sábado, 3 de abril de 2010
DIRIGENTE ESPANHOL DENUNCIA PERVERSIDADE DO OCIDENTE CONTRA CUBA
Cayo Lara, líder da coalizão espanhola Esquerda Unida (IU)
"Dirigente espanhol denuncia perversidade do ocidente contra Cuba
O líder da coalizão espanhola Esquerda Unida (IU, por sua sigla em espanhol), Cayo Lara, denunciou a perversidade da campanha contra Cuba lançada pelo ocidente, enquanto a sua opinião pública encobre flagrantes atrocidades em todo mundo.
"Abriu-se o grande angular para falar sobre o que ali sucede (em Cuba) e com isso se entrou na dinâmica marcada pelo grande império dos Estados Unidos", opinou o coordenador federal da IU em entrevista à agência de notícias Europa Press.
Lara referiu-se assim à cruzada desatada contra a ilha caribenha, com epicentro na Europa e nos Estados Unidos, para tentar colocar no banco suas autoridades por supostas violações aos direitos humanos, depois da morte de um preso comum.
"Se fizermos uma repassagem de todas as pessoas que morrem em cárceres, comprovaríamos que são muitíssimos em todo mundo", advertiu o máximo dirigente da terceira força política em votos da Espanha.
Ressaltou que diante da morte de Orlando Zapata (o réu cubano falecido depois de uma greve de fome) se abriu uma grande angular, mas esta se fechou para as flagrantes violações de direitos humanos em outras partes do planeta, lamentou.
"Quantas pessoas na Espanha sabem que antes da morte desse preso, as bombas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) mataram 27 mulheres e crianças no Afeganistão, onde este país participa em uma guerra com militares e equipamentos bélicos, em uma invasão onde será que não perdemos nada?", indagou o espanhol.
Continuando, questionou se não há importância midiática acontecimentos gravíssimos como os que ocorrem todos os dias na Palestina, ou permitir que Marrocos leve 35 anos ocupando de maneira ilegal o Saara Ocidental.
Defendeu que o tema das liberdades individuais seja tratado com equidade, tanto pela imprensa como pelos políticos de turno, e cheguem à opinião pública espanhola com intensidade todos os casos e não uns poucos.
Segundo Lara, IU tem constância da disposição do governo da nação antilhana a negociar de maneira permanente sobre este assunto, bem como a respeito dos cinco cubanos presos desde 1998 nos Estados Unidos.
Com respeito a esses cinco cidadãos, presos por colher informações sobre ações terroristas planejadas contra a ilha na potência nortista, opinou que sofrem injusta prisão porque não puderam provar nenhuma das acusações contra eles.
"Têm-nos encerrado nos cárceres estadunidenses e disso se contou muito pouco, enquanto se tem instrumentalizado de maneira interessada para os Estados Unidos a morte desse preso", afirmou em alusão a Zapata.
Depois de pronunciar-se por um tratamento midiático apropriado e imparcial sobre a situação dos direitos humanos em todo mundo, qualificou de hipócritas aqueles que criticam essa morte ocorrida em Cuba.
"Existe uma dupla forma de medir, e não podemos permitir que se faça uma leitura tão parcial e interessada para fazer com que os espanhóis acreditem que seus problemas estão nesse falecimento", concluiu."
FONTE: divulgado pela agência de notícias "Prensa Latina" e postado no portal "Vermelho".
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