Cheguei a essa conclusão após ver ontem os noticiários das TVs e ler hoje as manchetes dos jornais.
Em todos os jornais e TVs vemos grande trauma, dor, luto e consternação quanto à greve de fome de 85 dias que resultou na morte do preso político cubano Orlando Zapata Tamayo. Louvável sentimento dos jornalistas.
Vemos também que todos os jornais e TVs criticaram o Presidente Lula por "escolher" coincidir a nefasta data da morte do cubano com a sua visita a Cuba.
O que me fez chegar à conclusão de haver esse sentimento maior pela vida dos cubanos foi comparar com o desdém da mesma imprensa pelas mortes ocorridas nos últimos meses também na Ilha de Cuba, na base militar norte-americana de Guantánamo. Lá, presos políticos de diversas nacionalidades, não-cubanos, sofrem torturas e alguns faleceram, tudo sem qualquer processo judicial contra eles. Somente investigação de militares que deles desconfiaram ter ligações com o "terrorismo". Esse termo abrange "rebeldes", isto é, aqueles que pratrioticamente se rebelaram contra invasão militar estadunidense ao seu país.
Será que esse flagrantemente maior sentimento de pena da nossa grande imprensa pela morte de um cubano, em relação a mortes de outros presos de outras nacionalidades, na mesma ilha, significa algo? Será autêntico? Ou é hipocrisia maquiavélica com fins politico-partidários?
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