MÍDIA TUCANA TENTA CULPAR A CIDADE DE BRASÍLIA (!) PELO MENSALÃO DO DEM...
COMO CULPÁ-LA PELO MENSALÃO DO PSDB EM MINAS ? E PELO MENSALÃO DO PSDB EM SP, COM A CAMARGO CORREA ?
A ESTRATÉGIA JÁ DEU ALGUM RESULTADO QUANDO O MENSALÃO DO PSDB EM MINAS FOI TRANSFORMADO EM UM EUFÊMICO "VALERIODUTO MINEIRO"...
O GOVERNADOR DO DF (DEM/PSDB/PPS), FLAGRADO E FILMADO EM SUAS FRAUDES, JAMAIS É LEMBRADO PELA IMPRENSA COMO O LÍDER DO GOVERNO FHC/PSDB NO SENADO
COMO É IMPOSSÍVEL ESCONDER OS FATOS DESCOBERTOS PELA POLÍCIA FEDERAL, A MÍDIA FINGE DAR A NOTÍCIA, MAS INTELIGENTE, SUTIL E PERSISTENTEMENTE TRABALHA PARA DISTORCER A HISTÓRIA, SALVANDO OS DEMOTUCANOS.
Vejamos o seguinte artigo do colunista FERNANDO DE BARROS E SILVA, do jornal Folha de São Paulo, grande batalhador, há sete anos, pela volta da direita (PSDB/DEM/PPS) ao poder em 2010:
"O teatro exemplar de Arruda
SÃO PAULO - A deputada enche a bolsa tamanho GG, que mais lembra uma sacola de feira; o dono do jornaleco enfia maços de dinheiro na cueca, ajeitando-os como dá entre a pança e a calça apertada; o presidente da Câmara Distrital recheia, um a um, os bolsos do paletó e, sem mais cavidades disponíveis, esconde o que resta da propina nas meias sociais. Refestelado no sofá, o governador dá instruções ao assessor enquanto se apropria, displicente, do volumoso bolo de notas.
São, antes de mais nada, cenas grotescas, plasticamente abjetas. Lembram até aquelas peças rudimentares de Juca de Oliveira, com seus efeitos de catarse barata.
Numa época em que a grande corrupção se tornou invisível e sua engenharia, mesmo quando desvendada, é de difícil tradução, o escândalo que consome o governo José Roberto Arruda nos devolve ao palco mambembe da falcatrua inequívoca, descarada e vulgar.
Há, neste caso de pistolagem política, traços típicos das regiões de fronteira, de ocupação recente, em que as instituições parecem estar ali apenas como cenário de um filme western. O faroeste caboclo de Arruda não deixa de evocar, por exemplo, a Rondônia de Ivo Cassol.
Mas Brasília é também a capital da impunidade, a cidade que propicia aos governantes a sensação de viver não numa terra sem lei, mas acima dela. Isso, é óbvio, tem relação com seu isolamento geográfico, com a redoma que preserva o poder do contato e da pressão popular.
Tipo à primeira vista anódino e apagado, Arruda foi, na sua origem, afilhado político de Joaquim Roriz, o coronel do cerrado. Soube fazer a ponte entre a velha política da clientela, voltada às cidades-satélite, e a geração dos predadores pós-modernos do Plano Piloto, a exemplo do seu vice, Paulo Octávio, ou do ex-senador Luiz Estevão. Nos anos FHC, o governador tentou envernizar a biografia ingressando no PSDB. Não deu muito certo. Nem coronel, nem yuppie, nem tucano, Arruda, o Democrata, tem um pouco disso tudo na sua biografia torta."
FONTE: publicado hoje (08/12) na Folha de São Paulo [exceto o título e os seis primeiros parágrafos, colocados por este blog].
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário