quarta-feira, 1 de julho de 2009

ANFAVEA JÁ PREVÊ MELHOR ANO DA HISTÓRIA

“As medidas anunciadas pelo governo ontem devem garantir neste ano o crescimento de alguns dos setores mais prejudicados pela crise global.

Beneficiada por uma nova prorrogação do IPI reduzido sobre os veículos, a indústria automotiva deve fechar o ano com recorde de vendas, disse ontem o presidente da Anfavea (associação das montadoras), Jackson Schneider.

"Se continuarmos nesse ritmo, devemos ter o melhor ano da história", afirmou. Com o corte no IPI, em dezembro passado, o mercado se recuperou da queda sofrida nos últimos meses de 2008. Na primeira quinzena de junho, as vendas já registravam alta de 8,54% ante o mesmo período de 2008.

O setor de linha branca, que engloba itens como geladeira, fogões e lavadeiras, também conseguiu se recuperar graças à redução de impostos, em meados de abril, após seis meses seguidos de queda nas vendas. Em maio, a alta já foi de 20%, segundo a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos).

Agora, em vez de fechar o ano com resultado negativo, o setor já espera crescimento de 10% a 15% sobre 2008, afirma o presidente da Eletros, Lourival Kiçula. "Desde abril, as vendas aumentaram e voltamos a contratar. Essas medidas fizeram a roda girar de novo."

Para Kiçula, o governo deveria implementar uma política permanente de redução do IPI. "Linha branca tem itens essenciais, como geladeira e fogão, que devem ser desonerados."

O setor de materiais de construção tem agora uma lista de 32 produtos beneficiados pelo IPI menor, após a desoneração dos vergalhões de cobre. A ideia, porém, é convencer o governo a criar uma alíquota de IPI que varie entre 0% e 5% para todos os produtos do setor.

"O governo tem um programa para a construção de 1 milhão de casas. Essa medida beneficiaria a todos", disse Cláudio Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção). Neste ano, as vendas de materiais devem crescer 4,5%, segundo sua previsão.”

FONTE: jornal Folha de São Paulo, em 30/06/2009, texto de Paulo de Araujo (colaboração da Folha Online).

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