quinta-feira, 10 de novembro de 2011

PUTIN CHAMA GRANDES POTÊNCIAS DE 'ARROGANTES', POR CRISE ÁRABE

Ataques da OTAN, na Líbia, causaram dezenas de milhares de mortos

“O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, criticou na segunda-feira (7) o comportamento das "potências mundiais arrogantes" que apoiaram os levantes em alguns países do norte da África, em discurso em São Petersburgo durante reunião da ‘Organização de Cooperação de Xangai’ (OCS). "Essas potências mundiais arrogantes apoiaram os regimes anteriores no Norte da África e, o que é curioso, os mesmos países apoiaram as revoluções que derrubaram esses regimes", declarou Putin, citado pela ‘Interfax’.

"O mundo é feito de maneira estranha, mas é interessante", acrescentou [ironicamente] diante de seus homólogos da China, Cazaquistão, Tadjiquistão, Uzbequistão e Quirguistão, países membros dessa organização que busca reforçar a cooperação diplomática, militar e econômica e deseja servir de contrapeso à influência americana. Putin reagia a uma declaração do ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, cujo país tem o status de observador na organização, embora deseje ser membro pleno.

Salehi havia acusado as "grandes potências arrogantes" de serem as responsáveis pela "primavera árabe", depois de apoiar os "regimes hostis ao povo". Putin havia criticado, em março, a intervenção militar na Líbia liderada por França, Grã-Bretanha e Estados Unidos, e que contribuiu para a queda  do regime de Muammar Kadafi [e seu assassinato]. O primeiro-ministro russo e candidato a suceder o presidente Dimitri Medvedev nas eleições de março de 2012 havia comparado a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a Líbia a um "apelo às cruzadas".

Moscou, assim como Pequim, não impôs seu veto a essa resolução, mas depois de votada acusou a Organização do Tratado do Atlântico Norte ( no comando das operações militares da coalizão poucos dias depois de Paris, Londres e Washington intervirem militarmente no país), de ultrapassar os termos dela, e bloqueou os projetos de resolução ocidentais sobre a Síria.”

FONTE: agência francesa de notícias AFP. Transcrito no site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/3473/Putin-chama-grandes-potencias-de--arrogantes--por-crise-arabe) [imagem do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

4 comentários:

Probus disse...

Meu Vlad ama Wall Street, ama mucho...

Occupy Wall Street inicia marcha em direção à Casa Branca

Manifestantes vão caminhar 30 quilômetros por dia para chegar até a capital Washington em duas semanas

Os manifestantes de Wall Street vão iniciar nesta quinta-feira (10/11) uma marcha que sairá de Nova York em direção a Washington, com o objetivo de levar suas mensagens de protestos às comunidades rurais, ao Congresso dos Estados Unidos e à Casa Branca.

A passeata, batizada de Occupy The Highway (Ocupe a Estrada), partiu da praça Zuccotti, no sul de Manhattan, onde os manifestantes do Occupy Wall Street estão reunidos desde o dia 17 de setembro. Os organizadores dos protestos esperam andar trinta quilômetros por dia para chegar à capital americana em duas semanas.

Durante o trajeto, os manifestantes passarão por cidades de Nova Jersey, Pensilvânia, Delaware e Maryland, e aproveitarão para se reunir com o movimento da Filadélfia e Baltimore. No fim, irão se reunir em frente à Casa Branca no dia 23 de novembro, quando será realizada a reunião do super comitê bipartidário do Congresso,

Nessa data, os organizadores convocarão os americanos a fazer uma passeata pelas ruas de Washington. De acordo com os integrantes do movimento, um dos objetivos é acabar com as isenções fiscais aprovadas pelo governo de George W. Bush e que beneficiam as camadas mais ricas da população.

O super comitê foi criado em agosto para discutir a dívida pública americana e elaborar um plano para a redução do déficit em pelo menos US$ 1,2 trilhão.

"Queremos estar em Washington nesse dia, para lutar pelos 99% que está lutando contra o 1% que segue enriquecendo", afirmaram os manifestantes num comunicado. Os protestos serão realizados na capital das 9h às 17h, no horário em que os bancos estiverem abertos.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/17733/occupy+wall+street+inicia+marcha+em+direcao+a+casa+branca.shtml

Probus disse...

'Ocupem Wall Street' contra clientes da Sotheby's

NOVA YORK, 9 Nov 2011 (AFP) - Uma centena de manifestantes do movimento "Ocupem Wall Street" e funcionários da casa de leilões Sotheby's vaiaram na noite desta quarta-feira os clientes que chegavam de limusine para assistir a um leilão de arte contemporânea em Nova York.

"Deveriam ter vergonha!" - gritavam os manifestantes para os clientes da Sotheby's elegantemente vestidos.

A manifestação foi organizada pelo pessoal sindicalizado da casa de leilões e teve o apoio dos integrantes do "Ocupem Wall Street", cujos membros acampam desde 17 de setembro passado no bairro financeiro de Nova York.

Diante da hostilidade dos manifestantes, a polícia e seguranças da Sotheby's escoltaram os clientes até a entrada da casa de leilões, que realizava uma venda das obras de Andy Warhol.

"A arte é para as massas, e não para a classe alta", gritavam os manifestantes em meio a vaias.

Probus disse...

Se for eleito, Romney preparará EUA 'para guerra' contra Irã

Washington, 10 Nov 2011 (AFP) - O pré-candidato republicano Mitt Romney acusou esta quinta-feira o presidente americano, Barack Obama, de ser ingenuo perante o Irã e prometeu que se for eleito presidente, "preparará a guerra" contra a República Islâmica.

Em artigo publicado no jornal The Wall Street Journal, Romney diz que apoiaria a diplomacia americana "com uma opção militar muito real e confiável", mobilizando tropas militares no Golfo e potencializando a ajuda militar a Israel.

"Estas ações darão um sinal inequívoco ao Irã de que os Estados Unidos, agindo em consonância com seus aliados, nunca permitirão ao Irã obter armas nucleares", redigiu.

Romney, favorito na corrida à candidatura republicana à Presidência, apoiou em seu texto o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), publicado esta semana, que mencionava "provas confiáveis" de que o Irã havia trabalhado no desenvolvimento de uma bomba nuclear.

O Irã nega que esteja desenvolvendo armas nucleares e insiste em que seu programa nuclear tem como objetivo gerar eletricidade. No entanto, o relatório da AIEA gerou inquietações nos países ocidentais por mais sanções por parte da ONU e pedidos de Israel para que o mundo aja para evitar que Teerã consiga armas nucleares.

Romney afirma que os Estados Unidos precisam de "uma política muito diferente".

O aspirante à Casa Branca criticou o governo atual por fracassar em obter o apoio de Moscou para uma ação mais dura contra Teerã como preço para restabelecer as relações entre os Estados Unidos e a Rússia, bem como a recusa de Obama de se envolver na Revolução Verde iraniana, em 2009.

Robert Gates, secretário da Defesa republicano da administração Obama até o começo deste ano, se manifestou em várias ocasiões contra o uso de força militar no Irã, argumentando que só isto só faria com que o programa nuclear iraniano fosse ainda mais clandestino.

Probus disse...

"...Só alguma trupe de palhaços assumiria que a China votaria contra os interesses de sua própria segurança nacional no Conselho de Segurança da ONU.

O Irã é o terceiro maior fornecedor de petróleo para a China, depois de Arábia Saudita e Angola.

A China importa cerca de 650 mil barris de petróleo por dia, do Irã – 50% a mais, em comparação ao ano passado. É mais de 25% do total das exportações de petróleo do Irã.

O próprio governo Obama já teve de admitir publicamente que um boicote é inimaginável: tiraria da economia global já deprimida nada menos que 2,4 milhões de barris de petróleo por dia. O barril chegaria a $300, $400.

Teerã tem – e continuará a encontrá-los – meios para contornar as sanções financeiras.

A Índia pagou o que tinha a pagar ao Irã, nos negócios de importação, através de um banco turco. E Teerã também já está usando um banco russo.

O que também prova que o mantra de Israel, segundo o qual a “comunidade internacional” teria isolado o Irã não passa de monumental blefe.

Atores chaves, como os BRICS - Rússia, China e Índia - mantêm relações comerciais muito próximas com o Irã.

E, sobretudo: em pleno surto de histeria iranofóbica, a Organização de Cooperação de Xangai [ing. Shanghai Cooperation Organization (SCO)] – China, Rússia e os quatro “-...stões” da Ásia Central – iniciou sua reunião de cúpula em São Petersburgo.

O Irã lá está – como observador – representado pelo ministro de Relações Exteriores Ali Akbar Salehi. Mais dia, menos dia, o Irã será admitido como membro pleno.

Se, ainda antes de o Irã tornar-se membro da Organização de Cooperação de Xangai, China e Rússia já veem qualquer ataque contra o Irã como ataque contra esses próprios países (além de ataque, também, contra a ideia da integração de toda a energia da Ásia), será realmente muito interessante observar o que Israel fará, tentando convencer os EUA a atacarem... a Ásia!

Extraído de: “Epidemia grave de iranofobia nuclear”

Por Pepe Escobar

http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/11/pepe-escobar-epidemia-grave-de.html