leia mais aqui).

Confira, abaixo, reportagem do "Infomoney" sobre o ataque desferido pelo "Financial Times":

"A enxurrada de denúncias sobre a Petrobras ganha destaque na imprensa internacional. O jornal britânico "Financial Times" publica na edição impressa de terça-feira, 30, uma ampla reportagem sobre a crise na maior estatal brasileira.

Para a publicação, o suposto esquema de corrupção na petroleira transformou a companhia, que já foi "orgulho do Brasil", em motivo de "vergonha nacional" 


[O FT diz isso induzindo os brasileiros para que, envergonhados, fechem  a Petrobras, ou melhor, a doem para as petroleiras estadunidenses e inglesas, que são maravilhosas e nunca tiveram um caso de corrupção entre seus funcionários... Certamente, essa doação contará com o tradicional forte apoio da nossa imprensa e do PSDB, DEM e PPS, que já têm larga experiência em passagens estranhamente dadivosas de empresas brasileiras para grupos estrangeiros]. 

O texto destaca ainda a hipótese de a empresa entrar em "calote técnico" pelos atrasos na divulgação dos resultados financeiros.

"A Petrobras, que em 2007 era o orgulho do Brasil após anunciar as maiores descobertas de petróleo offshore do mundo em décadas, hoje corre o risco de se tornar um pária entre os investidores e uma vergonha nacional para os brasileiros", diz o texto do FT, ao lembrar das denúncias de corrupção que envolvem ex-diretores da empresa e grandes empreiteiras. A reportagem lembra ainda que Maria da Graça Foster, que comanda a companhia desde 2012, já teria oferecido o cargo à presidente Dilma Rousseff.

O FT lembra ainda que, diante do caso, a empresa tem atrasado a divulgação de números e isso poderia acarretar situação de "calote técnico". "Se a Petrobras não for capaz de divulgar os resultados financeiros auditados até 30 de abril, a empresa, que é uma dos maiores tomadores de empréstimos corporativos do Brasil com dívida estimada pela agência Moody's em US$ 170 bilhões, poderia desencadear um default técnico", diz o FT."

FONTE: do jornal digital "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/165047/FT-ataca-Petrobras-'vergonha-nacional'.htm). [Título e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].

PETROBRAS SAI NA FRENTE CONTRA OS CORRUPTORES



De Latuff Cartoons (via Djair Galvão, no twitter)



Petrobras encara cartel e bloqueia 23 empresas

Do portal "Conversa Afiada":

“Vamos ver se a Justiça tem, em relação aos corruptores, a mesma coragem que tem – e deve ter – em relação aos corruptos”

Saiu no jornal "Valor" [propriedade da "Globo" e "Folha"]:

PETROBRAS BLOQUEIA 23 GRUPOS SUSPEITOS DE CORRUPÇÃO

"A diretoria da Petrobras determinou que empresas dos grupos citados nas denúncias de corrupção envolvendo a empresa sejam temporariamente impedidas de participar de licitações.

A adoção dessa medida cautelar, em caráter preventivo, tem por finalidade resguardar a petroleira e suas parceiras de danos de “difícil reparação financeira” e de prejuízos à sua imagem, de acordo com o comunicado ao mercado, divulgado na noite de segunda-feira
".
(…)

Em tempo:

Sobre o assunto, o "Conversa Afiada" reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

PETROBRAS DIZ À JUSTIÇA: MUITO BEM, QUEREM PUNIR OS CORRUPTORES?

"O anúncio feito pela Petrobras de que suspendeu o direito de praticamente todas as empresas de construção pesada de participarem de licitações e, por consequência, serem contratadas pela empresa tem um sentido político que vai além, muito além, do óbvio significado administrativo.

São 23 empresas – praticamente todo o ranking da construção pesada – atingidas: Alusa, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Carioca Engenharia, Construcap, Egesa, Engevix, Fidens, Galvão Engenharia, GDK, Iesa, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior, MPE, OAS, Odebrecht, Promon, Queiroz Galvão, Setal, Skanska, Techint, Tomé Engenharia e UTC.

É obvio que elas irão à Justiça – e nesse caso, à Justiça Federal – para contestar a decisão da estatal.

Que vai decidir se, por conta das denúncias da Operação Lava-Jato, elas podem ser punidas com o impedimento de licitar, isto é, se todos os contratos que viessem a firmar, a partir de agora, estariam sob “suspeição prévia”.

Ou seja, se devem ser impedidas de trabalhar num setor onde a grande maioria das obras é, direta ou indiretamente, contratada pelo setor público.

E se, portanto, o Brasil terá de apelar para empreiteiras estrangeiras, que passam a ser a quase única alternativa para fazê-las.

Não parece improvável [parece provável] que o ato administrativo da Petrobras será derrubado no Judiciário, talvez até por liminar.

Mas a empresa, então, passa ao Judiciário a questão essencial: a corrupção parte de quem se corrompe no setor público ou de quem, no mundo dos negócios privados, onde não se presta conta do que se ganha ou do que se gasta, os corrompe?

Paulo Roberto Costa e os outros “ladrões de carreira”, que subiram nas estruturas da Petrobras se associando à carreira de ladrões muito abundantes nos negócios privados não são os únicos vilões.

Vamos ver se a Justiça tem, em relação aos corruptores, a mesma coragem que tem – e deve ter – em relação aos corruptos.

A Petrobras, como se vê, está tendo.

Em tempo2: A nota à imprensa da Petrobras:

ABERTURA DE COMISSÕES PARA ANÁLISE DE APLICAÇÃO DE SANÇÃO ADMINISTRATIVA E BLOQUEIO CAUTELAR

"Em reunião da Diretoria Executiva da Petrobras realizada hoje, foi aprovada a constituição de Comissões para Análise de Aplicação de Sanção (CAASE) e o bloqueio cautelar de empresas pertencentes aos grupos econômicos citados como participantes de cartel nos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e do Sr. Alberto Youssef prestados, em 08 de outubro de 2014, em audiência na 13ª Vara Federal do Paraná, bem como nos depoimentos prestados no âmbito do acordo de colaboração premiada do Sr. Julio Gerin de Almeida Camargo (Grupo Toyo) e do Sr. Augusto Ribeiro de Mendonça Neto (Grupo Setal), que a Petrobras teve acesso em 03 de dezembro de 2014, todos deferidos como prova emprestada pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR, e que indicam, como participantes de cartel, os seguintes grupos econômicos:

1) “Alusa”
2) “Andrade Gutierrez”
3) “Camargo Corrêa”
4) “Carioca Engenharia”
5) “Construcap”
6) “Egesa”
7) “Engevix”
8) “Fidens”
9) “Galvão Engenharia”
10) “GDK”
11) “IESA”
12) “Jaraguá Equipamentos”
13) “Mendes Junior”
14) “MPE”
15) “OAS”
16) “Odebrecht”
17) “Promon”
18) “Queiroz Galvão”
19) “Setal”
20) “Skanska”
21) “TECHINT”
22) “Tomé Engenharia”
23) “UTC”

A constituição das CAASE de acordo com o critério acima referido e o bloqueio cautelar levam em consideração, além dos depoimentos acima mencionados, a fase 7 da “Operação Lava Jato”, deflagrada em 14 de novembro de 2014, com a prisão de executivos e ex-executivos de empresas e o recebimento pelo Poder Judiciário, entre 12 e 16 de dezembro de 2014, das denúncias feitas pelo Ministério Público Federal (ações penais) por crimes em desfavor da Petrobras decorrentes das investigações da “Operação Lava Jato”.

As referidas empresas serão temporariamente impedidas de serem contratadas e de participarem de licitações da Petrobras.

A adoção de medidas cautelares, em caráter preventivo, pela Petrobras tem por finalidade resguardar a Companhia e suas parceiras de danos de difícil reparação financeira e de prejuízos à sua imagem.

A Companhia notificará as empresas do bloqueio cautelar e respeitará o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Por fim, a Petrobras reitera seu compromisso pela ética e transparência nos seus negócios e a necessidade de adoção de medidas de "compliance" consolidadas no "Manual do Programa Petrobras de Prevenção da Corrupção" (PPPC), que trata expressamente da aplicação de sanções às empresas fornecedoras que não atuarem de forma condizente com o Código de Ética e os demais itens do próprio PPPC."


FONTE: do portal "Conversa Afiada"   (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2014/12/30/petrobras-encara-cartel-e-bloqueia-23-empresas/).[Título acrescentado por este blog 'democracia&política'].

COMPLEMENTAÇÃO

Bloqueio cautelar: resposta à imprensa

Do blog "Fatos e Dados", da Petrobras

"Leia a resposta que enviamos aos veículos que tiveram dúvidas sobre o bloqueio cautelar: 

Em relação ao bloqueio cautelar divulgado em 29/12, a Petrobras informa que a medida significa que as empresas não poderão participar das licitações futuras e também das que estão em andamento, desde que ainda não recebidas as propostas. Isso ocorrerá enquanto estiverem em curso procedimentos administrativos com vistas à eventual aplicação de sanções. O bloqueio cautelar não se confunde com a sanção definitiva, mas tem por finalidade resguardar a companhia e suas parceiras de danos de difícil reparação financeira e de prejuízos à imagem da Petrobras.

Esses procedimentos administrativos serão conduzidos por comissões compostas por empregados da Petrobras. As sanções passíveis de aplicação são: advertência, suspensão, multa administrativa e proibição de contratar com o Sistema Petrobras. As empresas terão assegurado seu direito à ampla defesa no âmbito desse procedimento.

A decisão de bloqueio cautelar não implica paralisação ou rescisão de contratos vigentes, nem a suspensão de pagamentos devidos por serviços prestados. As licitações continuarão a ser realizadas de acordo com as necessidades da companhia.

A Petrobras buscará fornecedores de bens e serviços de forma a garantir procedimentos competitivos, visando contratar as melhores condições para a companhia. Isso poderá, eventualmente, envolver empresas estrangeiras. Quanto ao conteúdo local, caso se constate algum obstáculo ao cumprimento das metas, a Petrobras buscará alternativas para a solução da questão."


FONTE: do blog "Fatos e Dados", da Petrobras   (http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/bloqueio-cautelar-resposta-a-imprensa.htm).

O PT E O RANKING DA "VEJA"


O senador "nota zero", segundo a própria tucana "Veja"


O PT e o ranking da "Veja"

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

"Alvo de pancadas permanentes desde 2005, quando Roberto Jefferson fez a denúncia da AP 470, o desempenho do PT no Congresso brasileiro é pouco estudado pelo cidadão comum. Lamentável.

Conforme levantamento do Núcleo de Estudos sobre o Congresso, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Rio de Janeiro, um dos mais respeitados do país, o Partido dos Trabalhadores foi a legenda que teve o maior número de parlamentares classificados entre os 10 melhores da Câmara de Deputados e do Senado Federal.

Está lá, na revista: entre os senadores, os petistas classificaram 3 entre os melhores, marca que nenhuma legenda atingiu: Lindenberg Farias, que ficou em 2º; Anibal Diniz, que foi o 4º; e Gleisi Hoffmann, em 10º.

Entre os deputados, foram cinco sobre dez. Gabriel Guimarães, Angelo Venhoni, Alessandro Molon, Claudio Puty e Amaury Teixeira. Para usar uma expressão típica dos campos de futebol, o Partido fez barba e cabelo no ranking.


Considerando o tratamento cotidiano que o PT costuma receber dos principais veículos de comunicação - a começar pela própria "Veja' - esses números são uma nova comprovação do caráter seletivo e tendencioso da cobertura política oferecida aos leitores brasileiros. Aposto que você nunca tinha ouvido falar de muitos desses deputados. Também tenho certeza de que, em alguns casos, você até tinha ouvido falar - porque são nomes incluídos em escândalos, nos quais sua culpa nunca foi demonstrada com consistência.

Nem vou discutir os critérios que levaram a esse resultado, que envolvem 9 eixos de atuação definidos pela revista. É possível, até, discordar de alguns desses critérios, coerentes com "o ideário" da revista. Mas é obrigatório concordar com o professor Fabiano Santos, coordendar do estudo, colunista regular do "Valor Econômico" e um dos mais aplicados estudiosos do Legislativo no país, quando ele escreve que “de posse desses dados é possível analisar comparativamente a atividade de deputados e senadores.

Para Fabiano, os dados permitem ao eleitor ”avaliar em que medida os parlamentares se aproximam - ou se afastam - de seus pontos de vista.”

Esses dados são, acima de tudo, a demonstração, num patamar que chega ao escândalo, do desserviço que a mídia presta ao regime democrático.

Se é correto cobrir as notícias ruins - obviamente - também é necessário olhar para outros aspectos da atividade política, que envolvem o interesse direto do eleitor. O olhar enviesado é uma forma de enfraquecer e sabotar o funcionamento da democracia, ensina um dos principais estudiosos da mídia nos EUA, James Fallows. Cria mitos e lendas que só ajudam a criminalizar a atividade política. Afasta o leitor dos temas de interesse público para favorecer questões de interesse privado.

E agora nós podemos falar da nota zero de Aécio Neves. Quem acredita que ele foi considerado o pior senador de 2014 porque estava ocupado na campanha presidencial deve recordar que vários senadores bem classificados tiveram de enfrentar campanhas duríssimas em seus Estados - e foram capazes de cuidar das obrigações do mandato, sem prejuízo da campanha.

Cabe lembrar que a classificação de Aécio no ranking - 74º lugar - não foi divulgada pela edição impressa da revista. É vergonhoso, considerando sua estatura de candidato presidencial, o que tornaria a divulgação de uma informação dessa relevância uma decisão obrigatória. Alguém pode imaginar que o desempenho de Aécio como senador não interessava a seus leitores?

Surpresa? Nem tanto. É mais um caso de antológico de jornalismo pautado pelo mandamento de um inesquecível ministro do PSDB: “O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde.”

FONTE: escrito por Paulo Moreira Leite, em seu blog. Transcrito no "Blog do Miro" (http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/12/o-pt-e-o-ranking-da-veja.html).

"OS TEMPOS QUE VIRÃO NÃO SERÃO FÁCEIS" (Roberto Amaral)




Os tempos que virão não serão fáceis

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

"As primeiras e mais graves nuvens negras se dissiparam. Vencidas todas as guerras e guerrinhas que compreenderam, até, o arreganho golpista, a presidente foi diplomada e dia 1º de janeiro inicia seu segundo mandato, que pode ser um segundo ciclo no ciclo petista-popular governante desde 2003. 


Mas não conta a presidente Dilma com um 'céu de brigadeiro'. Superada uma crise - interna ou exógena, política ou econômica, real ou engendrada - outras virão e as que não chegarem naturalmente serão geradas ou agravadas, com ou sem base fatual, por uma oposição raivosa comandada por uma imprensa hostil, como jamais se viu neste país, senão nos idos que prepararam o 'Agosto de 1954'.

A oposição – partidária e mediática — derrotada nas eleições e derrotada no intento de deslegitimar o pronunciamento eleitoral, recusa-se a ensarilhar as armas, voltadas agora à tentativa de, fragilizando a presidente, dificultar politica e administrativamente seu governo, e, assim, impedir a continuidade programática. Ou seja, como não foi possível impedir nem sua eleição nem a posse (com que ameaçaram JK), tentará a direita impedir seu governo – tornando-o politicamente inviável (Jango) até o limite do golpe, se não for possível impor a presidente à agenda conservadora, em nome da 'governabilidade'.

O cerco está à vista.

Derrotada, e derrotada em pleito que espelhou alto nível de politização do eleitorado, a oposição não se deu por vencida, e vem tentando impor com nomes e modelos a política econômica do governo Dilma e o ponto de partida é a satanização de qualquer política que não seja a velha cartilha do FMI e dos 'chicagos boys' que tanto prejuízo já causaram a este país. A imposição da velha e fracassada política não precisa justificar-se (trata-se de um dogma dos jornalões e isso basta), embora o que prometem já tenha sido visto e vivido por brasileiros, chilenos e argentinos: desemprego, desaceleração econômica e recessão, objetivo, aliás, fácil de alcançar, se considerarmos o desempenho do PIB brasileiro nos últimos dois anos.

Por isso e também por isso, não se discute a política econômica, senão a partir do mágico 'ajuste fiscal', com o qual nos ameaça o conluio dos capitães da imprensa com os barões do sistema financeiro, parasita e predador. A Avenida Paulista já festeja a expectativa de aumento continuado de juros, e os jornalões dedicam-se à tarefa de bombardear qualquer discurso desenvolvimentista. Tudo é aceitável, menos a retomada do crescimento que ensejou nos últimos 12 anos o ingresso de mais de 40 milhões de brasileiros — a maioria negros e nordestinos, e todos pobres ou muito pobres— no mercado de consumo. Muitos, milhares, alcançaram, até, o ingresso na universidade, antes exclusividade das chamadas classes médias.

O terreno é promissor para o desastre prometido: crise politica e econômica europeia, crise asiática (recessão japonesa) e a realização da esperada queda do crescimento do PIB chinês, desaceleração da economia latino-americana, crise no Mercosul e entre os BRICS. E desarranjos em nossa economia, uns reais, outros maximizados pela oposição e todos tonitruados pelos jornalões e pela revistona, e pelos 'economistas' midiáticos do grande canal de tevê.

O caminho será esse senão reagirmos, e a forma mais eficiente de reação é o apoio popular ao governo Dilma.

Tenhamos consciência, todavia, de que a presidente terá de enfrentar esses desafios tendo como retaguarda uma base parlamentar inconfiável e um Congresso (em crise moral, diga-se de passagem) que só lhe tem proporcionado dissabores, dissabores que inevitavelmente crescerão se o governo, como sugerem os dados de hoje, não conseguir controlar a Presidência da Câmara dos Deputados.

Esse é o pano de fundo do quadro político que, pelo menos aparentemente, orientou a composição do Ministério, a saber, a necessidade de, olhando para 2018, considerar o desempenho do governo pari passu com a 'governabilidade', que se resume em atender aos partidos da base e assegurar maioria no Congresso. As negociações com o poder econômico e outros 'poderes' se dão por outras vias.

Mas o ambiente, lamentavelmente, é este: Congresso conservador, oposição raivosa, imprensa agressivamente hostil e fragilidade parlamentar, a partir da fragilidade de sua própria base partidária, comandada por um PT tímido na ação política e inibido na liderança dos movimentos sociais – sua origem e sua razão de ser.

Falta ao governo Dilma hoje, e poderá faltar ainda mais em função do enfrentamento da crise, o apoio das ruas, aquele que Lula foi buscar em 2005. Mas apoio que não cai do céu como chuva, pois muito depende do discurso presidencial, de suas primeiras e segundas medidas. O apoio e mobilização das massas depende da doação de uma militância ainda retraída, à espera do anúncio dos rumos do governo, e, dessa forma, inconscientemente, renunciando a influir na sua concepção, talvez certamente mais importante do que a ocupação dos gabinetes da Esplanada dos Ministérios, com Joaquim ou Manuel, representantes desta ou daquela corrente partidária. É preciso resolver o impasse, pois a inação só favorece à direita.

Tudo isso o próximo governo terá de enfrentar - em meio a uma ameaçadora instabilidade política que se anuncia para os primeiros meses de 2015 - comandando uma estrutura estatal paralítica, uma burocracia inoperante, uma ordem administrativa absolutamente caótica, a clamar aos céus por uma reforma do modo de operação do Estado.

Ao contrário do que supõem lideranças partidárias e boas cabeças pensantes do Planalto, a reforma política não é panaceia para todos os males de nosso tempo, e a simples prioridade que lhe temos dado é significativa do atraso do processo politico brasileiro que já reclamou reformas estruturais e infraestruturas, as chamadas 'reformas de base' (anos 60) que ainda não realizamos, e que precisamos realizar nos próximos quatro anos: reforma agrária beneficiando o pequeno produtor, reforma do ensino e da universidade incluindo reforma do ensino militar, reforma do Judiciário, reforma fiscal, implicando a taxação das grandes propriedades e das grandes fortunas, reformas que requerem governo forte, como a regulamentação das empresas de comunicação de massa, que, ademais, depende de ampla e efetiva mobilização nacional. Tudo o que a direita quer evitar, e pode evitar se a mobilização das massas não for o outro lado do fracasso dos partidos: fracasso como instituições políticas, como instrumento da organização popular, fracasso como projeto de país e de governo. Fracasso que contaminou o movimento sindical partidarizado.

Está na hora de pensar grande, e assim consideramos pensar o amanhã despojado de parti pris. Rever tudo, as organizações partidárias e a crise particular da esquerda socialista e dos partidos de esquerda e os ditos partidos progressistas, rever nossos programas, nossos objetivos, nossos projetos, e buscar alternativas que favoreçam a emergência das massas, e enfrentem as ameaças veladas ou não que se levantam, por enquanto como mera prospeção, ao processo democrático duramente reconquistado pelo povo brasileiro. É fundamental rever o caráter das atuais relações entre partidos de esquerda e os movimentos sociais.

Cabe à esquerda – e nos valemos da expressão grafada por Darcy Ribeiro - passar a limpo o país a partir de sua própria autocrítica, preparando-se para a mobilização de todas as forças populares em uma grande frente progressista que compreenda parlamentares (independentemente de filiação partidária) que com seus princípios se vejam comprometidos, movimentos sociais, sindicatos e centrais sindicais, lideranças sociais e comunitárias, com o objetivo de fazer frente à ascensão da direita, defender o avanço social, a soberania e a nacionalidade, o Estado e seu papel de indutor do desenvolvimento nacional e, como coroamento, o aprofundamento da democracia.

Nota: A frase que serve de título é atribuída por "Carta Capital" (ano XX, nº 830) ao ex-presidente Lula, em passagem recente por Brasília.

FONTE: escrito por Roberto Amaral, na revista CartaCapital. Transcrito no "Blog do Miro" (http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/12/os-tempos-que-virao-nao-serao-faceis.html#more).[Imagem do google acrescentada por este blog 'democracia&política'].

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

COINCIDÊNCIAS ENTRE O AVIÃO MALAIO DERRUBADO NA UCRÂNIA E VENINA DA "GLOBO"




O ponto onde convergem Venina e o MH17 derrubado na Ucrânia

Por J. Carlos de Assis - Economista, doutor pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB.

"Há uma coisa em comum entre a denúncia norte-americana de que o voo MH17 da Malásia foi derrubado por insurgentes ucranianos ligados a Moscou e a denúncia de Venina de que a presidente da Petrobras, Graça Foster, não deu ouvidos a suas denúncias de irregularidades na empresa: nos dois casos, a campanha maciça da imprensa para validar as denúncias foi sucedida, em poucos dias, do mais estrondoso silêncio. No caso de Venina, só falam agora no assunto os que a ridiculizam, com razão. No caso do MH17, o silêncio é total.

Esses dois casos ilustram muito bem o papel que a “liberdade” de imprensa vem exercendo em nosso tempo. É um instrumento sobretudo de manipulação da opinião pública. Os manipuladores contam com a falta de espírito crítico da sociedade, o que, por sua vez, justifica-se exatamente pela ausência de noticiário imparcial sobre acontecimentos com valor político e estratégico. Sabe-se agora, com certeza, que o MH17 foi derrubado por forças de Kiev. Sabe-se agora que Venina, antes de ser denunciante, foi ela própria denunciada.

A ausência recente na imprensa ocidental de notícias sobre o monstruoso ataque ao MH17, um avião civil derrubado provavelmente por um míssil e por metralhadoras de um caça de Kiev sobre o Leste da Ucrânia, é a maior evidência do esgotamento da estratégia de exaustão de uma versão destinada a cobrir os fatos reais com uma máscara favorável. Eu costumava ouvir de um grande manipulador da imprensa brasileira a observação de que “o importante é a versão, não o fato”. Assim, para “plantar uma versão”, era necessário divulgá-la antes dos fatos.

Putin atribuiu formalmente a Kiev a responsabilidade pelo crime numa reunião com personalidades estrangeiras na Rússia, mas a imprensa ocidental praticamente o ignorou. Uma vez estabelecida a versão, é extremamente difícil retificá-la. Mesmo porque, no caso do MH17, estão envolvidos aspectos técnicos de difícil aferição por internautas. Os internautas, que são hoje a consciência crítica da grande mídia, não têm como penetrar em alguns de seus segredos, exceto numa situação em que interfere o gênio de um Wikileaks.

O desmascaramento de Venina tem sido uma operação relativamente mais fácil. Os internautas se lançaram a investigações próprias, independentes dos grandes jornais e tevês, para descobrir que a moça estava sendo processada pela Petrobras por incompetência ou má fé no acompanhamento de contratos na construção [da refinaria] de "Abreu e Lima"; que tinha feito contratos sem licitação com o então marido ou namorado, algo que nem o jornal "Valor" [da Folha e Globo], nem a TV Globo cuidaram de revelar em suas bombásticas entrevistas na versão original.

Sim, houve uma denúncia de Venina fundamentada. Relacionava-se com contratos superfaturados na área de comunicação, mas em 2008. A denúncia gerou uma comissão de inquérito da qual resultou a comprovação do superfaturamento e a demissão do responsável. Na interpretação de um jornalista da "Globo", isso lhe dava credibilidade para fazer as outras denúncias. Mas quais denúncias? Tudo o que ela disse no "Valor", e repetido na "Globo", eram ilações vagas, inclusive a alegação de que exortara Graça Foster das irregularidades.

Se a "Lava Jato" seguir o curso retilíneo que vem seguindo até aqui, não se admirem se Venina vier a ser condenada por irregularidades na "Abreu e Lima", das quais há indícios fortes no relatório da comissão de inquérito da própria Petrobras sobre o assunto, já entregue ao Ministério Público. Ela disse insistentemente que iria “até o fim”. Estamos aguardando que fim é esse. O fato é que, até mesmo os jornalões e a "Globo", perceberam que deram um tiro na água. Daí seu significativo silêncio. Não é nada diferente do silêncio da imprensa ocidental sobre o avião derrubado no Leste da Ucrânia. E esse é o preço que a gente tem que pagar pelo valor supremo da "liberdade de imprensa", agora felizmente vigiado pelos internautas."

FONTE: escrito por J. Carlos de Assis, economista, doutor pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB. Publicado no "Jornal GGN"  (http://jornalggn.com.br/noticia/o-ponto-onde-convergem-venina-e-o-mh17-derrubado-na-ucrania-por-j-carlos-de-assis).[Título acrescentado por este blog 'democracia&política'].

CORRUPÇÃO NA PETROBRAS NÃO É CORRUPÇÃO DA PETROBRAS




VENINA, OU A DELAÇÃO VAZIA PARA APARECER COMO MUSA DO VERÃO

Por JOSE CARLOS DE ASSIS, economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB. Artigo 
originalmente publicado no blog Tijolaço

"Estão tentando transformar a corrupção 'na' Petrobras em corrupção 'da' Petrobras, como pretexto para roubar do Brasil seu instrumento de desenvolvimento.



A musa do verão deste ano no Rio chama-se Venina. É um produto da parceria jornal "Valor" e "Tevê Globo". A palavra é da mesma raiz de veneno, mas o princípio ativo é de muito má qualidade. Na verdade, precisou ser embalado triplamente para envenenar a opinião pública brasileira contra a presidente da Petrobrás. O mais forte sortilégio para o envenenamento foi uma entrevista de 25 minutos de Venina no "Fantástico". O segundo, uma reapresentação dos “melhores momentos” da entrevista no "Jornal Nacional". O terceiro, uma tréplica do "Jornal Nacional" depois da entrevista de Graça Foster, que a havia desmentido.

O que continha a entrevista de 25 minutos? Tinha, essencialmente, uma antiga denúncia significativa a propósito de irregularidades no setor de Comunicação. Foi em 2008, Graça estava longe de ser presidente. Gerou uma comissão de inquérito, e da comissão de inquérito resultou a demissão do responsável, retardada porque ele estava de licença médica. Portanto, essa denúncia teve pleno efeito. Acaso houve outra denúncia objetiva a respeito de mais irregularidades na Petrobras? Só a suprema má fé ou imbecilidade dos jornalistas do "Fantástico" e do "Jornal Nacional" justificariam uma resposta positiva.

Nada, nenhuma sombra do que Venina disse na entrevista pode se aproximar sequer um milímetro das grandes trapaças que o diretor de que foi gerente por anos, Paulo Roberto, praticou na empresa. Ele próprio negou qualquer relevância nas supostas denúncias dela. É até possível que ela tivesse ouvido o galo cantar, mas não sabia onde. No e-mail para Graça Foster que se tornou uma espécie de peça de resistência de suas denúncias, conforme reiterou várias vezes, só há palavras vagas e imprecisas, impossíveis de serem tomadas como indicações objetivas de irregularidades. Imaginem, uma empresa de 85 mil funcionários, cada um mandando e-mails vagos para todo lado, superiores e pares!

E quanto à credibilidade da musa? Sim, alguém descobriu que ela havia assinado pela Petrobras dois contratos, em 2004 e 2006, com alguém que viria a ser seu marido. É verdade que ela correu para dizer que o contrato foi descontinuado depois que ela se casou formalmente em 2007. Questão ética. Imaginem agora se a "Globo" fosse tão perversa com ela como tem sido com Graça Foster? Os repórteres do "Fantástico" correriam para dizer ao Brasil e ao mundo que contratar, pela Petrobrás, com namorado pode, mas não com marido! Aliás, como é que foi exatamente essa descontinuação contratual? Teve multas? Pagas por quem?

E quanto à motivação de Venina? Sou incapaz de dizer alguma coisa. É preciso convocar psicólogos. Noto apenas que, quando há uma massificação de qualquer assunto pela grande mídia, aparecem malucos por todo lado para surfarem na onda e tentar aparecer. É claro que isso não aparece do nada. O gigantesco episódio de corrupção na Petrobras, descoberto por eficazes instrumentos de investigação, notadamente a delação premiada, uma vez descoberto pode suscitar a exaltação de um ego gigantesco capaz de achar realmente que sabia de tudo antes, e tudo denunciou no tempo certo.

Agora vejamos por que a "Globo" e grande parte da mídia querem derrubar Graça Foster. O esclarecimento está numa agenda de bolso da Petrobrás de 2015. Ela diz: em 2006 foi descoberto o pré-sal; em 2014, o pré-sal está produzindo 520 mil barris por dia; a produção acumulada chegou a 360 milhões de barris; a vazão média por poço é de 25 mil barris/dia; o tempo médio de perfuração de poços no pré-sal nos campos de Lula e Sapinhoã passou de 134 dias em 2010 para menos de 60 dias em 2013. Alguém viu ou ouviu a "Globo" falar sobre isso?

Ora, essas conquistas da Petrobrás são intoleráveis para os que querem entregar nosso petróleo às grandes petroleiras mundiais, inclusive mediante a "mudança do regime de exploração" conforme acaba de ser proposto pelo tucano Aloysio Nunes em projeto na Câmara. O oportunismo é descarado. Estão tentando transformar a corrupção na Petrobrás, praticada por um punhado de bandidos, em corrupção da Petrobrás, como pretexto para esquartejar, aí sim, a empresa, subtraindo ao Brasil seu principal instrumento de desenvolvimento."

FONTE: escrito por Jose Carlos de Assis, economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB. Artigo originalmente publicado no blog Tijolaço. Transcrito no jornal digital "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/164937/Venina-ou-a-dela%C3%A7%C3%A3o-vazia-para-aparecer-como-musa-do-ver%C3%A3o.htm).

PETROBRAS RESPONDE À IMPRENSA ACUSAÇÕES DE SER POLUIDORA



[OBS deste 'democracia&política': A imprensa brasileira, a serviço das petroleiras estadunidenses e estrangeiras em geral, continua buscando qualquer pretexto para denegrir, enfraquecer e diminuir o valor da empresa brasileira. Um dos últimos ataques é este, de que a Petrobras é uma das maiores poluidoras do mundo]:

Do blog "Fatos e Dados", da Petrobras:

Posicionamento sobre emissões geradas

"Leia o posicionamento que enviamos a alguns veículos da imprensa sobre as emissões geradas pelas nossas atividades:

A Petrobras esclarece que, em 2013, as atividades da companhia geraram 73,4 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE), sendo 17 milhões decorrentes da operação das termelétricas, que correspondem a 23,2% do total de emissões da companhia nesse período. 

A Petrobras reitera que, diferentemente das demais empresas de petróleo, considera as emissões geradas pelas atividades termelétricas em seu inventário, o que, comparativamente, gera um resultado mais alto no total das emissões. 

Se considerarmos apenas as emissões sem as termelétricas, teremos 56,4 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, o que coloca a Petrobras bem abaixo do 20º lugar, como aponta o relatório divulgado pela "Thomson Reuters". A geração de energia em 2013, pelas térmicas, foi de 4.043 MW, 49% maior que a energia gerada em 2012.

Em 2014, até o mês de outubro, as atividades da companhia geraram 64 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE), sendo 18 milhões decorrentes da operação das termelétricas, que correspondem a 28,2% do total de emissões da companhia nesse período. Atualmente, em função do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, a companhia tem despachado suas termelétricas em níveis acima da media usual.

Já em 2012, a Petrobras gerou 67,3 milhões de GEE. Desse total, 12 milhões são decorrentes da operação de termelétricas para geração de energia demandada pela Operadora Nacional do Sistema Elétrico - ONS, órgão responsável pelo coordenação e controle da operação da geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. As termelétricas, nesse ano, geraram 2699 MW de energia e suas emissões de GEE corresponderam a 17,8% do total de emissões emitidos pela companhia.

Observa-se que o aumento no despacho das termelétricas em 2013 levou a uma maior geração de emissões de GEE em comparação a 2012. A atividade das usinas termelétricas está sujeita a variações importantes ditadas pela oferta de energia hidrelétrica disponibilizada para o Sistema Interligado Nacional. Em períodos de baixa disponibilidade hídrica, é esperado haver maior despacho de energia pelas termelétricas, de modo a garantir a oferta imediata de energia e, ao mesmo tempo, evitar uma depleção significativa dos reservatórios das hidrelétricas, o que pode comprometer a segurança do fornecimento de eletricidade.

Além disso, nos anos de 2012 e 2013, a baixa pluviosidade levou a ONS a determinar que as termelétricas do sistema Petrobras despachassem mais energia que o normal, elevando substancialmente os níveis de emissão. No ano de 2013, em particular, as termelétricas despacharam, praticamente, no máximo durante o ano todo. As emissões nesse ano foram particularmente elevadas também em função de escassez de gás natural em determinados períodos – agravada pela elevação dos preços internacionais do gás – o que levou a algumas termelétricas flexíveis quanto ao combustível a usar óleo ou diesel para geração.

Assim, podemos observar que o percentual de emissões relativo à operação das termelétricas vem aumentando nos últimos três anos. No período citado, foi gerada 4.284 MW de energia pelas térmicas.

A companhia também declara que tem apresentado, nos últimos anos, significativa expansão de suas atividades em praticamente todos os segmentos de negócio. A evolução das emissões atmosféricas de gases de efeito estufa na Petrobras está diretamente relacionada ao crescimento da companhia, sendo influenciada pela entrada de novas unidades e/ou projetos, divulgados por meio de documentos oficiais, como por exemplo, o Plano Estratégico (PE) e o Plano de Negócios e Gestão (PNG).

Em 2015, o fator de despacho deverá continuar em nível elevado, sendo as iniciativas de eficiência energética cada vez mais relevantes para redução do consumo energético. Dessa forma, estão sendo implementadas melhorias no processo de gestão da eficiência energética das termelétricas, considerando acompanhamento da eficiência em tempo real.

Além disso, a Petrobras tem investido no maior aproveitamento de gás natural nos poços de produção. Ainda em 2013, a Petrobras alcançou seu recorde anual de aproveitamento de gás, com a utilização de 92,6% do gás associado ao petróleo produzido nas condições de reservatório. Esses resultados reforçam o êxito do "Programa de Otimização do Aproveitamento de Gás Natural" (POAG 2105), que tem permitido a melhoria do desempenho das Unidades Operacionais da companhia."


FONTE: do blog "Fatos e Dados", da Petrobras   (http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/posicionamento-sobre-emissoes-geradas.htm).

A MARINHA DO BRASIL NA AMAZÔNIA


Navio hidro-oceanográfico fluvial Rio Branco, construído no Ceará 


"O Exército grita Selva!, mas na Amazônia eu digo Água!", afirma Domingos Sávio A. Nogueira

Comandante do 9º Distrito Naval, o vice-almirante revela em entrevista que a Marinha irá fazer um dos mais importantes trabalhos para o desenvolvimento do Estado, o levantamento cartográfico e a sinalização do rio Madeira.

Por Gerson Severo Dantas, no portal " A Crítica", de Manaus

A principal missão da Marinha Brasileira é operar/mobilizar o chamado Poder Naval contra os inimigos externos, mas na Amazônia os “homens de branco” não se limitam a esperar pela guerra e cumprem uma missão secundária importantíssima na região que concentra a maior bacia hidrográfica do planeta.

Trata-se da administração, organização e controle do transporte aquaviário, hoje considerado essencial para o desenvolvimento local. No comando do 9º Distrito Naval, que tem jurisdição sobre os Estados da Amazônia Ocidental, o vice-almirante Domingos Sávio Almeida Nogueira, um paulista que está em Manaus há pouco mais de um ano e nove meses, compara esse papel da Força Naval ao de um Departamento Estadual de Trânsito, que licencia os veículos e habilita os condutores; e também ao da Polícia Federal, pois combate o crime flagrado em nossas estradas de água, água cuja abundância encanta o comandante em sua primeira experiência Amazônia.

O Exército grita Selva, como forma de cumprimento, mas poucos entram e vivenciam a selva. Aqui eu digo Água! porque é por ela que correm as riquezas e as pessoas desta região”, comparou nesta entrevista na qual revelou ainda que o Comando Naval e o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (DNIT) estão na bica de assinar um termo de cooperação para que a Marinha faça a carta náutica e implante a sinalização na hidrovia do rio Madeira, no trecho entre Porto Velho e a foz no rio Amazonas. 

Confira os principais trechos:

A missão primordial da Marinha é operar o Poder Naval contra os inimigos, mas na Bacia Amazônica quais outras funções ganham relevo?

Na Amazônia, não temos estradas ou ferrovias, os rios são nossas estradas. Nesse sentido, a Marinha age como um DETRAN dessas vias, inscrevendo e registrando as embarcações, habilitando os condutores, um serviço que está crescendo muito com a criação, no ano passado, do "Centro de Formação de Fluviários". Este ano, por exemplo, formamos 1.873 fluviários em Manaus, pessoas que ganharam uma profissão e estão habilitadas a conduzir de canoa à embarcações regionais. Nós, então, fazemos o ordenamento do tráfico fluvial e, como uma Polícia Federal, fiscalizamos tudo que diz respeito ao transporte nos rios.

Fale um pouco sobre o trabalho na hidrovia do rio Madeira?

Estamos para assinar um termo de comparação que, dentro da Marinha, já passou por todas as instâncias e no DNIT está sob análise dos assessores jurídicos. É um termo no valor de R$ 40 milhões para serem usados em quatro anos. Nós vamos elaborar a Carta Náutica do Madeira, num trecho de 1,076 quilômetros entre Porto Velho e a foz, no rio Amazonas, em Itacoatiara. E o que é essa carta náutica? Bem, faremos o levantamento hidrográfico para conhecer a batimetria do rio, ou seja, saber a profundidade da lâmina d’água em todos os pontos do rio, mostrando o canal de navegação com um grau de 90% de confiabilidade. Isso vai garantir a segurança aos usuários do transporte fluvial pelo Madeira. Além desse levantamento hidrográfico, vamos também implementar a sinalização do rio e indicar os pontos em que deveremos intervir para melhorar a navegação, ou seja onde será preciso fazer dragagens, o que ficará ao encargo do DNIT.

Quais meios a Marinha possui para fazer este trabalho?

Temos três navios hidro-oceanográficos fluviais equipados com ecobatímetros. O mais moderno deles foi recebido agora, em Fortaleza, no último dia 17, o navio "Rio Branco". Esse navio desloca até 500 toneladas e foi equipado, além do ecobatímetro normal, de monofeixe de luz, com um ecobatímetro de multifeixe, que se arrasta pelo leito do rio e produz imagens em 3D. Além de captar dados da profundidade, do relevo, ele também nos permite a obtenção de dados ambientais que serão importantes para o CENSIPAM, o Centro de Gerenciamento do Sistema de Proteção da Amazônia). O navio Rio Branco, além dos equipamentos de ponta, vai navegar com uma equipe especializada formada por engenheiros e cartógrafos, comandado por um capitão de fragata. Tudo isso vai subsidiar de informações o Serviço de Sinalização Náutica do Noroeste.

Qual a importância econômica desse trabalho no rio Madeira?

Primeiro, quero mostrar uma comparação. Vamos fazer todo o trabalho numa hidrovia de 1.076 quilômetros por R$ 40 milhões, em quatro anos. Para se fazer uma rodovia na Amazônia, cada quilômetro sai por R$ 1 milhão. Vejam então a vantagem de investirmos em hidrovias. Segundo, toda a riqueza que circula no Amazonas passa pelo Rio Madeira. Por ele, navega o segundo maior comboio de transporte de carga do mundo, o da "Hermasa", trazendo soja até o terminal graneleiro de Itacoatiara. Esse comboio tem 270 metros de comprimento e 44 metros de boca, sendo capaz de transportar 32 mil toneladas de soja com apenas um empurrador. Para transportar tudo isso por rodovia, seriam necessários mais de mil caminhões, o que elevaria o custo enormemente, além de não termos que derrubar uma única árvore para fazer estrada. Esse é um trabalho estratégico para o País.

Como está sendo essa experiência de comandar a Marinha aqui na Amazônia?

O general Villas-Boas (Eduardo, ex-Comandante Militar da Amazônia) tem uma frase exemplar: “A Amazônia está distante do brasileiro, o brasileiro não conhece como ela é e a trata como uma colônia distante”. E é verdade, eu não conhecia a Amazônia, ela tem peculiaridades, tem a água, água dá vida. É um patrimônio valioso do Brasil.

Como tem sido a atuação da Marinha no combate a crimes transnacionais na zona de fronteira, como o narcotráfico?

A lei nos garante poder de polícia na faixa de 150 quilômetros a partir da fronteira e nela temos agido no combate a esses crimes, principalmente em operações conjuntas, como recentemente na "Operação Ágata 8", na "Operação Parintins", quando fazemos questão de estabelecer parcerias com outros órgãos de Estado.

Em números:

--22.807 fluviários estão habilitados pela Marinha para trabalhar nos mais diferentes tipos de embarcações na Amazônia, segundo registro na Capitania dos Portos da Amazônia Ocidental.

--35.810 embarcações estão registradas na Capitania. 

Na avaliação do comandante Domingos Sávio, esses números ainda não refletem a realidade encontrada nos rios da Amazônia."

FONTE: reportagem de Gerson Severo Dantas, no portal " A Crítica", de Manaus. Transcrito no portal da FAB (http://www.fab.mil.br/notimp#n84111).[Imagem do google e sua legenda acrescentados por este blog 'democracia&política'].

RECORDE BRASILEIRO NA PRODUÇÃO DE GRÃOS E CARNES




Produção de grãos e carnes em 2014 são as maiores na história do País

"O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio em 2014 representa entre 22% e 23% do PIB total da economia brasileira, com cerca de R$ 1,1 trilhão. O aumento da produção de grãos e carnes foi um dos fatores responsáveis por esses resultados do PIB e do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP). Tanto a safra de grãos, quanto a produção de carnes, foram as maiores obtidas até hoje no Brasil. Para os grãos, a safra é estimada em 193,5 milhões de toneladas, e para as carnes, 25,9 milhões de toneladas. As atividades agrícolas representam 70% e a pecuária cerca de 30% do valor produzido no ano.

Segundo a Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), esse resultado mostra que houve expansão, não apenas da produção das lavouras e da pecuária, mas também do setor de insumos, como fertilizantes, defensivos, máquinas e equipamentos.

A estimativa de faturamento da agropecuária expressa em VBP em 2014 é de R$ 461,6 bilhões, 2,5% superior ao obtido em 2013, que foi de R$ 450,3 bilhões. A pecuária teve melhor desempenho do que as lavouras, apresentando crescimento real de 10,3 % em relação a 2013. Já as lavouras, tiveram um decréscimo de 1,6 %.

Os preços mais baixos este ano para atividades relevantes como cana-de-açúcar, milho, cacau, feijão, soja e trigo, foram responsáveis pela redução do VBP das lavouras. Já na pecuária, o aumento no faturamento, em especial das carnes bovina, suína e de frango, deve-se ao comportamento favorável do mercado internacional quanto à demanda de preços.

Segundo a AGE, pesquisas mostram que 90% do crescimento do produto agropecuário deve-se aos ganhos de produtividade e 10% ao aumento no uso de insumos. Mesmo com impactos climáticos fortes em algumas regiões como, por exemplo, o excesso de chuvas, secas ou geadas, a produtividade tem tido aumento contínuo no tempo, o que é essencial para garantir o crescimento do setor em prazo mais longo.

Previsões para 2015: Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra de grãos em 2015 é estimada em cerca de 202 milhões de toneladas. A previsão é que haja crescimento de 4,2% na produção, e aumento de área de 1,5%.

O faturamento expresso em VBP para 2015 deve ser semelhante ao deste ano e deve girar em torno de R$ 462 bilhões. Não há indicação de que os preços previstos para os principais grãos serão mais baixos do que os atuais. Além disso, o clima e as condições de outros mercados, especialmente no que se refere a expectativas de produção e a condições de demanda por produtos brasileiros, são decisivos no resultado a ser obtido."

FONTE: do Blog do Planalto com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento." (http://blog.planalto.gov.br/producao-de-graos-e-carnes-em-2014-sao-as-maiores-na-historia-do-pais/).

GOVERNADOR AÉCIO REPASSOU VERBAS PARA EMPRESAS DELE




Gastos de governo tucano em MG com publicidade têm alta de 900%

"Entre 2003 e 2014, de acordo com informações publicadas pela "Rede Brasil Atual", três rádios e um jornal ligados, à família de Aécio Neves (PSDB-MG), foram recheadas com repasse de R$ 1,2 milhão de reais. Nos 12 anos em que foi comandado pelos tucanos, o governo de Minas gastou mais de R$ 547 milhões com publicidade, em valores corrigidos pela inflação.  Fonte: FNDC

A pesquisadora Susy dos Santos, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora do Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia da Informação e da Comunicação (PEIC), participou do debate por videoconferência.

Segundo a pesquisadora, especialista no tema, o radiodifusor não precisa ser um coronel tradicional, dono de terras e de poder político na sua região, para ser inserido no conceito de coronelismo eletrônico. “Essa relação clientelista, no entanto, provoca uma ruptura na autonomia das instituições sociais porque mantém um alinhamento da mídia com interesses partidários”, explicou.

Bia Barbosa, coordenadora do "Intervozes" e membro da coordenação executiva do FNDC, reforçou a importância do tema ser debatido com a sociedade em geral. “Enquanto a sociedade não se indignar com o controle de outorgas de rádio e TV para políticos, o debate público das questões mais essenciais para a população estará contaminado por essa troca de benefícios entre políticos e mídia”, afirmou. 


Desde a posse de Aécio, em 2003, até este mês de dezembro, quando termina o governo tucano em Minas Gerais, os gastos do estado com publicidade oficial aumentaram mais de 900%.

As emissoras de TV, que apoiaram abertamente a campanha aecista para presidente, ficaram com a maior fatia. A Rede Globo em primeiro lugar, com R$ 290 milhões. Entre os jornais, foram gastos R$ 138 milhões, o maior beneficiado foi "O Estado de Minas", que apoiou editorialmente o governo de Aécio e sua candidatura presidencial. O jornal teve aumento de 1.428% nos valores recebidos dos cofres públicos de 2003 para cá.

Sob o comando de Aécio, as despesas de órgãos da administração direta com "divulgação governamental" chegaram a R$ 489,6 milhões, segundo o "Sistema Integrado de Administração Financeira de Minas Gerais" (SIAFI-MG), valor que ultrapassa R$ 815 milhões quando incluídos gastos de empresas, fundações e autarquias controladas pelo Executivo.

Coincidência ou não, o tucano - ainda Senador da República - se tornou sócio da Rádio Arco-Íris, que já era dirigida por sua irmã Andrea, em dezembro de 2010, dois meses depois de ser eleito para o Senado.

Declaração de bens

Em sua declaração de bens ao Tribunal Superior Eleitoral, o candidato tucano derrotado declarou possuir 88.000 cotas da Rádio Arco-Íris, com valor de R$ 700 mil. Ele ainda declarou possuir ações junto à empresa Diários Associados, que pertenceram a seu avô, Tancredo Neves.

Campanha "Coronéis da Mídia"

Recente campanha lançada pelo "Fórum Nacional da Democratização da Comunicação" (FNDC) denuncia, além do senador Aécio Neves, outros parlamentares que possuem concessões de rádio e TV no Brasil, ação que é considerada inconstitucional em nosso país.

De acordo com a campanha, o chamado coronelismo eletrônico é mais sutil, menos evidente, mais sorrateiro. Para entendê-lo, é preciso ir mais fundo, em busca do rabo da palavra, como diria o bom mineiro Guimarães Rosa.

A pesquisadora Susy dos Santos, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora do "Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia da Informação e da Comunicação" (PEIC), explica que o radiodifusor não precisa ser um coronel tradicional, dono de terras e de poder político na sua região, para ser inserido no conceito de coronelismo eletrônico. “Essa relação clientelista, no entanto, provoca uma ruptura na autonomia das instituições sociais porque mantém um alinhamento da mídia com interesses partidários”, explicou.

Bia Barbosa, coordenadora do "Intervozes" e membro da coordenação executiva do FNDC, reforçou a importância do tema ser debatido com a sociedade em geral. “Enquanto a sociedade não se indignar com o controle de outorgas de rádio e TV para políticos, o debate público das questões mais essenciais para a população estará contaminado por essa troca de benefícios entre políticos e mídia”, afirmou."

FONTE: da Redação do portal "Vermelho" com informações das agências de notícias (http://www.vermelho.org.br/noticia/256205-1).

BRASIL E PARAGUAI 150 ANOS DEPOIS DA GUERRA


Conflito deixou legado de cerca de meio milhão de mortos, entre soldados e civis.


Brasil e Paraguai: 150 anos depois da guerra

"Em dezembro de 2014, celebra-se o 150° aniversário do maior conflito armado da América do Sul, conhecido no Brasil como "Guerra do Paraguai", travada entre 1864 e 1870. Também chamado de "Guerra da Tríplice Aliança" ou "Ñorairõ Guazú" (“Guerra Grande”, em guarani), o conflito deixou um legado de cerca de meio milhão de mortos, entre soldados e civis.

Por Filipe Figueiredo*, na "Opera Mundi"

Um número preciso jamais será obtido, mas as estimativas das mortes civis paraguaias flutuam entre 300 mil e um milhão; em números relativos, algo entre 40% e 90% de sua população. O clichê diz que se deve estudar a história para compreender o presente. Cento e cinquenta anos depois, em uma América Latina em desenvolvimento, com o Cone Sul do continente em ritmo de integração, uma ferida permanece aberta, originada na guerra.

A relação do Paraguai com o Brasil possui duas facetas. O país possui a quarta maior fronteira terrestre com o Brasil, foco de intenso intercâmbio econômico. Na última década, o comércio bilateral cresceu cerca de 300%, chegando ao patamar de US$ 4 bilhões em 2013. As exportações brasileiras para o país quintuplicaram. Hoje, o Brasil exporta cerca de US$ 3 bilhões anuais para o Paraguai, e os investimentos estrangeiros diretos brasileiros estão em segundo no ranking de capital estrangeiro no país. Mesmo no desenvolvimento interno paraguaio, o Brasil representa elemento essencial. Ano passado, foi inaugurada a linha de transmissão que leva energia da usina de Itaipu à região de Assunção, financiada pelo Brasil por meio de projeto do "Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul" (FOCEM).

A Usina de Itaipu é talvez o principal marco das relações entre Brasil e Paraguai pós-guerra. A normalização dessa relação se deu apenas na década de 1940. As décadas anteriores, embora de relação amistosa, foram marcadas por repetidas remarcações fronteiriças e negociações dos termos da paz de 1872. Em 1941, Getúlio Vargas realizou a primeira visita de um Chefe de Estado brasileiro ao Paraguai, perdoou o restante das dívidas de guerra e iniciou o processo de devolução de documentos e troféus do conflito. Em 1965, a inauguração da Ponte da Amizade consolidou essa relação pacífica que culminou, em 1973, com o Tratado de Itaipu, que estabelece a construção da hidrelétrica binacional. Em 1991, o Tratado de Assunção, assinado na capital paraguaia, estabelece o Mercosul com a expectativa de marcar novo momento nas relações políticas do Cone Sul.

A outra faceta demonstra distensão e, também, como o conflito não foi totalmente superado. Em 1980, o general João Baptista Figueiredo, então presidente, continuou o processo de devolução de documentos históricos e de troféus de guerra, incluindo a espada de Solano López, líder paraguaio de 1862 até sua morte na batalha de Cerro Corá, em 1870. A restauração de troféus e documentos históricos da guerra ao Paraguai é matéria extremamente sensível na população e na política paraguaia. Hoje, o último grande troféu da guerra e razão de disputa é o canhão El Cristiano. O antigo canhão paraguaio, capturado pelas forças brasileiras, hoje é tombado como patrimônio histórico brasileiro e está no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Seu nome, traduzido como O Cristão, é explicado pela sua origem: suas doze toneladas de bronze vieram dos sinos das igrejas paraguaias.

Em 2009, o Paraguai consultou o Brasil sobre mais essa devolução de um objeto histórico da Guerra do Paraguai. O então presidente Lula encaminhou o tema ao Ministério da Cultura, mas o tema nunca avançou mais do que o suficiente para gerar polêmica e debate entre historiadores, militares e a sociedade. A importância da peça fica clara em declarações de políticos paraguaios. Em março de 2013, disse o então presidente do Paraguai, Federico Franco: "Não haverá paz nem entre os soldados nem entre a sociedade paraguaia enquanto não for recuperado o canhão Cristiano'", em ocasião de cerimônia que homenageia os paraguaios mortos na guerra. Federico Franco assumiu a presidência paraguaia após o atribulado processo de impeachment, ou deposição, de Fernando Lugo, em junho de 2012 - o que está diretamente ligado ao segundo aspecto da relação entre Paraguai e Brasil.

Com sua economia extremamente ligada, até codependente, ao Brasil, o Paraguai não possui uma postura de confiança ou aliança com Brasília. Em 2005, os valores pagos pelos brasileiros a Assunção pelo seu excedente de energia elétrica produzida em Itaipu foram renegociados de forma agressiva, com setores da sociedade paraguaia afirmando que o Brasil “passava a perna” no Paraguai. O país, especialmente seu legislativo conservador dominado pelo Partido Colorado, também condenou, e condena, a postura brasileira durante a crise institucional vivenciada pelo país em 2012, especialmente pelo fato de o Paraguai ter sido suspenso do Mercosul por "supostamente" [claramente] violar sua cláusula democrática. Com a ausência de Assunção no processo, a Venezuela foi alçada ao posto de membro pleno do bloco [o que era impedido pelo Paraguai].

O tema ainda é motivo de protestos paraguaios, embora tenha sido oficialmente resolvido em agosto de 2013, com um reunião os presidentes Horácio Cartes, eleito no Paraguai naquele mês, Nicolás Maduro, da Venezuela, e Dilma Rousseff; o encontro foi realizado à margem da Cúpula da Unasul. Somam-se aos dois episódios citados a disputa social interna ao Paraguai, entre paraguaios e “brasiguaios”, brasileiros que residem na região fronteiriça. A disputa por terras já deixou vítimas fatais. A mesma extensa fronteira terrestre que favorece o comércio está também diretamente relacionada ao tráfico de drogas e de contrabando na região, outro problema social que afeta as relações entre os dois países.

A sociedade paraguaia também se queixa do que classifica de intervenções brasileiras na política interna paraguaia. O presidente do Paraguai deposto em 1999, Raúl Cubas Grau, o general Lino Oviedo, implicado na mesma crise política, e o ditador Alfredo Stroessner, que governou o Paraguai por 35 anos, todos se exilaram no Brasil. A perspectiva alimentada no Paraguai, sobre o Brasil, independentemente de ser ou não razoável, é a de um império vizinho, que faz comércio e desenvolve, mas também explora e intervem. A semente dessa perspectiva contemporânea foi plantada na década de 1860, quando da derrota e destruição do Paraguai após este ter iniciado o último grande conflito da Bacia do Prata. A demanda paraguaia pelo canhão El Cristiano, antes de ser apoiada ou não, deve ser compreendida. O interesse do Paraguai não é pelo objeto ou pelo seu bronze, é por um símbolo que reafirme sua nacionalidade, ferida 150 anos atrás."

[P.S deste blog 'democracia&política': acrescento o vídeo abaixo, sobre a Guerra do Paraguai; merece ser visto, apesar de longo (52min 24seg):



FONTE: escrito por Filipe Figueiredo, redator do "Xadrez Verbal". Transcrito no "Opera Mundi" e no portal "Vermelho"  (http://www.vermelho.org.br/noticia/256199-7) [Trechos entre colchetes e vídeo ao final acrescentados por este blog 'democracia&política'. Foi obtido no link: http://www.tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem.]

OTAN É A MÃE DO CAOS NA LÍBIA





OTAN: A inegável mãe do caos na Líbia 2014 

"Cairo (Prensa Latina): [Apesar da] falta de maior sinceridade dos chanceleres de países europeus Itália e França, [mesmo assim] reconheceram no fim deste ano 2014 que a agressão militar da OTAN, da que ambos são membros, desatou o caos na Líbia. 

Por suposto que a culpa é parcial: nem Paolo Gentiloni, nem Laurent Fabius questionaram "a agressão militar" contra um governo constitucional, mas sim que "os resultados" não têm sido os apetecidos, já que, na Líbia, hoje, o único fato real é o caos.

Dois governos paralelos disputam o poder: um em Trípoli, a capital, encabeçado por Omar al Hassi, legado da Irmandade Muçulmana; e outro, liderado por Abdallah al Thinni, em uma remota localidade do leste do país, próxima à fronteira com Egito, com cujo apoio conta.

Os sinais de agravamento da tormenta líbia surgiram com a deposição, por uma moção de censura, em julho, do premiê Alí Zeidane, submetido a assédio político por legisladores islamistas e cuja autoridade se derrubou quando um barco carregou petróleo em dois portos sob controle de forças secessionistas.

O deslocado premiê foi substituído por Abdallah al Thinni, ministro de Defesa do  seu gabinete, que renunciaria pouco depois depois de ser alvo de um atentado junto a sua família, ainda que permaneceu no cargo até agosto na espera da formação de um gabinete aceitável para todas as forças.

Nesse caso, foram convocadas eleições legislativas após o surgimento na cena política, no princípio do ano, de Jalifa Haftar, ex-alto oficial do Exército de Gadafi feito prisioneiro na guerra contra o Chade e libertado a pedido dos Estados Unidos, país onde residiu durante duas décadas na qualidade de refugiado.

A plataforma de Haftar foi clara desde o princípio: liquidar a influência das milícias islamistas, às quais qualifica de "escória", como única saída à crise perene que vive o país do norte africano.

As eleições deram um resultado surpreendente: a perda de influência dos candidatos da Irmandade Muçulmana que, como era de esperar, não os aceitaram e nomearam um gabinete que conseguiu a sua aprovação no parlamento em uma votação ilegal.

O resultado não se fez esperar: o surgimento de dois governos e uma nova erupção de violência depois das tentativas frustradas do autoproclamado Exército Nacional Libio, comandado por Haftar, de assumir o controle do aeroporto internacional e de outros centros estratégicos de Trípoli.

As forças do ex-militar retornaram a lamber suas feridas em seus bastiões de Bengasi. Este, a recuperar forças e, sobretudo, a negociar com Thinni uma aliança contras as milícias islamistas, admitida pelo premiê semanas atrás quando declarou que o ENL atua por conta de seu Governo.

Nesse contexto, é preciso inserir as influências regionais que gravitam sobre a crise líbia, com o Sudão unido por estreitos laços políticos e econômicos à Irmandade Muçulmana, e o Egito, a Némesis dessa confraria, exercendo pressões em sentido oposto.

Em um plano mais discreto, França e Estados Unidos, que se recusam envolver de maneira mais forte no conflito, por temor a se verem atacados em um pântano, observam os acontecimentos desde distância prudente, mas existem indícios de que apoiam o gabinete de Thinni.

Assim mesmo, existe a quase certeza de que o Sudão está suprindo armas e equipes às milícias islamistas através de sua fronteira norte, que colinda com o sul líbio.

Há poucos dias do fim de 2014, a crise líbia está em seu apogeo, com uma ofensiva de Haftar sobre posições da milícia islamista Fajr Líbia em vários pontos do país e tentativas  do enviado da ONU Bernardino León em procura de uma saída negociada.

O louvável esforço desse diplomata espanhol, alvo de um frustrado atentado à dinamite em novembro, registra como únicos avanços anúncios das partes em conflito de disposição de entabular negociações, cujo destino é mais que incerto."

FONTE: do Correspondente-Chefe da "Prensa Latina" no Egito (http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=4b77dd47a0fdceb8afde02dd6cae9ddf&cod=14866).