“Há duas regras básicas seguidas por políticos, de esquerda ou de direita, abatidos por uma crise: 1) esquecimento súbito dos fatos e 2) desqualificar seus adversários e acusadores.
A cartilha vale no Brasil e no mundo. Quando Ronald Reagan teve de depor no Congresso dos EUA, nos anos 80, a respeito do escândalo Irã-Contras, sua frase mais marcante foi "I don't recall" (eu não me lembro). Repetiu a negativa várias vezes ao ser indagado a respeito da participação de assessores da Casa Branca num esquema complexo e ilegal de venda de armas envolvendo o Irã e contrarrevolucionários anticomunistas na Nicarágua.
No anos 90, o governo Fernando Henrique Cardoso [PSDB/DEM] passou por apertos éticos. Um deles foi a compra de votos a favor da emenda da reeleição, em 1997. Deputados confessaram, em conversas gravadas, terem se vendido por R$ 200 mil para votarem a favor da mudança da Constituição. FHC se reelegeu em 1998. O termo chavismo ainda não existia, mas o PT acusou os tucanos de algo semelhante.
A cúpula do PSDB reagiu dizendo que os deputados eram ‘desqualificados’ (todos do Acre). A Procuradoria Geral da República engavetou o caso. No Congresso, uma CPI foi abafada ao custo de dois ministérios para o PMDB (Justiça e o apetitoso Transportes).”
(...)
[o restante do texto foi omitido, pois se trata da padrão, corriqueira e radical campanha da “Folha” contra o governo Lula/PT e, no último ano, contra Dilma, baseada em denúncias e escândalos inventados, fabricados e que mais tarde são reconhecidos como infundados]
FONTE: escrito por Fernando Rodrigues e publicado na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2009201004.htm) [trechos entre colchetes colocados por este blog].
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