segunda-feira, 6 de julho de 2009

O MÉTODO DANTAS: TOMA DO ESTADO E VENDE. COMO FHC E SARNEY JOGAM O JOGO

“Se der bolo, ele salva o negócio com facilidades na Justiça

Daniel Dantas usou na mineração o método de trabalho, o “business plan” que usou na telefonia.

Saqueia o Estado, não põe um tusta do próprio bolso, e vende.

Depois, se der rolo, ele vende as facilidades que tem na Justiça.

É assim que opera o “Dono do Brasil”, segundo na Carta Capital.

E é o que se depreende da exemplar reportagem de Leandro Fortes, na Carta Capital que está nas bancas: “Dantas o minerador – ecos da Satiagraha – o banqueiro acumula mais de mil pedidos de licença de exploração do subsolo. Nos últimos dois anos, as concessões saem aos cântaros”

Quanto custa obter uma licença de exploração mineral ?

Nada.

De posse da licença mineral, Dantas vai lá, monta uma empresa fubeca e vende o subsolo brasileiro ao primeiro que aparecer, com a ajuda de Naji Nahas.

Dantas não põe um tusta no negócio.

Como não botou na telefonia.

Na telefonia, o patrono dele foi o Farol de Alexandria, que o considera “brilhante”.

Na mineração, o patrono foi José Sarney, através de seus postes, que ocuparam e ocupam o Ministério de Minas: Silas Rondeau e Edison Lobão – os que dão concessões aos “cântaros”.

Faz também parte da estratégia de Dantas deter o controle do sistema Judicial, para assegurar os negócios e as transações.

Tanto num ramo quanto no outro, telefonia e mineração, Dantas contou com o aparato ideológico (e filosófico …) de Mangabeira Unger.

Foi Mangabeira quem, em reunião em Washington, em 1992, traçou a estratégia de saquear o Brasil, num “umbrella deal” que incluía o Citibank.

Pouco antes de sair do Governo, porque o patrão o chamou de volta aos Estados Unidos, Mangabeira foi acusado de fazer um plano de longo prazo para a Amazônia que dava umas “facilidades” de longuíssimo prazo a Dantas.

Quem denunciou o “umbrella deal” foi o ínclito delegado Protógenes Queiroz.

E que por isso, por denunciar o “umbrella deal”, foi chamado de “destemperado”, “tresloucado”, “desequilibrado”, “louco de pedra”…

Só foi possível descobrir esse “umbrella deal” porque os Procuradores Antonio Fernando de Souza e Anamara Osório conseguiram tirar a ministra Ellen Gracie da frente: ela não deixava abrir um HD que a Polícia Federal apreendeu no banco de Dantas.

Ellen Gracie, de lábios delgados e sorriso discreto, achava que Dantas não era Dantas, mas, sim, Dantas.

Logo, não se podia abrir o HD.

Agora, falta abrir os HDs e os pen-drives que a equipe de Protógenes Queiroz apreendeu no apartamento de Dantas no Rio.

E quando isso for aberto, a cobra vai fumar.

Até lá, Dantas já terá vendido a meia dúzia de empresas estrangeiras um campo de mineração 50% superior ao da Vale.

Em cima das terras, ele põe 5 mil cabeças de gado.

Mas, o que interessa está lá embaixo.

Riquezas minerais que ele saqueou, não botou um tostão para explorá-las, vai vendê-las e, se der bolo, ele arranja um HC, dois HCs …

Em tempo: saiu no Globo de quinta-feira, página 28 Economia: “Procuradoria pede confisco de bens de Dantas. Indenização é de R$ 686 milhões. “

O Ministério Público do Pará descobriu que a Agropecuária Santa Bárbara Xinguara desmatou 51 mil hectares da floresta amazônica para botar gado em cima.
Viva o Brasil !”

FONTE: site “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim, em 05/07/2009.

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