[OBS deste blog 'democracia&política': Além do recente muro que separa os palestinos de suas terras invadidas e apropriadas por Israel e do muro que impede os mexicanos de também circularem para outros países do NAFTA como circulam livremente o capital e produtos dos EUA para o México, agora surgem novos muros na Europa para tentar conter o tsumani da imigração causada principalmente por guerras promovidas, ou diretamente executadas, pelos EUA e OTAN na África e Oriente Médio. Muro é solução burra, ineficaz, dispendiosa. Não resolve os problemas, apenas os diminui momentaneamente].
Muros desumanos
Muros desumanos
Do jornal "Avante", de Portugal
"Vários países europeus têm vindo alargar vedações e reforçar efetivos para impedir a entrada de refugiados, cujo fluxo crescente só tem paralelo com o êxodo da II Guerra Mundial.
O número dos que atravessaram o Mediterrâneo em direção às costas europeias eleva-se, desde o início do ano, a quase 310 mil, segundo revelou, dia 29, a agência da ONU para os Refugiados (ACNUR).
Cerca de 200 mil pessoas desembarcaram na Grécia e 110 mil na Itália. Mais de 2400 morreram durante a travessia.
A explosão do fluxo migratório nos últimos anos deve-se em grande parte às guerras apoiadas pelas potências ocidentais, nomeadamente na Síria e na Líbia.
Na mesma semana, a ACNUR calculou em 60 milhões o número de refugiados no mundo, precisando que "refugiados são pessoas que fogem de perseguições ou de conflitos armados", a quem "a negação de asilo tem consequências potencialmente mortais".
O seu estatuto está definido pela lei internacional, que lhes consagra o direito de assistência pelos estados.
Porém, indiferentes ao drama humanitário, vários governos da Europa têm erguido barreiras e estendido vedações de arame farpado ao longo de centenas de quilômetros de fronteira.
Um desses obstáculos situa-se na província turca de Erdine, na fronteira com a Grécia. A estrutura, com extensão de 12,5 quilômetros, foi construída em 2013 com fundos da União Europeia.
Mas logo nesse ano de 2013, parte do fluxo migratório deslocou-se para a Bulgária. Mais uma vez, a União Europeia financiou o levantamento de vedações metálicas, ao longo de 30 quilômetros, nas localidades fronteiriças de Lesovo e Krainovo, hoje policiadas por mais de mil militares. Em janeiro passado, o governo búlgaro decidiu construir mais 82 quilômetros de vedações.
A Hungria é outra porta de entrada para aqueles que chegam da Macedônia (Sul) ou da Bulgária (Leste) e atravessam a Sérvia. Para impedir o trânsito, o governo conservador húngaro decidiu construir uma vedação com quatro metros de altura e extensão de 135 quilômetros, que está em fase de conclusão. Mais de 120 mil pessoas entraram este ano na Hungria, seguindo viagem para outros países da UE.
Também nas cidades de Melila e Ceuta, sob soberania espanhola, o governo de Madrid reforçou a vedação tripla para travar a passagem de migrantes, que se intensificou em 2013 e 2014.
Já em pleno coração da Europa, o reforço do policiamento e das barreiras físicas foram igualmente as únicas "medidas" tomadas pelos governos da França e do Reino Unido para responder aos milhares de refugiados e imigrantes que procuram atravessar o Canal da Mancha."
FONTE: do jornal "Avante", de Portugal. Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/269877-9).
O número dos que atravessaram o Mediterrâneo em direção às costas europeias eleva-se, desde o início do ano, a quase 310 mil, segundo revelou, dia 29, a agência da ONU para os Refugiados (ACNUR).
Cerca de 200 mil pessoas desembarcaram na Grécia e 110 mil na Itália. Mais de 2400 morreram durante a travessia.
A explosão do fluxo migratório nos últimos anos deve-se em grande parte às guerras apoiadas pelas potências ocidentais, nomeadamente na Síria e na Líbia.
Na mesma semana, a ACNUR calculou em 60 milhões o número de refugiados no mundo, precisando que "refugiados são pessoas que fogem de perseguições ou de conflitos armados", a quem "a negação de asilo tem consequências potencialmente mortais".
O seu estatuto está definido pela lei internacional, que lhes consagra o direito de assistência pelos estados.
Porém, indiferentes ao drama humanitário, vários governos da Europa têm erguido barreiras e estendido vedações de arame farpado ao longo de centenas de quilômetros de fronteira.
Um desses obstáculos situa-se na província turca de Erdine, na fronteira com a Grécia. A estrutura, com extensão de 12,5 quilômetros, foi construída em 2013 com fundos da União Europeia.
Mas logo nesse ano de 2013, parte do fluxo migratório deslocou-se para a Bulgária. Mais uma vez, a União Europeia financiou o levantamento de vedações metálicas, ao longo de 30 quilômetros, nas localidades fronteiriças de Lesovo e Krainovo, hoje policiadas por mais de mil militares. Em janeiro passado, o governo búlgaro decidiu construir mais 82 quilômetros de vedações.
A Hungria é outra porta de entrada para aqueles que chegam da Macedônia (Sul) ou da Bulgária (Leste) e atravessam a Sérvia. Para impedir o trânsito, o governo conservador húngaro decidiu construir uma vedação com quatro metros de altura e extensão de 135 quilômetros, que está em fase de conclusão. Mais de 120 mil pessoas entraram este ano na Hungria, seguindo viagem para outros países da UE.
Também nas cidades de Melila e Ceuta, sob soberania espanhola, o governo de Madrid reforçou a vedação tripla para travar a passagem de migrantes, que se intensificou em 2013 e 2014.
Já em pleno coração da Europa, o reforço do policiamento e das barreiras físicas foram igualmente as únicas "medidas" tomadas pelos governos da França e do Reino Unido para responder aos milhares de refugiados e imigrantes que procuram atravessar o Canal da Mancha."
FONTE: do jornal "Avante", de Portugal. Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/269877-9).
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