quinta-feira, 23 de julho de 2009

O BRASIL É O QUARTO MAIOR FINANCIADOR DO TESOURO AMERICANO

O BRASIL É O QUARTO MAIOR FINANCIADOR DO TESOURO AMERICANO, ATRÁS DA CHINA, DO JAPÃO E DO REINO UNIDO

AS APLICAÇÕES DAS RESERVAS

BC MUDA APLICAÇÃO EM TÍTULOS DOS EUA


“O Banco Central promoveu, nos últimos meses, uma forte mudança na carteira de investimentos das reservas internacionais. Resgatou, em apenas um ano, US$ 24,3 bilhões que estavam aplicados em títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Também deslocou uma montanha de recursos para papéis americanos de prazo mais curto, numa realocação que, apenas em maio, chegou a US$ 12 bilhões.

Com reservas de US$ 209,821 bilhões, o Brasil é o quarto maior financiador do Tesouro americano, atrás da China, do Japão e do Reino Unido. Nessa condição, os seus movimentos não passam despercebidos no mercado financeiro. A grande dúvida é se o BC já estaria colocando em marcha uma estratégia de fuga do dólar, cuja perda de valor parece inevitável depois que os Estados Unidos promoveram monumentais estímulos monetários e fiscais para reanimar a sua economia.

As compras e vendas de papéis feitas pelo BC são, na verdade, transações próprias da gestão de uma carteira de investimento que, pelo seu volume, naturalmente chamam a atenção. A orientação é seguir comprando títulos americanos, ainda considerado o investimento mais seguro do mundo, a despeito das dúvidas que surgiram sobre a solidez de suas políticas macroeconômicas. A autoridade monetária busca maior rentabilidade nas reservas internacionais, mas não pretende abrir mão dos objetivos prioritários de segurança e de liquidez.

A administração das reservas é, já faz alguns anos, um atividade altamente profissional dentro do BC, e foi apontada como exemplar pelo BIS (Banco de Compensações Internacionais, o banco central dos bancos centrais). Há comitês bem estrutrados que definem as estratégias de investimentos e monitoram os riscos e a performance das aplicações.”

FONTE: reportagem de Alex Ribeiro, publicada em 22/07/2009 no jornal Valor Econômico.

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