sábado, 20 de junho de 2009

INDÍCIOS DE YOUTUBE E TWITTER “FILTRAREM”, TENDENCIOSOS PRÓ-ISRAEL

“SE CONVERTERAM EM DIFUSOR DA OPOSIÇÃO IRANIANA”, MAS

“QUANDO A FAIXA DE GAZA SANGRAVA SOB ATAQUE ISRAELENSE, OS FILTROS DO YOUTUBE FORAM POUCO GENEROSOS COM OS VÍDEOS PALESTINOS”

“CRISE NO IRÃ NOS LEMBRA QUE A WEB É INGOVERNÁVEL


Há muita gente que perde o sono confabulando formas de enquadrar a internet.
São estes insones que propõem extinguir o P2P, incriminar blogs e transformar provedores em cartórios. Para nossa sorte, eles sempre fracassam.

Nos últimos seis dias, o mundo assistiu à ascensão de YouTube e Twitter ao olimpo dos heróis da democracia. Afinal, as duas ferramentas se converteram em difusor da oposição iraniana, sufocada por um regime que controla todos os meios de comunicação, menos a web. O Twitter até adiou uma manutenção programada a fim de favorecer a rebeldia iraniana.

Não foi assim em janeiro de 2009. Quando a faixa de Gaza sangrava sob ataque israelense, os filtros do YouTube foram pouco generosos com os vídeos palestinos. Na época, argumentou-se que os termos do serviço não estavam de acordo com imagens violentas. Os moradores de Gaza então recorreram ao Paltube, um repositório de vídeos nada imparcial e afinado com os interesses palestinos.

Um premiado documentário sobre crises políticas e golpes de estado leva como título (e argumento central) a frase ´a revolução não será televisionada´.

Não é uma referência a alguma revolução em particular. O documentário defende a tese de que rebeldes – de todas as causas – não são bem tratados pela TV. Chegar ao poder e por lá permanecer demanda ter controle ou influência sobre os meios de comunicação, sustenta o filme.

Concluir que os heróis da semana podem ser vítimas das mesmas pressões e influências que TVs convencionais não é de todo desalentador. Afinal, eles não são a internet. A web não só é muito maior como é ingovernável. Para nossa sorte.”

FONTE: Info Online, blog de Felipe Zimoginski, portal UOL, em 19/06/2009

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