Ministro Edison Lobão
“O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, defendeu a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte como "projeto irreversível e que só trará vantagens ao Brasil e às populações que vivem na região". Ele lembrou que o país precisa, anualmente, de acréscimo de 5% no potencial de geração de energia elétrica para fazer frente às necessidades da população e das indústrias.Para o ministro, sem Belo Monte seria necessário construir usinas termelétricas movidas a óleo diesel ou à queima de carvão, "todas caríssimas e altamente poluentes de gás carbônico". A geração hidráulica, no entanto, é energia limpa e sempre adotada em todo o mundo quando os países dispõem de rios para que as turbinas das usinas funcionem, acrescentou Lobão, em entrevista ao programa ‘Bom Dia, Ministro’ (EBC Serviços) da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Edison Lobão assegurou que "nenhum indígena será prejudicado com a construção de Belo Monte, pois a aldeia mais próxima fica a 32 quilômetros da área que será inundada e outras a 500 e 800 quilômetros". As populações que moram em áreas mais próximas da região a ser alagada vão ter residências construídas em outros locais, com assistência à saúde, à educação e serviço de saneamento básico. De acordo com ele, 5 mil famílias que atualmente vivem em pobreza absoluta na região terão condições dignas de acomodação.
Segundo o ministro, o potencial da energia que será gerada por Belo Monte representa 40% de toda a energia consumida atualmente pelas residências no país. Com ela, destacou, não voltará a ocorrer o racionamento compulsório de energia elétrica adotado em 2001 e 2002, quando a população teve que economizar 20% do consumo sob pena de estrangulamento do sistema.
Para Lobão, "todo o Brasil será beneficiado, pois o sistema de distribuição de energia é interligado, permitindo que deficiências de geração na Região Sul, por exemplo, possam ser supridas instantâneamente por fontes instaladas na Região Norte".
A Usina de Belo Monte será a terceira maior do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas e da Itaipu Binacional e dará empregos diretos e indiretos a até 50 mil trabalhadores. Lobão destacou que não entende "a campanha insidiosa que determinados segmentos fazem contra a construção, levando em conta que a obra só fará bem ao Brasil".
O projeto está sendo discutido há 40 anos e foi redesenhado. A previsão inicial era que a usina utilizaria 1.230 quilômetros quadrados, mas, pelo projeto atual, ocupará área de 500 quilômetros quadrados.
FONTE: reportagem de Lourenço Canuto da Agência Brasil (edição: Graça Adjuto) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-12-01/belo-monte-e-irreversivel-e-so-fara-bem-ao-brasil-diz-lobao).
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