[OBS deste blog 'democracia&política':
No prosseguimento da carreira "aventureira" [sic] da Chevron, abordada no artigo abaixo, e do já conhecido entreguismo tucano, tudo aparenta que já haja acordo selado entre a Chevron e o PSDB para a entrega da Petrobras para a gestão pela gananciosa empresa estadunidense. Provavelmente, até o "down payement" pela intermediação já tenha sido liberado aos tucanos. A atual pressão desesperada do PSDB, com sucessivos projetos de lei entreguistas do pré-sal e ações para dar urgência no Congresso para suas votações, e as alucinadas manobras golpistas, com o total apoio da mídia e de grande parte da elite, para já eliminar do governo por qualquer meio o principal obstáculo, que é Dilma Rousseff, tudo pode ser decorrente de nova forte cobrança pelos norte-americanos de "milestones" contratuais em atraso.
Reforça essa conjectura o seguinte fato: todos sabemos que, em 2009, veio a ser descoberto que o então candidato da direita favorito à presidência em 2006, José Serra (PSDB), assumiu secretamente, com representante norte-americano da Chevron, o 1º passo: a promessa de que o modelo de partilha do pré-sal seria eliminado caso ele fosse eleito Presidente da República, de modo a obrigar a Petrobras a ceder a exploração às petrolíferas estrangeiras. No caso, a promessa foi à norte-americana Chevron.
É isso que mostraram sigilosos telegramas entre a Embaixada dos EUA no Brasil e o governo norte-americano em Washington, de dezembro de 2009. Os telegramas foram descobertos e revelados ao mundo pelo site WikiLeaks.
A vergonhosa, estarrecedora e antinacional revelação chegou a ser publicada até mesmo no jornal tucano (!) "Folha de São Paulo" em reportagem de 13/12/2010: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1312201002.htm
Assim, conheçamos melhor essa patroa do PSDB]:
Por André Araújo
"Essa empresa, uma das Sete Irmãs originais do petróleo, foi fundada em 1876 por californianos, um pessoal por definição aventureiro em um Estado que nasceu com a busca do ouro. Comprada em 1885 pelo lendário John Rockefeller, fundador da "Standard Oil", teve que ser separada do truste dos Rockefeller por determinação do "Sherman Antitrust Act" de 1911, tornando-se então independente com o nome de "Standard Oil Company of California", com sede em San Francisco. A empresa sempre teve no seu DNA um espírito aventureiro, muito diferente da "Standard Oil of New Jersey", a mãe de todas as empresas do grupo Rockefeller. A "Standard of New Jersey" (hoje Exxon Mobil) foi criada pelo velho sovina contador de tostões que detestava o risco da exploração e fez sua fortuna com refino, transporte e distribuição. Rockefeller achava que exploração era negócio para malucos e aventureiros, preferia o negócio seguro do refino e distribuição.
A "Standard Oil of California" desde os anos 20 operava em parcerias com a "The Texas Company", conhecida como TEXACO, também aventureira e que investia em exploração, as duas eram conhecidas como "As gêmeas piratas".
A TEXACO foi uma das três pioneiras do petróleo venezuelano, descoberto durante o governo de Juan Vicente Gomez, "El Bagre" o "Tirano dos Andes", juntamente com a Shell e a Esso.
A "Standard of California" começou a usar o nome CHEVRON para algumas redes de postos em 1926, mas não como nome da companhia. Em 1933, obteve concessões na Arábia Saudita, novo reino onde ninguém imaginava que havia petróleo, anteriormente uma província do Império Otomano, onde se deu bem como pioneira do óleo saudita.
Em 1938, descobriu petróleo na península arábica, a maior reserva do planeta. Criou a "ARAMCO-Arabian American Oil Company", hoje a maior empresa de petróleo do mundo, controlada pelo governo saudita mas com contratos de prestação de serviço com a "Chevron", os velhos laços se mantém apesar de agora em outro modelo.
A "Chevron" fez duas grandes aquisições que a fizeram dobrar de tamanho, ambas com operações no Brasil. Em 1989, comprou a "Gulf Oil", da família Mellon e em 2000 comprou sua antiga parceira, a TEXACO por 45 bilhões de dólares.
A "Chevron" tem um megaprojeto de gás na Austrália, o "Gorgon Gas Project", um vasto conjunto de poços de produção, plantas de liquefação, gasodutos e portos, onde está investindo 47 bilhões de dólares.
A "Chevron" também tem grandes explorações na Nigéria, em Angola e especialmente no Cazaquistão, onde é a maior acionista do "Caspian Pipeline", o oleoduto e gasoduto que leva a produção do Cazaquistão para os mercados europeus.
Na Indonésia, é dona do conjunto de usinas geotermais, que extraem vapor a partir de poços de água quente e que fornecem energia (1.273 MW) para a capital da Indonésia, Jakarta.
A "Chevron" tem muitas usinas a gás nos EUA e vende energia para as distribuidoras, também tem essas usinas em outros países como Paquistão, Singapura e Tailândia.
Na distribuição, tem 19.500 postos em 84 países; na energia renovável, é a maior produtora de energia solar na Califórnia (2.000 MW), está investindo US$2 bilhões por ano em energias alternativas, especialmente petróleo de xisto (shale oil) sendo dona de processos novíssimos e que causam menos danos ambientais do que o processo conhecido até o começo do Século XXI.
A CHEVRON tem duas operações importantes na América do Sul. Na Venezuela, é uma das principais concessionárias da reserva da Franja do Orinoco, a maior do mundo com 290 bilhões de barris, que explora em sociedade com a PDVSA e, na Argentina, assumiu a gestão da maior petrolífera do País, a YPF, que foi estatizada pela Presidente Kirchner depois de ter sido privatizada no governo Menem para a espanhola REPSOL, que está processando o governo argentino e a CHEVRON, esta por ter se tornado cúmplice da reestatização ao assumir a gestão em nome do Estado argentino.
O histórico da CHEVRON mostra que a empresa faz qualquer negócio, não tem medo de assombração.
Seu lucro em 2014 foi de US$ 26 bilhões para vendas de US$ 257 bilhões, margem de 10%, nada mau, o que fez seu valor de mercado atingir US$ 240 bilhões.
Hoje, a sede da CHEVRON é em San Mateo, na Califórnia, em um campo verdejante de 40 hectares, mas sua subsede em Houston, uma torre de 50 andares, é onde estão seus principais escritórios.
A ex-Secretária de Estado Condolezza Rice fez parte do Board da Chevron logo que saiu do governo Bush.
O caráter aventureiro da CHEVRON está no seu DNA, se lhe oferecessem para gerir a PETROBRAS aceitaria na boa."
FONTE: escrito por André Araújo no "Jornal GGN" (http://jornalggn.com.br/noticia/chevron-a-aventureira-do-petroleo-por-andre-araujo). [Trecho post scriptum entre colchetes acrescentado por este blog 'democracia&política'].
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