terça-feira, 14 de outubro de 2008

NOBEL DA ECONOMIA VAI PARA KRUGMAN, CRÍTICO DE BUSH E DO NEOLIBERALISMO

O portal UOL produziu ontem a seguinte reportagem, com informações da agência francesa de notícias AFP e da espanhola EFE:

“Num ano de crise financeira mundial, o Prêmio Nobel de Economia foi ganho por Paul Krugman, crítico do presidente George W. Bush e de sua política, que classifica como "neoliberal". Paul Krugman, 55, é um especialista em intercâmbios comerciais e comentarista do jornal norte-americano "The New York Times" (NYT).

Krugman foi premiado por seus trabalhos sobre comércio internacional que o levaram a projetar uma "nova geografia econômica" e uma "nova teoria do comércio".

Ele elaborou uma teoria que integra pesquisas sobre intercâmbios comerciais e globalização com estudos sobre os processos de urbanização em escala planetária, destacou a Real Academia de Ciências da Suécia.

O economista já recebera, em 2004, o Prêmio Príncipe de Astúrias de Ciências Sociais.

Além de escrever no "NYT", ele é autor do livro "A Desintegração Americana - EUA Perdem o Rumo no Século 21", no qual afirma que os Estados Unidos perderam o rumo em meio a desilusões com economia, má liderança e mentiras.

Nascido em 28 de fevereiro de 1953 em Long Island, no Estado de Nova York, Krugman dá aulas de economia e relações internacionais na Universidade de Princeton e desde 2000 colabora com o "NYT".

Ele é conhecido por suas críticas virulentas contra a política geral e, em particular, a condução econômica do presidente George W. Bush.

Krugman fez uma menção ao prêmio em seu blog no NYT. O título do post é "Uma manhã interessante". Ele descreve a situação com apenas uma frase: "Uma coisa engraçada aconteceu comigo nesta manhã..." e remete o internauta a um link para a página do Prêmio Nobel.

Em 2007, o Nobel de Economia foi atribuído aos americanos Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson por seus trabalhos baseados nos mecanismos de intercâmbios destinados a melhorar o funcionamento dos mercados.

Entre sua primeira edição, em 1967, e 2007, o prêmio "mais jovem" dos Nobel foi atribuído a 40 americanos de um total de 58 laureados. O Nobel de Economia e foi adotado pelo Banco Nacional da Suécia.

OUTROS PRÊMIOS

O anúncio do Nobel de Economia fecha o ciclo do Nobel neste ano, que foi iniciado na segunda-feira passada com o prêmio de Medicina, compartilhado entre o cientista alemão Harald zur Hausen -por ter identificado o vírus do papiloma humano- e os franceses Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier - pelo da Aids.

Após o de Medicina, veio o de Física, para os japoneses Toshihide Maskawa e Makoto Kobayashi e o japonês naturalizado americano Yoichiro Nambu.

Em seguida, foi anunciado o Nobel de Química, dado aos americanos Martin Chalfie e Roger Y. Tsien, além do japonês Osamu Shimomura, descobridores da proteína verde fluorescente (GFP).

O de Literatura, na quinta-feira, foi para o escritor francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, e o da Paz, na sexta-feira, para o ex-presidente finlandês Martti Ahtisaari, por seu trabalho na mediação de conflitos internacionais em todo o mundo.

Os vencedores receberão 10 milhões de coroas suecas (1 milhão de euros) no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel, em cerimônias paralelas que realizadas em Estocolmo e Oslo”.

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