quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

AS "ORGANIZAÇÕES SERRA" SÃO CO-RESPONSÁVEIS PELAS SITUAÇÕES DE CORRUPÇÃO NO PODER PÚBLICO

"O caso Arruda vai se tornando um fato de comoção pública, com a capacidade de amplificação da imprensa, em especial da poderosa Organizações Serra (Globo, Folha, Estadão e Veja, entre outros).

A quantidade de vídeos em exposição na internet pode até levantar a suspeita de que o Durval foi contratado pelas Organizações para produzi-los. Mas não é disso que quero falar.

A comoção nacional leva as pessoas a se indignarem com todos os políticos, como se todos fossem corruptos. Tudo besteira!

Como já disse em post anterior, a desmoralização da política interessa ao projeto de hegemonia da imprensa, que deseja recuperar o poder que tinha até 2002 e voltar a mandar no executivo, no legislativo e no judiciário.

O projeto de hegemonia da imprensa – desenvolvido pelas Organizações Serra – é, na verdade, o projeto de hegemonia de grande parte da elite econômica brasileira, aliada a interesses estrangeiros e, hoje, representado pelo PSDB, com a conivência do DEM e do PPS. A essa aliança denominei de Lado Obscuro da Força, comandado por Dart Serra.

Portanto, acabar com a credibilidade do PT, do PMDB e de parte do DEM – se for útil para o projeto, como eu acredito piamente que seja – tem importância estratégica para a ampliação da hegemonia desses segmentos.

O PSDB está fora porque ele é o representante político desses interesses. Não é a toa que o mar de corrupção no Rio Grande do Sul, com a governadora Yeda Crusius (PSDB), não mereceu destaque algum da imprensa.

Da mesma forma, os escândalos do governo Serra sequer emergem num cantinho qualquer do grande noticiário.

As Organizações Serra, através dos seus principais representantes, a cada evento desses, vem pedir punição, porque as pessoas com menos discernimento político querem linchamento e pena de morte. Pensam que, com isso, não haverá mais corrupção.

Punição é necessária e tem ocorrido. Há uma grande lista de cassados, investigados e punidos.

O que mostra a insuficiência para resolver o problema central: como são financiadas as campanhas eleitorais em conjunção com votação em pessoas e não em partido.

Grande parte da busca incessante por recursos para financiamento de campanhas está ligada a esses dois aspectos.

Não haverá saída, nem redução significativa da corrupção, enquanto não for votada e implantada a necessária reforma política, enviada pelo governo Lula e estacionada no Congresso Nacional, que propõe financiamento público de campanha e voto em lista.

Afirmo que as Organizações Serra são co-responsáveis por essa situação institucionalizada da corrupção na medida em que não querem a reforma política.

Se quisessem, com o seu poder de convencimento, aliado à força política do presidente Lula e do PT que desejam essa reforma, ela aconteceria.

Ao contrário, sempre que se fala em financiamento público de campanha e voto em lista as Organizações Serra vêm com centenas de entrevistas, artigos e matérias mostrando que isso é um absurdo.

E porque ela não quer?

Porque a base política das Organizações Serra se elege, em grande parte, com financiamento privado e caixa 2.

Estou exagerando?"

FONTE: publicado hoje (03/12) no blog "FBI - Festival de Besteiras da Imprensa", de Augusto da Fonseca.

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