GLOBO [e PSDB] AMPLIAM PRESSÃO PARA "ABRIR" [quase doar] O PRÉ-SAL A GRINGOS
"Um dia depois de defender, em editorial, que empresas internacionais, como Shell, BP, Exxon e Chevron, assumissem a liderança da exploração das reservas brasileiras de petróleo no pré-sal, o jornal "O Globo" agora produz reportagem sobre a mudança iminente nas regras, em razão dos problemas vividos pela Petrobras. "Essa reflexão vai acontecer", disse, em off [segundo "O Globo"] uma suposta fonte governamental ao governo. Não se sabe ainda nem quem será o novo ministro de Minas e Energia, mas o "Globo" já vende a tese de que o segundo governo Dilma adotará o programa de Aécio Neves no petróleo.
Do "Brasil 247"
Um dia depois de produzir um editorial defendendo a abertura do pré-sal a empresas estrangeiras (leia mais aqui), o jornal "O Globo", dos irmãos Marinho, produziu reportagem sobre uma suposta mudança nas regras da exploração de petróleo no País.
De acordo com o jornal, o modelo de partilha, que obriga os consórcios exploradores, sempre liderados pela Petrobras, a dividir parte da receita com a União (o que se explica pelo menor risco exploratório, uma vez que as reservas já estão comprovadas), seria substituído pelo de concessões.
Embora o governo ainda não tenha definido quem será o futuro ministro de Minas e Energia, cargo para o qual aparece cotado o senador Eduardo Braga (PMDM-AM), o Globo se ancora em supostas fontes "em off" para tratar da suposta mudança. "Essa reflexão vai acontecer", diz a suposta fonte.
Pelo novo modelo, empresas internacionais, como Shell, Exxon, BP e Chevron poderiam arrematar concessões para, assim, explorar as reservas descobertas pela Petrobras ao longo dos últimos anos. "O Globo" aposta na tese de que a Petrobras, que ainda não conseguiu publicar seu balanço, ficará fragilizada financeiramente, será rebaixada por agências internacionais de risco e não conseguirá captar recursos para tocar seu plano de investimentos. Assim, a abertura aos grupos internacionais seria inevitável.
Esse modelo era exatamente que vinha sendo defendido pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante a campanha presidencial. "Acho que nós temos que discutir o que é melhor para o Brasil, se em determinados casos não é melhor o modelo de concessão. É uma discussão que nós vamos fazer lá na frente, obviamente respeitando os contratos vigentes", disse o senador, durante a campanha presidencial (leia mais aqui) ou a seguir:
Do "O Globo": Programa de governo de Aécio fala em "mudar regras do pré-sal" [isto é, atender aos interesses das grandes petroleiras estadunidenses]
Tucano questiona se em "certos casos" não é melhor o modelo de concessão para "aumentar a competição" [sic] na exploração
Por MARIA LIMA, no "Globo" de 11/09/2014
[O dadivoso Aécio (para os EUA) daria tudo que eles quisessem..]
BRASÍLIA — Provocado pela adversária Marina Silva (PSB) por não ter mostrado até agora suas propostas, o candidato do PSDB Aécio Neves prepara um grande evento para divulgar, semana que vem, seu programa de governo. A política energética, uma das áreas mais criticadas do programa de Marina, já está com suas linhas gerais definidas. O programa de Aécio dará ênfase à manutenção dos investimentos no pré-sal — com modificação nas regras para "aumentar a competição" na exploração — e ao fortalecimento do programa do etanol.
Após a sabatina de quarta-feira ao GLOBO, Aécio deu pistas do que significa "aumentar a competição" na exploração do pré-sal, o que poderia representar a volta, do regime de partilha ao de concessão.
— Acho que nós temos que discutir o que é melhor para o Brasil, se em determinados casos não é melhor o modelo de concessão. É uma discussão que nós vamos fazer lá na frente, obviamente respeitando os contratos vigentes — afirmou o candidato.
Há também entre os tucanos quem defenda não mexer no regime do pré-sal, mas encontrar uma forma de reduzir a predominância da Petrobras. Não deve ser mencionada no programa de governo de Aécio a política de energia nuclear. A ideia é que o documento defenda um equilíbrio planejado da matriz energética entre as fontes existentes no Brasil, “sem radicalismo”.
Na sabatina do GLOBO, Aécio disse que não apresentou ainda seu plano de governo — preparado por especialistas em cada área — porque está tomando todos os cuidados antes do fechamento para que não tenha que fazer “erratas” em função da reação de setores insatisfeitos, como ocorreu com Marina.
O programa já foi concluído e está, neste momento, sendo revisado por Aécio. Será o candidato que dará a palavra final sobre a redação que será apresentada semana que vem.
LANÇAMENTO IRÁ APRESENTAR "NOMES FORTES" DE EVENTUAL EQUIPE
O lançamento do programa de governo de Aécio servirá para o candidato apresentar pesos pesados de sua eventual equipe de governo e deixar claro que o time faz parte do projeto tucano e não irá “socorrer” Marina caso ela seja eleita.
A ideia é que Aécio faça a apresentação do programa ao lado dos economistas Armínio Fraga [estadunidense], Edmar Bacha, José Roberto Mendonça de Barros, Elena Landau e Mansueto Almeida; do escritor Affonso Romano de Sant’Anna, do ex-líder do PSDB Arnaldo Madeira — coordenador do programa —, além de José Serra, Antonio Anastasia, José Júnior, do Afroreggae, e outros que ajudaram na elaboração do conteúdo.
O foco de Aécio será no time econômico que criou o Plano Real [no governo Itamar Franco/PMDB] e ajudou na estabilização econômica durante o governo Fernando Henrique Cardoso, para mostrar que tem a melhor equipe para recuperar a “herança maldita” que herdaria da presidente Dilma Rousseff.
Arnaldo Madeira disse que é falsa a ideia repassada por setores da campanha de Marina de que se ela ganhar, mesmo sem equipe, poderia ser socorrida pelo ex-presidente Fernando Henrique e por quadros do PSDB.
— O pessoal está com a ilusão que o PSDB vai governar com a Marina, que o Fernando Henrique vai garantir isso. Imagina, chance zero! O Serra e o Armínio já disseram que não vão. Imagina o Mendonça de Barros trabalhando com a Marina. Se ela vencer, vai pegar mesmo é o pessoal do PT. A origem dela é o lulismo e é com eles que vai governar. Vai demitir 20 mil pessoas do segundo escalão e vai botar quem no lugar? — disse Madeira.
O programa de Aécio também dará destaque para Educação e Saúde. Ele pretende criar o Promédio, um ProUni do ensino médio, para concessão de bolsas de estudos para alunos carentes em escolas privadas. O plano para a Educação também prevê a criação do [multimulti bilionário] programa Mutirão de Oportunidades, que concederia uma bolsa de um salário mínimo para levar de volta à escola jovens entre 18 e 29 anos que tenham parado de estudar para trabalhar".
FONTE: do jornal "O Globo", postado e comentado no jornal digital "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/163681/Globo-amplia-press%C3%A3o-para-abrir-o-pr%C3%A9-sal-a-gringos.htm) e (http://oglobo.globo.com/brasil/programa-de-governo-de-aecio-fala-em-mudar-regras-do-pre-sal-13900028). [Trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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