Do "Diário Liberdade"
Revoluções “Made in CIA” no norte da África e Oriente Médio provocam morte de migrantes em fuga
União Europeia - LBI-QI
"A cena de um menino de dois anos morto por afogamento na costa turca chocou o mundo. Desgraçadamente, ele é “apenas” um dos milhares de mortos que perdem a vida nas viagens de imigrantes desesperados para chegar na Europa.
Contudo, esses não são acidentes, são crimes.
Os imigrantes e os refugiados são forçados a essa realidade devido à política imperialista da OTAN, dos EUA e da UE, pela agressividade e intervenção na Líbia, Iraque, Mali, Iêmen, [Afeganistão] vendidas ao mundo como “revoluções” [ou intervenções militares "humanitárias" dos EUA e OTAN para levar "democracia" e "liberdade" àqueles povos (em troca principalmente de petróleo e gás)], assim como pelas políticas das transnacionais e pelo saque de recursos naturais na África e Oriente Médio, pela destruição e manipulação das economias dos países e, finalmente, pela política da União Europeia e seus governos contra os trabalhadores imigrantes.
A maioria vem da Líbia, Síria, Mali, Iraque, Afeganistão e do norte da África, países que foram ou são alvo das intervenções militares imperialistas ou da ação de grupos terroristas patrocinados pelas potências capitalistas, como o Estado Islâmico (EI). É o chamado “efeito bumerangue” que agora se volta contra os países europeus.
Os dirigentes dos governos imperialistas reunidos em Bruxelas decidiram que vão usar drones para bombardear embarcações ancoradas nos portos da Líbia e que sejam capazes de transportar imigrantes até a costa da Itália e Grécia. A política anti-imigração do imperialismo é bem clara.
Anteriormente, os imigrantes foram utilizados como mão-de-obra barata a fim de rebaixar os salários nos países imperialistas e quebrar a resistência da classe operária desses países. Agora, com o aprofundamento da crise capitalista, que está elevando a níveis altíssimos o desemprego, a burguesia imperialista descarta os estrangeiros para explorar os seus próprios operários. De acordo com dados da ONU, cerca de 2,5 mil imigrantes se afogaram no mar Mediterrâneo neste ano, vítimas dos muitos barcos superlotados que tentam chegar à costa da Itália e da Grécia.
O fluxo de pessoas desesperadas que parte da Síria, Líbia e do norte da África na tentativa de alcançar a Europa já é muito maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Números recentes mostram que milhares de pessoas estão usando uma rota perigosa através dos Bálcãs para chegar à Alemanha e a outros países do norte da União Europeia. Na última semana, novas tragédias voltaram a expor ao mundo a gravidade do problema. Mais de 300 mil imigrantes já arriscaram suas vidas tentando atravessar o Mediterrâneo neste ano. Em todo o ano passado, foram 219 mil pessoas.
Dois barcos com cerca de 500 imigrantes afundaram após deixar Zuwara, na Líbia, em 27 de agosto. Corpos de ao menos 71 pessoas, que podem ser imigrantes sírios, foram descobertos em um caminhão abandonado na Áustria, também em 27 de agosto. Naufrágio nos arredores da ilha de Lampedusa, na Itália, matou cerca de 800 pessoas em 19 de abril. Ao menos 300 imigrantes se afogaram ao tentar atravessar as águas agitadas do Mediterrâneo em fevereiro." [...]
FONTE: do "Diário Liberdade". Transcrito no "Jornal GGN" (http://jornalggn.com.br/noticia/as-revolucoes-made-in-cia-e-as-mortes-de-migrantes).
COMPLEMENTAÇÃO
PUTIN RESPONSABILIZA EUA POR CRISE DE REFUGIADOS NA EUROPA
"A Europa segue às cegas essa política (dos EUA) no marco de seus compromissos de aliados e depois arca com todo o peso" das consequências, disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre a questão dos refugiados. "A crise era de se esperar. Nós na Rússia, e esse humilde servidor, já previmos há vários anos problemas de envergadura se nossos parceiros ocidentais seguissem com sua política externa errônea, sobretudo nas regiões do mundo muçulmano", ressaltou.
Moscou, 4 set (da agência estatal espanhola de notícias EFE)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, responsabilizou os Estados Unidos e a sua política no Oriente Médio pela avalanche de refugiados que chega atualmente à Europa. "A Europa segue às cegas essa política (dos EUA) no marco de seus compromissos de aliados e depois arca com todo o peso" das consequências, disse Putin nesta sexta-feira aos jornalistas durante o Fórum Econômico de Vladivostok.
O presidente russo comentou que vê "com perplexidade como alguns meios de comunicação americanos criticam à Europa por uma excessiva, segundo eles, crueldade com os imigrantes", enquanto os próprios EUA não sofrem a avalanche de refugiados de países em guerra no Oriente Médio, na Ásia Central e no norte da África.
"A crise (de refugiados) era de se esperar. Nós na Rússia, e esse humilde servidor, já previmos há vários anos problemas de envergadura se nossos parceiros ocidentais seguissem com sua política externa errônea, sobretudo nas regiões do mundo muçulmano", lembrou Putin.
O chefe do Kremlin reiterou que essa política realizada até hoje pelo Ocidente pretende impor seus valores e padrões nessas regiões sem levar em conta suas peculiaridades históricas, religiosas, nacionais e culturais. A primeira coisa que é preciso fazer para resolver o problema dos refugiados, segundo Putin, "é lutar juntos contra o terrorismo e os extremismos de todo tipo, principalmente nos países com problemas".
Putin reforçou que a Rússia quer impulsionar a criação de uma coalizão internacional para combater os jihadistas do Estado Islâmico (EI), uma proposta que já fez ao presidente americano, Barack Obama, e também a vários líderes do mundo árabe.
"Apesar de ser impossível hoje em dia que todos os países interessados em lutar contra o terrorismo se organizem no campo de batalha, seria preciso conseguir pelo menos uma coordenação entre eles", advertiu Putin em alusão à recusa do Ocidente, da Arábia Saudita e da oposição síria em lutar junto às tropas do presidente Bashar al Assad.
Enquanto Moscou considera que uma coalizão militar que una o regime de Damasco com sua oposição na luta contra um inimigo comum impulsionará o processo político na Síria, Washington se propôs a "estender seus ataques aéreos às tropas de Assad se essas atacarem as milícias apoiadas pelo Ocidente".
A Rússia reiterou em muitas ocasiões suas críticas às potências ocidentais por minar as posições de Damasco, alegando que essa estratégia apenas debilitará a capacidade das autoridades sírias de fazer frente à ameaça do EI."
FONTE da complementação: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/195609/Putin-responsabiliza-EUA-por-crise-de-refugiados-na-Europa.htm).
O presidente russo comentou que vê "com perplexidade como alguns meios de comunicação americanos criticam à Europa por uma excessiva, segundo eles, crueldade com os imigrantes", enquanto os próprios EUA não sofrem a avalanche de refugiados de países em guerra no Oriente Médio, na Ásia Central e no norte da África.
"A crise (de refugiados) era de se esperar. Nós na Rússia, e esse humilde servidor, já previmos há vários anos problemas de envergadura se nossos parceiros ocidentais seguissem com sua política externa errônea, sobretudo nas regiões do mundo muçulmano", lembrou Putin.
O chefe do Kremlin reiterou que essa política realizada até hoje pelo Ocidente pretende impor seus valores e padrões nessas regiões sem levar em conta suas peculiaridades históricas, religiosas, nacionais e culturais. A primeira coisa que é preciso fazer para resolver o problema dos refugiados, segundo Putin, "é lutar juntos contra o terrorismo e os extremismos de todo tipo, principalmente nos países com problemas".
Putin reforçou que a Rússia quer impulsionar a criação de uma coalizão internacional para combater os jihadistas do Estado Islâmico (EI), uma proposta que já fez ao presidente americano, Barack Obama, e também a vários líderes do mundo árabe.
"Apesar de ser impossível hoje em dia que todos os países interessados em lutar contra o terrorismo se organizem no campo de batalha, seria preciso conseguir pelo menos uma coordenação entre eles", advertiu Putin em alusão à recusa do Ocidente, da Arábia Saudita e da oposição síria em lutar junto às tropas do presidente Bashar al Assad.
Enquanto Moscou considera que uma coalizão militar que una o regime de Damasco com sua oposição na luta contra um inimigo comum impulsionará o processo político na Síria, Washington se propôs a "estender seus ataques aéreos às tropas de Assad se essas atacarem as milícias apoiadas pelo Ocidente".
A Rússia reiterou em muitas ocasiões suas críticas às potências ocidentais por minar as posições de Damasco, alegando que essa estratégia apenas debilitará a capacidade das autoridades sírias de fazer frente à ameaça do EI."
FONTE da complementação: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/195609/Putin-responsabiliza-EUA-por-crise-de-refugiados-na-Europa.htm).
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