Rohani e Obama: Israel está em sinuca
Obama e o Irã = Nixon e a China !
Obama redefiniu a política externa americana: com Cuba e o Irã. Netanyahu sabe…
Do portal "Conversa Afiada"
"O 'Conversa Afiada' reproduz do UOL artigo do professor Luiz Felipe de Alencastro, que ajuda a mitigar a indigência do PiG em temas daqui e do exterior:
"No meio de um noticiário internacional dominado pelos problemas da Grécia e da zona do euro, a conclusão do acordo nuclear entre o Irã e cinco países, apoiados pela ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha), não recebeu o devido destaque.
Nesta segunda-feira (20), o acordo será endossado pelo Conselho de Segurança da ONU, possibilitando a redução gradual das sanções iniciadas há mais de uma década contra o Irã.
As primeiras discussões com os dirigentes iranianos sobre a questão nuclear foram entabuladas em 2003, em Teerã, pelos ministros do exterior da França, Reino Unido e Alemanha. Em 2006, os Estados Unidos, a Rússia e China juntaram-se aos três países europeus, formando o grupo que passou a ser denominado “P5+1″ (os cinco membros do Conselho de Segurança mais a Alemanha).
As discussões tiveram altos e baixos. Porém, tudo mudou quando Hassan Rohani foi eleito presidente do Irã, abrindo a via para o contato direto com o presidente Obama a partir de setembro de 2013. Formado em Direito na Universidade de Glasgow, poliglota, Rohani participa das negociações sobre a questão nuclear desde 2003, tendo ocupado no meio tempo postos de destaque no governo iraniano.
O rápido avanço do Estado Islâmico e a degradação da situação na Síria e no Iraque também pesaram na evolução das relações irano-americanas.
Potência xiita, o Irã se opõe ao Estado Islâmico, que controla os territórios majoritariamente sunitas do Iraque e da Síria. Mas Teerã também assusta a Turquia, seus vizinhos árabes e, sobretudo, Israel.
Embora de maneira distinta, Israel e a Arábia Saudita opõem-se ao novo entendimento entre Teerã e Washington. Um artigo do "Christian Science Monitor" descreve as manobras preventivas da Arábia Saudita para reforçar seus aliados sunitas no Iêmen e na Síria, com o fito de barrar a influência iraniana na região.
De seu lado, como notaram outros observadores, Israel vai certamente mudar de alvo, deixando o Hamas de lado na faixa de Gaza para atacar os xiitas do Hizbollah, principal aliado do Irã no Líbano.
No mês de setembro, o Congresso americano irá votar a aprovação do acordo e Obama vai lidar com uma oposição anti-iraniana que arregimenta parlamentares do partido Republicano, mas também de parte dos democratas.
Nesta segunda-feira (20), o acordo será endossado pelo Conselho de Segurança da ONU, possibilitando a redução gradual das sanções iniciadas há mais de uma década contra o Irã.
As primeiras discussões com os dirigentes iranianos sobre a questão nuclear foram entabuladas em 2003, em Teerã, pelos ministros do exterior da França, Reino Unido e Alemanha. Em 2006, os Estados Unidos, a Rússia e China juntaram-se aos três países europeus, formando o grupo que passou a ser denominado “P5+1″ (os cinco membros do Conselho de Segurança mais a Alemanha).
As discussões tiveram altos e baixos. Porém, tudo mudou quando Hassan Rohani foi eleito presidente do Irã, abrindo a via para o contato direto com o presidente Obama a partir de setembro de 2013. Formado em Direito na Universidade de Glasgow, poliglota, Rohani participa das negociações sobre a questão nuclear desde 2003, tendo ocupado no meio tempo postos de destaque no governo iraniano.
O rápido avanço do Estado Islâmico e a degradação da situação na Síria e no Iraque também pesaram na evolução das relações irano-americanas.
Potência xiita, o Irã se opõe ao Estado Islâmico, que controla os territórios majoritariamente sunitas do Iraque e da Síria. Mas Teerã também assusta a Turquia, seus vizinhos árabes e, sobretudo, Israel.
Embora de maneira distinta, Israel e a Arábia Saudita opõem-se ao novo entendimento entre Teerã e Washington. Um artigo do "Christian Science Monitor" descreve as manobras preventivas da Arábia Saudita para reforçar seus aliados sunitas no Iêmen e na Síria, com o fito de barrar a influência iraniana na região.
De seu lado, como notaram outros observadores, Israel vai certamente mudar de alvo, deixando o Hamas de lado na faixa de Gaza para atacar os xiitas do Hizbollah, principal aliado do Irã no Líbano.
No mês de setembro, o Congresso americano irá votar a aprovação do acordo e Obama vai lidar com uma oposição anti-iraniana que arregimenta parlamentares do partido Republicano, mas também de parte dos democratas.
De imediato, a maioria dos especialistas considera que Obama obteve uma grande vitória diplomática. Indo mais longe, Charles Lane, o influente editorialista do "Washington Post" equipara o acordo de Obama com Rouhani à visita de Nixon à China, em 1973, que mudou a geopolítica mundial.
Em todo caso, na sequência do restabelecimento das relações com Cuba, Obama mais um vez vira a política externa americana de ponta a cabeça.
Depois de anos de guerra no Oriente Médio e na Ásia Central, onde tudo ficou entregue aos generais, é importante marcar este grande sucesso dos diplomatas."
FONTE: postado no portal "Conversa Afiada" (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2015/07/19/obama-e-o-ira-nixon-e-a-china/).
Em todo caso, na sequência do restabelecimento das relações com Cuba, Obama mais um vez vira a política externa americana de ponta a cabeça.
Depois de anos de guerra no Oriente Médio e na Ásia Central, onde tudo ficou entregue aos generais, é importante marcar este grande sucesso dos diplomatas."
FONTE: postado no portal "Conversa Afiada" (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2015/07/19/obama-e-o-ira-nixon-e-a-china/).
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