“Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada sexta (17), pelo IBGE, seis em cada dez famílias brasileiras contavam com até um salário mínimo per capita no ano passado. De acordo com os dados, 60,1% da população ganhavam até um salário mínimo em 2009, sendo que mais da metade das famílias (35,3%) viviam com até meio salário mínimo (R$ 232) por pessoa. Quase metade das famílias do Nordeste (46,9%) recebia esse valor.
No Sudeste, estavam as famílias mais ricas, embora 58,8% recebessem até um salário mínimo. Na região, 7,7% tinham rendimentos entre dois e três salários e 6,3% ganhavam mais do que cinco.
Com relação à desigualdade de renda, a pesquisa mostra diminuição nos últimos dez anos (1999 e 2009). No período, a razão entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres caiu de 24,3 para 17,8, representando uma queda de seis pontos percentuais.
Entre os mais pobres, chama a atenção o impacto de programas de transferência, como o Bolsa Família, que aumentou a participação na renda. Depois dos recursos obtidos com o trabalho, o item "outras fontes" é o que mais ajuda na composição da renda familiar.
No caso de famílias que viviam com R$ 116 (um quarto do salário mínimo da época) por pessoa, no ano passado, os rendimento dos programas de transferência correspondiam a 28% do total da renda, um aumento de sete vezes em relação a 1999 (4,4%).
Para o total das famílias brasileiras, o item "outras fontes" representava 5% do total do rendimento, e os recursos provenientes do trabalho respondiam por 76,2%. Aposentadorias e pensões completavam com 18,8%.
Os pesquisadores do IBGE também fizeram avaliações subjetivas e perguntaram qual a percepção das famílias sobre a própria renda. A constatação foi que 75% têm alguma dificuldade para chegar ao fim do mês com os próprios recursos. Declararam muita facilidade ou facilidade 10,5%.
As famílias com crianças até 14 anos também declararam dificuldade ou muita dificuldade de completar o mês com seus rendimentos. Na Região Nordeste, 29% das famílias com filhos contaram que têm muita dificuldade de passar o mês.”
FONTE: publicado no portal “Vermelho” com informações da Agência Brasil (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=137225&id_secao=1)
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