segunda-feira, 7 de novembro de 2011
IRÃ ACUSA IMPERIALISTAS DE MENTIR SOBRE O PROGRAMA NUCLEAR
“O Irã acusou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de inventar mentiras contra o país em relatório sobre o programa nuclear da República Islâmica que deve ser divulgado nos próximos dias, informou ontem, domingo, o jornal "Tehran Times".
Conforme disse no sábado em Teerã o ministro das Relações Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, o relatório "carece de autenticidade e credibilidade técnica".
O chefe da diplomacia iraniana afirmou que o documento indica que o Irã realiza estudos sobre mísseis com capacidade para transportar armas nucleares, mas destacou que esses dados "não são válidos".
Salehi lembrou que a AIEA já divulgou anteriormente informações similares e que o Irã respondeu amplamente a essas acusações e negou que seu programa nuclear tenha fins militares.
O chanceler comparou as acusações da AIEA com o pretexto alegado pelos imperialistas estadunidenses para invadir o Iraque em 2003, quando Washington acusou o país árabe de manter armas de destruição em massa. "(A invasão) levou ao massacre de centenas de milhares de inocentes, mas depois foi provado que todas as informações eram falsas".
Em referência aos EUA, que acusam o Irã de pretender fabricar armas nucleares, o ministro ressaltou que "a AIEA não deve trabalhar sob a influência das grandes potências, mas se manter independente".
Na semana passada, vieram à tona ameaças dos sionistas israelenses [que desenvolveram bombas atômicas clandestinamente, à revelia da ONU e proibindo inspeções da AIEA, e agora querem atacar o Irã por mera e infundada suspeita] de realizar ataque militar contra instalações nucleares do Irã. Até o presidente israelense, Shimon Peres, deu seu recado à República Islâmica, ratificando as ameaças de guerra.
Para Salehi, tanto as últimas acusações quanto as ameaças de ataques militares contra o Irã são infundadas e pretendem aumentar a pressão contra o país.
A ONU submeteu o Irã a quatro pacotes de sanções devido ao programa nuclear, que os países imperialistas e seus aliados consideram possuir objetivos militares. Teerã nega e garante que tudo se destina exclusivamente a fins civis.”
FONTE: portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=168005&id_secao=9) [imagens (mapas) do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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3 comentários:
07/11/2011: No calote à UNESCO a face mais boçal das potências decadentes
Irina Bokova
“Em um período de crise econômica e transformações sociais, o trabalho da UNESCO foi essencial para promover a estabilidade econômica e os valores democráticos”.
Irina Bokova, secretária-geral da UNESCO, ao saber da decisão dos EUA de dar um calote na entidade.
EUA, Israel e Canadá recusam pagamentos à organização da ONU, que reconheceu a Palestina
As atitudes bestiais dos Estados Unidos, Israel e Canadá em relação à UNESCO mostram que tipo de escória moral governa esses países. Você provavelmente não está sabendo, porque essa mídia rastejante calou o bico, por conveniência, preferindo o exercício da fofoca demolidora e suspeita.
Esses países resolveram dar um calote na Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura como represália à decisão, amplamente majoritária, que acolheu o Estado Palestino como membro. Israel, para variar, foi mais além: intensificou a agressiva implantação de colônias judaicas em território palestino, em ações que desmascaram seus mentirosos anúncios de negociar a paz.
Desde a resolução de 1948 que criou dois Estados na Palestina, só os judeus puderam instalar-se, isso a custa de guerras e usurpações apoiadas pelas potências ocidentais e pelas colônias judaicas espalhadas por todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos, de onde exercem a hegemonia financeira internacional.
O Estado da Palestina, ao contrário, além de até hoje não ter sido reconhecido, vem tendo suas fronteiras reduzidas pela força e vê seus direitos nacionais sucumbirem ano a ano, num sofrimento sem precedente já imposto a um povo milenar.
Ante a ostensiva disposição de Israel e dos seus aliados de remeterem para as calendas o reconhecimento da Palestina, sua liderança optou por pleitear formalmente o reconhecimento na Assembléia Geral da ONU, este ano.
Enquanto a vontade da grande maioria das nações em seu favor é postergada ali pelo poder de veto dos Estados Unidos, França e Inglaterra, a Autoridade Palestina obteve o assento na UNESCO, graças à expressiva decisão de 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções.
Isso foi o bastante para que o governo dos Estados Unidos anunciasse a suspensão do pagamento em novembro de U$ 60 milhões, parte de suas obrigações com o órgão, que somam U$ 143 milhões a cada dois anos. A represália foi seguida pelo Canadá e por Israel. Em todos os casos, serão afetados programas da UNESCO em todo o mundo, inclusive no Afeganistão, como lembrou sua diretora-geral, a búlgara Irina Bokova, referindo-se aos programas de alfabetização de policiais daquele país.
“Será impossível mantermos o nosso nível de atividade atual, uma vez que a suspensão anunciada da contribuição norte-americana para 2011 afetará imediatamente a nossa capacidade de manter os programas em domínios críticos.” De acordo com a diretora da UNESCO, são programas consagrados ao alcance da educação primária universal, ao apoio às novas democracias e à luta contra o extremismo.
Não é a primeira vez que os Estados Unidos investem contra a UNESCO. De 1984 a 2003 o país afastou-se formalmente da organização, negando toda e qualquer contribuição, sob a alegação de discordar de sua linha de trabalho, de grande relevância para a educação, a ciência e a cultura, principalmente nos países pobres.
Desta vez, porém, essa decisão, anunciada pelo Sr. Barack Obama, está conectada com o apoio aos extremistas de Israel, que usam de todos os pretextos para aprofundarem o domínio total e absoluto de áreas pertencentes milenarmente às populações árabes.
O boicote à UNESCO acontece às vésperas da votação no Conselho de Segurança da ONU do pedido de reconhecimento do Estado Palestino, agendada para 11 de novembro.
E dá gás para que Israel anunciasse a intensificação das obras para a conclusão de duas mil unidades habitacionais para colonos judeus - 1650 nos territórios palestinos em Jerusalém Oriental e os restantes nos assentamentos de Maalé Adoumim e de Efrat (no sul de Belém, na Cisjordânia). Hoje, já somam 500 mil os judeus introduzidos pela força em território palestino, através de colônias construídas pelo governo de Israel.
De quebra, o governo israelense decidiu suspender o pagamento de R$ 50 milhões mensais devidos à Autoridade Palestina por conta da Taxa sobre o Valor Agregado recolhida sobre os produtos destinados aos palestinos que transitam pelos portos e aeroportos israelitas. Esta é a segunda vez neste ano que Israel retém as receitas que recolhe em nome da Autoridade Palestina. A primeira vez sucedeu o acordo de reconciliação de do governo do Fatah com o grupo islâmico que controla Gaza, Hamas, no início deste ano.
Em horas de violação dos direitos das nações soberanas com a complacência e o apoio de uma mídia atrelada ao grande capital, era de se esperar que os interesses coloniais mais insaciáveis ganhassem estímulo e avançassem na busca de compensações por suas próprias crises, cada vez mais agudas.
O projeto sionista é a ponta de lança mais exuberante da usurpação colonialista. Mas não se limita às suas áreas geográficas.
Quando penaliza a UNESCO, isto é, quando pune uma organização da ONU que atende a 193 países, o núcleo central do sistema colonial define suas prioridades, transformando uma injustiça regional no pretexto para atingir todo mundo, especialmente os mais de 100 países que acolheram o pedido dos palestinos, que tiveram uma vitória meramente simbólica e que em nada afetariam a estratégia e os programas da organização internacional.
Por aí se vê com que tipo de canalhas estamos lidando.
Escrito e enviado por Pedro Porfírio
http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/11/no-calote-unesco-face-mais-bocal-das.html
Probus,
Muito bom artigo. Obrigada. As ações de Israel e dos EUA na Palestina são hipócritas e maquiavélicas. Revoltam-me.
Maria Tereza
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