sábado, 11 de outubro de 2008

NEOLIBERAIS PROCLAMAM QUE A ESTATIZAÇÃO É A SALVAÇÃO DO MUNDO...

O jornalista Paulo Henrique Amorim, em seu blog “Conversa Afiada”, postou:

CRISE: MELHOR COLUNISTA INGLÊS É A FAVOR DA ESTATIZAÇÃO (PROVISÓRIA)

“Amigo leitor, leia imediatamente o artigo de hoje de Martin Wolf, no Financial Times:

De preferência, evite a tradução do PiG.

A última vez em que a Folha (da Tarde*) ousou fazer uma tradução do ESPANHOL, quase provoca uma guerra entre o Equador e a Colômbia ...

Martin Wolf é considerado o melhor articulista de economia da Europa.

Nesse artigo, ele prega:

- Os governos deveriam dar uma garantia de seis meses aos exigíveis das grandes instituições financeiras;

- Os bancos centrais deveriam fazer uma ação coordenada de redução dos juros (o que fizeram ontem);

- e uma ESTATIZAÇÃO DOS BANCOS.

Wolf, como bom conservador, não fala em “estatização”.

Isso é mais do que uma barreira léxica.

É uma barreira ideológica.

Mas, o próprio Wolf começa o artigo a dizer que, como Keynes (cuidado, os conservadores têm pavor dele !), “quando os fatos mudam, eu mudo de idéia”.

A ESTATIZAÇÃO provisória seria chamada de “recapitalização” dos bancos (nada como um “tucanês” !).

Ela se daria através da subscrição de ações novas, ou da compra de ações preferenciais já existentes.

Em qualquer caso, o ESTADO, como agente dos interesses da NAÇÃO, revenderia mais tarde as ações, provavelmente com lucro.

O banco ESTATIZADO voltaria ao controle de acionistas privados.

E o contribuinte receberia seu dinheiro de volta (como NÃO aconteceu com o Proer).

Tudo teria que ser feito com a rigorosa supervisão do contribuinte e de suas instituições de controle (como NÃO foi feito no Proer).

Tudo isso, diz Wolf, é para evitar “o colapso dos balanços no coração do sistema financeiro”.

O Conversa Afiada já mostrou que o problema a crise é de CAPITALIZAÇÃO e não de LIQUIDEZ, como diz Paul Krugman.

Portanto, a crise é sobre a contaminação – “multiplicada” – dos balanços das instituições financeiras globais, irremediavelmente conectadas”.

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