segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O EMPOLGADO RECONHECIMENTO ARGENTINO A LULA




Lula é recebido como presidenciável na Argentina

"A glória do operário que chegou ao poder e conquistou, em seu governo, crescimento econômico e inclusão social. O ex-presidente Lula fez ontem um discurso voltado ao seu tempo na presidência. Lula falou da economia ao se dizer assustado com quem fala em ajuste "ao primeiro sinal de crise".

O ex-presidente foi convidado de honra para abrir um congresso de responsabilidade social em Buenos Aires e saudado como um presidenciável em 2018 pelos organizadores do evento. Embora o local do congresso, a Sociedade Rural Argentina, seja tradicionalmente centro de causas mais conservadoras e de oposição ao kirchnerismo, desta vez havia a plateia inquieta que ficava na ponta dos pés para ver o brasileiro e cujos aplausos o interromperam várias vezes.



Com o auditório lotado de fãs e num país onde desperta fascínio na maioria da população, Lula referiu-se à crise do Brasil como início de um processo. "Me assusta a visão de que ao primeiro sintoma de crise se fale em ajuste", disse. Para ele, ajuste traz "perda de salário, de emprego e miséria" e todas as experiências nesse sentido "levaram os países ao empobrecimento".



A lembrança da agência de classificação e risco Standard & Poor´s também fez parte do discurso de Lula, que disse: "Engraçado como uma agência de rating pode medir a dor de barriga na América do Sul". Para ele, essas agências "não têm coragem de rebaixar países da Europa que, sabemos, questão quebrados". O rebaixamento do Brasil significa, disse, "que a gente não pode fazer o que eles querem porque depois disso vem a receita".

Foi com a voz embargada que o cientista social e doutor em economia, Bernardo Kliksbery, presidente do "3º congresso internacional de responsabilidade social", apresentou Lula como um dos maiores estadistas do mundo e que hoje enfrenta "uma direita conservadora com medo que ele volte a ser presidente do Brasil".

Lula defendeu o aumento da disponibilidade de crédito para pequenas e médias empresas e o fim das barreiras tarifárias que dificultam o comércio entre Brasil e Argentina. A união de ambos, disse, é o caminho para negociar com outros blocos, como a União Europeia. "Não existe a hipótese de Brasil e Argentina continuarem a crescer se não entenderem que é preciso ter mais gente que acredita nessa integração", destacou.

A reaproximação entre os dois países faz parte da agenda de Daniel Scioli, um dos favoritos à sucessão presidencial argentina, segundo os assessores do candidato apoiado pela presidente Cristina Kirchner. Scioli teve bastante tempo para abordar o assunto com o ex-presidente do Brasil. Lula chegou à Argentina na terça-feira, após breve passagem pelo Paraguai, onde participou de um evento a convite do presidente daquele país, Horacio Cartes. No dia seguinte, marcou apoio à campanha de Scioli ao comparecer com ele e Cristina na inauguração de uma unidade de atendimento de saúde nos arredores da capital argentina.

No discurso de sexta-feira, Lula lembrou da boa relação que os dois países tinham nos tempos em que ele e Néstor Kirchner, marido de Cristina, morto em 2010, eram presidentes. O comércio bilateral enfraqueceu-se inicialmente com o aumento das restrições a produtos importados impostas pelo governo de Cristina para preservar reservas. Com a crise de demanda no Brasil, o quadro piorou.

Lula deu forte ênfase às suas políticas de inclusão social. Lula também elogiou projetos de educação mais recentes, como o Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

O orador conclamou empresários, governos e trabalhadores a "não temer a crise, que será passageira". E não deixou de criticar a elite, que "se incomoda ao ver que o pobre que antes passava pelo restaurante e só olhava passou a pedir um prato e aquele que só olhava os aviões passou a viajar neles".


UPA argentina recebe o nome de Luiz Inácio Lula da Silva

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, recebeu uma homenagem do governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, que batizou a Unidade de Pronto Atendimento do munícipio de José C. Paz, com o nome de Lula, na quarta-feira(9), em Buenos Aires.

Lula agradeceu a homenagem, dizendo que “é sempre uma alegria muito grande vir a Argentina”. O ex-presidente disse que a inauguração da UPA é uma conquista para o povo. "O hospital tem que vir até as pessoas pobres que precisam de saúde", reforçou.

Cristina e Lula também ressaltaram a boa relação bilateral entre os países. "Eu tenho orgulho de dizer que o Brasil e a Argentina construíram a melhor relação. Se a Argentina e o Brasil estão Unidos, a América Latina também está unida”, disse Lula. A presidente lembrou que "Lula e Néstor Kirchner inauguraram uma etapa inédita nas relações entre Brasil e Argentina".

FONTE: do blog "Os amigos do Presidente Lula"  (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2015/09/lula-e-recebido-como-presidenciavel-na.html).

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