Falcão e os três pecados do Supremo. Gilmar é responsável por dois
"O problema, caro Joaquim, é Ele
Joaquim Falcão publica excelente (como sempre) artigo, hoje, na Folha (*), pág. 3
“Supremo: um mal estar”
Falcão considera que o Supremo adotou três decisões que comprometem a sua eficácia (e levam à desmoralização, como lembrou o corajoso Ministro Joaquim Barbosa, ao se referir ao comportamento do Supremo Presidente do Supremo – PHA).
O primeiro erro foi permitir que Ministros falassem fora dos autos.
“Esse comportamento faz do instante da celebridade individual a erosão da legitimidade institucional.”(Leia-se Gilmar Dantas (*) – PHA)
A segunda decisão desastrosa foi permitir a cobertura ao vivo, pela TV, das sessões do Supremo.
(Levou à “espetacularização” – para usar palavra próxima ao Supremo Presidente do Supremo – dos votos. O cidadão percebe a frase, a entonação, a ênfase que busca as manchetes do PiG (**) ou do jornal nacional – PHA.)
(Embora o Supremo Presidente do Supremo talvez seja o último a defender o fim das transmissões ao vivo, não é dele a invenção dessa praga – PHA.)
Por fim, Falcão, sempre sereno e sensato, considera um absurdo o Presidente do Supremo acumular a função de Presidente do Conselho Nacional de Justiça.
(Ou seja, outra aberração de que Gilmar Dantas (*) se vale com maestria. Usa um para decidir sobre o outro. A autoridade de um para constranger a decisão do outro. Usa o púlpito de Presidente Supremo do Supremo para, como presidente do CNJ, perseguir Juízes de Primeira Instância, como aconteceu, em fim de contas, com o corajoso Juiz Fausto de Sanctis. PHA)
O problema, caro amigo Joaquim Falcão, é que jamais houve na História do Supremo um Supremo Presidente do Supremo como Gilmar Dantas (*).
Já se sabe que ninguém é perfeito.
Que os Ministros não são sempre objetivos.
Já se sabe que o Supremo é uma casa política.
Mas, Gilmar Dantas (*) exacerbou tudo isso.
Ele é um ativista político.
Não é um Juiz.
Seja na hora de votar sobre as células-tronco, sobre Daniel Dantas ou o mensalão tucano de Minas Gerais – ele tem partido, tem lado.
Ele vota de um lado só – o lado do Fernando Henrique Cardoso e todo o espaço que ele ocupa no espectro político brasileiro.
Além do mais, Gilmar Dantas (*) foi possuído pela hubris.
E ele quer presidir o Supremo, o CNJ, o Legislativo e o Executivo.
Ele tentou dar um Golpe de Estado da Direita.
Ele chamou o Brasil às falas.
Ainda bem que, daqui a pouco, Ele se recolhe à sua ministerial insignificância.
E os três defeitos do Supremo – a Ele sobreviverão ?
(*) Veja como um notável jornalista do Globo (do Globo !) se refere a Ele
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista."
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e publicado hoje (06/12) em seu portal "Conversa Afiada".
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