“As taxas de juros cobradas de consumidores e empresas voltou a recuar em agosto. Segundo nota do Banco Central divulgada ontem, quarta-feira (26), a taxa de juros média do mercado caiu 0,6 pontos percentuais no mês passado, para 30,1% ao ano, menor patamar da série iniciada em 2000.
Essa taxa é quase 10 pontos percentuais menor do que a observada um ano antes.
No caso da pessoa física, os juros médios anuais recuaram para 23,1%, queda que foi puxada, principalmente, pela diminuição da taxa média cobrada no cheque especial, para 148,6% ao ano.
Os juros cobrados das empresas caíram para 35,6% ao ano, movimento puxado pela redução da taxa da conta garantia, para 100% ao ano, informou o BC.
Esse movimento reflete esforço do governo para reduzir os juros no Brasil, seja contando a taxa básica de juros (SELIC), seja pressionando os bancos a diminuírem seus "spreads" (diferença entre o custo de captação do banco e quanto ele cobra dos clientes).
A SELIC, que baliza o custo de captação dos bancos, caiu de 12,5% ao ano em agosto de 2011 para 7,5% ao ano no mês passado.
Os “spreads” também voltaram a cair no mês passado, divulgou o Banco Central. O valor médio cobrado pelos bancos no país recuou meio ponto percentual em agosto para 22,5 pontos percentuais. Esse patamar é 5,3 pontos percentuais inferior ao observado um ano atrás.
A presidente Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega (Fazenda) têm feito críticas duras aos "spreads" praticados pelos bancos no Brasil. Além disso, o governo ordenou que os bancos públicos --Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal-- reduzissem suas taxas para forçar os bancos privados a também reduzirem os juros.
Essa tática tem funcionado. Nesta semana, o Bradesco anunciou redução significativa nas taxas cobradas no cartão de crédito em uma nova rodada de cortes nos juros. HSBC e Santander anunciaram que estudam medida semelhante.
O esforço das instituições públicas, iniciado em maio, já forçou diminuição dos juros em outras linhas, como financiamento de veículos e cheque especial.
INADIMPLÊNCIA
A inadimplência média ficou estável em 5,9% em agosto após leve alta em julho. Esse dado leva em conta operações de pessoas físicas e jurídicas.
Enquanto o indicador relativo às operações com pessoas físicas permaneceu em 7,9% no mês passado, o calote de mais de 90 dias aumentou para a pessoa jurídica, ao passar de 4% para 4,1%.
Os atrasos de 15 a 90 dias permaneceram estáveis em 2,3% no crédito às empresas, enquanto, nos empréstimos às famílias, registraram recuo de 6,4% para 6,2%.
Nos financiamentos de veículos, foram observadas reduções, tanto na inadimplência, de 6% para 5,9%, como nos atrasos de 15 a 90 dias, de 7,9% para 7,7%.
Nas operações destinadas a pessoas físicas, os empréstimos pessoais cresceram 1,6% no mês e 16,9% em 12 meses, somando R$ 275 bilhões. Essa categoria foi impulsionada pelo crédito consignado.
Os financiamentos para aquisição de veículos, em linha com os resultados expressivos das vendas, estimuladas pela redução do IPI, registraram incrementos de 1,2% no mês e 13,5% em 12 meses, atingindo saldo de R$ 186 bilhões.
Já nas modalidades para pessoas jurídicas, as operações de capital de giro tiveram volume de R$ 344 bilhões, com alta de 1,2% no mês e 17,9% em 12 meses.
VOLUME DE CRÉDITO E SETORES
O volume crédito cresceu 1,2% em agosto, chegando a 51% do PIB (Produto Interno Bruto), ou R$ 2,211 trilhões, informou o Banco Central. A autoridade monetária atribuiu a melhora do mercado de crédito, que apresentou fraqueza no início do ano, à redução dos juros e à estabilidade da inadimplência.
O crédito ao setor privado alcançou R$ 2,105 bilhões em agosto, alta de 1,2% no mês.
O setor de maior expressão nesse grupo foi o voltado às “operações da indústria”, com crescimento de 0,2%, chegando a R$ 439 bilhões, enquanto os créditos ao comércio recuaram 0,2%, situando-se em R$ 214 bilhões.
O segmento de “outros serviços” atingiu R$ 372 bilhões, com acréscimo de 1,1% no mês, favorecido por empréstimos aos setores de energia, transportes e atividades imobiliárias.
O “crédito habitacional”, que considera operações para aquisição e construção de moradias com recursos livres e direcionados, alcançou R$ 250 bilhões, após avanços de 3,2% no mês e de 38,6% em 12 meses. Com esse incremento, o setor passa a representar 5,8% do PIB, ante 4,4% em agosto de 2011.
Os empréstimos ao setor rural, estimulados pela demanda por custeio e investimento agrícolas da safra 2012/2013, aumentaram 3,4% no mês, totalizando R$ 151 bilhões.
O saldo dos financiamentos ao setor público situou-se em R$ 106 bilhões em agosto, após crescimento mensal de 1,5%, que refletiu as elevações de 1,8% na carteira de crédito ao governo federal, com saldo de R$ 61 bilhões, e de 1% nas operações contratadas com as esferas estaduais e municipais, que atingiram saldo de R$ 44 bilhões.”
FONTE: reportagem de Mariana Schreiber, no portal UOL/Folha (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1159474-juros-bancarios-caem-para-menor-patamar-historico-em-agosto-mostra-bc.shtml) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
Essa taxa é quase 10 pontos percentuais menor do que a observada um ano antes.
No caso da pessoa física, os juros médios anuais recuaram para 23,1%, queda que foi puxada, principalmente, pela diminuição da taxa média cobrada no cheque especial, para 148,6% ao ano.
Os juros cobrados das empresas caíram para 35,6% ao ano, movimento puxado pela redução da taxa da conta garantia, para 100% ao ano, informou o BC.
Esse movimento reflete esforço do governo para reduzir os juros no Brasil, seja contando a taxa básica de juros (SELIC), seja pressionando os bancos a diminuírem seus "spreads" (diferença entre o custo de captação do banco e quanto ele cobra dos clientes).
A SELIC, que baliza o custo de captação dos bancos, caiu de 12,5% ao ano em agosto de 2011 para 7,5% ao ano no mês passado.
Os “spreads” também voltaram a cair no mês passado, divulgou o Banco Central. O valor médio cobrado pelos bancos no país recuou meio ponto percentual em agosto para 22,5 pontos percentuais. Esse patamar é 5,3 pontos percentuais inferior ao observado um ano atrás.
A presidente Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega (Fazenda) têm feito críticas duras aos "spreads" praticados pelos bancos no Brasil. Além disso, o governo ordenou que os bancos públicos --Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal-- reduzissem suas taxas para forçar os bancos privados a também reduzirem os juros.
Essa tática tem funcionado. Nesta semana, o Bradesco anunciou redução significativa nas taxas cobradas no cartão de crédito em uma nova rodada de cortes nos juros. HSBC e Santander anunciaram que estudam medida semelhante.
O esforço das instituições públicas, iniciado em maio, já forçou diminuição dos juros em outras linhas, como financiamento de veículos e cheque especial.
INADIMPLÊNCIA
A inadimplência média ficou estável em 5,9% em agosto após leve alta em julho. Esse dado leva em conta operações de pessoas físicas e jurídicas.
Enquanto o indicador relativo às operações com pessoas físicas permaneceu em 7,9% no mês passado, o calote de mais de 90 dias aumentou para a pessoa jurídica, ao passar de 4% para 4,1%.
Os atrasos de 15 a 90 dias permaneceram estáveis em 2,3% no crédito às empresas, enquanto, nos empréstimos às famílias, registraram recuo de 6,4% para 6,2%.
Nos financiamentos de veículos, foram observadas reduções, tanto na inadimplência, de 6% para 5,9%, como nos atrasos de 15 a 90 dias, de 7,9% para 7,7%.
Nas operações destinadas a pessoas físicas, os empréstimos pessoais cresceram 1,6% no mês e 16,9% em 12 meses, somando R$ 275 bilhões. Essa categoria foi impulsionada pelo crédito consignado.
Os financiamentos para aquisição de veículos, em linha com os resultados expressivos das vendas, estimuladas pela redução do IPI, registraram incrementos de 1,2% no mês e 13,5% em 12 meses, atingindo saldo de R$ 186 bilhões.
Já nas modalidades para pessoas jurídicas, as operações de capital de giro tiveram volume de R$ 344 bilhões, com alta de 1,2% no mês e 17,9% em 12 meses.
VOLUME DE CRÉDITO E SETORES
O volume crédito cresceu 1,2% em agosto, chegando a 51% do PIB (Produto Interno Bruto), ou R$ 2,211 trilhões, informou o Banco Central. A autoridade monetária atribuiu a melhora do mercado de crédito, que apresentou fraqueza no início do ano, à redução dos juros e à estabilidade da inadimplência.
O crédito ao setor privado alcançou R$ 2,105 bilhões em agosto, alta de 1,2% no mês.
O setor de maior expressão nesse grupo foi o voltado às “operações da indústria”, com crescimento de 0,2%, chegando a R$ 439 bilhões, enquanto os créditos ao comércio recuaram 0,2%, situando-se em R$ 214 bilhões.
O segmento de “outros serviços” atingiu R$ 372 bilhões, com acréscimo de 1,1% no mês, favorecido por empréstimos aos setores de energia, transportes e atividades imobiliárias.
O “crédito habitacional”, que considera operações para aquisição e construção de moradias com recursos livres e direcionados, alcançou R$ 250 bilhões, após avanços de 3,2% no mês e de 38,6% em 12 meses. Com esse incremento, o setor passa a representar 5,8% do PIB, ante 4,4% em agosto de 2011.
Os empréstimos ao setor rural, estimulados pela demanda por custeio e investimento agrícolas da safra 2012/2013, aumentaram 3,4% no mês, totalizando R$ 151 bilhões.
O saldo dos financiamentos ao setor público situou-se em R$ 106 bilhões em agosto, após crescimento mensal de 1,5%, que refletiu as elevações de 1,8% na carteira de crédito ao governo federal, com saldo de R$ 61 bilhões, e de 1% nas operações contratadas com as esferas estaduais e municipais, que atingiram saldo de R$ 44 bilhões.”
FONTE: reportagem de Mariana Schreiber, no portal UOL/Folha (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1159474-juros-bancarios-caem-para-menor-patamar-historico-em-agosto-mostra-bc.shtml) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
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