quarta-feira, 26 de setembro de 2012

vídeo: DILMA DISCURSA NA ABERTURA DA 67ª ASSEMBLEIA-GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS

Presidenta Dilma Rousseff durante discurso na abertura da 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR



NA ONU, DILMA PEDE URGÊNCIA NA CONSTRUÇÃO DE AMPLO PACTO PELA RETOMADA DO CRESCIMENTO GLOBAL

“A presidenta Dilma Rousseff pediu ontem, terça-feira (25), ao discursar na abertura da 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, urgência na construção de amplo pacto pela retomada do crescimento global. Segundo ela, não haverá resposta eficaz à crise enquanto não se intensificarem os esforços de cooperação entre os países e os organismos internacionais.

Não haverá resposta eficaz à crise enquanto não se intensificarem os esforços de coordenação entre os países e os organismos multilaterais como o G-20, o FMI e o Banco Mundial. Essa coordenação deve buscar reconfigurar a relação entre política fiscal e monetária para impedir o aprofundamento da recessão, controlar a guerra cambial e reestimular a demanda global. (…) É urgente a construção de amplo pacto pela retomada coordenada do crescimento econômico global, impedindo a desesperança provocada pelo desemprego e pela falta de oportunidades”, afirmou.

Dilma criticou os países desenvolvidos por implementarem política monetária que prejudica os países em desenvolvimento. De acordo com a presidenta, a valorização artificial das moedas dos países desenvolvidos agrava ainda mais o quadro recessivo global.

A opção por políticas fiscais ortodoxas vem agravando a recessão nas economias desenvolvidas com reflexos nos países emergentes, inclusive o Brasil. As principais lideranças do mundo desenvolvido ainda não encontraram o caminho que articula ajustes fiscais apropriados e estímulos ao investimento e à demanda indispensáveis para interromper a recessão. (…) Os Bancos Centrais dos países desenvolvidos persistem em uma política monetária expansionista que desequilibra as taxas de câmbio. Com isso, os países emergentes perdem mercado devido à valorização artificial de suas moedas, o que agrava ainda mais o quadro recessivo global”, disse.

No discurso, a presidenta disse ainda ser inaceitável que a defesa comercial praticada pelos países em desenvolvimento seja injustamente classificada como protecionismo.

Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial por parte dos países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas como protecionismo. Devemos lembrar que a legítima defesa comercial está amparada pelas normas da Organização Mundial do Comércio. O protecionismo e todas as formas de manipulação do comércio devem ser combatidos, pois conferem maior competitividade de maneira espúria e fraudulenta”, afirmou.

COMPLEMENTAÇÃO

DILMA CONDENA VIOLÊNCIA NA SÍRIA E DEFENDE REFORMA DO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU

A presidenta Dilma Rousseff condenou a violência na Síria e afirmou que a maior parte da responsabilidade pelo conflito armado recai sobre o governo de Bashar al-Assad. Ao discursar ontem na abertura da 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, Dilma disse que a oposição síria também tem responsabilidade e apelou às partes em conflito para que deponham as armas. Ela defendeu a diplomacia e o diálogo como única opção para encerrar a crise na Síria.

Assistimos consternados à evolução da gravíssima situação da Síria. O Brasil condena, nos mais fortes termos, a violência que continua a ceifar vidas nesse país. A Síria produz um drama humanitário de grandes proporções no seu território e em seus vizinhos. Recai sobre o governo de Damasco a maior parte da responsabilidade pelo ciclo de violência que tem vitimado grande número de civis, sobretudo mulheres, crianças e jovens. Mas sabemos também da responsabilidade das oposições armadas, especialmente daquelas que contam com apoio militar e logístico de fora”, disse.

No discurso, a presidenta pediu o fim do embargo econômico a Cuba e voltou a defender a criação de um Estado Palestino.

Reitero minha fala de 2011, quando expressei o apoio do governo brasileiro ao reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno das Nações Unidas. Acrescentei, e repito agora, que apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política regional”, afirmou.

A presidenta também reafirmou o pleito brasileiro pela reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo Dilma, a crise iniciada em 2008 mostrou que é necessário reformar os mecanismos da governança mundial.

As guerras e os conflitos regionais, cada vez mais intensos, as trágicas perdas de vidas humanas e os imensos prejuízos materiais para os povos envolvidos demonstram a imperiosa urgência da reforma institucional da ONU e em especial de seu Conselho de Segurança. Não podemos permitir que este Conselho seja substituído – como vem ocorrendo – por coalizões que se formam à sua revelia, fora de seu controle e à margem do direito internacional. (…) O recurso fácil a esse tipo de ação é produto desse impasse que imobiliza o Conselho. Por isso, ele precisa urgentemente ser reformado”, defendeu.”

FONTE: Blog do Planalto  (http://blog.planalto.gov.br/video-dilma-discursa-na-abertura-da-67a-assembleia-geral-das-nacoes-unidas/);  (http://blog.planalto.gov.br/na-onu-dilma-pede-urgencia-na-construcao-de-um-amplo-pacto-pela-retomada-do-crescimento-global/); (http://blog.planalto.gov.br/dilma-condena-violencia-na-siria-e-defende-reforma-do-conselho-de-seguranca-da-onu/).

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