domingo, 20 de fevereiro de 2011

OBAMA COLOCA VERBA NO ORÇAMENTO PARA GRUPOS CONTRA CHÁVEZ


[Este blog já se manifestou em 31/12/2010, na postagem intitulada “LUTA PELO PETRÓLEO: CRESCE A TENSÃO EUA x VENEZUELA”, que a meta dos EUA de controlar a produção e a exportação do petróleo venezuelano é a principal causa de toda a interferência norte-americana na política da Venezuela e da campanha internacional contra Hugo Chávez desenvolvida persistentemente pela imprensa direitista, inclusive a brasileira.

Chávez passou a ser um estorvo para os EUA quando ficou evidente que ele não tinha perfil para ser marionete de interesses norte-americanos. Em 2002, foi vítima de golpe, com sua retirada do cargo presidencial para o qual havia sido eleito. Comprovadamente, os golpistas de direita, aliados à ‘grande’ mídia venezuelana e estrangeira, receberam apoio norte-americano. O golpe foi frustrado por reação popular e dos militares de menor posto. Chávez foi libertado da prisão e reassumiu a presidência. Os conspiradores pretendiam, entre outras “modernizações”, privatizar a estatal venezuelana de petróleo, a PDVSA, para beneficiar e favorecer o grupo petroleiro associado ao então presidente Bush dos EUA e à petroleira espanhola Repsol.

A fórmula contra Chávez utilizada pelos norte-americanos e aliados é a mesma. Saddam Hussein passou a ser demonizado pelos EUA e pela mídia internacional até que, por pretextos mentirosos (falsas acusações de ameaçador arsenal de bombas atômicas), o Iraque foi invadido e a sua produção e exportação de petróleo agora estão controladas pelos EUA, ao custo de mais de 100 mil civis iraquianos mortos. Indiretamente, a invasão causou outras 900.000 mortes no Iraque.


A situação é preocupante para o Brasil, com o seu cobiçado pré-sal, e também porque temos longa fronteira com a Venezuela].

Vejamos a seguir mais um detalhe das ações dos EUA contra a Venezuela:

DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS EUA SOLICITA FINANCIAMENTO PARA A OPOSIÇÃO VENEZUELANA EM 2012

Por Eva Golinger, na “Adital”

“Segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011, o Presidente Barack Obama apresentou ante o Congresso estadunidense orçamento de 3,7 trilhões de dólares para 2012. No orçamento trilionário de Obama, encontra-se financiamento especial para os grupos antichavistas na Venezuela.

A excessiva soma de dinheiro representa o orçamento anual mais alto de toda a história estadunidense. No montante total encontram-se mais de 670 bilhões de dólares para o Pentágono e para as operações militares, cerca de 75 bilhões de dólares para os serviços de inteligência e 55,7 bilhões de dólares para o Departamento de Estado e para a Agência Internacional de Desenvolvimento dos Estados Unidos (USAID).

Por primeira vez nesses anos, o orçamento do Departamento de Estado destaca financiamento direto de 5 milhões para os grupos antichavistas na Venezuela. Especificamente, o documento detalha. “Esses fundos ajudarão a fortalecer e apoiar a sociedade civil venezuelana para proteger o espaço democrático. O financiamento aumentará o acesso à informação objetiva; facilitará o debate pacifico sobre assuntos chave; ministrará apoio às instituições e aos processos democráticos; promoverá a participação cidadã e reforçará a liderança democrática”.

Apesar de que, talvez, soe “bonita” a linguagem empregada para justificar os milhões de dólares para grupos opositores da Venezuela, esse dinheiro tem funcionado como fonte principal para alimentar a subversão e a desestabilização contra o governo de Hugo Chávez. Somente de 2008 a 2011, o Departamento de Estado canalizou mais de 40 milhões de dólares à oposição venezuelana, principalmente investindo esse dinheiro nas campanhas eleitorais contra o presidente Chávez e na maquinária midiática para influir sobre a opinião pública venezuelana.

O financiamento solicitado para 2012 para os grupos antichavistas na Venezuela provem de uma divisão do Departamento de Estado chamada “Fundo de Apoio Econômico”. No entanto, não é essa a única fonte de financiamento para os setores opositores na Venezuela. Receberão também entre 1 e 2 milhões de dólares da NED (Fundo Nacional para a Democracia) e vários milhões de dólares de outras agências estadunidenses e internacionais.

FINANCIAMENTO PROIBIDO

Chama a atenção que neste ano se divulga publicamente o financiamento para a oposição venezuelana, porque na Venezuela agora existe a Lei de Defesa da Soberania Política e da Autodeterminação Nacional que proíbe o financiamento externo para fins políticos no país. Então, teremos que nos perguntar de que maneira o Departamento de Estado pensa canalizar esses fundos multimilionários a grupos venezuelanos, já que sua entrega seria violação da lei.

Em anos anteriores, não se detalhava o financiamento direto a grupos políticos na Venezuela no orçamento anual do Departamento de Estado porque desde 2002 a USAID tem sido o canal principal para esses fundos. No entanto, o escritório não autorizado da USAID em Caracas decidiu trasladar abruptamente suas operações na Venezuela para os Estados Unidos no dia 31 de dezembro de 2010 e, desde então, o próprio Departamento de Estado assumiu a responsabilidade do financiamento à oposição na Venezuela.

Em 2012, há eleições presidenciais e regionais na Venezuela, razão pela qual se poderia especular que esses 5 milhões de dólares fazem parte de financiamento que estão preparando para as campanhas da oposição.

No orçamento do Departamento de Estado para 2012, também se destacam 20 milhões de dólares no financiamento para grupos e organizadores que trabalham contra a Revolução Cubana.

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, o financiamento dado através do Fundo de Apoio Econômico (ESF, por suas siglas em inglês) é para países de “alta importância estratégica” para Washington. Normalmente, os fundos não são autorizados pelos governos desses países, mas são entregues diretamente a grupos e organizações políticas que promovem os interesses dos Estados Unidos.”

FONTE: escrito por Eva Golinger, na agência de notícias “Adital”, e transcrito no portal “Viomundo” do jornalista Luiz Carlos Azenha (http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/eva-golinger-obama-coloca-no-orcamento-verba-para-grupos-contra-chavez-na-venezuela.html) [imagem do google e trecho inicial entre colchetes adicionados por este blog].

Um comentário:

Anônimo disse...

1000000 contra a politica brasileira participe vamos mostrar nosso descontentamento com a palhaçada em que virou a politica brasileira
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