Derrota de Cunha é derrota de Moro, da Lava Jato e do PiG
Nem Moro e nem a PF têm ações sobre tipos como Cunha
O portal "Conversa Afiada" reproduz artigo de Paulo Nogueira, extraído do "Diário do Centro do Mundo-DCM:
A derrota de Cunha é a derrota de Moro, da Lava Jato e da mídia
Por Paulo Nogueira
"O grande azar de Cunha foi ter ficado ao alcance de quem não está sob seu domínio nem de seus amigos e aliados: a Suíça.
Foi o mesmo azar de Marin.
No Brasil, Cunha permaneceria impune como sempre aconteceu nestes anos todos de uma carreira obscura e cheia de acusações de delinquência.
Nem Moro e nem a Polícia Federal têm alguma ação sobre tipos como Cunha.
Isso mostra a face real do combate à corrupção que se trava no Brasil da Lava Jato.
Nem Moro e nem a PF têm ações sobre tipos como Cunha
O portal "Conversa Afiada" reproduz artigo de Paulo Nogueira, extraído do "Diário do Centro do Mundo-DCM:
A derrota de Cunha é a derrota de Moro, da Lava Jato e da mídia
Por Paulo Nogueira
"O grande azar de Cunha foi ter ficado ao alcance de quem não está sob seu domínio nem de seus amigos e aliados: a Suíça.
Foi o mesmo azar de Marin.
No Brasil, Cunha permaneceria impune como sempre aconteceu nestes anos todos de uma carreira obscura e cheia de acusações de delinquência.
Nem Moro e nem a Polícia Federal têm alguma ação sobre tipos como Cunha.
Isso mostra a face real do combate à corrupção que se trava no Brasil da Lava Jato.
Quem acredita nos propósitos redentores dessa cruzada demagógica acredita em tudo.
O alvo é um, e ele não inclui figuras como Cunha ou Marin
[ou Aécio].
Isso significa que, passado o circo da Lava Jato, nada de efetivo terá mudado – a não ser que se alterem profundamente a estrutura de fiscalização a roubalheiras no Brasil de forma que fiquem desprotegidos os plutocratas e amigos seus como Cunha.
O episódio deixa também exposta a imprensa.
O que ela fez para investigar Cunha nestes anos todos, e sobretudo nos últimos meses quando ele acumulou um poder extraordinário no Congresso graças a seu gangsterismo?
Nada. Nada. Mais uma vez: nada.
Não por inépcia, ou não por inépcia apenas. Mas por má fé, por desonestidade.
Cunha era aliado, porque significava um ataque permanente ao governo Dilma.
E aos aliados a imprensa não cobra nada. Veja como Aécio tem sido tratado. Como ele escapou de ser sequer citado como amigo de Perrela no caso (abafado por jornais e revistas) do helicóptero de meia tonelada de pasta de cocaína.
A derrota de Cunha frente às autoridades suíças é, também, a derrota de Moro, da Lava Jato e da imprensa, não necessariamente nessa ordem.
Tanto estardalhaço nas prisões dos suspeitos de sempre, e tanta permissividade em relação a tipos como Eduardo Cunha.
É preciso destacar também o papel patético, nessa história criminosa, do PSDB.
Já eram cabais as evidências contra Cunha e seus líderes, num universo paralelo, diziam que era preciso dar a ele o benefício da dúvida.
Esse benefício jamais foi dado a ninguém fora do círculo de interesses do PSDB.
É uma demonstração incontestável de que a lengalenga anticorrupção do PSDB é a continuação da mesma estratégia golpistas que matou Getúlio e derrubou Jango.
É a velha UDN de Lacerda ressuscitada nos tucanos.
Na condição de morto-vivo, ou morto-morto, Eduardo Cunha cala sobre o que deveria ser dito – a questão das contas – e tagarela sobre o que é ridículo dizer.
Ele está se fazendo de vítima. Diz que está sendo perseguido pelo governo e pelo PT.
Não foi ele que roubou, não foi ele que barbarizou, não foi ele que criou contas secretas expostas pelas autoridades suíças: é o PT que está perseguindo.
A isso se dá o nome de doença.
É preciso louvar, por último, o papel de Janot.
Fosse nos tempos de FHC com seu engavetador geral, sabemos onde iria dar o dossiê dos suíços.
Na gaveta. [Aliás, já ficou oito anos na gaveta de Joaquim Barbos, no STF: ver em http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2015/10/oito-anos-abafadas-em-gavetas-do-stf-e.html]"
Isso significa que, passado o circo da Lava Jato, nada de efetivo terá mudado – a não ser que se alterem profundamente a estrutura de fiscalização a roubalheiras no Brasil de forma que fiquem desprotegidos os plutocratas e amigos seus como Cunha.
O episódio deixa também exposta a imprensa.
O que ela fez para investigar Cunha nestes anos todos, e sobretudo nos últimos meses quando ele acumulou um poder extraordinário no Congresso graças a seu gangsterismo?
Nada. Nada. Mais uma vez: nada.
Não por inépcia, ou não por inépcia apenas. Mas por má fé, por desonestidade.
Cunha era aliado, porque significava um ataque permanente ao governo Dilma.
E aos aliados a imprensa não cobra nada. Veja como Aécio tem sido tratado. Como ele escapou de ser sequer citado como amigo de Perrela no caso (abafado por jornais e revistas) do helicóptero de meia tonelada de pasta de cocaína.
A derrota de Cunha frente às autoridades suíças é, também, a derrota de Moro, da Lava Jato e da imprensa, não necessariamente nessa ordem.
Tanto estardalhaço nas prisões dos suspeitos de sempre, e tanta permissividade em relação a tipos como Eduardo Cunha.
É preciso destacar também o papel patético, nessa história criminosa, do PSDB.
Já eram cabais as evidências contra Cunha e seus líderes, num universo paralelo, diziam que era preciso dar a ele o benefício da dúvida.
Esse benefício jamais foi dado a ninguém fora do círculo de interesses do PSDB.
É uma demonstração incontestável de que a lengalenga anticorrupção do PSDB é a continuação da mesma estratégia golpistas que matou Getúlio e derrubou Jango.
É a velha UDN de Lacerda ressuscitada nos tucanos.
Na condição de morto-vivo, ou morto-morto, Eduardo Cunha cala sobre o que deveria ser dito – a questão das contas – e tagarela sobre o que é ridículo dizer.
Ele está se fazendo de vítima. Diz que está sendo perseguido pelo governo e pelo PT.
Não foi ele que roubou, não foi ele que barbarizou, não foi ele que criou contas secretas expostas pelas autoridades suíças: é o PT que está perseguindo.
A isso se dá o nome de doença.
É preciso louvar, por último, o papel de Janot.
Fosse nos tempos de FHC com seu engavetador geral, sabemos onde iria dar o dossiê dos suíços.
Na gaveta. [Aliás, já ficou oito anos na gaveta de Joaquim Barbos, no STF: ver em http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2015/10/oito-anos-abafadas-em-gavetas-do-stf-e.html]"
FONTE: escrito por Paulo Nogueira no "Diário do Centro do Mundo-DCM; transcrito no portal "Conversa Afiada" (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/derrota-de-cunha-e-derrota-de-moro-da-lava-jato-e-do-pig). [Título e trecho entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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