quinta-feira, 23 de setembro de 2010

“FOLHA”: SERRA COMETE “DESLIZES” [SIC] AO FALAR DE BOLSA FAMÍLIA

Serra vive apregoando, inclusive no horário eleitoral, que estudou profundamente o “Bolsa Família” e que, “por ser economista” (nunca apresentou seu diploma; até hoje, somente provou ter o ensino médio) e “saber fazer contas”, assegura que é possível incorporar o 13º para os bolsistas e aumentar o salário mínimo para R$ 600,00 em 2011.

A própria “Folha”, jornal tucano-serrista radical, reconhece a falta de conhecimento e de credibilidade de Serra, apesar de tentar protegê-lo:

TUCANO FAZ PROMESSAS SOBRE PROGRAMA, MAS MOSTRA DESCONHECIMENTO A RESPEITO DELE

Ao falar (21 set) sobre a promessa de criar uma espécie de 13ª parcela do Bolsa Família, o presidenciável tucano, José Serra, demonstrou desconhecimento do principal programa de transferência de renda do país.

Numa rápida entrevista em São Paulo, Serra falou dois minutos sobre o Bolsa Família. Nesse intervalo, cometeu dois ‘deslizes’ [sic].

Primeiro, vinculou equivocadamente o valor do salário mínimo aos critérios de inclusão no programa.

"O salário mínimo de R$ 600 [outra promessa do tucano] vai ampliar quantitativamente o número de famílias do Bolsa Família. Porque hoje o critério está relacionado com o salário mínimo. Meio salário mínimo per capita, alguma coisa assim. O salário mínimo sendo mais alto mais famílias entram no Bolsa Família", declarou o tucano.

O salário mínimo (R$ 510), na verdade, é usado para a inclusão das famílias no Cadastro Único. São cadastradas no banco de dados (coordenado pelo governo federal e abastecido pelas prefeituras) as famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 255).

Já o critério para inclusão no Bolsa Família é outro. O "corte" de renda é definido com base em dados do IBGE e na inflação acumulada.

Hoje, estão aptos para receber o cartão aquelas famílias com renda per capita mensal de até R$ 140. Ou seja, quanto maior o salário mínimo, em tese, será menor o número de famílias atendidas pelo programa, já que avançaria também a renda por pessoa.

EMPREGADOS

Na mesma entrevista, o segundo ‘deslize’ [sic] de Serra veio ao discorrer sobre a necessidade de manter o benefício para famílias com pessoas empregadas.

O tucano disse que definirá um prazo ("será mais de um ano") no qual a família poderá acumular um novo emprego e o cartão do programa. Esse prazo já existe. É de dois anos e foi definido em decreto de 2008.

Atualmente, 12,6 milhões de famílias recebem o Bolsa Família, todas elas antes incluídas no Cadastro Único, este com cerca de 20 milhões de famílias e que serve como banco de dados oficial de pessoas de baixa renda.”

FONTE: reportagem de Eduardo Scolese publicada na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2209201014.htm).[título e primeiros dois parágrafos colocados por este blog].

P.S. trecho de reportagem de Josie Jeronimo publicada no “Correio Braziliense” (li no blog do Favre (http://blogdofavre.ig.com.br/2010/09/biruta-de-aeroporto/):

“As promessas do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de elevar o mínimo para R$ 600, ampliar o número de beneficiários e instituir o 13º do Bolsa Família custariam cerca de R$ 50 bilhões aos cofres públicos. O tucano aposta no discurso das bondades sociais para atrair o eleitorado de menor renda e também os aposentados. Em referência ao embate deste ano dos pensionistas com o governo para conseguir reajuste maior da aposentadoria, Serra ressaltou que, em seu govemo, os idosos terão 10% de aumento.

O presidenciável é econômico com as palavras ao explicar de onde pretende tirar dinheiro para arcar com as promessas. Diz apenas que no Orçamento existem muitas “gorduras” e que se a “roubalheira” fosse extinta, haveria recursos para tudo. Os R$49,1 bilhões em despesas geradas com as promessas de Serra, no entanto, correspondem a todo montante de investimento previsto para o setor público em 2011, incluindo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).”

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