sexta-feira, 24 de setembro de 2010
PAULISTA SABE
“Os leitores lembram que, na segunda eleição de Lula, o jornalão paulista de José Serra expressou a opinião de que a vitória do candidato do PT era do eleitor analfabeto e pobre, porque precisava receber o Bolsa Família para sua subsistência.
Vão ver, agora, no próximo pleito, que o candidato mais votado deve ser Tiririca (foto), depois de Paulo Maluf, no lugar de Clodovil, todos ídolos do eleitor de São Paulo.
TRADIÇÃO
Agora, os paulistas possuem tradição de votar que não se compara aos nordestinos. Seu governador e também prefeito da Capital foi Adhemar de Barros, o homem do rouba mas faz. Tinha como adversário o moralista Jânio Quadros, cujos herdeiros disputam a respeitável fortuna que acumulou em bancos estrangeiros. O PSDB foi fundado por Mário Covas, Franco Montoro, FHC, porque não aceitavam a liderança do governador Orestes Quércia, apontado por eles como havendo ficado milionário no exercício do poder.
REDIMIDO
Esse Orestes Quércia, tão desprezado pelos tucanos por problemas éticos, foi por eles redimido, agora, quando se enfileirou entre os aliados de Serra e se dispôs a disputar cadeira de senador, com apoio do candidato do PSDB. Só renunciou ao sonho de retornar à Câmara Alta por conta do câncer que o corroi e se espalha por todo seu organismo, segundo informações de sua filha.
ARISTOCRACIA POLÍTICA
Por isso, acho que aos jornalões e revistas paulistas, eleitores de Adhemar, de Jânio, de Quércia, de Paulo Maluf, assiste razão de mostrar superioridade sobre o eleitor nordestino que, seguramente, não elegeria Tiririca para representá-lo na Câmara dos Deputados.
EMPULHAÇÃO
Já se registra, pelas pesquisas de opinião pública, a superioridade do prestígio de Dilma Rousseff, em S. Paulo, sobre José Serra, ex-governador. Ela é votada também entre os mais instruídos e mais ricos do País, não sendo, portanto, apenas opção de nordestinos pobres.
O QUE FARÁ SERRA
Muita gente, conhecendo como conhece o estilo e os métodos violentos de fazer política do tucano José Serra, receia golpe baixo nas proximidades do pleito contra a adversária Dilma Rousseff. O problema é que tal ação pode representar um tiro no pé. Quanto mais se agride e se calunia Dilma ou o governo Lula, mais cresce o prestígio da candidata do PT. Sem falar no de Lula.”
FONTE: escrito por Lustosa da Costa em sua coluna no Diário do Nordeste (http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=855688).
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