“O Brasil atingiu em 2011 o menor nível de desigualdade social já verificado desde o início das séries históricas, em 1960.
Mesmo assim, a desigualdade brasileira está entre as 12 mais altas do mundo. Os dados foram divulgados na terça-feira (25) pelo “Instituto de Política Econômica Aplicada” (IPEA).
O estudo "A década inclusiva" [2002-2012], apresentado pelo presidente do IPEA, Marcelo Neri, usou dados da “Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios” (PNAD), do “Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística” (IBGE).
"Não há, na história brasileira estatisticamente documentada desde 1960, nada similar à redução da desigualdade de renda observada desde 2001", disse Neri. "Assim como a China está para o crescimento econômico, o Brasil está para o crescimento social."
A diminuição da desigualdade é medida pelo coeficiente de GINI, que passou de 0,594 em 2001 para 0,527 em 2011. No índice, quanto mais perto de zero menor a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres do país. "O Brasil está no ponto mais baixo da desigualdade, embora ela ainda seja muito alta", ressaltou o presidente do IPEA.
O salário dos 10% mais pobres da população brasileira cresceu 91,2% entre 2001 e 2011. O movimento engloba cerca de 23,4 milhões de pessoas saindo da pobreza. Já a renda dos 10% mais ricos aumentou 16,6% no período, de forma que a renda dos mais pobres cresceu 550% sobre o rendimento dos mais ricos.
CRESCIMENTO DOS SALÁRIOS E PESO DO BOLSA FAMÍLIA
O crescimento dos salários é o principal indicador para a melhoria, aponta o estudo. É o que responde por 58% da diminuição da desigualdade. Em segundo lugar, vêm os rendimentos previdenciários, com 19% de contribuição, seguido pelo “Bolsa Família”, com 13%. Os 10% restantes são benefícios de prestação continuada e outras rendas.
Neri ressaltou que, dentre todos os vetores para a diminuição da desigualdade, o “Bolsa Família” é o mais eficaz, do ponto de vista fiscal.
"Se todos os recursos pudessem ser canalizados à mesma taxa para o “Bolsa Família”, ao invés da previdência, a desigualdade teria caído mais 362,7%", exemplificou Neri no estudo.
A disparidade de renda entre brancos e negros também se alterou. Segundo os dados apurados pelo IPEA, a parcela da população que se declara como negra teve crescimento da renda de 66,3% nos 10 anos. Maior variação foi apurada entre os pardos (85,5%). Entre os brancos, o crescimento foi de 47,6%.
O recorte por regiões mostra que, no Nordeste, a renda subiu 72,8%, enquanto no Sudeste cresceu 45,8%, sempre no mesmo período de comparação. O estudo conclui que houve queda de 3,2% no coeficiente de GINI entre junho de 2011 e o mesmo mês de 2012, tendo como base dados da “Pesquisa Mensal de Emprego” (PME) do IBGE.
IMAGEM DE BELÍNDIA CONTINUA
"A imagem da Belíndia continua exata", disse Neri, referindo-se ao termo cunhado por Edmar Bacha. O neologismo tentava demonstrar que os ricos brasileiros viviam em um país semelhante à Bélgica, enquanto os mais miseráveis estavam em situação semelhante à população pobre da Índia.
"A diferença é que agora os pobres brasileiros crescem a taxas indianas, enquanto os ricos crescem como os países europeus."
FONTE: portal UOL com informações do jornal “Valor Econômico” (http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/09/25/apesar-de-avanco-brasil-continua-entre-os-12-paises-mais-desiguais-segundo-ipea.jhtm) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
COMPLEMENTAÇÃO
Por Carolina Mazzi, no “Jornal do Brasil”
Mesmo assim, a desigualdade brasileira está entre as 12 mais altas do mundo. Os dados foram divulgados na terça-feira (25) pelo “Instituto de Política Econômica Aplicada” (IPEA).
O estudo "A década inclusiva" [2002-2012], apresentado pelo presidente do IPEA, Marcelo Neri, usou dados da “Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios” (PNAD), do “Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística” (IBGE).
"Não há, na história brasileira estatisticamente documentada desde 1960, nada similar à redução da desigualdade de renda observada desde 2001", disse Neri. "Assim como a China está para o crescimento econômico, o Brasil está para o crescimento social."
A diminuição da desigualdade é medida pelo coeficiente de GINI, que passou de 0,594 em 2001 para 0,527 em 2011. No índice, quanto mais perto de zero menor a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres do país. "O Brasil está no ponto mais baixo da desigualdade, embora ela ainda seja muito alta", ressaltou o presidente do IPEA.
O salário dos 10% mais pobres da população brasileira cresceu 91,2% entre 2001 e 2011. O movimento engloba cerca de 23,4 milhões de pessoas saindo da pobreza. Já a renda dos 10% mais ricos aumentou 16,6% no período, de forma que a renda dos mais pobres cresceu 550% sobre o rendimento dos mais ricos.
CRESCIMENTO DOS SALÁRIOS E PESO DO BOLSA FAMÍLIA
O crescimento dos salários é o principal indicador para a melhoria, aponta o estudo. É o que responde por 58% da diminuição da desigualdade. Em segundo lugar, vêm os rendimentos previdenciários, com 19% de contribuição, seguido pelo “Bolsa Família”, com 13%. Os 10% restantes são benefícios de prestação continuada e outras rendas.
Neri ressaltou que, dentre todos os vetores para a diminuição da desigualdade, o “Bolsa Família” é o mais eficaz, do ponto de vista fiscal.
"Se todos os recursos pudessem ser canalizados à mesma taxa para o “Bolsa Família”, ao invés da previdência, a desigualdade teria caído mais 362,7%", exemplificou Neri no estudo.
A disparidade de renda entre brancos e negros também se alterou. Segundo os dados apurados pelo IPEA, a parcela da população que se declara como negra teve crescimento da renda de 66,3% nos 10 anos. Maior variação foi apurada entre os pardos (85,5%). Entre os brancos, o crescimento foi de 47,6%.
O recorte por regiões mostra que, no Nordeste, a renda subiu 72,8%, enquanto no Sudeste cresceu 45,8%, sempre no mesmo período de comparação. O estudo conclui que houve queda de 3,2% no coeficiente de GINI entre junho de 2011 e o mesmo mês de 2012, tendo como base dados da “Pesquisa Mensal de Emprego” (PME) do IBGE.
IMAGEM DE BELÍNDIA CONTINUA
"A imagem da Belíndia continua exata", disse Neri, referindo-se ao termo cunhado por Edmar Bacha. O neologismo tentava demonstrar que os ricos brasileiros viviam em um país semelhante à Bélgica, enquanto os mais miseráveis estavam em situação semelhante à população pobre da Índia.
"A diferença é que agora os pobres brasileiros crescem a taxas indianas, enquanto os ricos crescem como os países europeus."
FONTE: portal UOL com informações do jornal “Valor Econômico” (http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/09/25/apesar-de-avanco-brasil-continua-entre-os-12-paises-mais-desiguais-segundo-ipea.jhtm) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
COMPLEMENTAÇÃO
QUEDA DA DESIGUALDADE É “ESPETACULAR” ! SÓ A GOLPE !
Tem que ter muito Supremo para derrubar a Dilma ! Só a Golpe brasiguaio !
Saiu no JB:
NERI ANUNCIA “QUEDA ESPETACULAR” DAS DESIGUALDADES
ESPECIALISTAS ATRIBUEM QUADRO A CAUSAS COMO EXPANSÃO DO MERCADO DE TRABALHO
Saiu no JB:
NERI ANUNCIA “QUEDA ESPETACULAR” DAS DESIGUALDADES
ESPECIALISTAS ATRIBUEM QUADRO A CAUSAS COMO EXPANSÃO DO MERCADO DE TRABALHO
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