ESCRITOR FERNANDO MORAIS QUER SABER QUANTO CUSTOU A VIAGEM DOS 'PATETAS'
"Olha, é coisa dos três patetas. Que aliás não eram três, eram quatro patetas. Agora, uma coisa que é importante saber é o seguinte. Esse factoide, essa bobagem, feita por eles, custou quanto aos cofres brasileiros? Quanto é que custou o combustível do jato, quanto é o salário da tripulação, e quanto custaria se eles tivessem que fretar um Legacy?", questionou o escritor Fernando Morais, em entrevista ao jornalista Miguel do Rosário, sobre a comitiva liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi à Venezuela.
Aécio e mais três patetas pagam o mico do milênio!
Por Miguel do Rosário, do "Cafezinho", direto de Caracas.
"É o mico do século, quiçá do milênio!
Aécio Neves é tão incompetente, tão preguiçoso, que desistiu de visitar Leopoldo Lopez, o terrorista & golpista venezuelano, porque ficou – acredite se quiser – preso num engarramento!
Fontes do governo me disseram que, se Aécio tivesse vontade real de visitar Leopoldo, havia duas outras vias que poderiam ser seguidas pela van que levava os senadores. Ou, então, poderiam ter ido de helicóptero, já que um dos amigos de Leopoldo é dono da maior frota aérea de Caracas.
Eu fico me perguntando: se tivesse interesse real na situação de Lopez, Aécio poderia perfeitamente ter insistido um pouco mais, não?
A troco de quê ele fugiu tão rápido?
Ainda aguardo informações mais detalhadas sobre o que aconteceu. Daqui a algumas horas, tudo será esclarecido. Seja como for, Aécio se meteu num mato sem cachorro. Invadiu um país democrático, onde se realizam, periodicamente, manifestações contra e a favor do governo, usando um avião militar brasileiro para fins partidários, o que é um crime gravíssimo!
Uns dizem que havia protestos contra o governo venezuelano, fechando uma estrada de acesso do aeroporto à Caracas. Outros que se limpava um túnel. Outros que houve protestos contra Aécio por populares apoiadores de Chávez.
O governo venezuelano tinha total interesse que o encontro tivesse acontecido, justamente para desmascarar esse jogo sujo de acusações contra o país, tentando pintar uma das democracias mais avançadas do continente como “violadora de direitos humanos”.
Como é um irresponsável, Aécio – com ajuda da mídia golpista brasileira – já começou a querer transformar o seu fiasco internacional num incidente diplomático.
Por favor, alguém explique a Aécio que ele perdeu as eleições e portanto não pode ditar as relações internacionais do Brasil com nenhum outro país!
Se foram protestos contra Aécio, podem culpar o próprio "Cafezinho" e a delegação brasileira, porque, desde que chegamos, demos várias entrevistas denunciando essa ridícula e hipócrita agressão de um punhado de senadores reaças do Brasil, todos acusados de corrupção, a um país irmão, uma democracia amiga.
Hoje mesmo, eu e o professor Magalhães (UFMG) demos entrevista a um canal privado, de oposição, "Globovision", denunciando a hipocrisia dessa comitiva de senadores.
Aécio, Ronaldo Caiado, Agripino Maia, todos sempre desrespeitaram a liberdade de imprensa e expressão em seus estados. Não tem moral nenhuma para invadir outros países exigindo o que eles não fazem em casa.
A Constituição Brasileira determina o respeito à soberania dos povos, a busca pela paz etc, o que é exatamente o contrário do que deseja Aécio.
Se ele tentar insuflar o senado e a opinião pública brasileira contra a Venezuela, para desviar a atenção do seu fracasso patético, então é um bandido internacional!
O "Cafezinho" veio à convite da Presidência da República da Venezuela, juntamente com o escritor Fernando Morais, o professor bolivariano da UFMG, José Luiz Quadros Magalhães, e o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Kerisson Lopes.
Aviso aos coxinhas: chamar o presidente da Venezuela, eleito com margem apertada de votos em 2012, de “ditador”, é prova de profunda ignorância, ou má fé. Podem xingá-lo à vontade, mas ele é presidente eleito pelo sufrágio universal, num país democrático.
Outros avisos: o grau de democracia de um país não é medido pela quantidade de “papel higiênico” disponível nas prateleiras dos supermercados. Na Arábia Saudita, a pior ditadura do mundo, os mercados estão abarrotados de papel higiênico.
Aliás, até o momento não ouvi ninguém por aqui reclamar de papel higiênico. Eu estou tranquilo.
Conheci diversos jovens e eles estavam mais preocupados e animados com o Festival Internacional de Poesia, que começou ontem, num grande teatro nacionalizado, reformado e democratizado pelo governo atual, e que está colado a uma universidade federal de artes criada por Chávez.
Numa conversa da nossa delegação com o vice-ministro de Relações Exteriores para América Latina, Alexander Yánez Deleuze, ele nos explicou que o terrorismo midiático ajuda a provocar problemas de abastecimento, porque as pessoas, apavoradas, fazem estoques enormes em casa, desorganizando a distribuição dos produtos. Além disso, há contrabando de produtos venezuelanos, que são mais baratos, para a Colômbia.
“Você vai na casa das pessoas, e tem leite, açúcar, farinha, para mais de três meses!”, denunciou Deleuze.
De qualquer forma, acreditando ou não na versão do governo, e mesmo que se admita que a Venezuela tem seus problemas, e é claro que os tem, assim como o Brasil tem os seus (muitos!), a questão democrática no país não é um deles.
Não há nenhum controle dos meios de comunicação. A grande maioria (65%) das rádios são privadas. Há 20% de rádios comunitárias e menos de 10% de rádios estatais. Há três canais privados de TV de alcance nacional e apenas 2 estatais.
Os jornais impressos de oposição circulam normalmente em toda a parte.
Jornais de oposição, numa banca do centro. Observe a manchete do "Tal Cual", acusando Maduro de “tortura”
Que merda de ditadura é essa em que a imprensa é livre, há eleições constantes, a oposição tem total liberdade até de trazer senadores de outros países para visitar o que eles chamam de “presos políticos”?
José Dirceu e Genoíno, que também se consideram presos políticos, podem receber visitas de senadores de outros países?
Os meios de comunicação do Brasil têm pavor da Venezuela porque eles aprovaram uma lei que obriga todos os canais de TV a darem 10 minutos por dia ao governo.
Imagine se o governo do Brasil tivesse dez minutos por dia para defender suas ações e projetos? Faríamos a nossa revolução democrática!
Durante o almoço, fiz uma breve entrevista com o escritor Fernando Morais sobre esse estrondoso fiasco aético. Segue abaixo:
Cafezinho: Fernando, queria saber sua opinião sobre o fracasso dessa missão do nosso, quer dizer, do seu senador, já que você é de Minas?
Fernando Morais: Não é meu senador. Ele mora no Rio de Janeiro. É só nascido em Minas Gerais. Ele é senador do pessoal do Baixo Leblon e de Ipanema. Olha, é coisa dos três patetas. Que aliás não eram três, eram quatro patetas. Agora, uma coisa que é importante saber é o seguinte. Esse factoide, essa bobagem, feita por eles, custou quanto aos cofres brasileiros? Quanto é que custou o combustível do jato, quanto é o salário da tripulação, e quanto custaria se eles tivessem que fretar um Legacy – eu sei que é Legacy porque eu vi o Aécio hoje falando na internet, que estava já dentro de um Legacy da FAB. Acho que o ministro Jacques Wagner precisa informar isso ao público com certa urgência."
[P.S deste blog 'democracia&política': Acrescento vídeo sobre a entrevista com o escritor Fernando Morais (obtido no Blog do Miro: http://altamiroborges.blogspot.com.br/2015/06/a-provocacao-de-aecio-na-venezuela.html )]
FONTE: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/185545/Fernando-Morais-quer-saber-quanto-custou-a-viagem-dos-'patetas'.htm).
Como é um irresponsável, Aécio – com ajuda da mídia golpista brasileira – já começou a querer transformar o seu fiasco internacional num incidente diplomático.
Por favor, alguém explique a Aécio que ele perdeu as eleições e portanto não pode ditar as relações internacionais do Brasil com nenhum outro país!
Se foram protestos contra Aécio, podem culpar o próprio "Cafezinho" e a delegação brasileira, porque, desde que chegamos, demos várias entrevistas denunciando essa ridícula e hipócrita agressão de um punhado de senadores reaças do Brasil, todos acusados de corrupção, a um país irmão, uma democracia amiga.
Hoje mesmo, eu e o professor Magalhães (UFMG) demos entrevista a um canal privado, de oposição, "Globovision", denunciando a hipocrisia dessa comitiva de senadores.
Aécio, Ronaldo Caiado, Agripino Maia, todos sempre desrespeitaram a liberdade de imprensa e expressão em seus estados. Não tem moral nenhuma para invadir outros países exigindo o que eles não fazem em casa.
A Constituição Brasileira determina o respeito à soberania dos povos, a busca pela paz etc, o que é exatamente o contrário do que deseja Aécio.
Se ele tentar insuflar o senado e a opinião pública brasileira contra a Venezuela, para desviar a atenção do seu fracasso patético, então é um bandido internacional!
O "Cafezinho" veio à convite da Presidência da República da Venezuela, juntamente com o escritor Fernando Morais, o professor bolivariano da UFMG, José Luiz Quadros Magalhães, e o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Kerisson Lopes.
Aviso aos coxinhas: chamar o presidente da Venezuela, eleito com margem apertada de votos em 2012, de “ditador”, é prova de profunda ignorância, ou má fé. Podem xingá-lo à vontade, mas ele é presidente eleito pelo sufrágio universal, num país democrático.
Outros avisos: o grau de democracia de um país não é medido pela quantidade de “papel higiênico” disponível nas prateleiras dos supermercados. Na Arábia Saudita, a pior ditadura do mundo, os mercados estão abarrotados de papel higiênico.
Aliás, até o momento não ouvi ninguém por aqui reclamar de papel higiênico. Eu estou tranquilo.
Conheci diversos jovens e eles estavam mais preocupados e animados com o Festival Internacional de Poesia, que começou ontem, num grande teatro nacionalizado, reformado e democratizado pelo governo atual, e que está colado a uma universidade federal de artes criada por Chávez.
Numa conversa da nossa delegação com o vice-ministro de Relações Exteriores para América Latina, Alexander Yánez Deleuze, ele nos explicou que o terrorismo midiático ajuda a provocar problemas de abastecimento, porque as pessoas, apavoradas, fazem estoques enormes em casa, desorganizando a distribuição dos produtos. Além disso, há contrabando de produtos venezuelanos, que são mais baratos, para a Colômbia.
“Você vai na casa das pessoas, e tem leite, açúcar, farinha, para mais de três meses!”, denunciou Deleuze.
De qualquer forma, acreditando ou não na versão do governo, e mesmo que se admita que a Venezuela tem seus problemas, e é claro que os tem, assim como o Brasil tem os seus (muitos!), a questão democrática no país não é um deles.
Não há nenhum controle dos meios de comunicação. A grande maioria (65%) das rádios são privadas. Há 20% de rádios comunitárias e menos de 10% de rádios estatais. Há três canais privados de TV de alcance nacional e apenas 2 estatais.
Os jornais impressos de oposição circulam normalmente em toda a parte.
Jornais de oposição, numa banca do centro. Observe a manchete do "Tal Cual", acusando Maduro de “tortura”
Que merda de ditadura é essa em que a imprensa é livre, há eleições constantes, a oposição tem total liberdade até de trazer senadores de outros países para visitar o que eles chamam de “presos políticos”?
José Dirceu e Genoíno, que também se consideram presos políticos, podem receber visitas de senadores de outros países?
Os meios de comunicação do Brasil têm pavor da Venezuela porque eles aprovaram uma lei que obriga todos os canais de TV a darem 10 minutos por dia ao governo.
Imagine se o governo do Brasil tivesse dez minutos por dia para defender suas ações e projetos? Faríamos a nossa revolução democrática!
Durante o almoço, fiz uma breve entrevista com o escritor Fernando Morais sobre esse estrondoso fiasco aético. Segue abaixo:
Cafezinho: Fernando, queria saber sua opinião sobre o fracasso dessa missão do nosso, quer dizer, do seu senador, já que você é de Minas?
Fernando Morais: Não é meu senador. Ele mora no Rio de Janeiro. É só nascido em Minas Gerais. Ele é senador do pessoal do Baixo Leblon e de Ipanema. Olha, é coisa dos três patetas. Que aliás não eram três, eram quatro patetas. Agora, uma coisa que é importante saber é o seguinte. Esse factoide, essa bobagem, feita por eles, custou quanto aos cofres brasileiros? Quanto é que custou o combustível do jato, quanto é o salário da tripulação, e quanto custaria se eles tivessem que fretar um Legacy – eu sei que é Legacy porque eu vi o Aécio hoje falando na internet, que estava já dentro de um Legacy da FAB. Acho que o ministro Jacques Wagner precisa informar isso ao público com certa urgência."
[P.S deste blog 'democracia&política': Acrescento vídeo sobre a entrevista com o escritor Fernando Morais (obtido no Blog do Miro: http://altamiroborges.blogspot.com.br/2015/06/a-provocacao-de-aecio-na-venezuela.html )]
FONTE: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/185545/Fernando-Morais-quer-saber-quanto-custou-a-viagem-dos-'patetas'.htm).
3 comentários:
Quem topa uma ação pública pra saber quanto custou e quem pagou, estas despesas?
Quem topa uma ação pública pra saber quanto custou e quem pagou, estas despesas?
Ao Unknown,
Boa ideia.
Maria Tereza
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