quarta-feira, 30 de julho de 2014

DESAPARECE DA MÍDIA O AEROPORTO PRESENTEADO POR AÉCIO NEVES À SUA FAMÍLIA




Mídia desaparece com o aeroporto presenteado [por ele, quando governador] à família de Aécio Neves

"Segue, a olhos nus, pode se dizer que de forma explícita e pública, a marcha de uma bem montada operação da mídia e da oposição, para sumir com o aeroporto dos Neves do noticiário e, assim, proteger o candidato do PSDB, da mídia e dos conservadores, ao Planalto, senador Aécio Neves (PSDB/MG). Basta observar a cobertura no final de semana sobre o aeroporto construído pelo então governador de Minas, Aécio (2003-2010), com dinheiro público do Estado, no município de Cláudio (MG).

A revista "IstoÉ" desta semana, vejam só, uma revista semanal, só deu uma frase, a do próprio Aécio – “Está tudo explicado já”. Que aliás virou bordão dele. A "Veja" não sonegou a informação a seus leitores, deu uma matéria de quatro páginas, mas, o foco é mostrar o "Aécio vítima". Pois é… Para a revista, ele é uma vítima do PT, da campanha do partido contra o tucano, principalmente, pelas acusações que circulam nas redes e na blogosfera independente.

Já o jornalão da família Marinho, "O Globo", que nunca deu o caso com destaque, pôs uma pedra em cima no final de semana: nenhuma palavra a respeito. O "Estadão", por sua vez, nos dois dias do fim de semana deu meia página em cada um a entrevistas com "personalidades" que nem costumam aparecer no noticiário do jornal, como o tio-avô de Aécio, Múcio Tolentino, dono da fazenda em que o agora candidato a presidente construiu o aeroporto à 6 km da sua própria Fazenda da Mata; e o presidente de uma entidade de classe de Cláudio (MG). Ambos defendendo a construção do aeroporto dos Neves. Claro.

Silêncio de FHC

Já o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, embora tenha concedido entrevista à "IstoÉ" no dia 21 pp, um dia depois de a "Folha" ter denunciado o aeroporto, em sete páginas a ele destinadas pela revista não tocou no caso. Fez o mesmo no domingo, na página inteira dada a ele pelo "Estadão". Vai ver que FHC, ou os veículos de comunicação, ou ambos, consideram dar de presente um aeroporto à família, um mimo de R$ 14 milhões, pago com dinheiro público de Minas, é um negócio [normal tucano] de menor importância.

Assim, praticamente só a "Folha" continua dando o caso. No domingo, inclusive, apontou que o QG da campanha Aécio teme o crescimento da rejeição ao tucano (em média, em 17%, de acordo com as últimas pesquisas) depois da divulgação do Aeroporto dos Neves.

O temor, aponta a matéria, levou o QG e assessores tucanos a optarem por operar os desmentidos nas redes sociais, (dai eles chegam aos outros veículos), para que o candidato tucano não se exponha falando a respeito. Nas redes, 80% desaprovaram a atitude de Aécio, de construir o aeroporto da família.

Por que a escolha recaiu nas redes sociais
A estratégia de usar as redes sociais, aponta a "Folha", foi bolada, montada e operada por Andréa Neves, irmã do candidato e que comandou por 8 anos a área de comunicação do governo de Minas quando ele foi governador. A opção prioritária desta vez pelas redes é porque a mídia em geral já está com Aécio e cumprirá o papel que sempre cumpriu: o fazer de conta que noticia, mas defendendo o tucano; e, no limite, atribuindo ao PT a denúncia com fins eleitorais ou por pura perseguição dado ao “caráter autoritário” que atribuem ao PT.

Enquanto a imprensa some com o aeroporto da família Neves dos noticiários, Aécio come pastel de feira, ao lado do governador tucano paulista e também candidato à reeleição Geraldo Alckmin. Quer e tenta continuar governador, agora pela 4ª vez. No Rio, em campanha na 6ª feira, e em São Paulo, na companhia de Alckmin, o tucano candidato ao Planalto repetiu o bordão de sua campanha: “a reeleição da presidenta Dilma não gera boas expectativas” para "o mercado", o "mundo econômico". Coincidência, é a mesma toada de FHC em suas entrevistas!

É, também, a mesma campanha do comunicado do Santander encaminhado a seus 40 mil clientes-Select, os mais ricos. É o que disseram a seus clientes as quatro consultorias arroladas pela "Folha" no sábado (duas do Brasil, uma dos Estados Unidos, outra do Japão), que fazem relatórios a seus clientes espalhando terrorismo em relação à reeleição da presidenta. É a campanha do caos e aquilo que o presidente do PT, Rui Falcão, tão bem classificou de “terrorismo eleitoral”.

E assim, vejam vocês, um candidato a presidente da República dá de presente à família um aeroporto, paga R$ 14 milhões por ele, com dinheiro público de Minas, e fica por isso mesmo. E outro governador do Estado, em 1983, já havia gasto R$ 30 milhões com esse aeroporto. A rota, agora, posar no silêncio, é a mídia sumir com o mimo tão caro (no total, R$ 44 milhões), do noticiário…"

FONTE: do "Blog Zé Dirceu" transcrito no portal "Vermelho"  (http://www.vermelho.org.br/noticia/246617-6).

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