Por Paulo Henrique Amorim
“Saiu no ‘Blog do Planalto’ informação preciosa: o conteúdo local [exigido] da indústria automobilística brasileira é muito baixo (65%) em relação à China e à India (90%).
A China e a Índia, como se sabe, serão os dois outros centros mundiais de produção de automóvel no mundo, em breve.
O outro, amigo navegante, é este mercado aqui, que deveria ser ainda mais protegido.
Segundo um ilustre brasileiro [Vejamos]:
“PRESIDENTE DA RENAULT/NISSAN AFIRMA QUE NOVA TAXAÇÃO PARA CARROS IMPORTADOS CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO DO BRASIL
“O presidente mundial da Renault/Nissan, Carlos Ghosn, afirmou, no sábado (1/10), que considera totalmente razoável a medida anunciada pelo governo federal de aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros que não tenham, pelo menos, 65% de conteúdo nacional.
Carlos Ghosn concedeu entrevista coletiva no Palácio do Planalto, após encontro com a presidenta Dilma Rousseff em que anunciou novos investimentos da empresa no Brasil.
“A decisão do governo de aumento de IPI é incentivo para as montadoras produzirem localmente, sem nenhuma dúvida. Não só de produzir localmente, mas também de ter taxa de localização acima de 65%, o que é taxa de localização totalmente normal. Para dar um exemplo, a taxa de localização na China é de 90%; a taxa de localização na Índia é de 90%. Então, 65% de conteúdo local é um nível que nós consideramos totalmente razoável para quem quer realmente contribuir para o desenvolvimento do Brasil.”
Ghosn destacou o potencial crescente do mercado brasileiro para a indústria automobilística e informou que a Renault/Nissan pretende ampliar as vendas no país, saindo dos atuais 6,5 % de participação no mercado para mais de 13% até 2016. Para isso, ele assegurou forte ampliação da oferta de veículos e preços “bem acessíveis” ao consumidor.
“Hoje, nós consideramos o Brasil, que é o quarto mercado mundial automobilístico, como um dos mercados mais estratégicos em termos de desenvolvimento, em quantidade, mas também de desenvolvimento tecnológico”, afirmou.
NOVA FÁBRICA
O presidente mundial do grupo confirmou investimentos na ampliação da fábrica da Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, e a construção de uma fábrica da Nissan em Resende, no estado do Rio de Janeiro. Nesta semana, a empresa irá anunciar os investimentos para a ampliação e construção das fábricas, bem como o número de empregos que serão criados.
Ghosn disse, ainda, que a reunião com a presidenta Dilma foi oportunidade para informá-la da atuação da Renault/Nissan no mundo, especialmente em “termos de desenvolvimentos de carros elétricos”. Sobre esse tema, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante –que participou da coletiva ao lado dos governadores Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, e Beto Richa, do Paraná; e dos prefeitos José Rechuan Júnior, de Resende (RJ), e Ivan Rodrigues, de São José dos Pinhais (PR)– informou que a presidenta Dilma solicitou estudo para verificar a possibilidade de participação do carro elétrico na matriz de transporte brasileira.
“Ainda não há decisão do governo sobre isso, mas temos o compromisso de estudar”, completou o ministro.”
Presidenta Dilma Rousseff recebe em audiência o presidente mundial da Renault/Nissan, Carlos Ghosn. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
FONTE: Blog do Planalto e portal “Conversa Afiada” (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2011/10/02/ghosn-dilma-seja-mais-protecionista-como-a-china-e-a-india/).
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