segunda-feira, 13 de setembro de 2010
SERRA BOICOTOU A SAÚDE PÚBLICA EM SÃO PAULO COM FINS ELEITORAIS EGOISTAS
[A finalidade do boicote teria sido não permitir maior sucesso do governo federal em São Paulo
O OBJETIVO SERIA ELEGER SERRA, MESMO QUE, PARA ISSO, A POPULAÇÃO FOSSE PREJUDICADA NA ÁREA DA SAÚDE
Vejamos a seguinte reportagem do próprio jornal tucano “Folha”, fortemente engajado na campanha pela volta da direita ao poder, com José Serra]:
“SÃO PAULO BOICOTA VITRINES FEDERAIS NA SAÚDE
“O governo de São Paulo ignora o SAMU (ambulâncias de resgate) e as UPAs (prontos-socorros 24 horas), as principais "vitrines" do governo Lula na saúde.
Ao contrário do que ocorre na maior parte do país, as cidades paulistas não recebem dinheiro estadual para colocar e manter os dois programas em funcionamento. São financiados somente com verbas federais e municipais.
A ampliação das UPAs e do SAMU está nas promessas de Dilma Rousseff, a candidata do PT à Presidência.
São Paulo foi governado até março por José Serra, o postulante do PSDB.
O governo paulista nega motivação política e justifica que sua prioridade são os AMEs.
A Folha consultou todos os 27 governos e constatou que apenas três não investem no SAMU: São Paulo, Rondônia e Amazonas.
E que são quatro os que não aplicam nas UPAs: São Paulo, Rondônia, Espírito Santo e Santa Catarina.
Às vésperas da eleição, o presidente Lula tem ajudado a campanha de Dilma inaugurando UPAs pelo país afora. A última foi anteontem, em São Bernardo do Campo. No discurso, ele atacou Serra por não ter apoiado o SAMU quando era governador.
INDEPENDÊNCIA
Os Estados, porém, não são obrigados a financiar os programas do ministério. Pelas regras do SUS, cada ente federado (União, Estados e municípios) é independente.
A maioria dos Estados tem sido solidária. Nesses locais, o SAMU e as UPAs funcionam com 50% dos custos cobertos pelo ministério, 25% pelo Estado e 25% pela prefeitura.
Em São Paulo, a conta dos municípios é mais pesada. Arcam com 50% [por que o governo estadual Serra/PSDB não quis cumprir a sua parte]. "Isso prejudica a expansão dos programas", diz Maria do Carmo Carpintéro, presidente do Cosems-SP (entidade dos secretários municipais de Saúde).
São Paulo tem 32 centrais municipais ou regionais do SAMU --50% da população está coberta. Estados como Rio Grande do Sul e Goiás já são 100% atendidos.
No caso das UPAs, há cinco em funcionamento em cidades paulistas. Outras 106 estão em construção ou têm projeto aprovado.
A execução de ambos os programas depende do interesse do município.
CONTRAPARTIDA
"Os Estados precisam se corresponsabilizar pelo financiamento. E o ministério também precisa ter um papel maior", afirma o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Jr.
Isso, diz ele, é necessário porque as prefeituras gastam cada vez mais com saúde, mas suas arrecadações não crescem na mesma medida.
Questionado pela Folha, o ministério afirmou, por nota, que defende que "todos os Estados participem".
O sanitarista Nelson Rodrigues dos Santos, diretor do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, critica a influência dos partidos na saúde.
"Há uma possibilidade muito grande [de ser decisão política contrária] porque São Paulo é governado pela oposição. Isso ocorre em todo o país e nos dois lados [oposição e situação]. Mostra o atraso da nossa política [tucana]."
FONTE: reportagem de Ricardo Westin publicada na Folha.com e portal UOL (http://www1.folha.uol.com.br/poder/797384-sao-paulo-boicota-vitrines-federais-na-saude.shtml) [título, imagem e trechos entre colchetes colocados por este blog].
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