sexta-feira, 19 de junho de 2015

IMPRENSA QUER JOGAR LULA NA LAMA E FHC NO ALTAR





IMPRENSA ALIENÍGENA QUER JOGAR LULA NA LAMA E FHC NO ALTAR - DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

Por DAVIS SENA FILHO

"Seria cômico se não fosse trágico, ridículo e surreal. O Instituto Lula recebe financiamento legal de uma empreiteira para logo ser transformado em "escândalo" midiático.

Quando o presidente conservador, Fernando Henrique Cardoso, terminou seu segundo mandato presidencial, o tucano já tratava de questões pecuniárias sobre a criação do Instituto FHC (iFHC) [o ex-presidente exigiu que a sigla fosse com "i" minúsculo, para dar mais destaque a FHC]. A entidade para funcionar recebeu muito dinheiro, além de terem cedido um andar inteiro para que os trabalhos fossem realizados pelos seus funcionários e administradores.

A revista "Época" e a "Veja", por exemplo, bem como os jornalões de direita e de oposição aos governos trabalhistas de Lula e Dilma, nunca trataram do assunto com conotação escandalosa, a dar uma repercussão à criação do iFHC, em uma atmosfera de ilegalidade e malfeitos, como o faz agora, partidariamente, com o Instituto Lula.

A entidade do líder petista recebeu dinheiro da empreiteira Camargo Correa, tal qual a de Fernando Henrique Cardoso, que também foi financiada pela Sabesp, uma empresa pública paulista, ou seja, o iFHC recebeu recursos provenientes de impostos e taxas, já que as estatais são sustentadas pelo dinheiro do contribuinte.

Contudo, a imprensa dos magnatas bilionários continua a trilhar por veredas repletas de perversidades e torpezas, manipulações e distorções dos fatos e das realidades, por motivo de já estar em campanha eleitoral a presidente da República desde o dia seguinte à vitória de Dilma Rousseff nas eleições de outubro do ano passado.

É assim que a banda toca nessas plagas, até porque até hoje não foi regulamentado o setor econômico de comunicação, que inclui as concessões públicas das mídias privadas, ideológicas e políticas dos magnatas bilionários de imprensa, conforme reza a Constituição deste País, que teima em empurrar certos temas com a barriga, a despeito do prejuízo causado à grande maioria da população brasileira.

O Brasil, até hoje, passados 27 anos da promulgação da Carta Magna, ainda não possui um marco regulatório para o segmento midiático, cujos donos tratam o poderoso País de língua portuguesa, a sexta maior economia do mundo, como se fosse o quintal da casa (grande) deles.

É realmente o fim da picada a falta de atitude dos governos do PT quanto a regular um setor que está nas mãos de megaempresários que já demonstraram, no decorrer da história, não terem quaisquer compromissos com o Brasil, bem como, indevidamente e muitas vezes criminosamente, interferiram na política brasileira, como se fossem um partido de direita com vocação golpista. E, de fato, esse processo draconiano acontece.

Por causa desse perfil e essência intervencionista, a imprensa de mercado que viceja neste País tenta emparedar o Governo Dilma, além de, nos últimos meses, estar a repercutir uma campanha insidiosa e sem trégua contra o ex-presidente Lula, que, por intermédio de seu Instituto, tem respondido a altura às calúnias e às difamações provenientes de publicações direitistas e de oposição como a "Época" ("Globo") e a "Veja" ("Abril"), duas empresas que há décadas vivem do dinheiro público e de empréstimos a juros baixos em bancos de fomento.

Duas pseudorrevistas de passado político deverasmente questionável, a começar pela associação de dois de seus editores-chefes que se aventuraram com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, cujo propósito era desestabilizar o Governo Dilma e o Governo do DF de Agnelo Queiroz.

E assim foi feito durante anos, até a cassação do senador do DEM, Demóstenes Torres, o "Plutarco" da imprensa familiar, também envolvido nesse esquema criminoso, fato esse que cooperou para dar fim aos ataques desse grupo ilegal às autoridades do DF e do Governo Central, sendo que muitos caíram, pois perderam seus espaços, tiveram seus nomes jogados na lama, sem direito de defesa na imprensa corporativa e alienígena, como ocorreu com o ministro do Esporte, Orlando Silva. Depois, ficou comprovado que ele não cometeu quaisquer malfeitos. Porém, já era tarde. Os inimigos do Governo conseguiram concretizar seus intentos.

Esse é o método fascista praticado por esses meios de comunicação pertencentes a megaempresários que têm em suas contas bilhões de reais e que lutam para pautar o País e os mandatários eleitos pela vontade soberana do povo brasileiro. Tal método é aplicado agora contra o ex-presidente Lula, por ser ele um virtual candidato à Presidência em 2018.

Seu Instituto está a ser duramente atacado. Uma forma de desconstruí-lo, desqualificá-lo e, o mais importante, criminalizá-lo. É surreal. Uma imprensa empresarial criminosa, mentirosa e manipuladora, acusada de sonegar impostos e de se partidarizar, acusa Lula de ter recebido dinheiro para fazer funcionar seu Instituto, que não incorreu em quaisquer ilegalidades e muito menos recebeu dinheiro público, como aconteceu com o Instituto de FHC, que também recebeu dinheiro da Camargo Correa.

Dois pesos para duas medidas; e muito cinismo e hipocrisia aplicados nas veias! Essa é a imprensa comercial e privada brasileira e habitada por jornalistas que vendem a alma para se darem bem na vida. E a imprensa burguesa se considera séria! Seria cômico se não fosse trágico, ridículo e surreal. O Instituto Lula recebe financiamento legal de uma empreiteira para logo ser transformado em "escândalo" midiático.

Por sua vez, FHC — o Neoliberal I — recebe R$ 500 mil da Sabesp (empresa pública controlada pelo PSDB) e R$ 7 milhões das empresas Camargo Correa, Suzano, Grupo Gerdau, Klabin, Odebrecht, dentre outras empresas, porque foram 12 empresários, que adentraram o Palácio da Alvorada para que o Neoliberal I pudesse passar o chapéu e, consequentemente, obter dinheiro para poder criar o Instituto FHC.

Todavia, os recursos que o Instituto Lula recebeu são "escandalosos" para a imprensa de direita, evidentemente. Acontece que o Instituto Lula não cometeu quaisquer malfeitos, e a verdade é que essas acusações são "fakes", ou seja, farsas montadas para que a imagem de Lula seja desmerecida e desconstruída perante o povo brasileiro. Como se o povo fosse burro ou pensasse de forma deturpada e distorcida, como os coxinhas paneleiros de classe média. Ledo engano. A imprensa familiar quer jogar o Lula na lama e o FHC no altar. Dois pesos e duas medidas. Lula não cometeu crime. É isso aí."

FONTE: escrito por DAVIS SENA FILHO no portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/185338/Imprensa-alien%C3%ADgena-quer-jogar-Lula-na-lama-e-FHC-no-altar---Dois-pesos-e-duas-medidas.htm). [Trecho entre colchetes acrescentado por este blog 'democracia&política'].

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