quinta-feira, 10 de novembro de 2011

E AGORA, COMO EXPLICAR A INCOERÊNCIA DAS CRÍTICAS SOBRE CUBA?


[“Ignorando fatos concretos, os críticos de Cuba alardeiam que a ilha vive na miséria [após 50 anos de ilegal (segundo a ONU), rigoroso, asfixiante e desumano embargo norte-americano]. Mas Cuba, mesmo assim, alcança elevado Índice de Desenvolvimento Humano e excelentes indicadores sociais.]

[Os críticos apregoam:] “Cuba é um país inviável, no qual a população vive na miséria e passa fome. As cidades cubanas estão caindo aos pedaços, está tudo sucateado. Enfim, tudo em Cuba é ruim e o país é o mais claro exemplo do fracasso do socialismo”.

Essa é a imagem de Cuba passada aos brasileiros por jornalistas, articulistas e curiosos que se baseiam em suas convicções ideológicas –principalmente--, em fontes internas e externas contrárias ao governo cubano e ao sistema socialista (sempre ouvidas) e em rápidas e superficiais viagens ao país.

Mas então é preciso que esses analistas, que gostam tanto de números, expliquem como é que Cuba está em 51º lugar, entre 187 países, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU. E como pode ser considerada, pelo 'Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento' (PNUD), uma nação de “desenvolvimento humano elevado”.

Não é muito coerente que os cubanos vivam na miséria e esfomeados, como se diz, e o país tenha elevado Índice de Desenvolvimento Humano, obtido a partir de indicadores nas áreas de saúde, educação e renda. E esteja entre os 51 países com o maior índice, entre 187.

O mais alto IDH é o da Noruega (0,943), seguido de Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia. O primeiro grupo, de 47 países com “desenvolvimento humano muito elevado” termina com Argentina, Croácia e Barbados, esse com índice 0,793. O da Argentina é 0,797. Nesse grupo, só tem outro país latino-americano, o Chile, em 44º lugar com 0,805.

Entre os primeiros países de “desenvolvimento elevado”, estão o Uruguai (em 48º com 0,783) e Cuba, em 51º e índice de 0,776. Nesse grupo de 46 nações, estão mais os seguintes latino-americanos: México (57º), Panamá (58º), Costa Rica (69º), Venezuela (73º), Peru (80º), Equador (83º), Brasil (84º) e Colômbia (87º). Os demais estão entre os que têm médio desenvolvimento humano, com exceção do Haiti, que tem baixo IDH.

O que coloca Cuba em 51º lugar e no segundo grupo é o baixo rendimento bruto per capita de sua população, que, ao contrário do que pensam ou querem que pensemos os analistas neoliberais, não significa necessariamente uma qualidade de vida muito menor. Em Cuba, a renda é mesmo muito baixa, quase a metade da brasileira, mas com pouca diferença entre o mais baixo e o mais alto rendimento. Há um sistema de subsídios que está sendo revisto, mas com compensações à alimentação, ao transporte e à cultura. A saúde e a educação são gratuitas em todos os níveis, do curativo à quimioterapia, da creche ao doutorado.

O “IDH de não rendimento” de Cuba (ou seja, o IDH sem o indicador de renda) é de 0,904, o que coloca o país em 25º lugar, ultrapassando 26 países que tem o IDH maior por causa da renda. O maior IDH de não rendimento é o da Austrália (0,975), seguido de Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, Holanda e Canadá. Os Estados Unidos estão em 13º lugar (0,931). Cuba está na frente, dentre outros, do Reino Unido, da Grécia, de Portugal, de Israel e dos riquíssimos Emirados Árabes Unidos, Brunei e Qatar, sendo que esse último tem rendimento bruto per capita 20 vezes maior do que a de Cuba.

Os números do PNUD mostram que não há muita diferença entre os indicadores sociais dos países com mais alto IDH e os de Cuba. Ou seja, o baixo rendimento per capita tem baixa influência sobre a educação e a saúde dos cubanos.

Basta comparar alguns índices:

País/Esperança de vida/Anos de escolaridade/Anos de escolaridade esperados:

Noruega/81,1/12,6/17,3

Austrália/81,9/12,0/18,0

Holanda/80,7/11,6/16,8

EUA/78,5/12,4/16,0

N.Zelândia/80,7/12,5/18,0

Canadá/81,2/12,1/16,0

Cuba/79,1/9,9/17,5

A título de curiosidade, uma comparação entre Argentina, Uruguai, Venezuela e Brasil:

Argentina/75,9/9,3/15,8

Uruguai/77,0/8,5/15,5

Venezuela/74,4/7,6/14,2

Brasil/73,5/7,2/13,8

Um indicador bem revelador é o ‘índice de mortalidade infantil’ da ‘Organização Mundial de Saúde’, com base em crianças de menos de um ano de idade mortas entre mil. Dos países citados -os de melhor IDH, de alta renda e alguns sul-americanos -, a classificação é a seguinte:

Noruega: 2,8

Holanda: 3,6

Austrália: 4,1

Coreia do Sul: 4,2

Cuba: 4,6

Nova Zelândia: 4,8

Canadá: 5,2

Brunei: 5,8

Emirados Árabes Unidos: 6,1

Estados Unidos: 6,5

Qatar: 6,7

Chile: 7,7

Uruguai: 9,2

Argentina: 12,3

Venezuela: 13,7

Brasil: 17,3.

Pode-se gostar ou não gostar do sistema social que vigora em Cuba há 52 anos, pode-se considerar que Raúl e Fidel Castro fazem as coisas certas ou as coisas erradas. Cuba tem enormes problemas econômicos, sociais e políticos e há muita coisa que precisa e pode ser mudada. A população tem enormes carências, reconhecidas pelo governo cubano. Mas não há o caos que se pinta e a fome que se alardeia, nem é o país à falência que desejam seus críticos que se guiam pela ideologia, e não pelos fatos.

FONTE: site “Brasil247”. Transcrito no portal “Vermelho”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=168159&id_secao=7) [imagem do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

5 comentários:

Probus disse...

Esses IANQUES malditos, seguidores dos Protocolos dos Sábios de Sião ainda serão desmascarados!!!

Guantánamo é a prisão mais cara dos EUA, segundo jornal

Cara um dos 171 atuais detentos custa, anualmente, 800 mil dólares


Tornada célebre pelas acusações de violação aos direitos humanos, a prisão norte-americana de Guantánamo, localizada na província cubana de mesmo nome, é alvo de uma nova polêmica, revelada pela edição desta terça-feira (08/11) do jornal norte-americano Miami Herald. De acordo com o periódico, Guantánamo é o centro de detenção mais caro do planeta. Cada detento custa 800 mil dólares por ano, um valor 30 vezes maior do que qualquer outra prisão nos EUA. No total, o custo chega a 150 milhões de dólares anuais.

ÍNTEGRA no link abaixo:

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/17729/guantanamo+e+a+prisao+mais+cara+dos+eua+segundo+jornal.shtml

Probus disse...

“Yes, we can”

Miserável presidente Obama,

Quando você virou presidente, virou um miserável genocida.
Agora olhe nos olhos da sua filha e pergunte: valeu a pena?

O senhor é pior que aquele que veio antes.

O senhor enganou as pessoas.

O senhor disse que ia fazer diferente.

“Yes, we can”

Não fez!!!

O banqueiro, o miserável de Wall Street, lucra com a guerra.
Mas não é ele que faz a guerra.
Não é ele que aperta o gatilho, não é ele que joga a bomba.
São covardes, eles sempre encontram alguém disposto a matar por eles.
A bomba de Hiroshima era mais decente, matava as pessoas na hora.
Agora é o “CHOQUE DE PAVOR”.
São as palavras dos seus generais, dos seus marketeiros.
Agora as crianças ficam vivas para verem a própria morte.
Podem gritar sem terem mais um rosto.
Podem gritar apenas com o que sobrou das suas gargantas.

Não, miseráveis, não tem perdão pra vocês.

A maldição de vocês não vai ser no céu nem no inferno.

A maldição de vocês vai ser aqui na Terra.

Vocês não pertencem mais a humanidade.

Vocês são aqueles que arrancam o rosto das crianças.

Viva muito maldito miserável, você merece.

http://grupobeatrice.blogspot.com/2011/11/see-what-happend-to-this-child.html#links

Probus disse...

Justiça colombiana pede investigação contra Uribe por espionagem

10/11/2011

DA FRANCE PRESSE, EM BOGOTÁ

O Ministério Público da Colômbia requisitou à Câmara de Representantes a abertura de uma investigação sobre o ex-presidente Álvaro Uribe, governante entre 2002 e 2010, para descobrir se ele ordenou ao serviço de inteligência DAS (Departamento Administrativo de Segurança) espionar ilegalmente magistrados, políticos e jornalistas.

A solicitação foi incluída em uma decisão da Procuradoria -- que investiga os funcionários públicos -- que puniu e desabilitou para ocupar cargos públicos por 15 anos a subdiretora de operações da DAS, Martha Leal, pelo escândalo de espionagem.

Leal e o ex-diretor de inteligência da DAS, o capitão Fernando Tabares, afirmaram em depoimentos às autoridades que cumpriram ordens de superiores, que por sua vez receberam mandato do então presidente Álvaro Uribe.

Segundo o procurador Alejandro Ordóñez, a ordem recebida por Leal foi "produto do requerimento repassado pela linha de comando da DAS pelo presidente da época, Álvaro Uribe".

O presidente Juan Manuel Santos dissolveu no dia 1º de novembro o DAS, que durante o governo Uribe foi alvo de escândalos sobre investigações ilegais de juízes, opositores e jornalistas.

Probus disse...

10/11/2011: Milhares tomam as ruas de Londres contra os cortes na educação

Os manifestantes marcharam pelas ruas da capital inglesa com placas e cartazes trazendo críticas às recentes medidas aprovadas por Cameron. Estima-se que até 2015, o governo deverá cortar 40% do valor destinado ao ensino superior. Além disso, o premiê permitiu que as universidades aumentem suas mensalidades em até três vezes o que é cobrado atualmente. Hoje, os estudantes pagam o equivalente 8,5 mil reais por ano pelos estudos.

ÍNTEGRA no link abaixo:

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=168379&id_secao=9

Unknown disse...

Probus,
De novo, obrigada pelas indicações de bons textos. Creio que os leitores do blog também ganham mais informação com seus pertinentes comentários.
Maria Tereza