domingo, 6 de dezembro de 2009
MORALES SERÁ REELEITO HOJE
Trecho do cabeçalho da 1ª página do site Carta Maior:
"Carta Maior saúda a reeleição do aymará que derrotou o preconceito e a hegemonia de uma elite que fez da Bolívia o país mais pobre da AL."
Evo Morales deve ser reeleito em primeiro turno nas eleições deste domingo na Bolívia. A campanha de Morales terminou quinta-feira na periferia de El Alto com uma das maiores concentrações políticas da história boliviana. O pleito do dia 6 renova todos os cargos eletivos e, a exemplo do que ocorreu no Uruguai, deve homologar o estreitamento político da direita, inclusive entre a classe média boliviana.
Candidatos progressistas venceram as eleições presidenciais deste ano em El Salvador, Equador e no Uruguai.
A direita ganhou no Panamá, deu um golpe em Honduras, lidera as pesquisas no Chile, que decide o sucessor de Bachelet no próximo dia 13.
Em 2010 estão marcadas eleições presidenciais no Brasil e Colombia; em 2011 Peru e Argentina fecham o ciclo eleitoral que define o passo seguinte da história na AL."
Transcrição do UOL Notícias de hoje (06/12):
"Sem opositor 'separatista', Evo pode ser reeleito hoje presidente com votação recorde
Sem opositor da região conhecida como "Media Luna", o presidente da Bolívia, Evo Morales, pode conquistar hoje um novo mandato à frente do país. Provavelmente, obterá uma votação recorde: um processo de recadastramento eleitoral biométrico (que inclui foto e impressões digitais dos eleitores) levou ao registro de mais de 5,1 milhões de eleitores, que estão habilitados a votar para presidente e para o Legislativo nas eleições gerais deste domingo.
Morales, que dirige o país desde 2006. Ele foi eleito para o cargo depois de uma crise que levou à queda, em 2005, do então presidente Carlos Mesa.
Na eleição de 2005, votaram 3,1 milhões de bolivianos, de um total de 3,7 milhões inscritos.
Na ocasião, Morales obteve 54% dos votos. Se a abstenção se mantiver em 15% e Morales repetir o percentual de votos, seu partido, o MAS (Movimento ao Socialismo), obterá mais de 2 milhões de votos.
Morales conseguiu a aprovação da nova Constituição num referendo em janeiro deste ano, após enfrentar forte resistência, especialmente nos departamentos que defendiam maior autonomia - Pando, Beni, Santa Cruz, Chuquisaca e Tarija.
Esses departamentos são também os que têm menos da metade de população indígena, enquanto La Paz, Oruro, Potosí, Chuquiasca e Cochabamba contam com maioria formada por índios quíchuas e aimarás.
Se reeleito agora, Morales tomará posse para o novo mandato em janeiro e governará por mais cinco anos, até janeiro de 2015.
As pesquisas dão ao atual presidente uma vantagem de até 30 pontos percentuais sobre o segundo colocado nas intenções de voto, o opositor Manfred Reyes Villa, ex-governador da região central de Cochabamba. Reyes Villa, do Plano Progresso Para Bolívia-Convergência Nacional, ex-militar e ligado aos setores da direita extrema da Bolívia (Reyes Villa foi ligado ao ex-presidente e ditador Hugo Bánzer).(...)"
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