terça-feira, 16 de novembro de 2010

SUBEMPREGO CAI 37% DESDE 2003 E BENEFICIA 348 MIL

“O crescimento da economia e a maior formalização do mercado de trabalho fizeram 348 mil pessoas cruzarem, de 2003 a 2010 (média de janeiro a setembro), a fronteira do subemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país, segundo levantamento da Folha a partir de dados do IBGE.

A subocupação caiu, nesse intervalo, 37%. De 2009 a 2010, a redução foi de 10%. Nos mesmos períodos, o emprego cresceu em um ritmo bem mais moderado: 19% e 3,5%, respectivamente.

Pelo conceito do IBGE, baseado em recomendação da OIT (Organização Internacional do Trabalho), os subocupados são pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam e têm disponibilidade para trabalhar mais tempo.

Os subocupados representavam 5,1% dos empregados em 2003. O percentual caiu para 2,7% em 2010.

Eles têm representação maior que a média da população ocupada nos grupos de trabalhadores por conta própria, nos que não têm carteira e nos do setor de serviços (sobretudo os domésticos).

A queda do subemprego se deve, principalmente, à maior formalização do mercado de trabalho, segundo Thaís Marzolla Zara, economista da consultoria Rosenberg & Associados.

Em 2003, 39% da força de trabalho no setor privado era formal. Esse percentual passou para 46% em 2010.

Para Fábio Romão, a formalização se irradiou por vários setores graças ao crescimento dos últimos anos -que sofreu um revés com a crise em 2009, mas não atingiu de modo significativo o mercado de trabalho.

RENDA MAIOR

A redução do subemprego, avalia, ocorreu na esteira do melhor desempenho do rendimento e do emprego dos setores que concentravam mais trabalhadores informais: construção civil e serviços domésticos.

Zara diz que a adesão de micro e pequenas empresas ao regime tributário diferenciado do Simples e as ofertas públicas iniciais de ações de companhias de maior porte também impulsionaram a formalização e ajudaram a reduzir o subemprego.

Outro ponto favorável foi o crescimento do emprego na indústria -que a partir de setembro já deu sinais de arrefecimento. "Talvez o cenário positivo que permitiu a redução do subemprego não se repita na mesma intensidade em 2011", diz Romão” [Nos últimos oito anos a oposição demotucana/mídia vem repetindo prognósticos negativos para o ano seguinte. Contudo, sempre errou].

FONTE: reportagem de Pedro Soares publicada na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me1511201006.htm)[trecho entre colchetes adicionado por este blog].

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